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P. Nohama 1 Medidas, Sinais e Sistemas II -- ConceitosConceitos Prof. Prof. PercyPercy NohamaNohama, , D.E.E.D.E.E. PontifPontifíícia Universidade Catcia Universidade Catóólica do Paranlica do Paranáá Universidade TecnolUniversidade Tecnolóógica Federal do Parangica Federal do Paranáá InstrumentaInstrumentaçção Eletrônicaão Eletrônica Instrumentos e MedidasInstrumentos e Medidas P. Nohama 2 1.1 Medida Processo de objetivo empírico por meio do qual quantificam-se numericamente as propriedades dos objetos ou eventos do mundo real Determinação de uma grandeza Valor de uma variável Descrição das propriedades e não dos objetos em si. P. Nohama 2 P. Nohama 3 Medida “A confiança em uma medida aumenta quando se conhece os fatores que afetam na exatidão da medida”. P. Nohama 4 Instrumento Meio físico, dispositivo que converte uma variável física de interesse em uma forma apropriada de registro (amostragem ou armazenamento) Determina o valor ou grandeza da variável Exs: régua (escala), monitor cardíaco P. Nohama 3 P. Nohama 5 Calibração É o processo de determinação e registro, com grau de incerteza apropriado, da relação entre os valores indicados por um instrumento e o valor verdadeiro (ou convencionado como verdadeiro) de uma quantidade medida P. Nohama 6 Rastreabilidade É o princípio pelo qual a incerteza de um padrão é medida contra um padrão superior, permitindo que a incerteza de um instrumento seja certificada P. Nohama 4 P. Nohama 7 Padrão Medida materializada, instrumento de medição, material de referência ou sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou mais valores de uma grandeza para servir como referência Incerteza Define a faixa de valores (x) dentro da qual o valor verdadeiro (ou convencional) é estimado permanecer P. Nohama 8 Valor Verdadeiro É o valor real de uma quantidade O valor verdadeiro nunca é encontrado e não é conhecido. Assim, o valor atribuído apresenta sempre uma incerteza Na prática: o Valor Verdadeiro é substituído pelo Valor Convencionado como Verdadeiro P. Nohama 5 P. Nohama 9 Objetivos dos Instrumentos e Medidas Diagnóstico Melhor compreensão para discriminar o problema Ex: Medida de ruído de um motor, Eletrocardiograma Monitoração Verific ação do comportamento de uma grandeza ao longo do tempo Ex: Monitor de O2, de pressão, nível de combustível Controle Atuação sobre uma determinada grandez a Ex: Piloto automático de avião, suspensão eletrônica automotiva P. Nohama 10 Processo de Medida: Modos Direta Quando a grandeza medida é comparada diretamente a um padrão Ex: medida da resistência ou tensão em um circuito Inferencial Quando a grandeza de interesse requer uma função matemática ou relação estatística com a grandez a efetivamente medida Ex: medida de tensão aplicada em um tubo de raios-X via radiação emitida (método dos dois filtros) P. Nohama 6 P. Nohama 11 Processo de Medida: Modos Contínua Quando a grandeza medida varia rapidamente Ex: fluxo em uma rede de gás, eletrocardiograma Amostrada Quando a grandeza de interesse varia lentamente de modo a permitir medidas esporádicas Ex: temperatura ambiente, concentração iônica P. Nohama 12 0 3 54 621 −1 1 0 A m pl itu de Time (a) 0 15 2520 30105 −1 1 0 A m pl it ud e Sample numbers )(][ a nTxnx = (b) (b) Sequência amostrada do sinal (a) com período de amostragem de 0.2 s (a) Sinal contínuo Processo de Medida: Modos P. Nohama 7 P. Nohama 13 Processo de Medida: Tipos Nominal Quando é necessário apenas uma declaração de igualdade Ex: impressão de cor de dois objetos, acidez de duas frutas Ordinal Quando se deseja uma dimensão relativa Ex: amostra de alunos por pes o e altura De intervalo Quando se especifica a magnitude dos intervalos das grandezas avaliadas, sem referência a um “zero” Ex: massa de kg em kg P. Nohama 14 Processo de Medida: Tipos De amplitudes relativas Quando se escolhe um certo ponto de referência (nível zero) e se efetua medidas de razão (valor sob medida/valor máximo), existindo uma comparaç ão entre o resultado da razão e o valor numérico 1. Cardeal ou Principal Quando a quantidade medida é comparada com uma