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REVISÃO DO CONTEÚDO Caso 1: J.M, 25 anos, sexo masculino, solteiro, natural RR, mecânico é atendido no hospital do bairro e relata disenteria com sangue a mais de 3 semanas, o número de evacuações tem aumento progressivo, relata também dor abdominal (cólica), no exame clínico o estado geral é regular. Na colonoscopia solicitada, a imagem revela a presença de múltiplas úlceras (aspecto de botão de camisa). 1. Em um exame coproparasitológico, qual a forma evolutiva do parasita encontrada? 2. De forma sucinta, descreva como ocorre este processo invasivo? O que determina a virulência da E. histolytica? Múltiplos fatores!! Em algumas situações - rompe-se o equilíbrio parasito-hospedeiro e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal. Multiplicam-se ativamente no interior da úlceras, invadem a circulação e disseminam-se para outros orgãos. Trofozoíto invasivo ou virulento, hematófago e muito ativo Não formam cistos! COLITE AMEBIANA MECANISMO DE INVASÃO 1. Adesão - via lectina na superfície das amebas às células do epitélio intestinal. 2. Processo de destruição tecidual - ação de enzimas (hialuronidase/proteases/mucopolissacaridases) - formação de úlcera típica. 3. Dispersão – o trofozoíta cai na circulação e atinge o fígado via sistema porta. 4. Formação de abscessos, necrose e até obstrução do sistema porta - pode levar o paciente a óbito. Caso 2: R.A.A, 38 anos, residente no município de Alta Floresta (MT) trabalha na lavoura e procurou o posto de saúde da região com sintomas de febre, náusea, calafrios e dor muscular. Naquela ocasião foi diagnosticada com malária causada por Plasmodium vivax e tratada com cloroquina. Após 2 meses, retorna ao posto de saúde com a mesma sintomatologia após diagnóstico laboratorial confirmada novamente a presença de P. vivax no sangue periférico. 1. Qual a forma parasitária responsável pela recaída da doença? 2. Qual o tratamento indicado para este caso? esporozoítos esquizontes merozoítas trofozoítas gametócitos macrogametas microgametas P. vivax Hipnozoítos oocineto oocisto Cloroquina Cloroquina e Primaquina Primaquina Caso 3: Criança com 1 ano de idade, do sexo masculino, residente em Ibiporã (PR) foi levado para o serviço médico com quadro febril acima de 39°C. A mãe relata ter passado um temporada de 5 meses em região de garimpo no estado de Mato Grosso. No exame físico foi possível notar fígado palpável e no exame laboratorial constatou-se anemia com hemoglobina (8.4) e elevação nos níveis de ureia, creatinina e bilirubina. A pesquisa de gota espessa e esfregaço fino revela somente a presença de formas de gametócitos em forma de “banana”. 1. Qual a espécie de Plasmodium na qual a criança esta parasitada? 2. Por que não é possível visualizar nos esfregaços sanguíneos, as formas de trofozoítas maduros e esquizontes (presença de merozoítas) desta espécie? Hemácias não infectadas Adesão em diferentes receptores endoteliais (ICAM-1, CD36, CSA) Produção local de citocinas (TNF-) Adaptado de Costa et al. (2006) Hemácias infectadas Obstrução capilar Formação de rosetas Sequestro de eritrócitos parasitados na rede capilar: hemácias parasitadas por P. falciparum apresentam alterações na superfície (knobs) que permite sua aderência a parede endotelial dos capilares e consequentemente pode levar a obstrução da microcirculação. Caso 4: J.C.S, 11 meses de idade, sexo feminino, residente na periferia de São Vicente (SP), a mãe auxiliar de cozinha relata que a 15 dias a criança apresenta quadro de diarreia com fezes líquidas sem presença de sangue ou muco, com odor ruim, a mesma relata vacinação atualizada inclusive de rotavírus, porém na análise da curva ponderal observa-se baixo ganho de peso. A mãe levou a criança ao serviço de saúde sendo a criança diagnosticada com virose e apenas reidratada. 