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MODELO Recurso de Apelação Civil

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE UBERLÂNDIA ESTADO DE MINAS GERAIS
Processo nº:
Id:
LUCIANO, já devidamente qualificado nos autos, por meio deste Advogado que ao final subscreve e com o endereço no rodapé informado, de onde recebe as intimações de estilo, vem mui respeitosamente perante à vossa excelência, inconformado com a r. Sentença de fls... interpor, nos termos dos artigos 1.009 e seguintes do NCPC, interpor:
RECURSO DE APELAÇÃO
Em face da r. Sentença de fls..., na qual condenou o requerido ao pagamento de danos morais e materiais em favor de Maria Carolina.
Requerendo que seja reformada a vossa i. arbitrium nos termos do artigo 1.010, IV, NCPC e, acaso não seja assim de vosso entendimento, que o recurso seja recebido no modo suspensivo (art. 1.012, seguintes do NCPC) e devolutivo (art. 1.013, seguintes do NCPC), determinando-se a sua remessa ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, para que dela conheça e profira nova decisão.
Outrossim, o Apelante requer a extensão da Assistência Judiciária Gratuita por motivo de ser pobre, nos fulcros da Lei nº. 1.060, de 05 de fevereiro de 1950.
Nestes termos,
Pede e espera, Deferimento!
Uberaba-MG, 07 de abril de 2016.
ADVOGADO
OAB/MG
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS.
Origem: Juízo da ___ Vara Cível da Comarca de Uberlândia-MG
Autos de nº. ....
Apelante: Luciano
Apelada: Maria Carolina
LUCIANO, brasileiro, portador do Reg. ..., CPF: ......, residente e domiciliado à .......na cidade de Uberaba-MG, vem por intermédio de seu Advogado e bastante procurador que ao final assina e com o endereço ao rodapé informado, onde recebe as intimações e notificações de estilo, vem à ilustre presença de vossas excelências apresentar, nos termos dos artigos 1.009 e seguintes do NCPC:
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Em face de Maria Carolina - brasileira, solteira, estudante de nutrição, residente e domiciliada à Rua XXX, nº XXX, Bairro XXXX, cidade de Uberlândia-MG, pelos motivos de Fato e de Direito que passo ao expor para ao final requerer:
COLENDA CORTE
EMÉRITOS JULGADORES
II – DA TEMPESTIVIDADE
Primeiramente, antes de adentramos no foco da peça recursal, devemos apresentar a tempestividade da interposição, vejamos:
A sentença do Juízo a quo foi no dia 04/04/2016 e a publicação ocorreu no dia 05/04/2016. E conforme somos instruídos pelo artigo 1003, §5º, do NCPC, temos 15 dias úteis para interpor recurso.
Art. 1003, NCPC - O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
(...)
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
Considerando a data desta petição, e a data da publicação da r. sentença, é TEMPESTIVA!
III – BREVE RESUMO DOS FATOS
No dia 10 de novembro de 2015, na avenida Professora Menervina Cândida de Oliveira, os apartes acima identificados colidiram seus automóveis dando perda total a ambos os veículos, cujos não haviam seguro.
A Apelada ajuizou ação requerendo ressarcimentos dos danos materiais, bem como a condenação do Apelante a título de danos morais.
Ajuizada a ação e procedidos atos pertinentes à tramitação processual, houve julgamento em 04 de abril de 2016, na qual o Juízo a quo procedeu parcial provimento aos pedidos de Maria Carolina, conforme relatamos abaixo sua integra sentença:
Vistos etc. Trata-se de ação indenizatória por danos materiais e morais por acidente de trânsito ocorrido no dia 10 de novembro de 2015, tendo sido atribuído à causa o valor de R$ 84.500,00 (oitenta e quatro mil e quinhentos reais), dos quais R$ 64.500,00 (sessenta e quatro mil e quinhentos reais) a título de danos materiais e R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelos danos morais. 
Tendo em vista que restou comprovado no processo que o valor do veículo atribuído pela autora em R$ 55.000,00 (cinquenta e cinco mil reais) excede o seu real valor, o qual, em verdade, é avaliado em R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais), defiro em parte o pedido da autora de ressarcimento por danos materiais, alterando o valor devido para R$ 42.500,00 (quarenta e dois mil e quinhentos reais), a fim de se evitar enriquecimento ilícito e onerosidade excessiva.