referência padrão (SI) Ex: unidades padrão do Sistema Internacional - SI P. Nohama 8 P. Nohama 15 Sistemas Eletrônicos de Medidas Motivos de utilização de sistemas de medidas eletrônicos � Ampla faixa dinâmica de potência [ 10-9 a 10+9 W] � Alta velocidade e aceleração para cargas elétricas devido à elevada relação q/m (99150 GC/kg) atingindo uma aceleração de 180 Gm/s2 com um campo elétrico de 1V/m � Ampla faixa de intervalo de tempo pode ser controlada (ps a h) nenhuma outra portadora de energia conhecida pode transportar informação de modo tão fácil e rápido numa faixa tão ampla P. Nohama 16 � A informação pode ser transportada eficientemente através de metais, canais de rádio ou satélite e recentemente fibra ópticas � A informação pode ser amplificada eletronicamente com fatores de ganho muitos elevados (próximo de 109 com um único chip), desde nV até centenas de V. � A informação pode ser modulada, armazenada, modificada, sofrer processos matemáticos, convertida de analógica para digital (vice-versa) em alta velocidade. Sistemas Eletrônicos de Medidas P. Nohama 9 P. Nohama 17 Sistema Básico de Instrumentação Grandezas físicas Grandezas elétricas (V, I) Planta ProcessadorSensores Controlador Display Registrador Rede Controle de malha aberta ou fechada P. Nohama 18 Instrumentação Analógica Sensores Demais Processadores Controlador Display Registrador Transmissor Ampli P. Nohama 10 P. Nohama 19 Instrumentação Digital Sensores Conversor A/D Controlador Display Micro Processador Modem Ampli Memória Conversor D/A P. Nohama 20 Instrumentação Virtual Sensores Conversor A/D Controlador Monitor Computador Ampli Conversor D/A Placa de Aquisição P. Nohama 11 P. Nohama 21 Sistema Real de Instrumentação Virtual P. Nohama 22 Sistema Real de Instrumentação Virtual P. Nohama 12 P. Nohama 23 Placa de Aquisição de Dados P. Nohama 24 Sistema de Apoio à Decisão Computadorizado Aquisição de Dados Análise de Dados Apoio à Decisão Planta P. Nohama 13 P. Nohama 25 Para ocorrer uma transdução de eventos é necessário que o evento possua uma propriedade “transducível” Propriedade Transducível “Uma característica singular de um evento para a qual um princípio de transdução pode ser aplicado” (GUEDES & BAKER) É preciso selecionar um princípio de transdução capaz de reconhecer e converter a propriedade em sinal elétrico Transdução de Eventos P. Nohama 26 Sensor Dispositivo que recebe e responde a um sinal ou a um estímulo com um sinal elétrico Transdutor Dispositivo que converte um tipo de energia em outro Podem fazer parte de sensores complexos Transdução de Eventos P. Nohama 14 P. Nohama 27 Ilustrando... Suponha que desejamos medir a densidade de células em um eletrolítico � Propriedade “transducível”: elevada resistência das células comparada com o fluido � Propriedade “transdução”: medida de resistência elétrica Transdução de Eventos P. Nohama 28 Tipos de Conversão Energia física � energia elétrica ex: termopar: temperatura (conversão termoelétrica) foto-diodo: luz (conversão foto-voltaica) pilha: química (conversão eletroquímica) Energia mecânica � energia mecânica ex: transdução de pressão Energia mecânica � energiaelétrica ex: LDTV (“Linear Variable Differencial Transformer” – transdução de pressão, deslocamento ou força) P. Nohama 15 P. Nohama 29 Propriedades Gerais dos Transdutores Funcional � Passivo � Ativo Operacional � Primário � Secundário Sinal de Saída � Analógico � Digital P. Nohama 30 � Ativos ou Moduladores � recebem sua energia de uma fonte externa, fornecendo uma saída, pela variação desta energia externa, de acordo com a grandeza sob medida � saída depende de uma fonte externa ex: termistor (NTC, PTC): a temperatura muda sua resistência, sendo necessária a aplicação de energia externa para proporcionar uma variação da corrente ou tensão usada para levar a informação Funcional P. Nohama 16 P. Nohama 31 Potenciômetro Sensor 1 � A1 Processo P Divisor Display Sensor 2 � A2 Atuador Fonte de V ou I A1, A2: Amplificadores RESPOSTA ESTÍMULO Sistema Genérico P. Nohama 32 LOP)}]ESTÍMU[fE2{fET2( TAP)}]RESPOS[fE1{fET1( fTSM = M : forma de medida fET1: entrada transduzida pelo sensor 