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Processos de Conformação Mecânica e Usinagem

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UNIVERSIDADE DO ALTO VALE DO RIO DO PEIXE – UNIARP 
CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
RICHARD FERREIRA FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA E USINAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAÇADOR 
2014 
 
 
RICHARD FERREIRA FERNANDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO MECÂNICA E USINAGEM 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como exigência para 
a obtenção de nota na disciplina Processos 
em Engenharia e Fabricação, do Curso de 
Engenharia de Controle e Automação, 
ministrado pela Universidade do Alto Vale do 
Rio do Peixe – UNIARP, sob orientação do 
professor Fabrício Páris. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAÇADOR 
2014 
 
 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1 
2 CONFORMAÇÃO MECÂNICA ................................................................ 2 
2.1 CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA .......................... 2 
2.1.1 Conformação A Frio ............................................................................ 2 
2.1.2 Conformação A Morno ........................................................................ 2 
2.1.3 Conformação A Quente ...................................................................... 2 
2.2 CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE ESFORÇO ................... 3 
2.2.1 Compressão Direta ............................................................................. 4 
2.2.1.1 Forjamento ....................................................................................... 4 
2.2.1.2 Laminação ....................................................................................... 5 
2.2.2 Compressão Indireta ........................................................................... 6 
2.2.2.1 Trefilação ......................................................................................... 6 
2.2.2.2 Extrusão ........................................................................................... 6 
2.2.2.3 Estampagem .................................................................................... 7 
2.2.3 Tração ................................................................................................. 8 
3 PROCESSOS DE USINAGEM COM REMOÇÃO DE CAVACO ............. 9 
3.1 TORNEAMENTO ................................................................................... 9 
3.1.1 Torneamento Retilíneo ....................................................................... 9 
3.1.2 Torneamento Curvilíneo ................................................................... 10 
3.2 APLAINAMENTO ................................................................................. 11 
3.3 FURAÇÃO ........................................................................................... 12 
3.4 ALARGAMENTO ................................................................................. 13 
3.5 REBAIXAMENTO ................................................................................ 14 
3.6 MANDRILAMENTO ............................................................................. 15 
3.7 FRESAMENTO .................................................................................... 16 
 
 
3.8 SERRAMENTO.................................................................................... 17 
3.9 BROCHAMENTO................................................................................. 19 
3.10 ROSCAMENTO ................................................................................. 20 
3.11 LIMAGEM .......................................................................................... 22 
3.12 RASQUETEAMENTO ........................................................................ 23 
3.13 RETIFICAÇÃO ................................................................................... 23 
3.14 LAPIDAÇÃO ...................................................................................... 23 
CONCLUSÃO ............................................................................................ 24 
REFERÊNCIAS ......................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
No nosso dia-a-dia todos nós estamos em contato direto com diversos 
utensílios, ferramentas e equipamentos metálicos, sejam facas, tesouras ou 
chaves. Porém muitos não têm a menor ideia de por quantos processos a 
matéria-prima passa antes de se tornar algo que possa nos ser útil. 
Para que algo seja fabricado, a matéria-prima precisa ser trabalhada em 
processos de conformação mecânica e ou usinagem, dificilmente a matéria-prima 
passará por apenas um processo antes de se tornar um produto acabado, 
geralmente são necessárias várias etapas para que isso aconteça. 
A conformação mecânica geralmente é utilizada quando precisa-se 
produzir vários produtos idênticos, como nos processos de forjamento e 
estampagem por exemplo. 
Nos casos em que o dimensionamento e o acabamento são rigorosos, 
torna-se necessário um processo de usinagem. A usinagem é o processo mais 
conhecido e utilizado mundialmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
2 CONFORMAÇÃO MECÂNICA 
 
Conformação Mecânica é o nome genérico dos processos em que uma 
matéria prima tem sua forma alterada através da aplicação de forças externas, 
aproveitando-se de sua deformação plástica. Nesse processo a geometria do 
material muda, mas seu volume e massa permanecem inalterados. 
Os processos de conformação podem ser classificados em função da 
temperatura ou do tipo de esforço predominante (CIMM, 2014). 
 