Outrossim, considerando o sofrimento experimentado pela autora em virtude do acidente, defiro o pedido de 
Ressarcimento a título de danos morais no valor de R$ 
20.000,00 (vinte mil reais). 
Ante o exposto, julgo parcialmente procedente o pedido formulado pela autora Maria Carolina em face de Luciano, com fulcro no art. 927 do Código Civil e, consequentemente, condeno o réu Luciano ao pagamento do valor de R$ 62.500,00 (sessenta e dois mil e quinhentos reais) a título de ressarcimento pelos danos materiais e morais causados à autora. Condeno o réu ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como honorários advocatícios, os quais arbitro em R$ 6.250,00 (seis mil duzentos e cinquenta reais), com fulcro no art. 85, §2º, do NCPC.
Nada satisfeito com a r. sentença, o requerido apresentou pedido de retratação ao Juízo de 1º grau o qual foi negado.
Não havendo outra alternativa, apresentamos a presenta RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL.
IV – DO DIREITO
Considerando-se o artigo 493 do CPC, havendo fatos supervenientes à propositura da ação, os mesmos devem ser levados em conta o segundo grau de jurisdição, para melhor análise e apreciação para evitar-se equívocos por parte do Juízo Monocrático, afinal, todos somos de carne e osso e cometemos equívocos!
Excelências, a sentença promulgada pelo Juízo a quo merece reforma, pois contraria o artigo 884, NCPC por aplicar o enriquecimento ilícito em favor da apelada. Vejamos o r. texto:
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na época em que foi exigido. 
Considerando que o Apelante prestou todos os atendimentos necessários no ato do acidente, bem como acompanhou diariamente o estado de saúde da Srta. Maria Carolina, este não merece ser condenado no importe de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por danos morais.
Excelências, o Apelante foi condenado ao total de R$ 62.500,00 (sessenta e dois mil e quinhentos reais) pela causa, mais acréscimo de R$ 6.250,00 (seis mil duzentos e cinquenta reais) a título de honorários advocatícios e custas processuais.
Este valor de R$ 62.500,00 está incluindo o importe de r$ 20.000,00 dos danos morais, onde configura a ilicitude do enriquecimento da parte vencedora.
Conforme veremos a seguir, os julgados dos tribunais superiores e doutrinadores, se sintonizam com a exterminação desta pratica ilegal e abusiva.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (OU SEM CAUSA) - PRESCRIÇÃO - CORREÇÃO MONETÁRIA - I. Não se há negar que o enriquecimento sem causa é fonte de obrigações, embora não venha expresso no Código Civil, o fato é que o simples deslocamento de parcela patrimonial de um acervo que se empobrece para outro que se enriquece é o bastante para criar efeitos obrigacionais. II. Norma que estabelece o elenco de causas interruptivas da prescrição inclui também como tal qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do direito pelo devedor. Inteligência do art. 172 do Código Civil. (STJ - Resp 11.025 - SP - 3ª T - Rel. Min. Waldemar Zveiter - DJU 24.02.92).
Do mesmo entendimento temos o Brilhante Orlando Gomes, que nos traz:
"há enriquecimento ilícito quando alguém, às expensas de outrem, obtém vantagem patrimonial sem causa, isto é, sem que tal vantagem se funde em dispositivo de lei ou em negócio jurídico anterior"[3]. Para ele são necessários os seguintes elementos: a) o enriquecimento de alguém; b) o empobrecimento de outrem; c) o nexo de causalidade entre o enriquecimento e o empobrecimento; e d) a falta de causa ou causa injusta. (Negrito nosso).
Para Mario Caio, ele nos traz cinco elementos:
1º) o empobrecimento de um e correlativo enriquecimento de outro;
2º) ausência de culpa do empobrecido;
3º) ausência do interesse pessoal do empobrecido;
4º) ausência da causa;
5º) subsidiariedade da ação de locupletamento (de in rem verso), isto é, ausência de uma outra ação pela qual o empobrecido possa obter o resultado pretendido.
