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Direito Processual Civil II Plano aula 14

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MENEZES CÔRTES
CURSO DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
CASO CONCRETO 14
QUESTÃO DISCURSIVA
Marcelo foi réu em ação judicial movida pela Concessionária “Auto Novo S.A” onde foi proferida sentença de procedência total do pedido autoral. 
Augusto conseguiu a condenação de Marcelo ao pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por danos materiais sofridos em razão de uma briga generalizada provocada por Marcelo dentro do estabelecimento comercial da parte autora, após negativa de crédito quando o réu tentava adquirir um veículo financiado. 
Após a sentença, houve recurso de Apelação que apesar de admitido, não teve provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, sendo mantida a sentença de mérito. Não houve mais recurso e ocorreu o transito em julgado e após 2 (dois) meses, a Concessionária Auto Novo S.A. iniciou a fase de execução do julgado em face de Marcelo.
Neste meio tempo, Marcelo descobre que o juiz do caso é amigo íntimo dos sócios da Concessionária Auto Novo S.A e pergunta a seu advogado se existe alguma possibilidade de se reverter à decisão transitada em julgado e obtém resposta negativa, em razão da formação de coisa julgada material nos termos da lei processual civil em vigor que visa justamente garantir o mínimo de segurança jurídica aos jurisdicionados. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A coisa julgada material realmente não pode ser atacada no caso concreto?
Resposta: De fato, o caso concreto o enunciado narra que na hipótese o juiz é amigo intimo dos sócios da empresa autora de modo que o caso se incluiria na hipótese de suspeição do juiz conforme regra do art. 145, I do CPC. Para que seja possível o cabimento da ação rescisória, buscando atacar a coisa julgada material, a hipótese deveria se enquadrar em algum dos incisos do art. 966 do CPC, o que não se observa no caso concreto. Se a hipótese, entretanto, fosse de impedimento cabível seria a ação rescisória.
b) A autoridade da coisa julgada material afeta toda a sentença proferida que não esteja sujeita a recurso. 
Resposta: Não, apesar da ampliação do rol de cabimento da ação rescisória, que não passou a ser admissível em face de todas as decisões de mérito transitada em julgado, as sentenças terminativas não têm aptidão para formar coisa julgada material de modo que incabível ação rescisória nessas hipóteses, por outro lado o § 4º, art. 966 do CPP, ressalva que as sentenças meramente homologatórias também não poderão ser alvo de ação rescisória, mas, sim de ação própria anulatória.
QUESTÃO OBJETIVA 1
Não fazem coisa julgada material: 
A) os motivos e a verdade dos fatos no processo. 
B) a questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório. 
C) os resultados de laudos de provas periciais. 
D) as sentenças que resolvem o direito material.
Resposta: letra A 
QUESTÃO OBJETIVA 2
A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que: 
A) Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma. 
B) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC. 
C) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. 
D) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.
Resposta: letra C

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