2.1 CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA 
 
A conformação mecânica pode ser realizada a frio, a morno ou a quente, a 
fim de conferir determinadas características a peça trabalhada, como maior 
ductilidade ou rigidez, visto que a temperatura influencia na estrutura cristalina do 
material e na formação de grãos (CIMM, 2014). 
 
2.1.1 Conformação A Frio 
 
Conformação ou trabalho mecânico a frio, é o trabalho realizado em 
temperatura ambiente ou levemente aquecido. Apresenta maior precisão no 
dimensionamento e qualidade superficial, mais utilizado em peças acabadas, 
porém necessita maior potência e a peça final apresenta maior rigidez (MARTINS, 
2009). 
 
2.1.2 Conformação A Morno 
 
O trabalho a morno é realizado abaixo da temperatura de recristalização e 
acima de 30% da temperatura de fusão. Precisa de menor potência em relação ao 
trabalho a frio, reduz a necessidade de recozimento, mais utilizado em peças de 
geometrias complexas (MARTINS, 2009). 
 
2.1.3 Conformação A Quente 
 
3 
 
É o trabalho realizado acima da temperatura de recristalização e abaixo de 
70% da temperatura de fusão. Necessita menor força de trabalho e não apresenta 
encruamento, a peça final é mais dúctil, porém mais frágil. Esse processo é 
aplicado a materiais semiacabados (MARTINS, 2009). 
 
2.2 CLASSIFICAÇÃO EM FUNÇÃO DO TIPO DE ESFORÇO 
 
Além da temperatura de trabalho, os processos de conformação também 
podem ser classificados de acordo com o tipo de força aplicada, compressão 
direta ou indireta, tração, flexão e cisalhamento (MARTINS, 2009). A Figura 1 
apresenta alguns exemplos. 
 
Figura 1 – Exemplos de Conformação Mecânica 
 
Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2009) 
 
4 
 
2.2.1 Compressão Direta 
 
A força é aplicada diretamente na superfície da peça, a deformaçãosegue 
o ângulo da força de compressão aplicada (MORAIS, 2003). 
 
2.2.1.1 Forjamento 
 
O forjamento é uma técnica utilizada para alterar a forma de um metal 
através de prensagem ou a marteladas, mais comumente a quente, embora 
algumas ligas metálicas possam ser forjadas a frio. A duas formas distintas de 
forjamento, livre e em matriz fechada. 
O forjamento livre é utilizado para peças grandes ou com poucos 
componentes. “Frequentemente, o forjamento livre é usado para preparar a forma 
da peça (esboço) para o forjamento em matriz” (MOREIRA, 2007, p. 3). 
O forjamento em matriz fechada é realizado em etapas e permite a 
obtenção de um dimensionamento mais preciso, é utilizado para a produção em 
larga escala. 
 
Em geral, cada matriz possui diversas cavidades. As primeiras têm a 
função de desbastar e expandir a barra formando um esboço. Em 
seguida, este é forjado na cavidade de “forja em bruto” para atingir uma 
forma próxima à desejada, sendo que a maior parte da deformação 
ocorre nesta etapa. Depois, a peça é transferida à matriz de 
acabamento, onde atinge as dimensões finais e ocorre o corte da 
rebarba. (MOREIRA, 2007, p. 4) 
 
Exemplos de produtos obtidos por forjamento são engrenagens, parafusos, 
porcas, chaves de boca, alicates, pontas de eixo, virabrequins etc. A Figura 2 
ilustra alguns desses produtos. 
 
Figura 2 – Exemplos de peças forjadas 
5 
 
 
Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2009) 
 
2.2.1.2 Laminação 
 
No processo de laminação, o metal sofre tensões elevadas de compressão 
por meio da prensagem de cilindros e tensões superficiais de cisalhamento, 
provenientes do atrito entre o metal e os cilindros. A laminação é muito utilizada 
na produção de chapas planas ou bobinadas, folhas metálicas e etc. Na Figura 3 
podemos ver o resultado final do processo de laminação (MOREIRA, 2007). 
 
