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05/05/2015 1 Faculdade ATENEU Curso Graduação em Enfermagem Disciplina: Nutrição aplicada a Enfermagem Docente: Ms.Adriana Aguiar Nutrição na Infância e na Adolescência - a avaliação antropométrica - a complementação com avaliação bioquímica - avaliação dietética Avaliação nutricional da Gestante Avaliação nutricional da Gestante O Lactente - Termo que designa a criança que se amamenta. - De 1 a 12 meses. - Uma alimentação saudável se inicia com o aleitamento materno que isoladamente é capaz de nutrir de modo adequado a criança nos primeiros 6 meses de vida. - A partir dos 6 meses de vida, devem ser introduzidos alimentos complementares ao aleitamento materno. Lactente 05/05/2015 2 O aconselhamento e a educação para a prática de aleitamento materno: iniciados desde a primeira consulta de pré-natal. Orientações sobre introdução da alimentação complementar: consulta de puericultura. Enfermeiro Alimentação antes dos 6 meses em situações em que o aleitamento materno não é praticado ou é praticado parcialmente ► Diante da impossibilidade de ser oferecido o aleitamento materno, o profissional de saúde deve orientar a mãe quanto à utilização de fórmula infantil ou de leite de vaca integral fluido ou em pó. ► É importante que o profissional avalie a condição socioeconômica e cultural da família, assim como a situação de saúde da criança, antes de optar por uma das alternativas. ► O leite de vaca integral, em pó ou fluido não é considerado alimento apropriado para crianças menores de um ano por apresentar várias inadequações na sua composição: - excesso de proteína e eletrólitos - micronutrientes difícil digestão - sistemas digestório e renal dos lactentes são imaturos - risco de anemia - acarretar a sensibilização precoce da mucosa intestinal - predispor ao surgimento de doenças alérgicas Para as crianças não amamentadas, deve-se oferecer água nos intervalos entre as refeições de leite. 05/05/2015 3 ► Custo elevado das fórmulas infantis: consumo de leite de vaca nos primeiros seis meses de vida. ► Os profissionais de saúde devem ter o conhecimento de como as mães devem ser orientadas. ► O leite de vaca deve ser diluído até os 4 meses de idade da criança: excesso de proteína e eletrólitos, que fazem sobrecarga renal ao organismo do lactente. Devido a deficiência de energia e ácido linoleico, o leite diluído deve ser acrescido de óleo (1 colher de chá de óleo) para cada 100ml. Após o bebê completar 4 meses de idade, o leite integral líquido não deverá ser diluído e nem acrescido do óleo, já que nessa idade a criança receberá outros alimentos. • O preparo de fórmulas infantis deve seguir as recomendações do rótulo do produto. • Após os quatro meses de idade, o leite integral líquido não deverá ser diluído e deve ser oferecido com outros alimentos. (BRASIL, 2010). Esquemas alimentares recomendados para crianças amamentadas e não amamentadas menores de 2 anos - A partir dos 6 meses de vida (crianças amamentadas) , devem ser introduzidos alimentos complementares ao aleitamento materno. - A partir dos 4 meses (crianças não amamentadas) introduzir alimentos complementares. - A introdução deve ser lenta e gradual, respeitando-se a aceitação da criança. - Introduzir um novo alimento a cada 4 a 7 dias, em pequenas quantidades. A partir dos 8 meses de idade do bebê, alguns alimentos da família já podem ser oferecidos à criança (arroz, feijão, carne cozida, legumes) se estiverem amassados ou desfiados e desde que não tenham sido preparados com excesso de temperos (condimentos). 05/05/2015 4 A papa salgada deve conter um alimento de cada grupo desde a primeira oferta, principalmente carne, para prevenir a anemia. A utilização do termo “papa salgada” não significa que o alimento precisa ser acrescido de muito sal em sua preparação ou que seja uma preparação de leite acrescido de temperos e sal. O sal deve ser usado com moderação. O termo “papa salgada” diz respeito a cereais, tubérculos, hortaliças, carnes, ovos, grãos etc., ou seja, alimentos que precisam ser preparados ou “comida de panela” (BRASIL, 2010). ► A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. ► Começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. ► Os dentes começam a romper por volta dos 4 ou 5 meses, e os alimentos pastosos estimulam o processo de mastigação. ► Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. ► Usar sal com moderação. ► Para evitar o consumo de açúcar de cana por seus bebês, muitas mães optam por escolhas mais saudáveis para adoçar os sucos ou chás – uso do mel. É contraindicado para crianças até 12 meses de vida – risco de botulismo, causado por uma bactéria Clostridium botulinum, - à deficiência de fiscalização nas propriedades produtoras do mel. “Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos: garantir o seu armazenamento e conservação adequados”. 