1. Em exame coproparasitológico, qual a forma visualizada ao microscópio e a qual espécie parasitária pertence? R: Fezes diarréicas – trofozoítas – infecções sintomáticas 2. Qual o principal mecanismo patogênico deste parasita? R: Mudanças na arquitetura da mucosa intestinal com atrofia das vilosidades promovida pela colonização no intestino. Má absorção: Principal complicação na giardíase Caso 5: B.M.L, 46 anos, sexo masculino, agricultor procedente do município de Anamã (AM). Procurou o serviço de emergência do hospital regional com quadro sugestivo de tromboembolismo, relatou um curso progressivo de dispneia mesmo estando em repouso. A radiografia do tórax apresentou uma cardiomegalia e o eletrocardiograma com ritmos cardíacos irregulares. 1.Qual o diagnóstico laboratorial indicado nesta fase da doença? R: Xenodiagnóstico – fase crônica 2. Qual o mecanismo patológico envolvido neste tipo de manifestação clínica? Substituição de tecido muscular por fibras. Provocado por um processo inflamatório induzido por amastigotas e conteúdo interno das células rompidas. Fibras substituindo massa muscular Caso 6: T.M.L, 35 anos, sexo feminino, raça branca, procedente de Quixadá, com queixa de súbita perda de visão há aproximadamente 5 dias, associada com surgimento de pontos flutuantes e dor ocular. Relatou episódio semelhante no mesmo olho há 5 anos. No exame ocular, observamos lesões cicatrizadas e presença de lesões ativas esbranquiçadas na retina. Os exames complementares tiveram como resultados: ausência de alterações no hemograma e reação sorológica para toxoplasmose IgG positiva e IgM negativa. 1. Com base na anamnese e nos resultados obtidos, em que fase da doença o paciente se encontra? R: Fase aguda com reativação de uma infecção anterior. Toxoplasmose Ocular. Principais sinais clínicos: visão borrada, pontos pretos flutuantes e raramente fotofobia e dor. A retinocoroidite (coriorretinete) é uma lesão ocasionada por um processo inflamatório devido a presença do parasita na região da retina. 2. Qual o estágio parasitário responsável por esta manifestação? R: taquizoitas Caso 7. M.R, 65 anos, sexo masculino, hipertenso, a 6 dias relata um quadro de diarreia aquosa associada a mal-estar geral. No serviço público de saúde, negava a ingestão de água não tratada, alimentos mal cozidos, observa-se sinais de desidratação e abdômen de aspecto normal. O paciente foi internado com o diagnóstico de gastroenterite grave, entretanto somente após exame coproparasitológico com a detecção de cistos tetranucleares, foi possível instituir a terapia adequada. 1. Com base na característica descrita acima qual espécie parasitária acomete o paciente? R: E. histolytica 2. Detalhe o ciclo biológico deste parasita CICLO NÃO PATOGÊNICO Ingestão de cistos maduros estômago final do intestino delgado ou inicio do intestino grosso. Desencistamento c/ saída do metacisto trofozoítos metacísticos intestino grosso onde se colonizam desprendem-se da parede, se desidratam, eliminam substâncias nutritivas do citoplasma pré-cistos cistos mononucleados cistos tetranucleados eliminados em fezes formadas, pastosas. Caso 8: F.C.A, 5 anos, branca, sexo feminino, natural e residente na periferia de Manari (PE). Apresenta quadro clínico de desnutrição, diarréia tipo aquosa, odor fétido, com aspecto gorduroso, além de dor abdominal, perda de peso. Mãe relata residir em uma casa com 10 ocupantes, sem banheiro, piso de terra, sem rede de esgoto, alimentos expostos e a água para consumo obtida de uma cisterna a alguns quilômetros de casa. 1. Qual a influência da água na transmissão da giardíase? 