Figura 3 – Chapas Laminadas de alumínio 
 
Fonte: Metalvalley (2014) 
 
6 
 
2.2.2 Compressão Indireta 
 
Nesse caso a matéria-prima em si é tracionada, mas a conformação se dá 
pela compressão entre a peça e a matriz conformadora (MORAIS, 2003). 
 
2.2.2.1 Trefilação 
 
A trefilação é utilizada principalmente para a produção de fios e tubos 
longos com acabamento superficial controlado. No processo de trefilação, uma 
barra metálica é tracionada contra uma matriz com perfil semelhante ao da peça 
desejada (SCIRRE, 2014). A Figura 4 exemplifica o processo de trefilação. 
 
Figura 4 – Fieira em corte 
 
Fonte: Compact Lubrificantes (2014) 
 
2.2.2.2 Extrusão 
 
A extrusão é um processo de conformação mecânica muito semelhante à 
trefilação, nesse processo podem ser obtidas peças longas com a seção 
transversal desejada, essas peças posteriormente podem ser cortadas para a 
fabricação de peças com a mesma seção transversal. A extrusão também é 
7 
 
utilizada em materiais plásticos e na área alimentícia (FARIA, 2014). Na Figura 5 
vemos uma peça de alumínio extrudado. 
 
Figura 5 – Extrusão de alumínio 
 
Fonte: Manutenção e Suprimentos (2014) 
 
2.2.2.3 Estampagem 
 
O processo de estampagem é normalmente realizado a frio, e engloba 
várias operações, como dobramento e cisalhamento, para que uma chapa plana 
adquira a forma geométrica desejada. Os materiais mais comuns para 
estampagem são: 
 
 Ligas com baixo teor de carbono; 
 Ligas de alumínio e magnésio; 
 Ligas de alumínio e manganês; 
 Latão (o latão 70-30 possui melhor estampabilidade entre os metais). 
 
Para a realização da estampagem podem ser utilizadas prensas mecânicas 
ou hidráulicas. As prensas mecânicas são utilizadas para o corte, dobramento e 
para estampagem rasa, já para estampagem profunda ou repuxo são utilizadas 
prensas hidráulicas (GOMES, 2008). 
 
8 
 
2.2.3 Tração 
 
Consiste no processo de estiramento, onde uma chapa metálica é presa 
por duas garras e então tracionada contra um punção ou bloco (MORAIS, 2003). 
A Figura 6 ilustra algumas formas de estiramento. 
 
Figura 6 – Exemplos de Estiramento 
 
Fonte: Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2009) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
3 PROCESSOS DE USINAGEM COM REMOÇÃO DE CAVACO 
 
Segundo a DIN 8580, usinagem é todo o processo de fabricação onde 
ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco. “É a operação que confere 
à peça: forma, dimensões ou acabamento superficial, ou ainda uma combinação 
destes, através da remoção de material sob a forma de cavaco” (STOETERAU, 
2005, p. 4). 
Cavaco é todo o material removido da peça por ferramenta, e que 
apresenta forma irregular. 
A usinagem é o processo de fabricação mais utilizado no mundo, estima-se 
que 10% de todo o metal produzido é transformado em cavaco pelos processos 
de usinagem (COSTA, 2006). 
 
3.1 TORNEAMENTO 
 
Torneamento é o processo de usinagem adotado para se obter superfícies 
com revoluções utilizando a ajuda de ferramentas monocortantes. A peça gira em 
torno do eixo da máquina enquanto a ferramenta se move em uma trajetória 
coplanar ao eixo. Quanto à trajetória, o torneamento pode ser retilíneo ou 
curvilíneo (COSTA, 2006). 
 