1 fET2: entrada transduzida pelo sensor 2 fE1 : função eletrônica da RESPOSTA, incluindo amplificação A1 fE2 : função eletrônica do ESTÍMULO, incluindo amplificação A2 fTS : transdutor de saída (“DISPLAY”) P. Nohama 17 P. Nohama 33 � Passivos ou Geradores � produzem um sinal de saída a part ir da energia extraída da grandeza sob medida ex1: célula solar (fotovoltaica): fornece uma corrente de saída relacionada com a iluminância, sem qualquer adição de uma fonte externa de energia ex2: termopar (Par termoelétrico) Funcional P. Nohama 34 Sistema Genérico M : forma de medida fTS: transdutor de saída fE : processo elétrico fET: entrada transduzida pelo sensor Processo P Sensor . . . .f1 fn Display fET fE fTS (P)}]fTS[fE{fETM = P. Nohama 18 P. Nohama 35 � Primário � aquele que fica sujeito diretamente à energia que se deseja medir (1ª conversão) ex.: transdutor de pressão baseado em DIAFRAGMA � Secundário � converte o sinal já transduzido em sinal elétrico ex.: no mesmo transdutor de pressão baseado em diafragma, associa-se um LVDT (Linear Variable Differencial Transformer) para obter o sinal elétrico Operacional P. Nohama 36 � Analógico � produz um sinal de saída cont ínuo, proporcional ao valor da grandeza física sob medida � Digital � produz uma sucessão de sinais numéricos na saída apesar de haver um sinal contínuo de entrada Sinal de Saída P. Nohama 19 P. Nohama 37 � Fatores Relacionados 1 Ao Sinal 2 Ao Ambiente a. Sistemas Externos b. Sistemas Implantáveis 3 Econômicos 4 Linhas norteadoras no Projeto do Sistema de Medidas Fatores que Influenciam na Escolha de um Transdutor e no Projeto Eletrônico do Sistema P. Nohama 38 1. Ao Sinal � Exatidão � Linearidade � Resposta em freqüência � Impedância de entrada � Uso de realimentação � Sistema diferencial � Método de zeramento Fatores Relacionados P. Nohama 20 P. Nohama 39 Fatores Relacionados 2. Ao Ambiente � Sistemas Externos � Interferências, temperatura, stress, umidade e segurança � Sistemas Implantáveis � Corrosão, compatibilidade e consumo P. Nohama 40 3. Fatores Econômicos � Custos � Disponibilidade no mercado e � Tempo médio entre falhas (MTBF) 4. Linhas Norteadoras em projetos de Sistemas de Medidas � “A primeira coisa a fazer quanto a performance da medida é caracterizar o tipo de processo necessário para investigar e determinar os parâmetros físicos que serão medidos.” Fatores Relacionados P. Nohama 21 P. Nohama 41 Fatores Relacionados P. Nohama 42 - Qual a quantidade a ser medida? - Qual é o objeto da medida? - Quais são as condições ambientais? - Qual a precisão necessária? - Qual a exatidão necessária? - Qual a forma de apresentação necessária? Questões a serem Respondidas P. Nohama 22 P. Nohama 43 As perturbações podem ser divididas quanto à natureza � dependentes do sinal (distorções) �lineares (distorção de amplitude ou fase) �não lineares (intermodulação) � independentes do sinal (Ruídos) ����Interferências: do próprio sistema, de outros sistemas e de ruídos produzidos pelo homem 1.2 Sensores e Sistemas Fontes de Interferências P. Nohama 44 Ruídos naturais Externos (galáticos e atmosféricos) Internos térmicos causados pela agitação dos elétrons livres em condutores de componentes ativos (ruído “shot” e da recombinação de portadores) � Quanto aos tipos � Ruído Branco: possui densidade espectral constante durante toda faixa de freqüência � Ex.: ruído térmico e shot � Ruído Impulsivo: tem o formato de pulsos estreitos de grande amplitude, mas espaçados no domínio do tempo 1.2 Sensores e Sistemas Fontes de Interferências P. Nohama 23 P. Nohama 45 Características das Entradas �Entradas desejadas são as medidas para o qual o instrumento é projetado para medir (isolar) �Entradas Interferentes são quantidades que inadvertidamente afetam o instrumento e, como conseqüência, os princípios utilizados para adquirir e processar as entradas desejadas �Entradas modificadoras são variáveis indesejadas que afetam indiretamente a saída pela alteração do desempenho do próprio instrumento 1.2 Sistemas P. Nohama 46 SAÍDA TOTAL xi(t) Gmi Gi Gmd Somador Gd Entrada de Interferência Entrada Modificadora Entrada Desejada Saída