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ARTIGO SURGIMENTO DA FILOSOFIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA DE FILOSFIA E ÉTICA
PROFESSOR SANDRO FRÖHLICH
ARTIGO SOBRE O CONTEXTO DO SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Milena Vian
Lajeado, junho de 2016.
SURGIMENTO DA FILOSOFIA
Tudo tem um começo, seja um ser vivo, uma construção, um estudo. E existem várias hipóteses e/ou pontos de vista sobre esses acontecimentos. Por exemplo, a origem da Terra tem inúmeras suposições, a ciência afirma o Big Bang, uma grande explosão que deu origem ao nosso planeta. Já a Igreja Católica acredita que Deus (um ser superior) criou tudo o que existe em sete dias. Mas esse é somente um exemplo de inúmeros que poderiam ser citados.
Dividida em períodos, sendo que o critério de divisão é baseado em Sócrates, considerado seu pai, a Filosofia teve seu grande auge no século VII a.C, onde foi criada e desenvolvida através de filósofos que tiveram destaque por seus pensamentos que incentivavam a procura de novas respostas racionais. Antes dessas respostas constatadas pelos filósofos, a origem do Universo e de tudo que o compõe eram contadas por meio dos mitos e repassadas de geração em geração.
Por volta de 700 a.C. houve o surgimento da Mitologia que criou Deuses, semideuses, heróis, centauros, ninfas, monstros e outros inúmeros seres que representavam algum fenômenos natural (Deus do Sol: Hélio, Deusa da Lua: Selene, Deusa do Fogo: Hestia, Deusa da Terra: Gaia, etc.). Eram criadas lendas onde tinha um sentido moral e que explicavam a origem de algo (da Terra, dos homens, das plantas, da saúde, da morte...).
Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem a narrativa como verdadeira porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. (CHAUI, 2012 p. 43)
A palavra Filosofia surgiu no século VI a. C. pelo filósofo e matemático grego Pitágoras de Samos, que significa “amor à sabedoria” (philos: aquele que tem um sentimento de amigável; sophia: sabedoria). Segundo Pitágoras, a sabedoria plena pertence aos deuses, já os seres humanos podem somente desejá-la e amá-la, onde esses são chamados de filósofos.
Existem algumas definições para filosofia em que autores definem que foi um “milagre grego” a mudança de pensamento de crítico para filosófico e outros afirmam ser uma consequência de processos acorridos ao longo dos tempos. Aranha (2009) cita:
Alguns autores chamam de “milagre grego” a passagem da mentalidade mítica para o pensamento crítico racional e filosófico, destacando o caráter repentino e único desse processo. Outros estudiosos, no entanto, criticam essa visão simplista e afirmam que a filosofia na Grécia não é fruto de um salto, do “milagre” realizado por um povo privilegiado, mas é a culminação do processo gestado ao longo dos tempos. (ARANHA, p. 37)
Alguns fatos históricos tiveram grande importância nessa mudança de pensamento mítico para filosófico/racional, por exemplo, a invenção da escrita que transformou as fórmulas mágicas e termos fixos utilizados nos rituais religiosos em símbolos (no caso letras) e sujeitando os mesmos a discussões. Outro fato relevante foi a criação da moeda, que mudou a forma de pagamento das coisas, que antes era feitas uma troca de mercadorias ou produtos agora a moeda iria ser utilizada como pagamento das mercadorias adquiridas. 
Diversos autores citam também que as viagens marítimas auxiliaram no surgimento da filosofia, porque foram a partir delas que os navegadores descobriram os lugares onde supostamente os seres míticos habitavam, mas encontraram seres humanos e não deuses, nem heróis e muito menos monstros. Também são citados outros acontecimentos que antes eram explicados por mitos apresentados para a sociedade da época que acreditava sem questionamento e então algumas pessoas começaram a procurar outras formas de explicação para tudo.
A insatisfação de alguns gregos fez com que esses iniciassem uma jornada de descobrimento dos acontecimentos do mundo e a partir daí a filosofia surge como um auxilio nesse processo. “A filosofia surgiu quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas” (Chaui, 2012 p. 32).
Então os filósofos da época começaram os questionamentos: por que isso é assim? Não pode ser de outra forma? Como isso realmente surgiu? Como tudo começou? Segundo Cabral, os filósofos se sentiram sedentos de explicações racionais das coisas e assim que tudo começou. Baseados muitas vezes na natureza que viam por meio desta algumas explicações, iniciando uma série de perguntas, por exemplo, uma frase muito famosa até os dias atuais: “Quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?”.