3.1.1 Torneamento Retilíneo 
 
É o processo de torneamento no qual a(s) ferramenta(s) se deslocam em 
linha reta, podendo ser cilíndrico, cônico, radial ou perfilamento. 
O torneamento retilíneo cilíndrico é aquele em que a ferramenta se move 
em uma trajetória paralela ao eixo principal, quando visa formar um entalhe 
circular perpendicular ao eixo é chamado de sangramento axial. 
No torneamento cônico a ferramenta desloca-se em trajetória retilínea e 
inclinada em relação ao eixo principal de rotação. 
No torneamento radial a ferramenta desloca-se em uma trajetória retilínea 
e perpendicular ao eixo da máquina, quando utilizado para se obter um entalhe é 
10 
 
denominado de sangramento radial, quando usado para formar uma superfície 
plana é chamado de torneamento de faceamento. 
Perfilamento é o processo no qual a ferramenta segue uma trajetória 
retilínea radial ou axial, utilizado para obter formas definidas que são 
determinadas pelo perfil da ferramenta (COSTA, 2006). 
 
3.1.2 Torneamento Curvilíneo 
 
O torneamento curvilíneo é aquele em que a(s) ferramenta(s) de corte 
adota(m) uma trajetória curva. Pode ser torneamento de desbaste ou de 
acabamento. 
 
Entende-se por acabamento, a operação de usinagem destinada a obter 
na peça as dimensões finais, o acabamento superficial especificado, ou 
ambos. O desbaste é a operação de usinagem, que precede o 
acabamento, visando obter na peça a forma e dimensões próximas das 
finais. (COSTA, 2006, p. 7) 
 
A Figura 7 exemplifica as diferentes formas de torneamento. 
 
Figura 7 – Tipos de Torneamento 
11 
 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
3.2 APLAINAMENTO 
 
O aplainamento é um processo de usinagem utilizado para formar 
superfícies regradas, planas, paralelas, perpendiculares e inclinadas, geradas por 
movimento retilíneo da ferramenta ou da peça. A máquina responsável por esse 
12 
 
trabalho é chamada de plaina limadora ou plaina de mesa (SENAI, 1998). Na 
Figura 8 podemos ver de forma mais clara como é feito o aplainamento. 
 
Figura 8 – Exemplos de aplainamento 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
3.3 FURAÇÃO 
 
Furação é o processo mecânico de usinagem usado para a confecção de 
furos, na furação são utilizadas diferentes máquinas auxiliadas por brocas. A peça 
ou a ferramenta move-se de forma retilínea coincidente ou paralela ao eixo da 
máquina. A furação subdivide-se de acordo com o tipo de furo obtido.Quando todo o material compreendido no volume final de um furo cilíndrico 
é removido, denomina-se Furação em Cheio. Em furos profundos torna-se 
necessário o uso de ferramentas especiais. 
Chamamos de Furação Escalonada, os processos de furação onde são 
obtidos dois ou mais diâmetros simultaneamente. 
Escareamento é o nome dado ao processo de abertura de um furo 
cilíndrico em peças previamente perfuradas ou pré-furadas. 
Furações de Centro são furos centrais, destinados a trabalhos mecânicos 
posteriores na peça. 
Quando apenas uma parte do material compreendido no volume final do 
furo é retirada sob a forma de cavaco, deixando um núcleo maciço, chamamos de 
13 
 
Trepanação (COSTA, 2006). Na Figura 9 vemos detalhadamente as subdivisões 
da furação. 
 
Figura 9 – Tipos de furação 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
3.4 ALARGAMENTO 
 
O alargamento é utilizado para aumentar o diâmetro de um furo em cerca 
de 10 a 20%, removendo pequenas quantidades de material. Pode ser usado 
para desbastamento ou acabamento da parede do furo. 
A realização desse processo com brocas convencionais (que possuem 
apenas duas “facas”) gera furos da qualidade H12, que é a tolerância de erro 
permitido. Para se obter furos com qualidade H7 são utilizados alargadores, que 
14 
 
são ferramentas semelhantes a brocas, porém com seis ou mais facas (SENAI, 
1998). A Figura 10 nos mostra a diferença entre alargamento de desbastamento e 
alargamento de acabamento. 
 
