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Efeito Alelopático de folhas de hortelã na germinação de trigo

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IBRAIN ALVES PIRES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITO ALELOPÁTICO DE FOLHAS DE HORTELÃ (Mentha villosa) NA 
GERMINAÇÃO DE TRIGO (Triticum aestivum) 
 
Relatório apresentado à disciplina 
Fisiologia Vegetal I do Curso de 
Graduação em Agronomia da Pontifícia 
Universidade Católica do Paraná. 
 
Professor: Prof.ª Dr.ª Cyntia Wachowicz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2013 
INTRODUÇÃO 
 
A alelopatia é definida como a produção de um composto por uma planta que 
quando liberado no ambiente tem um impacto inibidor ou estimulador sobre outros 
organismos. As interações alelopáticas ocorrem em uma ampla variedade de 
ecossistemas naturais e em agroecossistema (GLEISSMAN, 2005). Os compostos 
químicos que possuem atividade alelopática são produtos do metabolismo 
secundário produzido pelas plantas, chamados de aleloquímicos, substâncias 
alelopáticas, fitotoxinas ou apenas produtos ou metabólitos secundários. Estas 
substâncias estão presentes em todos os tecidos das plantas, incluindo folhas, 
flores, frutos, raízes, rizomas, caules e sementes (PUTNAN; TANG, 1986). 
 
Existem inúmeros casos de efeitos alelopáticos entre as plantas cultivadas 
mundo afora, em nossa região uma cultura comumente encontrada é a hortelã, em 
que crê-se que a deposição de suas folhas sob o solo exerce algum efeito 
Alelopático inibidor no desenvolvimento de outras plantas, de diversas famílias. 
 
O presente trabalho tem por objetivo avaliar se plantas de hortelã exercem 
algum efeito inibidor sob a germinação na cultura do trigo, uma Poaceae que pode 
ser tomada como um bom exemplo desta família muito abrangente. 
 
2 
 
2) MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foram utilizados os seguintes materiais para o experimento: Folhas de hortelã 
recém retiradas da planta; Sementes de Trigo (Triticum aestivum) varidade Supera; 
10 Gerbox para testes de germinação (10x10cm) e Solução de hipoclorito de Sódio 
a 2% 
 
 O experimento foi realizado no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Pontifícia 
Universidade Católica do Paraná, Campus Curitiba, localizada na Rua Imaculada 
conceição 1155 - Prado Velho, de latitude 25°27'0.69"S e longitude 49°15'2.05"O à 
892 metros de altitude (Fonte: Google Earth). 
 
 A coleta das folhas de hortelã foi realizada em São José dos Pinhais – PR 
poucas horas antes do inicio do experimento, sendo retirada a planta inteira do local 
e as folhas removidas no laboratório. 
 
O papel filtro utilizado foi recortado em dimensões em torno de 9x9 cm, para 
que possa se adequar ao gerbox. 
 
 No laboratório as atividades consistiram primeiramente na assepsia pessoal e 
dos objetos a serem utilizados. Para os cuidados pessoais além da higiene do corpo 
e de roupas devidamente limpas é importante o uso de máscara e luvas durante 
todo o desenvolvimento do projeto. Quanto aos objetos utilizados, a desinfecção 
consistia em ter o papel filtro autoclavado, os gerbox desinfetados com álcool e as 
sementes mergulhadas em uma solução de hipoclorito de Sódio a 2% durante 2 
minutos. 
 
 Dos 10 gerbox utilizados para a experimentação, em 5 fez-se a deposição das 
folhas de hortelã, colocando um papel filtro no fundo, uma porção de folhas, mais um 
papel filtro e então as sementes de trigo com o auxílio de uma pinça, sendo 25 por 
gerbox, o que totalizava 125 sementes. Os outros 5 gerbox foram utilizados como 
testemunha, colocando-se 2 papeis-filtro no fundo e depositando então a mesma 
quantidade de sementes (Figura 1). 
 
3 
 
 
 
 
 
Após o preparo do experimento, foi realizada a rega, com água destilada em 
um pissete, molhando todos os experimentos, tomando o cuidado de aplicar a água 
pelas paredes do gerbox, a uma quantia que mantivesse a umidade necessária para 
a germinação, mas que não encharcasse as sementes. Após isso as caixas foram 
encaminhadas para uma câmara de germinação com temperatura ideal e com 
incidência de luz direta. 
 
