Buscar

Leishmanioses

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

LEISHMANIOSE
Profa. Dra .Tatiane R. de Oliveira
Disciplina: Parasitologia 
Curso: Enfermagem
Morfologia do parasita
(formas evolutivas)
Morfologia dos flagelados da família Trypanosomatidae
Tripomastigota T. cruzi Epimastigota T. cruzi
Gênero: Leishmania
Características: 
- parasitas flagelados com ciclos heteroxênicos
(amastigotas, promastigotas, promastigotas
metacíclicos, paramastigotas).
- seus hospedeiros vertebrados incluem uma ampla
variedade de mamíferos (zoonose).
- vetor invertebrado corresponde a insetos da
subfamília Phlebotominae (flebotomíneos).
Classificação atual
* Proposta por Lainson e Shaw (1987) baseada nos seguintes
aspectos:
1. Biológicos
2. Imunológicos
3. Bioquímicos
4. Aspectos geográficos e clínicos da infecção humana
Organização das espécies que parasitam o homem em dois
subgêneros:
Subgênero Leishmania – parasitas do homem e de outros mamíferos,
no inseto vetor desenvolvimento limitado a região média e anterior.
Subgênero Viannia – parasitas do homem e de outros mamíferos,
apresentam no inseto vetor as formas paramastigotas (aderidas) e
promastigotas (livres) que migram na região posterior para média e
anterior.
Morfologia do parasita
(formas evolutivas)
Amastigota
(no hospedeiro vertebrado)
• intracelular, arredondada,
cinetoplasto em forma de bastão e
ausência de flagelo livre
• parasitas exclusivos de células do
sistema fagocítico mononuclear
(preferencialmente macrófagos)
•reprodução divisão binária
Morfologia do parasita
(formas evolutivas)
Promastigota
(no inseto vetor)
•extracelular, alongada e presença 
de flagelo.
• reprodução divisão binária
•metacíclico – forma infectiva
encontrado nas porções anteriores 
do trato digestivo. Não se dividem
núcleo
cinetoplasto
Morfologia do parasita
(formas evolutivas)
Paramastigotas
(no inseto vetor)
• ovais ou arrendodados
• pequeno flagelo livre
•Ficam aderidas no trato digestivo 
do vetor através dos flagelos.
núcleo
cinetoplasto
Mecanismo de Transmissão
Ocorre através da inoculação de formas promastigotas metacíclicas
pela fêmea do flebotomíneo durante o hematofagismo.
gêneros Lutzomya – Brasil (Novo Mundo)
Phlebotomus (Velho Mundo)
Mecanismo de Transmissão
macho fêmea
 No Brasil são conhecidos como:
asa-branca, birigui, mosquito
palha, cangalhinha ……
 Corpo coberto por cerdas.
 Somente as fêmeas são
hematofágicas.
 Extremidade posterior do
abdômen das fêmeas
arrendondada e dos machos é
bifurcada.
 Fonte de energia: açúcares
Ciclo Biológico - Reservatórios
• Reservatório silvestre: roedores, edentados (tatu, tamanduá,
preguiça), marsupiais (gambá), canídeos (lobo e raposa) e
primatas. INFECÇÃO BENIGNA E INAPARENTE
• Reservatório doméstico: cão
• Hospedeiro acidental: Homem
Reservatório silvestre da LTA Reservatório domiciliar da LV
Ciclo biológico
maxadilan
Promastigotas 
metacíclicos
www.who.int/tdr/diseases/leish/lifecycle.htm
LPG e gp63
Receptores
no 
macrofágo
24 hs
4-8 hs
Ciclo Biológico no Vetor
Divisão binária
Trato digestivo anterior
ou estômago
Inoculação do estágio
PROMASTIGOTAS METACÍCLICOS 
na pele
Ingestão de macrófagos infectados com 
amastigotas pela fêmea durante respasto 
sanguíneo
Transformação de amastigota
em estágio promastigotas no intestino
Divisão no intestino e migração
para probóscide
Promastigotas 
Paramastigotas
18-24hs
Formas clínicas 
• Leishmaniose cutânea
• Leishmaniose mucocutânea
• Leishmaniose cutânea difusa
Leishmaniose Tegumentar
Leishmaniose Cutânea - LC
Lesões primárias 
Úlceras únicas ou
múltiplas 
Disseminação hematogênica
Lesões disseminadas - não ulcerativas
Resultado do processo de metástase do parasita
(Leishmaniose Cutânea Difusa - LCD)
Lesões secundárias Comprometimento de mucosas e cartilagens
(Leishmaniose Mucocutânea - LCM)
Auto-cura
Nódulos (histiocitoma)
Leishmaniose Cutânea
No Brasil é causada pelas espécies: L. braziliensis e L. amazonensis
Úlceras crostosas com bordas salientes 
(alta densidade de parasitas no inicio da 
infecção) e formato circular.