Figura 10 - Alargamento de desbastamento e de acabamento 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
3.5 REBAIXAMENTO 
 
Rebaixamento é o processo de usinagem destinado a produtos que exigem 
dois diâmetros concêntricos ou uma forma qualquer na extremidade do furo. 
Geralmente a peça é fixada e a ferramenta gira enquanto move-se em trajetória 
retilínea coincidente com o eixo de giração (COSTA, 2006). Na Figura 11 temos 
exemplos de rebaixamento. 
 
15 
 
Figura 11 – Rebaixamento cilíndrico e cônico 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
3.6 MANDRILAMENTO 
 
O mandrilamento é o processo de usinagem usado para se obter 
superfícies com revolução, ou seja, superfícies cujo eixo coincide com o eixo de 
giração da ferramenta. O mandrilamento pode ser cilíndrico, radial, cônico ou 
esférico. 
O processo de mandrilamento no qual a superfície usinada é cilíndrica de 
revolução e eixo coincidente com o eixo em torno do qual a ferramenta gira, é 
chamado de Mandrilamento Cilíndrico. 
Mandrilamento Cônico é aquele em que a superfície de revolução é cônica 
e coincide com o eixo de giração da ferramenta. 
Mandrilamento de Superfícies Especiais é o mandrilamento realizado em 
revoluções diferentes das anteriores, pode ser esférico ou mandrilamento de 
sangramento. 
No Mandrilamento Radial a ferramenta do mandril é plana e perpendicular 
ao eixo de giração (COSTA, 2006). A Figura 12 esquematiza os tipos de 
mandrilamento. 
 
Figura 12 – Tipos de Mandrilamento 
16 
 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
3.7 FRESAMENTO 
 
O fresamento é usado para se obter planos paralelos ao eixo de rotação da 
ferramenta, planos perpendiculares ao eixo de rotação da ferramenta ou uma 
combinação dos dois (SENAI, 1998). As Figura 13 e 14 representam os tipo de 
fresamento. 
 
Figura 13 – Tipos de Fresamento 
17 
 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
Figura 14 – Fresamento concordante e discordante 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
3.8 SERRAMENTO 
 
18 
 
É o processo que consiste em seccionar uma peça em duas partes com 
auxílio de uma serra (ferramenta multicortante). Dependendo do tipo de 
seccionamento ou recorte necessário, os movimentos de corte e avanço podem 
ou não serem realizados simultaneamente, com a peça se deslocando ou fixa. 
No serramento alternativo, a serra realiza os movimentos de corte e avanço 
simultaneamente, porém durante o retorno a serra é levantada para evitar o atrito 
e manter a afiação dos dentes. 
O travamento, que nada mais é, do que a espessura dos dentes da serra é 
o que caracteriza a profundidade do corte (SENAI, 1998). A Figura 15 exemplifica 
esquematicamente formas de serramento. 
 
Figura 15 – Tipos de serramento 
 
Fonte: CEFET Minas Gerais (2006) 
 
19 
 
3.9 BROCHAMENTO 
 
É o trabalho realizado com a utilização da brocha. A brocha é uma 
ferramenta multicortante de formatos diversos, formada por dentes que aumentam 
progressivamente ao longo de toda a extensão da ferramenta. A progressão dos 
dentes permite a usinagem completa, do desbastamento grosseiro até o 
acabamento. 
O brochamento pode ser interno, quando realizado em um furo passante 
de uma peça, ou externo, quando feito em uma superfície da peça (SENAI, 1998). 
A Figura 16 nos mostra como é o brochamento. 
 
Figura 16 – Brochamento externo e interno 
20 
 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
3.10 ROSCAMENTO 
 
O roscamento é usado na fabricação de elementos de fixação (como 
parafusos e porcas) e na transmissão de movimento (fusos). O roscamento gera 
sulcos helicoidais em furos e superfícies cilíndricas, cônicas ou mesmo planas. As 
21 
 
roscas podem ser feitas a mão (cossinetes, machos) ou em máquinas (SENAI, 
1998). Veja na Figura 17 algumas operações de roscamento. 
 