de Interferência Saída desejada xm(t) xd(t) xi(t) xd(t) y(t) + + Características das Entradas P. Nohama 24 P. Nohama 47 � Entrada desejada Gd variável a ser medida � Entrada de interferência Gi variáveis que afetam o transdutor e/ou o instrumento � Entradas modificadoras variáveis indesejadas que afetam o desempenho do próprio instrumento � Gmd e Gmi: � representam o mecanismo de como entradas modificadoras afetam Gd e Gi, respectivamente Características das Entradas P. Nohama 48 Exemplo Características das Entradas P. Nohama 25 P. Nohama 49 • Entrada Desejada •ECG (VECG) • Entradas de Interferência •60 Hz da rede elétrica •acoplamento magnético (indução e/ou condução) •acoplamento capacitivo (c orrentes de deslocamento) • Entradas Modificadoras •variação das fontes +Vcc e -Vcc •orientação do loop em relação ao campo magnético Exemplo P. Nohama 50 (a) (a) Forma de onda original (b) Entrada interferente alterando a linha de base (c) Entrada modificadora pode alterar o ganho (b) (c) Exemplo P. Nohama 26 P. Nohama 51 Para reduzir a influência das entradas de interferência e modificadoras � Insensibilidade Inerente � Realimentação Negativa � Filtragem do Sinal � Entradas Opostas Técnicas de Compensação P. Nohama 52 Insensilidade Inerente � Maximizar a sensibilidade do instrumento somente à entrada desejada e � Minimizar a sensibilidade às entradas de interferência modificadora ex.: modificar a orientação das pontas de prova Se o plano dos cabos é paralelo ao campo magnético a interferência é nula Se o plano dos cabos é perpendicular, a interferência é máxima Técnicas de Compensação P. Nohama 27 P. Nohama 53 Realimentação Negativa Este método funciona se Gmf<<Gmd, assim a saída y(t) não é quase afetada por xm(t). Hf é geralmente um dispositivo eletrônico pequeno, de baixa potência e, portanto, com bom desempenho dinâmico. Técnicas de Compensação P. Nohama 54 Filtragem de Sinal Um filtro pode ser definido mais genericamente como um dispositivo ou programa que separa dados, sinais ou material de acordo com critérios especificados Normalmente, localiza-se na entrada, no estágio de processamento ou na saída Técnicasde Compensação P. Nohama 28 P. Nohama 55 (a) (b) (a) Sinais sem ruído (b) Interferência superposta aos sinais causa erros. Filtros podemser usados para reduzir ruídos e interferências Filtragem de Sinal P. Nohama 56 Os filtros podem ser separados ou juntos, caso do “NOTCH” de 60Hz. Filtragem de Sinal P. Nohama 29 P. Nohama 57 Entradas Opostas �Se as entradas de interferência e modificadoras são conhecidas ou mensuráveis, pode-se tentar cancelá-las por adição. Técnicas de Compensação P. Nohama 58 Entradas Opostas � um bom conhecimento da interferência é necessário para usar este método Exemplo O uso de termistores para contrabalançar o efeito da variação da temperatura em transistores e circuitos integrados Técnicas de Compensação P. Nohama 30 P. Nohama 59 Características Estáticas dos Sensores Definição Servem para descrever o desempenho do sensor ou instrumento em condições estacionárias Erro É a diferença entre o resultado de uma medição e o valor verdadeiro de uma quantidade medida P. Nohama 60 Erro Tipos Erro Absoluto: expresso na unidade específica da medição Erro absoluto = | medido – real| Erro Relativo: percentual da quantidade medida Erro (Rel) = Vmedido – Vreal x 100% Vreal Características Estáticas P. Nohama 31 P. Nohama 61 Erro Erro de Fundo de Escala (FS): percentual da indicação de FS do instrumemto de medida Erro (FS) = Vmedido – Vreal x 100% Valor de FS Características Estáticas P. Nohama 62 Características Estáticas • Exatidão (“accuracy”) • É a qualidade que caracteriza a habilidade de um instrumento de medida em dar indicações equivalentes ao valor verdadeiro de uma quantidade medida • Na prática, emprega-se o termo erro de exatidão ou incerteza (um erro de 2% representa uma exatidão de 98%) P. Nohama 32 P. Nohama 63 Coordenadas com (a) baixa exatidão e (b) elevada exatidão (a) (b) Exemplo P. Nohama 64 Erros de Medidas Erros Grosseiros Erros de Sistema Erros Condicionais Erros Estocásticos P. Nohama 33 P. Nohama 65 Erros Grosseiros