Considerado Pai da Filosofia, Sócrates nasceu em Atenas entre os anos de 470 e 469 a.C., uma época em que a política estava na tentativa de criar um governo democrático, para que as pessoas tivessem mais direitos. Filho de um escultor e uma parteira seguiu a profissão de seu pai e juntamente com os jovens da região aprendeu música, gramática e ginástica. Seu lema era “conhece-te a ti mesmo”. Tornou-se muito conhecido pela famosa frase “Só sei que nada sei”, a fim de deixar a dúvida no ar, fazendo com que seus seguidores refletissem em suas atitudes e respostas. Não deixou nada escrito, somente seus discípulos que escreviam, entre eles Platão.
Nascido em entre 427 e 428 a.C. também em Atenas, Platão veio de uma família rica. Conviveu com seu mestre, Sócrates, cerca de oito anos, até a morte do mesmo. Após algum tempo fundou uma Academia, onde os jovens da época aprimoravam seus conhecimentos. Debatia sobre inúmeros assuntos, ética, política, teoria do conhecimento, etc. Foi mestre de Aristóteles.
Este, por sua vez, não nasceu em Atenas, mas se mudou para lá com mais ou menos dezesseis ou dezessete anos, optando em estudar na Academia de Platão. Nasceu em Estagira, Cacídica, no norte do Mar Egeu, no ano de 384 a.C. Seguiu na Academia até a morte de seu mestre, após isso foi preceptor do Príncipe Alexandre e depois voltou para Atenas e fundou sua própria escola. Os principais temas abordados por Aristóteles eram ética, política, física, metafísica, psicologia, história, entre outros.
A Filosofia grega foi dividida em períodos, tendo como referência para isso o pai da filosofia, Sócrates, sendo eles:
Período pré-socrático ou cosmológico: entre o final dos séculos VII e V a.C. Desenvolvido em inúmeras cidades como Mileto, Éfeso, Tarento e Abdera. Seus filósofos destaques foram Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro, Pitágoras, Parmênides e etc. Também é conhecido como cosmológico por ser uma explicação racional e sistemática da origem. Questionava-se sobre a natureza do mundo, chamada de physis, suas mudanças e movimentos;
Período socrático ou antropológico: entre o final do século V e todo o século IV a.C. Com o surgimento das cidades, Atenas se tornou palco da política, cultura e vida social da Grécia, atingindo seu auge neste século, considerado o Século de Péricles. Nesta época houve a igualdade dos homens no setor da política, que esses tinham direito de participar do governo das pólis. Como consequência, nasce a democracia, na qual os homens podem governar e expor suas ideias. Esse homem agora é chamado de cidadão. Época de Sócrates, que incentivava os jovens a pensar, lhes perguntando o que são e o porquê das coisas. Sendo um perigo para os políticos, foi condenado por desrespeitar os deuses e violar as leis, obrigado a tomar veneno e suicidar-se. Este período se voltava para a vida humana e seus comportamentos, vida moral e política.
Período sistemático: entre o final do século IV e final do século III a.C. Aristóteles, discípulo de Platão, foi o filósofo destaque desta época. Buscou reunir todos os pensamentos dos outros períodos, traduzindo a explicação de todas as coisas em uma única resposta, que após um tempo ficou conhecido como lógica. Dividiuos campos de conhecimento (saberes científicos, que não passam de filosofia) conforme seus objetivos e suas finalidades.
Período helenístico ou greco-romano: entre o final do século III a.C. até o século VI d.C. Este último e mais longo período engloba o fim da Grécia como centro político, o domínio de Roma, o surgimento do cristianismo e o crescimento de contatos entre filósofos do mundo todo. A filosofia estuda principalmente a ética, o comportamento humano e do mesmo com a natureza e estes com Deus. 
A filosofia existe desde muito tempo e por isso tem uma grande história. Segundo Chaui, “Como todas as criações e instituições humanas, a filosofia está na história e tem uma história.”. E toda história tem subdivisões, seja ela divida em objetivos, áreas de estudo ou em períodos, como a filosofia. Ela está dividia em filosofia antiga, compreende desde o século VI a.C. até VI d.C, que é composta pelos períodos citados acima; filosofia patrística, prolonga-se do século I ao século VII, chamada assim por ser obra de dois apóstolos, Paulo e João, e alguns Padres da Igreja que dirigiam o cristianismo. Tinha a finalidade de conciliar a fé e religião com a razão da filosofia. Na filosofia medieval, que vai do século VIII ao século XIV, Platão e Aristóteles ganham destaques entre os filósofos. Nesse período a Igreja Romana dominava a Europa e criava as primeiras universidades e escolas, por isso esse período também ficou conhecido como escolástico. Entre os temas principais da filosofia medieval pode-se citar a diferenciação entre finito e infinito, corpo e alma, razão e fé. A filosofia da Renascença, marcada entre os séculos XIV a XVI, destaca-se por ser uma época onde são descobertas grandes obras de filósofos mais antigos e também pela valorização do homem na sociedade, pondo este como centro do Universo e caracterizando o humanismo. A filosofia moderna, fixada entre os séculos XVII a meados do século XVIII, tinha como maior função o extermínio do pessimismo teórico, ou seja, o ceticismo, que não acredita que o ser humano tem capacidade de conhecer a realidade exterior. Já a filosofia da Ilustração ou Iluminismo, vivenciada entre meados dos séculos XVIII ao começo do século XIV, acredita nos poderes da razão, inclusive o poder de liberdade e progresso. A ciência ganha espaço nessa época, juntamente com o maior interesse sobre as bases econômicas (a agricultura e o comércio). O último período e não menos importante o da filosofia Contemporânea, contempla meados do século XIX até nossos dias atuais, sendo assim, os temas acerca desse período ficam abertos a discussão, pois se está vivendo neste momento, até o fim deste período pode vir a acontecer inúmeros fatos que irão marcar a fase do mesmo.