05/05/2015 5 Cuidados com a higiene • É importante orientar as mães sobre a higiene das mãos, dos alimentos e dos utensílios, em especial da mamadeira, quando for utilizada • Os alimentos devem ser preparados em local limpo, em pequena quantidade, de preferência para uma refeição, e oferecidos à criança logo após o preparo. • Os restos não devem ser novamente oferecidos na refeição seguinte. • Os alimentos precisam ser mantidos cobertos e na geladeira, quando necessitarem de refrigeração. • A água para beber deve ser filtrada e fervida Problemas nutricionais mais frequentes na população infantil As situações mais comuns relacionadas à alimentação complementar oferecida de forma inadequada são: - Anemia - Excesso de peso - Desnutrição A desnutrição pode ocorrer precocemente na vida intra- uterina (baixo peso ao nascer) e freqüentemente cedo na infância. Causas: interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e alimentação complementar inadequada nos primeiros dois anos de vida, ocorrência de repetidos episódios de doenças infecciosas diarréicas e respiratórias Desnutrição ▪ O desenvolvimento precoce da obesidade vem aumentando entre crianças e adolescentes em todo o mundo, sendo um problema de saúde pública que tende a se manter em todas as fases da vida. ▪ A obesidade infantil pode gerar conseqüências no curto e longo prazos e é importante preditivo da obesidade na vida adulta. Excesso de peso ▪ Prevenção desde o nascimento é necessária, tendo em vista que os hábitos alimentares são formados nos primeiros anos de vida ▪ Uma vez habituada a grande concentração de açúcar ou sal, a tendência da criança é rejeitar outras formas de preparação do alimento. 05/05/2015 6 ▪ A anemia por deficiência de ferro alta prevalência em crianças menores de 5 anos no Brasil. ▪ A anemia causa prejuízos e atrasos no desenvolvimento motor e cognitivo em crianças. ▪ As reservas de ferro da criança que recebe com exclusividade o leite materno, nos seis primeiros meses de idade, atendem às necessidades fisiológicas. Anemia Ferropriva ▪ Entre os quatro e seis meses de idade, ocorre gradualmente o esgotamento das reservas de ferro. ▪ A alimentação: atendimento às necessidades desse nutriente. Prevenindo a anemia A carne deve, sempre que possível, fazer parte da composição das papas. • Deve-se oferecer uma fruta rica em vitamina C, amassada, após as refeições principais, como o almoço e o jantar. Deve-se preferir a fruta em vez do suco natural. “No entanto, o suco natural (feito na hora) pode ser oferecido, em pequenas quantidades, após as refeições principais”. • Frutas ricas em vitamina C: laranja, limão, caju, lima, acerola, abacaxi, goiaba,tomate etc. PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A A alimentação de crianças em idade pré-escolar: de 3 a 5 anos O comportamento alimentar da criança nesta fase é variável e transitório, mas, se não for conduzido adequadamente, poderá se transformar em distúrbio alimentar e perdurar em fases posteriores. Infância: os hábitos alimentares estão sendo formados. Preferências alimentares dos pais poderão influenciar nas práticas alimentares das crianças. Se a pessoa que cuida da criança mantiver atitude positiva com relação a alimentação – a criança imitará tal comportamento. 05/05/2015 7 Adquira o hábito de realizar as refeições com sua família, em horários regulares. O ambiente na hora da refeição deve ser calmo e tranquilo, sem distrações. Desafio de desenvolver a capacidade de se alimentar sozinha. Desenvolver habilidades e independência. Preferências alimentares e teimosia pode persistir nessa fase. Ter dificuldade de ficar sentada durante toda a refeição. Necessidades nutricionais são semelhantes à da criança pequena. Manter uma variedade de alimentos em opções moderadas e equilibradas. Cinco ou seis refeições diárias, com horários regulares: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. O intervalo entre as refeições deve ser de 2 a 3 horas. Deve-se oferecer volumes pequenos de alimentos em cada refeição respeitando o grau de aceitação da criança. Não se deve substituir o almoço e o jantar por leite ou produtos lácteos. A oferta de líquidos nos horários das refeições deve ser controlada, pois sua ingestão distende o estômago - o estímulo de saciedade. A alimentação de crianças em idade escolar: de 6 a 12 anos Os hábitos nutricionais criados na idade escolar são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento apropriados na adolescência. Nesta fase, o ritmo de crescimento é constante, porém mais lento e o ganho de peso mais acentuado. Melhor aceitação dos alimentos: independência e a crescente socialização da criança. As atitudes da família com relação a alimentação em geral são imitadas. A escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde da criança. A influência dos amigos na escolha dos alimentos. Aumento do consumo de alimentos processados e ricos em gordura e industrializados. Obesidade infantil: pode se perpetuar na vida adulta Pais estabelecer limites com a criança, em especial quanto aos lanches. 