Geralmente, provocados por falhas humanas � Exemplos � Leituras e/ou registros incorretos � Ajustes e aplicações incorretas dos instrumentos � Erros computacionais (cálculos) Eliminação � Aprendizado e cuidado nas leituras � Ajustes � Minimização de erros de cálculos P. Nohama 66 Erros Sistemáticos Têm um caráter constante e é dependente de processo ou do sistema � Exemplos � Offset de amplificadores � Comportamento não-linear de sistemas � Falhas decorrentes de componentes defeituosos Eliminação � Zeramento automático � Procedimentos de calibração empregando memória digital P. Nohama 34 P. Nohama 67 Erros Condicionais Causados por influências externas, fortemente dependente das condições ambientais e operacionais em que o sistema opera � EMI (interferências eletromagnéticas) � EMP (pulsos eletromagnéticos) Eliminação � Escolha de componentes menos sensíveis à interferências � Isolação, blindagem e estabilização do sistema face às fontes de interferências � Compensação da fonte de interferência com sinal de polaridades opostas P. Nohama 68 Erros Estocásticos Causados por processos estocásticos (aleatórios) que são fenômenos que ocorrem em materiais e componentes � Ruído � Temperatura do material � Pressão em um gás � Fluxo de corrente em um material Redução � Redução drástica da temperatura dos estágios sensíveis a ruído � Deslocamento de frequência para uma faixa mais alta onde haja menos ruído 1/f � Aplicação de técnica de amostragem com microprocessador buscando reduzir o ruído P. Nohama 35 P. Nohama 69 Características Estáticas •Representa a habilidade de um sensor (ou instrumento) em fornecer indicações idênticas a aplicações repetitivas de mesmo valor da quantidade medida, sob as mesmas condições Repetibilidade P. Nohama 70 Características Estáticas Reprodutibilidade � Expressa a proximidade de uma medida de mesmo valor, de uma mesma variável mas sob condições de uso diferentes � diferente método � local de medida � instrumento diferente P. Nohama 36 P. Nohama 71 � Precisão (“precision”) � expressa o número de alternativas distinguíveis dentre as quais um resultado é selecionado � Em displays digitais representa o número de dígitos do display Exemplo uma leitura de 2,434V é mais precisa que 2,43V porém não pode ser a mais exata Características Estáticas P. Nohama 72 (a) (b) Coordenadas com (a) baixa precisão e (b) elevada precisão. Exemplo P. Nohama 37 P. Nohama 73 � Resolução (“resolution”) � é a menor quantidade que pode ser medida com certeza � se a resposta do sensor (ou instrumento) começa de zero, então, a resolução é denominada de limiar Características Estáticas P. Nohama 74 � Sensibilidade Estática � Relação entre pequenas variações de saída (∆y/ ∆x) e entrada, quando mantidas todas es entradas fixas exceto uma � Pode ser constante somente para a faixa de operação normal do sensor (ou instrumento ) Características Estáticas P. Nohama 38 P. Nohama 75 (a) Sensor de baixa sensibilidade tem ganho baixo (b) Alta sensibilidade representa ganho elevado Sensor signal Measurand Sensor signal Measurand (a) (b) Características Estáticas Sensibilidade Estática P. Nohama 76 � Desvio de Zero (“zero drift”) � ocorre quando todos os valores da saída são aumentados ou diminuídos de um mesmo valor � Fatores que podem causar desvio de zero � Variação da temperatura ambiente � mudança da tensão de “offset dc” em eletrodos Características Estáticas P. Nohama 39 P. Nohama 77 Time Amplitude (a) Time Amplitude Dc offset(b) (a) Sinal de entrada sem offset (des vio de zero) (b) Sinal de entrada com offset Exemplo P. Nohama 78 � Desvio de Sensibilidade (“sensitivity drift”) � quando há uma variação na saída, proporcional à amplitude da entrada � Exemplo � variação na saída devido a variações na tensão da fonte da alimentação Características Estáticas P. Nohama 40 P. Nohama 79 Output Input Output Input (a) (b) (a) Sistema linear representa uma função do tipo y = mx + b (b) Sistema não-linear não é representado por uma linha reta Linearidade Características Estáticas P. Nohama 80 Output Input Output Input (a) (b) (a) Calibração por um ponto pode linearizar o sistema (b) Calibração por