 O experimento foi acompanhado a cada 24 horas, sendo regado com os 
mesmos cuidados iniciais e ao mesmo tempo registrado o potencial de germinação 
de cada gerbox. 
 
Figura 1:Experimentos prontos para o início da germinação em 18/09/2013. 
Testemunha abaixo das sementes com a deposição das folhas de hortelã. 
 
4 
 
3) RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Com o acompanhamento diário do experimento, obteve-se os dados contidos 
na tabela1 e no gráfico 1. 
 
 
 
 
Gráfico 1: Comparação da germinação de Triticum aestivum com e sem a presença de 
acículas de Mentha villosa. 
Gerbox
Quinta 
19/09
Sexta 
20/09
Sábado 
21/09
Segunda 
23/09
Terça 
24/09
Quarta 
25/09
1 6 15 15 17 17 17
2 11 15 15 17 18 18
3 3 16 16 18 18 18
4 7 13 14 18 18 18
5 8 13 14 18 18 18
Sementes 
Germinadas 
(%)
28 57,6 59,2 70,4 71,2 71,2
Gerbox
Quinta 
19/09
Sexta 
20/09
Sábado 
21/09
Segunda 
23/09
Terça 
24/09
Quarta 
25/09
1 3 17 17 19 19 19
2 3 11 12 14 14 14
3 10 15 15 16 17 17
4 7 14 15 14 14 14
5 9 15 15 16 16 16
Sementes 
Germinadas 
(%)
25,6 57,6 59,2 63,2 64 64
Com folhas 
de hortelã
Testemunha
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 1 2 3 4 5 6 7
S
e
m
e
n
te
s
 G
e
rm
in
a
d
a
s
 (
%
) 
Tempo (em dias) 
Germinação 
Com Hortelã
Testemunha
Tabela 1: Registro da germinação de sementes de Triticum aestivum registrados em 
laboratório. 
 
 
 
 
5 
 
Conforme os dados que podem ser observados na tabela 1, não houve 
diferença significativa entre os tratamentos com relação ao potencial de germinação 
das sementes de trigo, pois o percentual final de germinação foi de 71,2% com a 
presença folhas de hortelã e de 64% para as sementes sujeitas a condições 
normais. Também não houve diferença em termos de vigor de germinação, 
conforme pode-se observar na figura 2. 
 
 
 
 
 
Segundo estudos realizados por PARREIRAS, N. S. et al (2011), utilizando 
extrato aquoso de hortelã, foi apresentado potencial alelopático inibitório sobre a 
germinação e o desenvolvimento de plântulas de alface. 
Para MAIA, J.T.L.S. et al, com experimentos utilizando solos coletados em 
áreas com o predomínio de hortelã e em solos adjacentes na cultura da alface a 
germinação também foi afetada pelos solos com predomínio de hortelã. 
Figura 2: Comparação registrada no 7° dia entre as sementes de 
Triticum aestivum com a presença de folhas de hortelã (acima) e sob 
condições normais de germinação (Abaixo). 
 
6 
 
CONCLUSÃO 
 
 Com os resultados obtidos conclue-se que a deposição de folhas de hortelã 
(Mentha villosa) não exerce nenhum tipo de efeito Alelopático sobre a cultura do 
trigo (Triticum aestivum). Porém alguns estudos apresentam alelopatia de hortelã em 
outras culturas, como na alface, o que pode estar restrito a certas famílias, ou que 
certos efeitos alelopáticos venham a interferir em outros estádios de 
desenvolvimento das plantas, podendo-se concluir apenas com novas pesquisas. 
 
 
7 
 
REFERENCIAS 
 
GLIESSMAN, S. R. 2005. Agroecologia: processos ecológicos em 
agricultura sustentável. 3 ed.Porto Alegre: Editora da UFRGS, 653p. 
 
PUTMAN, A.R.; TANG, C.S. 1986. In: A.R. Putnan & C.S. Tang. The science 
of allelopathy. John Wiley & Sons, New York, 1-19. 
 
PARREIRAS, N. S. et al. Alelopatia do extrato aquoso de folhas de Hortelã 
na germinação de sementes de alface. Resumos do VII Congresso Brasileiro de 
Agroecologia – Fortaleza/CE – 12 a 16/12/2011. 
 
MAIA, J.T.L.S. et al. Influência alelopáticade hortelã (Mentha x villosa 
Huds.) sobre emergência de plântulas de alface (Lactuca sativa L.). 
Universidade Federal de Minas Gerais – Instituto de Ciências Agrárias, Montes 
Claros – MG, 2011.

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