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Slide 3 - INTERVENÇÃO E DEFESA DO ESTADO (1).pdf

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04/04/2015
1
INTERVENÇÃO
 Regra: autonomia dos entes federativos
 A intervenção é medida excepcional de
supressão temporária da autonomia de
determinado ente federativo, com a finalidade
de preservação da existência e unidade da
própria federação. Hipóteses taxativamente
previstas no texto da CF.
 União: Estados e DF
 Estados: municípios
04/04/2015
2
 Ato privativo do chefe do Poder Executivo
 Requisitos:
◦ a) uma das hipóteses previstas na CF (art. 34)
◦ b) regra: intervenção do ente mais amplo no ente 
menos amplo
◦ c) ato político: decretação exclusiva do chefe do Poder 
Executivo
O Estado federal assenta no princípio da autonomia das
entidades componentes e se apóia em dois elementos
básicos (Competência e autonomia).
Deve-se respeitar o princípio da não intervenção (Pacto 
federativo).
Se a autonomia é agir dentro de círculo pré-
estabelecido. A intervenção é antítese da autonomia,
pois em decorrência da intervenção se afasta a
autonomia, mesmo que temporariamente.
 Intervenção é quebra da autonomia para manter a 
soberania. 
04/04/2015
3
 Atenção! A intervenção é medida excepcional
só ocorre em casos taxativamente
estabelecidos e de forma temporária.
Conclusão: intervenção não é uma
prerrogativa, mas uma imposição da CF.
Conceito: A intervenção é mecanismo
constitucional de caráter excepcional que
permite a supressão temporária da
autonomia de um ente federativo com
finalidades previstas na CF.
Elementos do conceito: 
excepcional + temporário + taxativo + 
limitador da autonomia. 
Espécies de intervenção: A CF elenca duas
espécies de intervenção:
1. Intervenção Federal: Feita pela união em:
 Estados;
 Distrito federal;
 Municípios localizados em território federal.
Cuidado pegadinha: 
A união pode intervir em município?
NÃO !
2. Intervenção Estadual: Feita pelos Estados em
seus municípios.
04/04/2015
4
Espécies de intervenção: A CF elenca duas
espécies de intervenção:
1. Intervenção Federal: Feita pela união em:
 Estados;
 Distrito federal;
 Municípios localizados em território federal.
Cuidado pegadinha: 
A união pode intervir em município?
NÃO !
2. Intervenção Estadual: Feita pelos Estados em
seus municípios.
Ao intervir em um determinado Estado, a união
age em nome da federação, representando os
demais entes federados.
Com a intervenção, parte da autonomia do
estado-membro é afastada, visando à
manutenção da integridade dos princípios
basilares da CF.
A intervenção só será autorizada em casos
taxativos na CF
04/04/2015
5
Hipóteses de intervenção federal nos Estados:
O art. 34 :
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade
da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem
pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da
Federação;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou
decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes
princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e
regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública,
direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita
resultante de impostos estaduais, compreendida
a proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde.
04/04/2015
6
O casos são elencados de forma confusa, logo
para facilitar a doutrina divide esses incisos
em 4 grupos:
1) Intervenção para defesa do País
2) Defesa do princípio federativo
3) Defesa das finanças estaduais
4) Defesa da ordem constitucional
1) Intervenção para defesa do País: Nos casos do
art. 34 I e II parte 1 é autorizada a intervenção
para:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para: I - manter a
integridade nacional; II - repelir invasão
estrangeira ou;”
I) Manter a integridade nacional: O estado não quer
sair da federação, mas é compelido por forças
externas.
II)Repelir invasão estrangeira: A agressão externa.
04/04/2015
7
2) Defesa do princípio federativo: Casos do art. 34
II parte 2, III e IV, autoriza para:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para:
II - repelir invasão... de uma unidade da Federação
em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da
ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação;”
II) Repelir invasão de uma unidade da federação à
outra;
III) Por termo a grave comprometimento da ordem
pública. Ex.: P.C.C. e o Estado não faz nada;
Cuidado!: só há comprometimento na inércia dos
poderes do estado membro.
IV) Garantir o livre exercício de qualquer dos
poderes nas unidades da federação. Ex.: o
governador coloca a polícia militar para impedir a
votação de uma lei.
Característica: estão ligados a princípios, como:
pacto federativos, não intervenção, paz social e
exercício da soberania.
04/04/2015
8
3) Defesa das finanças estaduais:
De acordo com art. 34 V, é permitido para reorganizar
as finanças de uma unidade da federação, nos casos
de:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para:
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação
que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais
de dois anos consecutivos, salvo motivo de força
maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias
fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
estabelecidos em lei;”
Terá de reorganizar as finanças da unidade da Federação em
dois casos:
A) Suspender o pagamento de dívida fundada por mais de 2
anos consecutivos, salvo força maior;
Obs.: Dívida fundada é aquela que já foi contabilizada no
orçamento, já sabe que terá de pagar no exercício
financeiro, diferente da dívida flutuante aquela
excepcional não contabilizada.