Figura 17 – Tipos de roscamento 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
22 
 
3.11 LIMAGEM 
 
É um processo de desbaste ou acabamento de superfícies planas, 
côncavas ou convexas, utilizando a lima. A lima é uma ferramenta multicortante 
que possui dentes, ranhuras ou filetes (SENAI, 1998). A Figura 18 nos traz alguns 
exemplos de lima. 
 
Figura 18 – Tipos de Lima 
 
Fonte: SENAI (1998) 
 
23 
 
3.12 RASQUETEAMENTO 
 
É um trabalho de usinagem manual utilizando uma ferramenta 
monocortantes chamada de rasquete. É usado para gerar superfícies planas com 
pontos de contato (SENAI, 1998). 
 
3.13 RETIFICAÇÃO 
 
Trata-se de um trabalho de abrasão em peças que devem apresentar 
dimensionamento e formas rigorosas ou rugosidade superficial baixa, ou ainda em 
peças com dureza elevada. 
A retificação utiliza ferramentas abrasivas chamadas de rebolos. Os 
rebolos são rotativos e realizam o movimento de corte, dependendo do perfil do 
rebolo, podem ser usados para usinar superfícies cilíndricas, cônicas, planas e 
etc. (SENAI, 1998). 
 
3.14 LAPIDAÇÃO 
 
Neste processo a superfície da peça é coberta com uma pasta abrasiva, 
sobre esta pasta é aplicada a força do lapidador. O lapidador realiza movimentos 
lentos de rotação. O lapidador é o responsável por dar as dimensões necessárias 
à peça (SENAI, 1998). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
CONCLUSÃO 
 
Em vista disso, pode-se concluir que para se obter uma ferramenta ou uma 
peça qualquer, tanto os processos de conformação mecânica quanto os 
processos de usinagem podem suprir essa necessidade, até certo ponto. 
Quando se precisa fabricar certa quantidade de um determinado produto, 
ou seja, várias cópias de um produto, é recomendável utilizar os processos de 
conformação mecânica. 
Já nos casos de peças com perfis ou formas mais complexas, e que 
necessitam acabamento superficial ou que possuem tolerâncias dimensionais 
mais baixas, torna-se essencial o trabalho por usinagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS 
 
BORGES, Marcos. Laminação. Disponível em: 
<http://mmborges.com/processos/Conformacao/cont_html/laminacao.htm> 
Acesso em: 16 fev. 2014 
 
Centro de Informação Metal Mecânica. ConformaçãoMecânica. Disponível em: 
<http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6462-conformacao-mecanica> 
Acesso em: 16 fev. 2014. 
 
COSTA, Éder. Processos de Usinagem. Divinópolis (MG), 2006 
 
FARIA, Caroline. Extrusão. Disponível em: 
<http://www.infoescola.com/engenharia/extrusao/> Acesso em: 16 fev. 2014 
 
GOMES, Márcio. Processos de Fabricação: Processos de Conformação 
Mecânica. 2008. Disponível em: 
<http://professormarciogomes.files.wordpress.com/2008/11/aulas-8-e-9-
estampagem.pdf.> Acesso em: 16 fev. 2014. 
 
MARTINS, Fábio. Conformação Mecânica. Curitiba (PR), 2009. 
 
MORAIS, Willy Ank. Conformação Plástica dos Metais. Santa Cecília (SC), 
2003. 
 
MOREIRA, Marcelo. Processos de Conformação Mecânica. Disponível em: 
<http://www.dalmolim.com.br/EDUCACAO/MATERIAIS/Biblimat/siderurgia3.pdf> 
Acesso em: 16 fev. 2014. 
 
SCIRRE, André Luiz. Trefilação. Disponível em: 
<http://monografias.brasilescola.com/engenharia/trefilacao.htm> Acesso em: 16 
fev. 2014. 
 
SENAI. Processos Mecânicos de Usinagem. São Paulo, 1998. 
 
STOETERAU, Rodrigo. Fundamentos dos Processos de Usinagem. São 
Paulo, 2005.

Outros materiais