dois pontos também pode linearizar o sistema Exemplo P. Nohama 41 P. Nohama 81 � Não Linearidade Independente � máximo desvio da reta de regressão obtida a partir dos dados Características Estáticas P. Nohama 82 � Faixas de Entrada (“Input Range”) � Faixa de operação linear � Garante operação linear � Faixa máxima de operação � Operação linear não é garantida, porém, não ocorrem danos sérios ao sensor (ou instrumento) � Faixa de armazenamento � Temperatura e umidade para armazenar o sensor (ou instrumento) Características Estáticas P. Nohama 42 P. Nohama 83 (a) Sinal de entrada que excede à faixa dinâmica (b) Sinal resultante amplificado é saturado em ±1 V. Time Amplitude 5 mV -5 mV Dynamic Range (a) Time Amplitude 1 V -1 V (b) Exemplo P. Nohama 84 � Impedância de Entrada “Input impedance” Impedância elétrica Impedância mecânica � Generalização � variável de esforço: tensão, força, pressão... � variável de fluxo: corrente, velocidade, fluxo... Características Estáticas P. Nohama 43 P. Nohama 85 Saturação (“Saturation”) � Pode ser provocada intencionalmente para proteger o sensor (ou instrumento)contra entradas excessivas Geralmente, é inerente ao transdutor ou instrumento y x Características Estáticas P. Nohama 86 � Quebra (“Break down”) Valor mínimo de entrada a partir do qual o dispositivo se rompe Exemplo Mola que excedeu a região elástica Diodo zener y x Características Estáticas P. Nohama 44 P. Nohama 87 Zona Morta (“dead zone”) � conhecida como limiar (mínimo sinal de entrada que gera resposta na saída) y x Características Estáticas P. Nohama 88 Bang Bang � Efeito pelo qual um sinal de entrada mínimo gera sempre um offset de saída � É encontrada em alguns sistemas de controle e transdutores y x Características Estáticas P. Nohama 45 P. Nohama 89 Histerese Efeito de atraso Decorre do fato que parte da energia não é recuperada e sim dissipada na forma de calor. Alguns polímeros apresentam mais Histerese que alguns metais Características Estáticas Sinal sensor Grandeza Medida P. Nohama 90 Para variáveis a serem medidas que mudam com o tempo tem-se que considerar a resposta dinâmica de um sensor (ou instrumento) Em geral, a relação entre a entrada e a saída de um sistema dinâmico linear qualquer pode ser representada por: onde os coeficientes ai e bj são constantes. Características Dinâmicas P. Nohama 46 P. Nohama 91 Usando a transformada de Laplace, pode-se definir a função de transferência como: Onde s pode ser: j ω ou σ + jω Características Dinâmicas P. Nohama 92 0.05 Hz 150 Hz Frequency Amplitude 1.0 0.1 Resposta em frequência de um eletrocardiógrafo Exemplo P. Nohama 47 P. Nohama 93 Sistema de Ordem Zero Da equação geral, tem-se: ao.y(t) = bo.x(t) Logo F(s)= Y(s) = bo = K (Sensibilidade estática) X(s) ao Características Dinâmicas P. Nohama 94 Este sistema é ideal pois � a saída é proporcional à entrada para qualquer freqüência � não apresenta distorção em amplitude nem em fase Características Dinâmicas P. Nohama 48 P. Nohama 95 Sistema de 1ª Ordem onde k= ganho ou sensibilidade estática e t= constante de tempo Características Dinâmicas P. Nohama 96 Resposta em freqüência Características Dinâmicas P. Nohama 49 P. Nohama 97 Resposta no Tempo Características Dinâmicas (a) exemplo de 1ª ordem filtro passa-baixa RC. (b) Sensibilidade estática. (c) Resposta a função degrau. (d) Resposta a função senoidal. (c) Constante de tempo “longa” TL e uma constante “curta” TS. P. Nohama 98 Características Dinâmicas P. Nohama 50 P. Nohama 99 Exemplo de Sistema de 2. ordem P. Nohama 100 Características Dinâmicas Resposta em Frequência P. Nohama 51 P. Nohama 101 Características Dinâmicas Resposta no Tempo P. Nohama 102 Características Dinâmicas Atraso no Tempo Além de causar atrasos no sinal, elementos que provocam atraso podem causar problemas se houver realimentação no sistema, podendo gerar oscilações P. Nohama 52 P. Nohama 103 Características Dinâmicas P. Nohama 104 1.3 Sinais Processamento de Sinais É uma das etapas de tratamento de um sinal em um sistema de instrumentação Tipos: Analógico Digital - DSP (digital signal processing) P. Nohama 53 P. Nohama 105 Processamento