05/05/2015 8 Fonte: DANIELS et al., 2008. Lanches apropriados devem ser fornecidos em casa e para levar para a escola. Na merenda escolar deverá ser evitado o uso de alimentos não saudáveis, como salgadinhos, refrigerantes e guloseimas. Deve-se estar atento à alimentação fornecida pela escola ou às opções de lanches que são vendidos na escola ou nas proximidades. As necessidades calóricas, de sais minerais, vitamina A e de cálcio aumentam. Deve-se ingerir diariamente 400ml de leite para ter formação adequada da massa óssea e a profilaxia da osteoporose na vida adulta. No primeiro ano de vida, a criança triplica o seu peso de nascimento, enquanto a estatura aumenta em 50% no mesmo período; Na antropometria de crianças, utilizam-se preferencialmente os critérios: - Peso - Altura - Perímetro cefálico Avaliação antropométrica em crianças 05/05/2015 9 A alimentação na adolescência: de 12 a 18 anos Período de crescimento físico acelerado Influencia dos hormônios no desenvolvimento Preocupação com a imagem corporal, por vezes exagerada. Na adolescência ocorrem diversas modificações biológicas, psicológicas, cognitivas e sociais que interferem no comportamento alimentar do adolescente. É importante observar sinais de transtornos alimentares, tais como bulimia, anorexia e compulsão alimentar. Influência da mídia, modismo e dos amigos. Há a preferência por alimentos industrializados vendidos em cantinas e/ou lanchonetes. Os adolescentes realizam muitas refeições fora de casa, como lanches e fast foods de alta densidade energética e baixo valor nutricional. Pode ocorrer o início do consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e remédios para emagrecer, que por sua vez comprometem a absorção de micronutrientes. Fundamental ações de educação nutricional a este público no ambiente escolar. Há necessidade de dobrar o consumo de ferro, cálcio, zinco e proteínas. Atenção para o consumo de vitaminas e minerais. Ex. Necessidade de ferro, aumentada nos meninos em função do aumento de massa muscular e nas meninas devido ao início da menstruação. Nesta fase são muito importantes os minerais: •Cálcio - importante para a formação do esqueleto • Ferro - desenvolvimento muscular, esquelético e endócrino • Zinco - contribuindo para o crescimento e a maturação sexual Comum os adolescentes trocarem a ingestão do leite por líquidos de alta densidade energética como refrigerantes e sucos artificiais, comprometendo a ingestão de cálcio. Risco de osteoporose na vida adulta dependerá parcialmente do depósito de cálcio ósseo na adolescência. 05/05/2015 10 Pesquisas destacam um aumento alarmante das taxas de excesso de peso na adolescência. Esse quadro é atribuído: ao sedentarismo e à adoção de práticas alimentares inadequadas, sendo frequente o consumo excessivo de refrigerantes, açúcares e fast food, além da baixa ingestão de frutas e verduras. Aliado a isso, muitos adolescentes se restringem às atividades escolares e dispõem de longos períodos de ociosidade. Todas essas transformações da adolescência têm efeito sobre o comportamento alimentar. Fundamental ações de educação nutricional a este público no ambiente escolar. Momento privilegiado para se colocar em prática medidas preventivas para evitar problemas de saúde futuros. Associações entre o consumo alimentar e o desempenho escolar, o sucesso nos esportes e a aparência física. É necessário sensibilizar o adolescente sobre sua responsabilidade com seu corpo e sua saúde e prevenção de doenças. Que ele pode tratar de seu corpo e saúde por meio de uma dieta adequada. Já que a alimentação é algo que está sob seu controle. Problemas nutricionais em Adolescentes e Adultos • Transtornos alimentares: Anorexia; Bulimia. • Distúrbios da nutrição por carência: Anemia e Desnutrição protéico-calórica. • Distúrbios da nutrição por excesso: Obesidade Relação IMC/idade para adolescentes RECEITAS DE PAPAS PARA CRIANÇAS - anexos
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