2. Moradores da residência, assintomáticos, devem realizar exames parasitológicos? Explique R: Eliminadores de cistos no ambiente. 3. Dos quadros clínicos citados qual permitiria o profissional da saúde suspeitar de giardíase? JustifiqueR: Diarréia Aspecto gorduroso Perda de peso Caso 9: Paciente do sexo masculino, 60 anos, cor branca, pedreiro, com primeiro grau incompleto, internado por 51 dias na Unidade de Clínica Médica do Hospital Estadual Bauru (HEB), da cidade de Bauru/SP, devido à regurgitação alimentar e obstrução intestinal. Ao exame clínico apresentava- se emagrecido, descorado, sem edemas, com diminuição da força, fecaloma e obstrução intestinal. 1. Com base nas observações clínicas, em que fase da doença o paciente se encontra? Como são descritas as manifestações clínicas apresentadas. R: Forma Sintomática: Digestiva (megacólon e megaesôfago): Fase crônica Megaesôfago: disfagia, refluxo gastro-esofágico, dor retroesternal. Megacolón: constipação instestinal. 2. Qual o estágio parasitário responsável por estas manifestações? R: Amastigotas Destruição do plexo mioentérico pelo inflitrado inflamatório com dilatação permanente. Caso 10: Paciente 30 anos saudável, gestação anterior normal com primeiro filho saudável. Durante o pré-natal da segunda gestação, o exame de sorologia realizado na 10 semana para toxoplasmose revelou IgM positivo que ao longo da gravidez demonstrou sempre positiva e com títulos crescentes de IgG. 1. Isso representaria qual fase da infecção aguda ou crônica? R: Fase Aguda: detecção de IgM Títulos de IgG crescente 2. Qual tratamento seria recomendado? R: Espiramicina Pq não pirimetamina? Pq não pirimetamina? Após parto: recém-nascido do sexo feminino, peso ao nascer de 2800g, convulsões a partir do 7 dia de vida, sorologia para toxoplasmose IgG com valores sobreponíveis aos maternos, exame oftalmológico indicativo de retinocoroidite bilateral. 1. O resultado da sorologia permite afirmar uma possível infecção do recém- nascido? R: IgG: •títulos de anticorpos IgG no recém-nascido deve ser maior que a mãe, •persistência de anticorpos IgG no lactente após seis meses do nascimento. Em transferência passiva de anticorpos IgG materno para o filho, os anticorpos diminuem significativamente ao passar do tempo. 2. As manifestações descritas são promovidas por qual mecanismo patogênico. R: TOXOPLASMOSE TRANSPLACENTÁRIA -É necessário que a mãe esteja na fase aguda da infecção. Caso 11: S.R.M, 38 anos, sexo masculino, casado, residente em Recife foi atendido no posto de saúde relatando observar uma secreção clara e viscosa durante o período da manhã antes da primeira urina, relata ter iniciado as atividades sexuais muito jovem tendo se relacionado com mais de 20 parceiras. O resultado do exame de sedimento urinário revela a presença de trofozoítas de Trichomonas vaginalis. 1. Qual tratamento indicado ao paciente? R: Metronidazol ou Tinidazol 2. Caso o exame da parceira seja positivo, quais são os fatores que facilitam a instalação desta parasitose em mulheres? Fatores que facilitam a parasitose: Elevação do pH vaginal: pH normal da vagina (3,8-4,5) Alteração da flora bacteriana com redução Lactobacillus acidophilus, Diminuição do glicogênio: A utilização do glicogênio das paredes vaginais pelos Trichomonas eleva o pH vaginal, Liberação de fatores de virulência: Exercem efeitos citotóxicos e hemolíticos sobre as células imunes do hospedeiro, Capacidade de revestimento com proteínas plasmáticas do hospedeiro para evasão do sistema imunológico.
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