Leishmaniose Cutânea Difusa
Causada por L. amazonensis
• Formação de lesões difusas não ulceradas em toda a pele, contendo grande número de
parasitas.
• Começa com uma lesão cutânea que propaga como lesões difusas (40%).
• Intimamente ligada à deficiência imunológica do paciente (resposta celular diminuída).
• Doença de curso crônico e progressivo, não respondendo aos tratamentos
convencionais.
Leishmaniose Mucocutânea
Espécie responsável no Brasil: L. braziliensis
• Processo lento de curso crônico.
• 70% das manifestações surgem dentro dos primeiros 5 anos da lesão primária.
• As regiões afetadas são o nariz, faringe, boca e laringe, sendo de caráter progressivo,
podendo apresentar complicações respiratórias.
• Principal causa da metástase é a ineficácia do esquema de tratamento.
Forma cutânea
Forma cutânea-difusa
Forma muco-cutânea
Resposta Imune
Presente em todas as 
manifestações 
Após cura clínica 
níveis de anticorpos 
decai
EPIDEMIOLOGIA
 LTA é primariamente uma enzootia de animais silvestres.
 Transmissão humana pela penetração do homem em áreas onde
ocorre a doença (zoonótico).
 Endêmica no México, maior parte da América Central e todos os
países da América do Sul, exceto Chile.
 No Brasil, ocorre em todos os estados com maior incidência na
região Norte.
Diagnóstico - LTA
Clínico
Exame Parasitológico:
1. Exame direto de esfregaço corado:
-Escarificação (bordas de lesões ulceradas ou na superfície de lesões 
não ulcerativas)
-Biópsia *É considerado exame direto quando utilizado para
“imprint” em lâminas
2. Exame indireto:
-Histopatológico: utiliza fragmento de pele obtido da biópsia.
-Cultura (identificação da espécie) o material pode ser obtido de
fragmentos do tecido ou de aspirados das bordas.
Cultivo das Leishmania são feito em meios apropriados contendo
antibiótico.
-Inoculação de animais: hamsters (nas extremidades) 
Aplicado somente em instituições de pesquisa.
Métodos Imunológicos:
1.Teste de Montenegro (IDRM): avalia a resposta de hipersensibilidade celular
tardia.
Vantagens: boa aplicabilidade clínica e baixo custo.
Técnica de Aplicação: antígeno de formas promastigotas são injetados na 
epiderme na face interna do braço.
Interpretação dos resultados:
*Negativo: ausência de qualquer sinal no local de inoculação ou presença de uma
pápula com < de 5 mm de diâmetro.
Forma cutânea difusa
*Positivo: pápula ou nódulo > ou = 5 mm de diâmetro.
 Pacientes tratados permanecem por longo tempo com o teste positivo.
Leitura de 48 a 72 hs
2. Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI):
 método sorológico mais utilizado: detecção de anticorpos.
não é espécie-específica (reatividade cruzada com outros
tripanossomatídeos).
 títulos de anticorpos são baixos em caso de lesões recentes mas
podem aumentar nas formas crônicas onde há envolvimento de mucosa.
Profilaxia
 Difícil controle.
 Uso de inseticidas de ação residual. 
 Construção de casas à uma distância mínima de 
500m da mata.
 Utilização de repelentes e mosquiteiros.
 Evitar acúmulo de lixo orgânico.
 Diagnóstico e tratamento de pessoas infectadas.
Tratamento
Antimoniais pentavalentes - Glucantime®
Via de administração é intramuscular ou (endovenoso).
Esquema terapêutico: tratamento por 10 dias consecutivos, com
intervalos de mesma duração seguindo o mesmo protocolo até a
cura total da lesão.
LMC: outros tipos de cuidados podem ser aplicados para evitar
infecções secundárias.LCD: não responde ao tratamento.
Mecanismo de ação:
amastigotas atividade glicolítica via oxidativa de ácidos
graxos.
Leishmaniose Visceral
Leishmaniose Visceral - Calazar
• É uma doença de evolução crônica, grave e de alta letalidade se não
tratada.
• A nível mundial são notificados 500.000 novos casos cada ano, e no
Brasil o Ministério da Saúde relata a ocorrência de 3.100 novos
casos por ano, 54% em crianças menores de 10 anos.
