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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, inscrita no CNPJ/MF n° ..., endereço (end. Completo), nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório à rua (end. completo), endereço para onde devem ser remetidas notificações e intimações conforme estabelece o art. 106, do NCPC, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos termos do artigos: 1º, 3ª e 5º, da CF/88, ajuizar a presente, AÇÃO DIRETA DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) COM TUTELA DE URGÊNCIA Em face do Governador do Estado do Rio de Janeiro, inscrito no CPF/MF sob o nº ...,. e da Assembléia Legislativa do Estado do RJ, inscrita no CNPJ/MF nº ..., com sede ... CEP ... pelos fatos e direitos a ser elencados: DOS FATOS A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil ao considerar os acórdãos do TJ/RJ negando efeitos jurídicos a união entre pessoas do mesmo sexo, no que tange ao Estatuto dos Servidores Público Civis do Estado do Rio de Janeiro, pretende que seja proposta a medida de defesa desses servidores para que se declare, que o regime jurídico da união estável, deve se aplicar também as uniões homoafetivas, tendo por objeto o art. 19 incisos II e V e artigo 33, incisos I ao X e parágrafo único do Decreto-lei nº 220 de 18.07.1975, interpretado de maneira discriminatória em relação aos homossexuais Os referidos dispositivos dispõem sobre concessão de licença ao servidor que tiver pessoa com doença na família, ou para acompanhar cônjuge, que por vínculo empregatício seja enviado para trabalhar em outras localidades, bem como a concessão de benefícios previdenciários e assistência social ao servidor e sua família. Artigo 19 – Conceder-se-á a licença: II – Por motivo de doença em pessoa da família, com vencimentos e vantagens Integrais nos primeiros 12 meses (...) V – Sem vencimentos, para acompanhar o cônjuge eleito para o Congresso Nacional ou mandado servir em outras localidades se militar, servidor público ou com vínculo empregatício em empresa particular ou estadual (...) Tais dispositivos estão sendo interpretados de maneira discriminatória, uma vez que decisões do Poder Judiciário negam as uniões homoafetivas, o mesmo regime jurídico das uniões estáveis heteroafetivas. Diante da inexistência de regulamentação legal, o exercício de direitos fundamentais, por parte dos homossexuais, está sendo impedido, inclusive quanto à extensão dos direitos conferidos aos familiares de servidores públicos que mantém uniões estáveis heterossexuais aos que mantém uniões homoafetivas. Alega-se também violação aos princípios da dignidade da pessoa humana, da proibição de discriminação odiosa, da igualdade, da liberdade de proteção a segurança jurídica. O que se pretende e evitar ou reparar a lesão a preceito fundamental, decorrente de ato da omissão do Poder Publico do Governo do Estado do Rio de Janeiro por violar o artigo 102º, §1º da CF/88, DOS FUNDAMENTOS Diante da inexistência de norma específica, também está violado os Princípios Constitucionais nos artigos 1º, III, 3º, IV, 5º caput, VI e 19, I da CF/88. O Decreto-lei 220/75 no seu artigo 19, II e V dispõem sobre a ofensa do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana com direito a liberdade e a proteção jurídica, assim como a ADPF que é a denominação dada no Direito brasileiro à ferramenta utilizada para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, no caso em tela, o Estado do Rio de Janeiro, incluídos atos anteriores à promulgação da Constituição, a qual foi instituída em 1988 pelo parágrafo 1º do artigo 102 da Constituição Federal, posteriormente regulamentado pela lei nº 9.882/99 . Sua criação teve por objetivo suprir a lacuna deixada pela ação direta de inconstitucionalidade (ADIn), que não pode ser proposta contra lei ou atos normativos que entraram em vigor em data anterior à promulgação da Constituição de 1988. A lesão em questão, não está de acordo com a ADPF 132, a qual questiona o não reconhecimento de uniões civis entre casais homoafetivos por parte de órgãos do poder público. A ADPF 132 foi declarada procedente em maio de 2011 pelo STF. DA TUTELA DE URGÊNCIA Presentes os requisitos que autorizam a Medida Cautelar, observa-se que, no caso em tela, O Fumus Boni Iuris na verdade do bom direito, encontra-se ao longo da exposição Já o Periculum in Mora manifesta-se no risco para o servidor e seu cônjuge na frustação dos seus direitos fundamentais relativos as relações homoafetivas que estão sujeitos. Por tais razões pede-se a Vossa Excelência, que declare em sede de liminar a validade das decisões administrativas que equiparam as relações homoafetivas às estáveis. PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: Seja deferida a Medida Cautelar para que se declare a validade da das decisões administrativas que equipararem as uniões homoafetivas às uniões estáveis e que suspenda o andamento dos processos e dos fatos das decisões judiciais que hajam se pronunciado em sentido contrário; a notificação das autoridades e órgãos responsáveis ao preceito fundamental da CF/88, para querendo apresentarem suas manifestações; notificação do senhor Advogado Geral da República na forma do artigo 5º, §2º e § único da Lei 9.882/99 ; d) a oitiva do advogado Geral da União na forma do art.12 da Lei 9.868/99; DAS PROVAS Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas na forma do artigo 3º da Lei 9.882/99. Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$... Local e data ... Nestes Termos Pede Deferimento Advogado/OAB Entrega realizada! Seu trabalho foi entregue com sucesso. Trabalho entregue: SEMANA 10 Data da entrega: 01/06/2016 09:33 Observações: Aula 10 ADPF Arquivo enviado: Aula 10 - ADPF.docx
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