B) Deixar de entregar aos municípios receitas tributárias
fixadas na CF;
Característica: A função desta intervenção é manter o
equilíbrio financeiro dos Estados e respeitar a repartição
tributária.
04/04/2015
9
4) Defesa da ordemconstitucional:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito
Federal, exceto para:
VI - prover a execução de lei federal, ordemou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios
constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime
democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomiamunicipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e
indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e
serviços públicos de saúde.”
VI) Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão
judicial; ex.: o governador se nega a cumprir uma
decisão do TJ.
VII) Para exigir a observância dos princípios
constitucionais sensíveis:
 Forma republicana, sistema representativo e regime
democrático;
 Direitos da pessoa humana;
 Autonomia municipal;
 Prestação de contas da administração pública direta
e indireta;
 Aplicação mínima exigida das receitas no ensino e
nas ações de serviços de saúde.
04/04/2015
10
As hipóteses são casos que a lei autoriza a
intervenção (art. 34) enquanto os pressupostos
formais são as modalidades de intervenção (art.
36).
A forma de intervenção muda de acordo com a
hipótese que a fundamentou.
1) Intervenção espontânea: Neste o presidente da república
age de ofício, basta estar dentro dos motivos (casos da
lei), logo o presidente não necessita de outro.
Poderá ser feito nesses moldes nos casos do art.34 I, II, III e
V:
I - Manter a integridade nacional;
II - Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da
Federação em outra;
III - Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
V - Reorganizar as finanças da unidade da Federação.
Memorização: são todos casos de extrema gravidade, logo
não podem esperar deliberações de casas legislativas os
jurisdicionais.
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11
2 Intervenção provocada por solicitação: Caso
do art. 34 IV combinado com a forma prevista
no art. 36 I, primeira parte.
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem
no Distrito Federal, exceto para:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação
Art. 36. A decretação da intervenção
dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de
solicitação do Poder Legislativo ou do Poder
Executivo”
MOTIVO: Quando coação ou impedimento
recaírem sobre poder legislativo ou executivo,
impedidos de exercer suas funções na
unidade da federação.
FORMA: A intervenção decretada pelo
presidente dependerá de solicitação do poder
legislativo ou executivo IMPEDIDO.
Atenção! No caso de Poder executivo e
legislativo só pode intervir se um desses
solicitar, entretanto o presidente decide a
solicitação (PODE DECRETAR OU NÃO).
04/04/2015
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3 Intervenção provocada por requisição: Neste
temos dois casos:
Caso 1: Art. 34 IV combinado com art. 36 I,
segunda parte:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para:
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos
Poderes nas unidades da Federação.
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
I – (...) de requisição do Supremo Tribunal Federal,
se a coação for exercida contra o Poder
Judiciário;”
MOTIVO: Se a coação for exercida contra o poder
judiciário,
FORMA: a decretação da intervenção federal
dependerá da requisição do STF.
Obs.: A decretação (ato administrativo) é feita pelo
presidente, mas no caso de requisição será
obrigado a fazê-lo, ou seja o STF não pede para
o presidente decidir se haverá intervenção, mas
ordena a intervenção (o presidente não escolhe).
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13
Caso 2: Art. 34 VI combinado com art. 36, II:
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no
Distrito Federal, exceto para: VI - prover a
execução de (...) ordem ou decisão judicial;
Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: II -
no caso de desobediência a ordem ou decisão
judiciária, de requisição do Supremo Tribunal
Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do
Tribunal Superior Eleitoral;”
Cuidado pegadinha: não são todos os tribunais
superiores que podem requerer intervenção, já
que TST e STM não tem tal prerrogativa.
Motivo: Desobediência á ordem ou decisão
judicial.
FORMA: A decretação dependerá de requisição
do STF, STJ ou TSE (de acordo com a matéria).
Obs.: A decretação é feita pelo presidente, mas
no caso de requisição será obrigado a fazê-
lo, ou seja o STF, STJ e TSE não pedem para o
presidente decidir se haverá intervenção, mas
impõem a intervenção (o presidente não
escolhe).
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 Mecanismo utilizado para salvaguardar “o
todo” contra a desagregação para a
sobrevivência da Federação.
 A União deverá intervir sempre que na
ocorrência de fato de gravidade inafastável
(previsto em rol taxativo: art. 34, incisos I, II,
III, IV, V, VI e VII).
 Competência: Presidente da República (art.
84, X) – às vezes com a participação do
Procurador Geral da República e com
julgamento pelo STF.
◦ Fases: 
 Iniciativa;
 Fase judicial (art. 34, VI e VII); Procurador 
Geral da República;
 Decreto interventivo; - deve especificar a 
amplitude, o prazo e as condições de 
execução;
 Controle político (exceto: art. 34, VI e VII) –
deve ser realizado pelos deputados e 
senadores, para garantir a excepcionalidade 
da medida (art. 49, IV).
