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	UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB)
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE (FACE)
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)
	DISCIPLINA
	CÓDIGO
	CRÉDITOS
	TURMA
	PERÍODO
	PROFESSOR
	ORGANIZAÇÃO, MÉTODOS E SISTEMAS
	202380
	04 
	A
	2013/2
	MARCOS ALBERTO DANTAS
AULA 05
NATUREZA E DIMENSÕES ORGANIZACIONAIS
NATUREZA DAS ORGANIZAÇÕES
As grandes transformações sociais da história têm sido essencialmente baseadas em organizações. Todos os temas que afloram das transformações sociais os quais a sociedade contemporânea se depara são impossíveis de ser compreendidos sem se considerar e compreender seu contexto organizacional.
Em decorrência do crescimento das organizações, em termos de tamanho e complexidade, foram surgindo problemas estruturais de difícil solução, desvios em relação aos objetivos previamente determinados, além da defasagem de técnicas e processos. Tal constatação passou a exigir dessas organizações uma atitude de constante atenção aos anseios da sociedade paralelamente à revisão e ao controle interno. Tudo isso visava um objetivo: criar organizações consistentes e mantê-las funcionando harmonicamente.
Apresentar uma abordagem sistemática que permite explorar os aspectos metafóricos é caracterizar um amplo processo para melhor compreender e diagnosticar problemas e situações organizacionais. Para compreender a natureza complexa, ambígua e paradoxal, Morgan (2006) fez uso de metáforas em que determina uma nova compreensão sobre a realidade organizacional.[1: MORGAN, G. Imagens da organização. São Paulo: Atlas, 2006.]
Organizações vistas como máquinas
As organizações como máquinas ilustra um estilo de pensamento alicerçado no desenvolvimento da organização burocrática. Quando os administradores pensam nas organizações como máquinas, tendem a administrá-las e planejá-las como máquinas feitas de partes que se interligam, cada uma desempenhando uma função claramente definida pelo funcionamento do todo.
Enquanto algumas vezes isso pode comprovar-se altamente eficaz, outras vezes pode ter muitos resultados desastrosos. Um dos problemas enfrentados é a forma mecânica de pensar a organização de forma arraigada pelas concepções diárias frequentemente difíceis de organizá-la de outra forma. 
A essência da mecanização baseia-se em reduzir os procedimentos complexos a conjuntos de movimentos separados que podem ser mecanicamente reproduzidos. 
As organizações são vistas como máquinas à medida que treinamos e desenvolvemos capacidades especializadas de pensamento e ação, bem como modelamos os nossos organismos para se conformarem com ideias preconcebidas.
Organizações vistas como organismos
Essa metáfora focaliza a sua atenção em compreender e administrar as necessidades organizacionais e as relações com o ambiente. Permite visualizar diferentes tipos de organizações como pertencentes a diferentes espécies, das quais aquela do tipo burocrático é apenas uma delas.
Segundo Morgan, quando se reconhece que os indivíduos, os grupos e as organizações têm necessidades que devem ser satisfeitas, a atenção volta-se para o fato de que isso depende de um ambiente mais amplo, a fim de garantir várias formas de sobrevivência.
Diferentes enfoques em administração devem ser necessários para desempenhar diferentes atividades dentro da mesma organização e tipos bem diferentes ou espécies de organizações são necessários em diferentes tipos de ambientes.
Dessa forma acredita-se ser possível estabelecer contínuas formas organizacionais, que se classificariam de mecanicistas até orgânicas, e que formas flexíveis são necessárias para lidar com ambientes em mudança.
Organizações vistas como cérebro
A metáfora das organizações vistas como cérebros ressalta a importância do processamento de informações, aprendizagem e inteligência e propicia um quadro de referências para compreender e avaliar as organizações modernas nesse contexto.
Parte-se do pressuposto de que é possível planejar as organizações de tal forma que possam aprender a auto organizar-se como um cérebro em completo funcionamento. 
Administradores estratégicos tomam decisões através de processos formalizados ou temporários, produzindo políticas e planos que, até então oferecem um ponto de referência ou uma estruturação para o processamento de informação e tomada de decisão.
O enfoque da tomada de decisão na organização tem assim criado uma nova forma de pensar como as organizações realmente operam e têm feito contribuições à compreensão do planejamento organizacional. Se a organização é, na verdade, um produto ou reflexo da capacidade de processamento da informação, então novas capacidade levarão a novas formas organizacionais.
Organizações vistas como culturas
As organizações são visualizadas como um lugar onde residem ideias, valores, normas, rituais e crenças que sustentam as organizações como realidade socialmente construída. Permite uma forma de gestão empresarial por meio de valores, crenças e outros padrões de significados compartilhados que orientam a vida organizacional.
