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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DESIGN - 2 SEMESTRE DOCENTE – CÍD AVILÁ DISCENTE: ALEXIA DE OLIVEIRA DE AQUINO VANESSA OLIVEIRA RUAN MOTA HAMILTON BARBOSA PEDRO NOGUEIRA 1º È que a imagem, não vindo diretamente do homem, pres¬supõe sempre uma mediação técnica para exteriorizá-la, ela é sempre um artifício para simular alguma coisa a que nunca podemos ter acesso direto'. Esse preâmbulo é necessário para colocar a questão das imagens técnicas, propósito declarado desta fala. Grosso modo, o senso comum define tais imagens como aquelas cujo modo de enunciação pressupõe algum tipo de mediação técnica. 0 exemplo mais óbvio e mais citado é a fotografia, uma vez que a sua produção depende fundamentalmente da mediação de, no mínimo, três dispositivos técnicos: a câmera, o sistema ótico da objetiva e a película fotossensível. 2º Quando se fala de imagens, é impossível pensar a estética independentemente da intervenção da técnica. Dependendo do sistema filosófico invocado, o campo semântico implicado pela primeira pode ser mais vasto que o da segunda, mas, de qualquer maneira, não se pode jamais ignorar o papel determinante jogado pelas técnicas de produção na realização dos fenômenos estéticos, sob pena de se reduzir qualquer discussão estética a um delírio intelectual- lista completamente ignorante da realidade da experiência produtiva. 3º Por “imagens técnicas” designamos em geral uma classe de fenômeno audiovisuais em que o objetivo (“técnico”) de algumas formas ofusca o substantivo (“imagem”), em que o papel da maquina (ou de seja la qual for a mediação técnica” se torna tao determinante determinante a ponto de muitas vezes eclipsar ou mesmo substituir o trabalho de concepção de imagens por parte de um sujeito criador, o artista que traduz as suas imagens interiores em obras dotadas de significado numa sociedade de homens.(...) o conceito de ‘imagem técnica” a um campo de fenômeno visuais em que a inversão da técnica produz uma diferença dentro do universo das imagens, marcando muitas vezes uma cisão, uma distancia em relação as imagens do homem, as suas imagens interiores. 4º A partir do Renascimento, a paisagem visualizada no quadro advém cada vez mais sóbria, encorpada, matematicamente controlada, rígida por um conceito de simetria e de funcionalidade. 5º Os artistas começaram, por assim dizer, a rejeitar as suas imagens interiores, a encará-las como enganosas e desviantes, ao mesmo tempo que se ancoram no conhecimento cientifico como forma de garantir credibilidade, a verossimilhança, o valor mesmo da produção imagética como forma de conhecimento. 6º a objetividade (“imitação da natureza”) e s® beleza (configuração ideal)3? A busca da objetividade tem um sentido claro no Renascimento: trata-se de um empenho no sentido de colocar fora do homem a produção de imagens e livrá- la do peso deformante das imagens interiores. 7º Os artistas começaram, por assim dizer, a rejeitar as suas imagens interiores, a encará-las como enganosas e desviantes, ao mesmo tempo que se ancoram no conhecimento cientifico como forma de garantir credibilidade, a verossimilhança, o valor mesmo da produção imagética como forma de conhecimento. 8º Buscam a reprodução da natureza prorrogada pelos mesmos, buscando os ideais das proporções da beleza. 9º Reproduzir o padrão de imagem do Renascimento (fotografia) herda do modelo de imagem do renascimento. 10º O homem contemporâneo vai lidar também com o campo das imagens técnicas ( fotografia, cinema, vídeo, gráfica) 11º No Seculo XX , vamos aprender a conviver simultaneamente com dois modelos iconográficos: O modelo renascentista, mantido vivo através da imagem técnica e o modelo “moderno” de que as artes plasticas serão as principais articuladoras. 12º Diferentemente da imagem fotoquímica, a imagem eletrônica é muito mais maleável, plástica, aberta a manipulação do artista, resultando portanto mais suscetível as transformações e anamorfoses. Pode-se nela intervir infinitamente, alterando suas formas, modificando seus valores cromáticos, desintegrando suas figuras. Não por acaso, a arte do vídeo, que se constitui tão logo os recursos técnicos se tornam disponíveis, se definirá rapidamente como uma retórica da metamorfose: ao invés da exploração da imagem consistente estável e naturalista da figura clássica, ela se definirá resolutamente na direção da distorção, da desintegração das formas, da instabilidade dos enunciados e da abstração como recurso forma 13º De um lado, os mais recentes algoritmos de computação gráfica prometem simulações absolutamente “realistas”, a ponto de poder substituir objetos do mundo real, cenários naturais e até mesmo atores de carne e osso por réplicas digitais tão convincentes quanto as imagens técnicas anteriores, resultantes de um registro fotoquímico realizado pela câmera. Por outro lado, porém, as atuais imagens fotográficas são a tal ponto manipuladas através de processadores computadorizados, que a própria credibilidade (ingênua, é verdade) no poder de revelação da fotografia entra hoje num processo de degringolamento irreversível.
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