• Co-infecção por HIV, desnutrição, condições imunosupressoras e uso
de drogas injetáveis atuam como fatores de risco.
• No Brasil o principal agente causador é a L. (L.) chagasi sendo o
principal vetor L. longipalpis.
• Visceralização dos amastigotas para órgãos linfóides.
Ciclo Epidemiológico do Calazar
* antropozoonose
Pequena reação inflamatória
Cura espontânea
Migração de parasitas para 
linfonodos e vísceras.
Rara presença de parasitas 
no sangue periférico
Promastigotas metacíclicos
internalizados por células
dendríticas ou macrofágos.
SINTOMATOLOGIA
 Forma assintomática: apresenta manifestações gerais,
febre baixa, tosse seca, diarreia, etc. as pessoas podem
apresentar cura espontânea ou manter o parasita sobre
controle pelo resto da vida. Acredita-se que esta
manifestação é a maioritária em áreas de alta endemia.
Equilíbrio pode ser rompido!!!!!!
Forma aguda: manifestações gerais que fazem confundir com outras
doenças infecciosas, sendo essas: febre alta, palidez de mucosas e
hepatoesplenomegalia discreta. Acompanhado de tosse e diarreia. Altos
níveis de IgG anti- Leishmania.
* Hiperplasia e hipertrofia das células do SMF altamente parasitadas.
* Fibrose de fígado.
SINTOMATOLOGIA
Forma crônica ou Calazar clássico: manifestações mais graves,
emagrecimento progressivo desnutrição caquexia, edema
generalizado, manifestações digestivas, dores musculares,
hepatoesplenomegalia associada a ascite (aumento do abdômen)
Podem existir infecções secundárias que agravam o quadro.
* Extravasamento do plasma sanguíneo para cavidade abdominal
SINTOMATOLOGIA
Distribuição Geográfica - LV 
90% de todos os casos leishmaniose visceral ocorre na Índia, Bangladesh, 
Nepal, Sudão, Etiopia e Brasil.
Maiores registros de casos humanos – Região Nordeste, Sudeste e 
Centro-Oeste
DIAGNÓSTICO - LV
Parasitológico:
1.Análise de material obtido de punção de medula óssea, fígado e
baço.
• Pesquisa de formas amastigotas em esfregaços corados.
Punção de medula: técnica simples de pouco risco para o paciente.
Punção esplênica: apresenta alta sensibilidade – risco ao paciente.
2. Cultivo e isolamento em animais susceptíveis
Métodos Imunológicos: altos níveis de anticorpos
(hipergamaglobulinemia)
1. ELISA
Desvantagem: reação cruzada com outros tripanossomatídeos.
Solução: uso de proteínas recombinantes geradas por técnicas de DNA
recombinante.
2. Imunofluorescência (RIFI): é o teste mais utilizado
Desvantagem: reação cruzada com outros tripanossomatídeos.
DIAGNÓSTICO - LV
• Títulos altos durante a doença
• Avaliação terapêutica
Diagnóstico - LV
Métodos Laboratoriais Complementares:
- Hemograma revelando anemia (alterações de medula óssea)
- Altos dos níveis de bilirrubina, uréia e creatinina - casos
terminais.
- Aumento das globulinas – depleção de linfócitos T e presença
de plasmócitos
- Métodos moleculares (PCR)
Tratamento
Antimoniais pentavalentes - Glucantime®
20mg/dia por 20 dias ou máximo de 40 dias.
Pacientes desnutridos: via endovenosa
Demais casos: via intramuscular
Efeitos colaterais: arritmias
Atenção: ultrapassar barreira placentária.
Tratamentos alternativos (casos de não melhora ou cura clínica)
Anfotericina B (Ambisome, Amphotec e Abelcet)
Droga potente de ação sobre as formas promastigotas e amastigotas
Efeitos colaterais: inúmeros e dose-dependentes.
(Cefaléia, febre, calafrios, dores musculares e articulares e vômitos)
Droga de escolha: gestantes
Controle e Profilaxia
Estudos de reservatórios silvestres da região, principalmente em áreas
rurais.
Combate aos flebotomíneos com uso de inseticidas de ação residencial.
Diagnóstico e Tratamento dos doentes.
Eliminação dos cães com sorologia positiva.
Profilaxia de cães
- uso de coleiras ou aplicação de
inseticidas de uso tópico.
- Vacinação de cães sadios (2 vacinas caninas)

Outros materiais