Assim como os indivíduos numa cultura têm diferentes personalidades enquanto compartilham de muitas coisas, isto também acontece com grupos e organizações. Esse fenômeno é reconhecido como Cultura Organizacional, onde as organizações são minis sociedades que têm seus próprios padrões distintos de cultura e subcultura.
Ao reconhecer que atingimos ou representamos a realidade do mundo diário, tem-se uma forma poderosa de pensar sobre cultura. Por meio disto é que se deve tentar compreender cultura como um processo contínuo, proativo da construção da realidade, e que dá vida ao fenômeno da cultura em sua totalidade. 
Quando compreendida desta forma, a cultura pode não mais ser vista como uma simples variável que as sociedades ou as organizações possuem. Em lugar disto, ela deve ser compreendida como um fenômeno ativo, vivo, através do qual as pessoas criam e recriam os mundos dentro dos quais vivem.
DIMENSÕES ORGANIZACIONAIS
Para obter um melhor conhecimento das organizações, devemos considerar dimensões que descrevem traços específicos do desenho organizacional. Essas dimensões descrevem as organizações que dispõem de recursos materiais, humanos e tecnológicos da empresa de forma harmônica, de modo que o conjunto formado seja capaz de realizar um trabalho integrado, eficiente e eficaz, apresentado boa produtividade e boa qualidade a baixos custos e com o mínimo de riscos e esforço humano. 
DIMENSÃO CONCEITUAL
Para entender a organização como uma correlação de deveres e funções na obtenção dos seus objetivos depende-se, necessariamente de uma boa administração, com a distribuição e a coordenação feita de forma acertada.
Acertar a distribuição e coordenação significa esquematizar de forma clara as relações funcionais e ordená-las de maneira lógica, a fim de evitar duplicidade de tarefas e supervisão, omissões e confusões generalizadas. Neste sentido Oliveira (2009, p.84) entende a organização como “a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando o alcance de objetivos e resultados estabelecidos”. 
Para a adequada organização de uma empresa pode-se considerar o desenvolvimento da estrutura organizacional e das rotinas e procedimentos administrativos. As empresas possuem funções exercidas pelos executivos onde deverá combinar com: planejamento, que representa o estabelecimento de objetivos e resultados esperados, bem como a suas estratégias e métodos; direção, que representa a orientação, e/ou coordenação, e/ou motivação, e/ou liderança das atividades e recursos, visando alcançar os objetivos e resultados esperados; e controle, que representa o acompanhamento, o controle e a avaliação dos resultados em função dos objetivos traçados.
As organizações e os indivíduos
No entendimento da dimensão conceitual em face a subordinação de tarefas, constata-se que a maioria das análises dos impactos das organizações sobre os indivíduos concentra-se nas organizações de trabalho. 
Muitas análisestêm examinado como os indivíduos reagem a suas vidas na condição de empregados de organizações. Essas análises concordam em que o trabalho altamente repetitivo e lento é altamente alienante para o indivíduo.
Os estudos das reações individuais ao trabalho também revelam que o trabalho que fornece desafio, potencial para avanço e uso de capacitações criativas ou expressivas é prazeroso e até enriquecedor. As reações das pessoas a seu trabalho resultam das suas próprias expectativas e das características da organização empregadora.
As organizações dentro de um contexto conceitual no qual as pessoas trabalham, levam aos estudos que constatam incentivos a produtividade científica por meio de motivação, estímulo intelectual e boas instalações criam expectativas de que um indivíduo altamente produtivo crie o comportamento que tende a adaptar-se a essas expectativas.
As relações entre organizações e indivíduos são, portanto, em certo grau, recíprocas. Além de recíprocas, essas relações tornam-se mais complexas porque variam em sua habilidade para adotar sistemas de trabalho flexível.
DIMENSÃO CONTEXTUAL
Elas descrevem o ajuste organizacional que influencia e molda as dimensões estruturais. Estão caracterizadas em toda a organização, definindo seu porte, sua tecnologia, seu ambiente e suas metas. Podem ser encaradas como um conjunto de elementos superpostos subjacentes à estrutura e aos processos de trabalho de uma organização.
Tamanho – é a magnitude da organização que pode ser medido de diferentes modos, sempre levando em consideração a especificidade do seu segmento.
Tecnologia – é a natureza da produção organizacional, ou seja, são ações e técnicas utilizadas para transformar entradas em saídas. Define como a organização utiliza eficazmente a tecnologia das máquinas e equipamentos.
Ambiente – inclui todos os elementos além dos limites da organização. Elas podem ser analisadas pelo ambiente interno e externo.
Metas e Estratégias – definem os propósitos e as técnicas competitivas que as distinguem das outras organizações, levando em consideração os funcionários, clientes e concorrentes.