de Sinais Envolve: Amplificação Técnicas de Compensação Filtragem, Realimentação Negativa, Insensibilidade Inerente, Entradas Opostas Isolação e Blindagem Conversão A/D e D/A Extração de Parâmetros, Codificação Compressão e Criptografia P. Nohama 106 Processamento de Sinais Técnicas de Compensação Averaging (Promediação) Determinação da média de N amostras extraída de um sinal periódico Objetiva eliminação (pelo menos redução) de sinais aleatórios tais como o ruído P. Nohama 54 P. Nohama 107 Exemplo P. Nohama 108 Processamento de Sinais Técnicas de Compensação Entradas Opostas Cancelamento de interferências conhecidas por meio de sinal com fase oposta Realimentação Negativa Redução de ruídos e distorções por meio de controle do ganho P. Nohama 55 P. Nohama 109 Processamento de Sinais Isolação Isolação elétrica entre estágio de entrada (conectado ao paciente) e de saída (conectado aos estágio alimentados pela rede) Blindagem Eliminação de interferências eletromagnéticas ou eletrostáticas P. Nohama 110 Processamento de Sinais Extração de Parâmetros Operações matemáticas ou estatísticas tais como Integração, Diferenciação, Média, Valor Eficaz, MULT/DIV, SOMA/SUBT, LOG Compressão Compactação do sinal para redução da banda passante P. Nohama 56 P. Nohama 111 Processamento de Sinais Codificação Modulação (PFM, PWM, PAM, ...) Transmissão e recepção de sinal Criptografia Empacotamento de sinais sigilosos P. Nohama 112 Processamento de Sinais Conversão A/D e D/A Processo pelo qual uma grandeza analógica é convertida em digital ou vice-versa Parâmetros importantes: - Frequência de amostragem (fa > 2fs) - Resolução (número de bits) P. Nohama 57 P. Nohama 113 Processamento de Sinais Controle Técnica pela qual uma variável atua sobre uma carga Modulação Técnica de transmissão/recepção de um sinal P. Nohama 114 Características dos Sinais Estáticos Dinâmicos Sinais Periódicos Transitórios Aleatórios P. Nohama 58 P. Nohama 115 Características dos Sinais Estáticos Sinais Não variam ou variação lenta com o tempo A T P. Nohama 116 Características dos Sinais DinâmicosSinais Periódicos Sinais que se repetem de modo regular e cíclico Podem ser descritos em termos de Amplitudes, Frequência e Fase Podem ser expandidos em uma série de harmônicos denominada Série de Fourier P. Nohama 59 P. Nohama 117 Características dos Sinais P. Nohama 118 Características dos Sinais P. Nohama 60 P. Nohama 119 Características dos Sinais O NÚMERO de termos depende da NATUREZA da onda e da PRECISÃO requerida P. Nohama 120 Características dos Sinais DinâmicosSinais Transitórios Ocorrem de forma imprevisível mas geralmente nos momentos de transição de estado Podem ser decompostos por meio da Trans formada de Fourier - densidade espectral Apresentam espectro contínuo ao invés de discreto (sinais periódicos) P. Nohama 61 P. Nohama 121 Características dos Sinais DinâmicosSinais Aleatórios Variam de forma imprevisível (não-periódicos ) Requerem análise estatística Não se pode definir a amplitude em determinado instante mas a PROBABILIDADE de que esta amplitude esteja contida num certo intervalo de tempo P. Nohama 122 Características dos Sinais A T Exemplos de sinais aleatórios: Ruído Fibrilação Ventricular P. Nohama 62 P. Nohama 123 Impedance0.1 to 10 2 to 50 breaths/min Respiratory rate pCO2 electrode0 to 240 to 100 mmHgpCO2 pO2 electrode0 to 230 to 100 mmHgpO2 Pneumotachometer0 to 400 to 600 L/minPneumotachography pH electrode0 to 13 to 13 pH unitspH Thermistor0 to 0.132 to 40 °CTemperature Contact lens electrodes0 to 500 to 900 µ VElectroretinography Needle electrodes0 to 100000.1 to 5 mVElectromy ography Scalp electrodes0.5 to 150 5 to 300 µ VElectroencephalogra phy Skin electrodes0.05 to 1500.5 to 4 mVElectrocardiography Fick, dy e dilution0 to 204 to 25 L/minCardiac output Cuff or strain gage0 to 500 to 400 mmHgBlood pressure Electromagnetic or ultrasonic0 to 201 to 300 mL/sBlood f low MethodFrequency, HzRangeMeasurement Sinais Fisiológicos P. Nohama 124 Sinais Fisiológicos : Exemplo - EEG P. Nohama 63 P. Nohama 125 Métodos de Análise A aplicação do método depende: -da faixade frequência -da forma de