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15
 Intervenção estadual nos municípios 
◦ Somente os Estados podem (exceção: municípios nos 
territórios federais)
◦ Excepcionalidade
◦ Art. 35, CF
◦ Ato do Governador
◦ Controle político: Assembleia Legislativa (exceção: art. 
35, IV)
 Intervenção estadual nos municípios 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, 
nem a União nos Municípios localizados em Território 
Federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 
dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da 
lei;
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da 
receita municipal na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
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 Intervenção estadual nos municípios
◦ IV - o Tribunal de Justiça der provimento a
representação para assegurar a observância de
princípios indicados na Constituição Estadual, ou para
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.
◦ Dívida fundada (art. 98, Lei 4320/67): “compreende os
compromissos de exigibilidade superior a 12 meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário
ou financiamentos de obras e serviços públicos.”
DEFESA DO ESTADO 
E DAS 
INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
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 Medidas excepcionais para restauração da ordem
em momentos de anormalidade.
 Possibilitam a suspensão de determinadas
garantias constitucionais, em lugar específico e
por certo tempo. Justificativa: gravidade da
perturbação da ordem pública.
 Finalidade: superação da crise e retorno ao status
quo ante
 Exige o cumprimento de todas as hipóteses e
requisitos constitucionais, sob pena de
responsabilidade política, criminal e civil dos
agentes políticos usurpadores.
 a) Estado de defesa: modalidade mais branda;
não exige autorização do Congresso Nacional
para a sua decretação. O decreto presidencial
deve determinar o prazo de sua duração;
especificar as áreas abrangidas e indicar as
medidas coercitivas, nos termos dos limites
constitucionais e legais.
◦ Hipóteses: ordem pública ou paz social ameaçada;
instabilidade institucional; e calamidade natural.
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 b) Estado de sítio: corresponde à suspensão
temporária e localizada de garantias
constitucionais, apresentando maior gravidade
do que o Estado de defesa. O presidente deve
solicitar autorização da maioria absoluta dos
membros da Câmara e do Senado.
◦ Hipóteses: comoção nacional; ineficácia do Estado de
Defesa; declaração de guerra; e resposta à agressão
armada estrangeira.
 Nas duas situações, serão ouvidos os Conselhos da
República e da Defesa Nacional, para que aconselhem
e opinem.
 Fiscalização política sobre as medidas: a Mesa do
Congresso Naional designa cinco membros pra
acompanhar e fiscalizar a execução das medidas.
 Controle político: Congresso Nacional
 Controle jurisdicional: a doutrina e a jurisprudência
trazem a possibilidade do controle de legalidade.
 Responsabilidade e prestação de contas.
 Crime de responsabilidade: art. 85 – desrespeito dos
requisitos e pressupostos constitucionais por parte do
Presidente da República.
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 Previsão legal:
◦ a) Art. 136, CF.
 Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional,
decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem
pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de
grandes proporções na natureza.
 § 1º - O decreto que instituir o estado de defesa 
determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a 
serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as 
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
 I - restrições aos direitos de:
 a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
 b) sigilo de correspondência;
 c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, 
na hipótese de calamidade pública, respondendo a União 
pelos danos e custos decorrentes.
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 § 2º - O tempo de duração do estado de defesa não será superior
a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período,
se persistirem as razões que justificarama sua decretação.
 § 3º - Na vigência do estado de defesa:
 I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor
da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso
requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
 II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela
autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de
sua autuação;
 III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser
superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;
 IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.
 § 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o
Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,
submeterá o ato com a respectiva justificação ao
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.
 § 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.
 § 6º - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de
dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar
funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.
 § 7º - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado
de defesa.
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21
 Previsão legal:
◦ b) Art. 137, CF
 Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o 
estado de sítio nos casos de:
 I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de 
fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante 
o estado de defesa;
 II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão 
armada estrangeira.
 Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar 
autorização para decretar o estado de sítio ou sua 
prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, 
devendo o Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.
 Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as
normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais
que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da
República designará o executor das medidas específicas e as áreas
abrangidas.
 § 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser
decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez,
por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo
o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
 § 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio
durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de
imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
 § 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o
término das medidas coercitivas.
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22
 Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com
fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as
pessoas as seguintes medidas:
 I - obrigação de permanência em localidade determinada;
 II - detenção em edifício não destinado a acusados ou
condenados por crimes comuns;
 III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência,
ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da
lei;
 IV - suspensão da liberdade de reunião;
 V - busca e apreensão em domicílio;
 VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
 VII - requisição de bens.
 Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a
difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em
suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva
Mesa.
04/04/2015
23
 MORAES, Alexandre de. Direito 
Constitucional. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
 SILVA, José Afonso da. Curso de Direito 
Constitucional Positivo. 23 ed. São Paulo: 
Malheiros, 2004.
 TAVARES, André Ramos. Curso de direito 
constitucional. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 
2008.

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