Cultura – é influenciada pelo conjunto subjacente de valores, crenças, conhecimentos e normas essenciais compartilhadas pelos funcionários. Esses valores subjacentes podem referir-se ao comportamento ético, compromisso dos funcionários, eficiência ou serviços aos clientes e fornecem elementos de união na organização. 
As organizações e a comunidade
Na dimensão contextual verificamos que existe um meio sutil pelo qual as organizações influenciam as comunidades nas quais estão localizadas que variam no grau em que incentivam seus gerentes a participar dos assuntos da comunidade.
As organizações atendem aos interesses dos indivíduos ou grupos. Esses interesses controladores indicam a direção que a organização toma que por sua vez, pode exercer um impacto na sociedade como um todo. Em geral, quanto mais interligações, mais eficaz será a organização.
Nas relações entre organizações e a sociedade podem estar sujeitas a acidentes resultantes de eventos fora de controle, do mesmo modo que as atividades que se encontram sob controle organizacional podem produzir efeitos não previstos pela sociedade.
As organizações reconhecem que podem ser responsabilizadas por suas ações e tentam redefinir de tal modo que suas ações não aparentem ser criminosas ou que circunstâncias atenuantes as livrem das responsabilidades.
DIMENSÃO ESTRUTURAL
Elas fornecem rótulos para descrever as características internas de uma organização, pois criam bases para medir e compará-las. 
Formalização – diz respeito ao volume de documentação escrita da organização. Esses documentos escritos descrevem comportamentos e atividades. Toda documentação, necessariamente inclui procedimentos, descrições de cargos, regulamentos e manuais de políticas. 
Especialização – é o nível em que as tarefas organizacionais são subdivididas em cargos separados. Muitas vezes é denominada Divisão de Trabalho. 
Hierarquia de autoridade – define quem se reporta a quem e a esfera de controle para cada gerente. Ela está retratada pelas linhas do organograma.
Centralização – refere-se ao nível hierárquico que tem autoridade par tomar decisões. As tomadas de decisão podem ser centralizada ou descentralizada. 
Profissionalismo – é o nível de educação forma e treinamento dos funcionários. Eles são importantes para a definição de cargos na organização.
Taxas de pessoal – referem-se ao desmembramento de pessoas pelas várias funções e departamentos. Nelas incluem-se o grau administrativo, o grau burocrático, o grau de assessoria e a proporção da mão-de-obra indireta para a direta. 
As organizações e a mudança social
A dimensão estrutural baseia-se na perspectiva de mudanças na organização que afetam a estrutura social. Ela se apresenta por meio da mudança nos padrões de admissão e por meio de alterações nos padrões de trabalho, ou seja, na maneira pela qual o trabalho é executado.
Além de influenciar a sociedade por meio de sua estruturação da vida social e dos impactos sobre os membros, as organizações também são participantes ativos no processo de mudança social. Uma decisão favorável a uma organização conduz a programas que, por sua vez afetam a sociedade.
Para serem bem-sucedidas, as organizações precisam obter poder e apoio na sociedade que está tentando mudar. O conjunto essencial de ideias na base do esforço de mudança precisa, portanto, ser compatível – ou tornar ser compatível – com os valores da população como um todo.
Mesmo quando uma organização for agente de mudança ativo, ela tenderá a resistir a mudanças adicionais após ser realizada a mudança desejada. O exemplo para isso é o movimento sindicalista, que no passado, era considerado revolucionário, agora é visto como reacionário.
As organizações, pela sua natureza, são conservadoras. Possuem regras e procedimentos e tem de serem reconhecidas ao longo do tempo, de modo que se tornem instrumentos de resistências às mudanças. Em virtude de os sistemas sociais se alterarem, evidentemente, as organizações precisam ser encaradas como entidades que não mudam da noite para o dia, mas se alteram no decorrer do tempo.
Segundo
INTERAÇÃO DAS DIMENSÕES CONTEXTUAL E ESTRUTURAL
Fonte: Adaptado de Daft (2008, pag. 15)[2: DAFT. Richard. Organizações: Teorias e projetos. São Paulo: Thomson Learning (Pioneira), 2008.]
As dimensões contextuais e estruturais apresentadas são consideradas interdependentes, fornecendo uma base para análise e medição de características que não podem ser vistas pelo observados casual e revelam informações significativas sobre uma organização.
Elas podem muito dizer sobre uma organização, principalmente sobre as suas diferenças e similaridades em relação às concorrentes. Com objetivo de obter um nível adequado e necessário a cada dimensão, as organizações fornecem informações sobre a maneira de pensar e de agir, através de métodos que definem, medem e tornam disponíveis para todos, e assim, a empresa funcione de forma eficiente em cada nível organizacional.

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