apresentação do sinal (analógico ou digital) - da natureza do sinal (periódico ou aleatório) P. Nohama 126 Métodos de Análise P. Nohama 64 P. Nohama 127 Time A m p lit ud e Time A m p lit ud e (a) (b) (a) Sinais contínuos têm valores em todos os instantes do tempo (b) Sinais discretos no tempo são amostrados periodic amente e não possuem valores entre esses intervalos de amostragem Métodos de Análise P. Nohama 128 Métodos de Análise Sistema baseado em Banco de Filtros -cobre toda a faixa desejada de frequência -difícil ajuste -custo elevado, depende do número de filtros -análise em tempo real P. Nohama 65 P. Nohama 129 Sistema baseado em Banco de Filtros Exemplo: Real Time Analyzer - Série de filtros de 1/3 oitava - De 3.15Hz a 80kHz - Emprega um MUX na saída de cada fi ltro para medida em turnos P. Nohama 130 A necessidade de um grande número de filtros de boa precisão pode ser evitada, às custas de alguns incrementos na análise de tempo, usando-se sistemas de “troca de freqüência” Em tal sistema, o sinal é realimentado e misturado com um sinal de um oscilador de freqüência variável A soma ou diferença de freqüências que resulta é, então, passada através de um único filtro passa-faixa, cuja saída é registrada Pelo “rebatimento” da freqüência com o oscilador local, vários componentes de espectro de sinal podem ser selecionados e medidos. Sistema baseado em Banco de Filtros P. Nohama 66 P. Nohama 131 Ou seja, cada sistema possui um filtro passa-faixa ajustável, com freqüência central determinada por um oscilador local Com o uso de um oscilador local programável, o sistema pode ser automatizado, assim a frequência central do “filtro” é deslocada sobre a faixa de interesse e uma saída gráfica é produzida, mostrando as características espectrais do sinal Sistema baseado em Banco de Filtros P. Nohama 132 Métodos de Análise P. Nohama 67 P. Nohama 133 Sistema baseado na Transformada de Fourier da Função de Auto-Correlação - permite obtenção do espectro de frequência de sinais amostrados - permite análise on e off line - resultados precisos exigem freqüências de amostragem bem maiores que 2 vezes a freqüência do sinal - o método da transformada exige um número elevado de cálculos -n2 -multiplicações e somas para n-amostras e n/2 harmônicas P. Nohama 134 � O algoritmo produzido pela FFT reduz os cálculos para n.log2n operações Exemplo Para 1024 amostras, o número de operações é reduzido pelo menos 200 vezes Fast Fourier Transform (FFT) P. Nohama 68 P. Nohama 135 Constituem um meio econômico para análise de sinais gravados e faz uso das propriedades da Transformada de Fourier de lentes ópticas � Usando uma transparência fotográfica ou uma célula de difração acústica, pode-se introduzir um sinal para ser analisado na entrada do plano focal do instrumento � A saída é obtida tendo a intensidade óptica como a medida da amplitude espectral e o deslocamento é a medida do harmônico Técnicas Ópticas P. Nohama 136 Exemplos 0 1 2 3 4 5 6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 2 4 6 8 10 12 “REGULAR” “REGULAR” Sinal de ECG Espectro P. Nohama 69 P. Nohama 137 Exemplos “IRREGULAR” “IRREGULAR” Sinal de ECG Espectro 0 1 2 3 4 5 6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 2 4 6 8 10 12 P. Nohama 138 Exemplos USANDO O SOFTWARE DIDÁTICO “DSPLAY” (BURR-BROWN) EEG COM fmáx=80Hz P. Nohama 70 P. Nohama 139 Exemplos Sinal Original de EEG Espectro P. Nohama 140 Métodos de Análise Exemplo Sistema baseado em Averaging e Deteção de Anticoincidência Aplicação: ECG Fetal - Averaging objetiva “limpar” e amplificar o sinal - Anticoincidência detecta o sinal de referência (QRS materno) para eliminar o ECG da mãe P. Nohama 71 P. Nohama 141 Exemplo: ECG Fetal P. Nohama 142 Bibliografia Bronzino, J.D. The biomedical Engineering Handbook. CRC and IEEE Press, 1995, USA. Cobbold, R. Transducers for Biomedical Measurements: Principles and Applications. Wiley & Sons, 1976, USA. Tompkins, W.J. Biomedical Digital Signal Processing. Prentice Hall, 1993, USA. Webster, J.G. Medical instrumentation: Application and Design. Wiley & Sons, 1998, USA.
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