Nos julgados não vai ao contrário:
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1211151 GO 2010/0158945-7 (STJ) 
Ementa: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.REPASSE DE SALÁRIO DE SERVIDOR PÚBLICO. UTILIZAÇÃO DE VEICULOPÚBLICO E OFERECIMENTO DE CARGO PÚBLICO PARA FINS PARTICULARES.VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS INSERTOS NO ART. 11 DA LEI DE IMPROBIDADE.ENRIQUECIMENTO ILÍCITO CONFIGURADO. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO DASPENALIDADES APLICADAS. REEXAME FÁTICO-PROBATÓRIO. 1. A violação do artigo 535 , incisos I e II , do CPC não se efetivouno caso dos autos, uma vez que não se vislumbra omissão oucontradição no acórdão recorrido capaz de tornar nula a decisãoimpugnada no especial. 2. Não há qualquer violação ao art. 458 do CPC , pois, ao contráriodo alegado pelo recorrente, todas as provas levantadas no acórdãolevam a crer que o recorrente proferiu condutas reiteradas deimoralidade administrativa. Sendo assim, não há decisão proferidacontrária às provas apresentadas. Há nos autos diversos depoimentosque relatam os atos ímprobos cometidos pelo agente. Trechos doacórdão combatido. 3. O Tribunal inferior entendeu que o recorrente realizou condutasímprobas inseridas nos artigos 9º e 11 da Lei de improbidade. 4. Quanto ao art. 11 da citada lei, esta Corte Superior possuientendimento pacífico no sentido de que, para o enquadramento decondutas no art. 11 da Lei n. 8.429 /92, é despicienda acaracterização do dano ao erário e do enriquecimento ilícito.Precedentes. 5. Já quanto a conduta inserida no artigo 9º, ao contrário doalegado, o recorrente incorreu em enriquecimento ilícito. 
Mais ainda:
TJ-DF - Apelacao Civel APC 20090110305090 DF 0063240-76.2009.8.07.0001 (TJ-DF) 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO REVISIONAL. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. CONSIGNAÇÃO DAS PARCELAS MENSAIS. PREJUDICIAL EXTERNA. COMINAÇÃO DE ASTREINTE. POSSIBILIDADE. ENRIQUECIMENTO ILÍCITO CONFIGURADO. REDUÇÃO DE OFÍCIO AUTORIZADA. INTELIGÊNCIA DO § 6º DO ARTIGO 461 DO CPC . MULTA. DESCUMPRIMENTO DAS DETERMINAÇÕES DO JUÍZO. CARÁTER SANCIONATÓRIO. SENTENÇA REFORMADA. (Negrito nosso).
E por final:
TRF-1 - APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA AMS 9961 DF 91.01.09961-2 (TRF-1) 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO DE SENTENÇA - PRECATÓRIOS SUCESSIVOS - DEMORA ADMINISTRATIVA NO PAGAMENTO - PRINCÍPIOS DO NÃO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO E DA COISA JULGADA. I - A jurisprudência do egrério Superior Tribunal deJustiça e do TRF/1ª Região consolidou o entendimento de que, devendo o débito resultante de decisão judicial ser integralmente pago, tem o credor da Fazenda Pública direito de cobrar, via de precatório, por tantas vezes quantas necessárias, em respeito aos princípios do não enriquecimento ilícito e da coisa julgada. II - Em conseqüência, havendo, in casu, demora no pagamento do débito pela executada, legítima é a pretensão de expedição de um terceiro precatório. III - Recurso provido. Sentença reformada. 
Conforme aqui já está demonstrados, Excelências, o valor por danos morais arbitrados pelo Juízo de 1º Grau é abusiva e ilícita.
V – DA ASSISTÊNCIA GRATUITA
O Apelante é Pobre aos olhos da Lei e, considerando que ele é beneficiado da Assistência gratuita, requer-se a esta extensão, nos fulcros da Lei nº. 1.060, de 05 de fevereiro de 1950.
 
VI – DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto e fundamentos, requer-se que:
Seja recebida e dado total provimento o presente Recurso de Apelação para, e no mérito, reformar a decisão do Juízo de Primeiro Grau, no qual deu provimento ao pagamento de danos morais no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em favor da Apelada;
Seja deferida a assistência judiciária gratuita em favor do Apelante;
Este causídico seja intimado por DJE sobre qualquer situação referente a este processo;
Se vossas excelências não entenderem em excluir os danos morais, que este valor seja totalmente reformado para um patamar bem abaixo do arbitrado pelo Juízo a quo por estar ferindo o art. 884, NCPC.
Nestes termos,
Pede e espera-se,
DEFERIMENTO!!!
Uberaba-MG, 07 de abril de 2016.
ADVOGADO
OAB/MG
Avenida A, 107 Edifícios A3 - Residencial Cristal - Terra Nova - Cuiabá – MT - 78.050-400
FONE: (65) 9271-4055 – Email: Edilauson.monteiro@hotmail.com

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