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Depositário Infiel

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Depositário Infiel 
A prisão do Depositário Infiel sempre foi uma das grandes polêmicas existente no direito civil, a Constituição Federal no seu Art. 5º, LXVII fala que “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel” além disso está disposto no Código Civil de 2002 no art. 652 “Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos", ou seja o depositário que sem justificativa não restituir a coisa ao final do contrato ou quando for solicitada e não estando amparado pelo direito de retenção seria considerado depositário infiel e poderia ter sua prisão decretada. A sanção atuava como meio de coerção e não como pena, visto que a lei não estabelece um prazo mínimo para sua duração.
Apesar do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos aprovado na convenção da Costa Rica, no seu art. 11 proibir expressamente essa prisão, trazendo: “Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual. ” E o art. 7 do Pacto de San José da Costa Rica dispor: “Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. ” Grande parte da doutrina defendia a prisão civil, não admitindo que as normas dos tratados internacionais por serem de direito externo não deviam ser entrelaçadas com as de direito interno, principalmente as de nível constitucional, para eles admitir inserção das normas internacionais na Constituição seria ferir soberania nacional.
Em 2009 o STF criou uma sumula vinculante que afastou a prisão do depositário infiel, a sumula 25, fala: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito” Dessa forma concluiu-se que o Pacto de San José da Costa Rica tem força supralegal, estando em uma posição hierárquica entre a Constituição Federal.
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