Independente de qual período se encontra, a base da filosofia é a mesma: descobrir coisas novas, a origem de tudo, incentivando o pensamento baseado na razão, conhecida também como cosmologia (cosmos: mundo organizado; logos: razão, palavra), em que o mundo é organizado e seus fundamentos são sim baseados na racionalidade humana. Antes da filosofia, a época dos mitos era conhecida também como cosmogonia (gonia: gênese, origem), que explicava o mundo com base nos mitos.
Mas para que filosofar? Aristóteles explica de uma simples forma, em uma única frase: “Por natureza, todos os homens aspiram o saber.”, ou seja, todos os homens procuram se manter informados sobre assuntos diversos de seu interesse e muitas vezes isso é involuntário: pegam o jornal, assistem a televisão, procuram sites de notícia por isso se tornar um costume em seu dia a dia.
Para muitas pessoas a filosofia não tem nenhuma finalidade, por não “cair” no vestibular ou por não ter mais essa profissão. Mas ela tem grande importância sim. Segundo Aranha (2009) a filosofia mostra outros caminhos para os quais já se está acostumado, repensar as atitudes para abrir as portas da mudança.
E nos dias atuais a filosofia também está presente? Claro que sim. A filosofia faz com que as pessoas criem o hábito estimulante de pensar em inúmeras coisas, seja qual for uma área definida como a sociedade ou indefinida como a sua própria vida. Para quem filosofa o conhecimento não tem fim, as pessoas criam uma crítica maior de tudo ao seu redor. Sua mente fica mais aberta para novas experiências, novas ideias, novos horizontes.
Portanto, deve-se filosofar a todo hora, todo dia, todos os anos. Pensar em como se veio ao mundo, por que ainda se está aqui, como tudo começou, se tudo isso faz sentido ou existe algo de errado, mesmo que para tudo ao redor tem um uma explicação já definida, isso não bloqueia o pensamento, apensa o atiça, de forma com que se possa convencer de que as coisas estão certas. A atitude de pensar abre a mente e faz com que aprender se torne mais fácil e opiniões sejam sempre bem-vindas.
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. 4ª edição ver, São Paulo: Moderna, 2009.
CABRAL, João Francisco Pereira. Nascimento da Filosofia. Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/nascimento-filosofia.htm>. Acesso em 03 de abril de 2016.
CABRAL, Gabriela. O que perguntavam os primeiros filósofos. Brasil Escola. Disponível em < http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/primeiros-filosofos.htm >. Acesso em 01 de maio de 2016.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 14ª edição, São Paulo: Ática, 2012.
CHEMIN, Beatris F. Manual da Univates para trabalhos acadêmicos: planejamento, elaboração e apresentação. 2. ed. Lajeado: Univates, 2012. E-book. Disponível em: <www.univates.br>. Acesso em: 05 abril 2016.
MEDEIROS, Vanderlei. Sócrates. Filosofia em destaque. Disponível em < http://www.filosofia-em-destaque.com.br/news/socrates1/ >. Acesso em 15 de maio de 2016.
RODRIGUES, André Wagner. SÓCRATES – “o pai da filosofia”. Epígrafes Históricas. Disponível em < http://epigrafeshistoricas.blogspot.com.br/2013/01/socrates-o-pai-da-filosofia.html >. Acesso em 08 de maio de 2016.
SANTANA, Ana Lúcia. Aristóletes. Info Escola. Disponível em < http://www.infoescola.com/filosofia/aristoteles/ >. Acesso em 15 de maio de 2016.
SANTANA, Ana Lucia. Platão. Info Escola. Disponível em < http://www.infoescola.com/filosofos/platao/ >. Acesso em 15 de maio de 2016.

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