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31/08/2015 1 Faculdade ATENEU Curso Graduação em Enfermagem Disciplina: Nutrição aplicada a Enfermagem Docente: Ms.Adriana Aguiar Terapia Nutricional Enteral e Parenteral Pacientes hospitalizados estão em risco de desnutrição? O estado nutricional prejudicado pode trazer complicações para o quadro clínico do paciente? ►Pacientes hospitalizados estão mais sujeitos à desnutrição por isso ela deve ser prevenida e tratada. ► O estado nutricional prejudicado aumenta o risco de complicações e piora a evolução clínica dos pacientes. ► A terapia nutricional (TN) constitui parte integral do cuidado ao paciente. IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL O enfermeiro tem um importante papel em identificar os pacientes desnutridos e também aqueles que apresentam problemas nutricionais e deve solicitar avaliação médica e do nutricionista sempre que necessário. ◘ Perda involuntária de peso: ◘ Pesquisar, ao realizar o exame físico, sinais indicativos de desnutrição e carência de nutrientes. ◘ Outros fatores de risco nutricional: # padrão de ingestão de alimentos e nutrientes; # fatores psicológicos e nutricionais: # condições físicas e doenças; # controles laboratoriais alterados; # medicações. ► Uma vez identificado o paciente internado com risco nutricional, deve-se monitorar a sua ingestão de alimentos. ► A enfermagem deve anotar a aceitação das dietas. ► Jejum para exames ou procedimentos por dias consecutivos é muito prejudicial para esta paciente. ► Verificar com os médicos a real necessidade do jejum e a liberação da dieta logo que possível. 31/08/2015 2 ► Sempre que necessário, solicitar avaliação nutricional do paciente e discutir os casos com o nutricionista responsável pela unidade de internação. É a administração de nutrientes na forma de nutrição parenteral (NP) ou de nutrição enteral (NE), dependendo das condições e necessidades de cada paciente com o propósito de manter ou restaurar o estado nutricional. Suporte Nutricional ou Terapia Nutricional A equipe de enfermagem tem um papel fundamental na TN: -Na administração da TN - Sua monitorização (acompanhamento e aceitação) - Identificação de pacientes que apresentam risco nutricional. Quais os cuidados de enfermagem na TN? Indicações de Suporte Nutricional Condição Clínica Terapia Nutricional Considerações Gerais Entende-se por Terapia Nutricional um conjunto de procedimentos terapêuticos empregados para manutenção ou recuperação do estado nutricional, por meio da Nutrição Enteral ou Nutrição Parenteral. NE: alimentos no TGI NP: via intravenosa 31/08/2015 3 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EM TERAPIA NUTRICIONAL • Médico: Indicar ,prescrever,acompanhar os pacientes submetidos a Terapia Nutricional • Enfermeiro:Administração dos Nutrientes; monitorização • Nutricionista: Avaliação do estado nutricional dos pacientes suas necessidades e requerimentos. • Farmacêutico: Realiza todas as operações de desenvolvimento,preparo,avaliação famacêutica,manipulação,controle de qualidade,conservação e transportes de nutrientes Nutrição Enteral / Nutrição Parenteral ► A NE é aquela que não utiliza a via oral normal para a entrada dos alimentos. ► Esta se faz por meio de sondas introduzidas diretamente no estômago ou no intestino do paciente. ► A NE é o método de escolha para oferecer suporte nutricional a pacientes que tem trato gastrointestinal funcionante. NUTRIÇÃO ENTERAL Recomenda-se o uso de NE preferencialmente à NPT: -O trato gastrointestinal é mais fisiológico e metabolicamente mais efetivo que a via intra venosa - Melhor resposta imune - Previne atrofia intestinal ( “quando o intestino funciona, use-o ou perca-o”) - A integridade GI é preservada - Diminui resposta inflamatória - Menor incidência de complicações - São baratas - Bem tolerada pelo paciente - Fáceis de se usar tanto nos hospitais como domicílio Nutrição Enteral A Nutrição Enteral (N.E) é considerada a preferida da terapia nutricional, pois apresenta várias vantagens fisiológicas, metabólicas, de segurança e de custo/beneficio em relação à nutrição parenteral. INDICAÇÕES Doenças Neuromusculares Dieta V.O não supre as necessidades vitais Impossibilidade para dieta V.O •Disfagia após AVC • traumatismo • coma; inconsciência • Câncer, neoplasias • Pancreatite • Queimaduras • Fístula •Sepse • Desnutrição 31/08/2015 4 Contra- Indicações • Obstrução do TGI • Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal • Intolerância persistente a dieta (diarréia, vômitos, náuseas severa) • Instabilidade hemodinâmica • Sangramentos digestivos altos • Fístulas no TGI de alto débito • Íleo paralítico • Refluxo gastroesofágico intenso Vias de Administração ► Orogástrica ►Nasogástrica ► Nasoentérica ► Gastrostomia ► Jejunostomia VIAS DE ACESSO NASOENTERAL JEJUNOSTOMIA GASTROSTOMIA •Uso por períodos curtos – 4 semanas •Risco de lesão de mucosa e perfuração •mais de 4 semanas A ocorrência de tosse, náuseas ou vômitos favorece a saída acidental da sonda. 31/08/2015 5 Medir distância da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifóide, adicionando 15cm para NG e de 20 a 25 cm para colocação intestinal. Procedimento Verificar se a sonda está no estomago -Aspirado do conteúdo gástrico -Injetar ar através da sonda enquanto se ausculta a área epigástrica com estetoscópio - Confirmação radiográfica Cada vez que líquidos ou medicamentos são administrados e antes de cada refeição, a sonda deve ser checada para verificar se está no local correto. Maior dificuldade de saída acidental da sonda Indicação: Para pacientes com distúrbio de motilidade gástrica, refluxo esofágico ou náusea e vômito persistentes. A ponteira da sonda migra até o intestino delgado por meio de atividade peristáltica. A verificação radiológica da posição da sonda é o método preferido de confirmação para garantir segurança. 31/08/2015 6 MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO GOTEJAMENO INTERMITENTE: Administradas por bomba ou por gravidade ou gotejamento 1h a 3h Não usar com paciente com alto risco de aspiração pulmonar. GOTEJAMENO CONTINUO Requer uma bomba de infusão Para pacientes que não toleram infusões de grandes volumes 18 a 20h BOLO: com seringa Não usar com paciente com alto risco de aspiração pulmonar. O escoamento rápido pode ocasionar cólica e diarréia. Material Necessário Sonda Nasogástrica • Sonda nasogástrica • Vaselina ou anestésico gel a 2% (Xilocaína gel) • Luvas de procedimento • Esparadrapo ou micropore • Seringa de 10 ou 20ml • Estetoscópio • Gazes • Cuba rim • éter • Água em um copo (se paciente lúcido) • Tolha/compressa • Biombo s/n Sonda Nasoenteral Material • Sonda enteral – Dubbhoff – com fio guia • Toalha de rosto • Luvas de procedimentos • Estetoscópio • Xilocaína gel 2% • Seringa de 20ml • Fita adesiva (esparadrapo ou micropore) • Biombo s/n 31/08/2015 7 ♦ O paciente e a família devem ser orientados quanto à NE, seus riscos e benefícios; ♦ Pacientes ambulatoriais e pacientes que sairão de alta hospitalar com NE, deverão receber orientação da nutricionista e da enfermagem, quanto aos cuidados a serem realizados; ♦ Pacientes com gastrostomia ou jejunostomia em tratamento ambulatorial, devem ser orientados dos respectivos cuidados com a sonda; ♦ Conforme a via utilizada são necessários cuidados específicos, tanto locais como gerais. COMPLICAÇÕES DA NUTRIÇÃO ENTERAL Necrose de pressão/úlcera Deslocamento/migração da sonda Regurgitação Bronco aspiração Contaminação microbiana Náuseas/ Vômitos Distensão/ empachamento/cólicas Demora no esvaziamento gástrico Constipação Resídua gástrico altoDiarréia Complicações metabólicas 31/08/2015 8 Localização Gástrica Vantagens Desvantagens •Maior Tolerância a fórmulas variadas; •Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas; •Progressão mais rápida para alcançar o valor calórico total ideal; •Introdução de grandes volumes; •Fácil posicionamento da sonda. •Alto risco de aspiração em paciente s com dificuldades neuromotoras de deglutição; •Saída acidental da sonda devido à tosse, náuseas ou vômitos. Localização Duodeno e Jejunal Vantagens Desvantagens •Menor risco de aspiração; •Maior dificuldade de saída acidental da sonda; •Permite nutrição enteral quando a alimentação gástrica é inconveniente ou inoportuna. •Risco de aspiração em pacientes que têm mobilidade alterada •Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico; •Requer dietas normo ou hipoosmolares. Composição da Fórmula Enteral As fórmulas são classificadas em uma variedade de formas, geralmente baseadas na composição protéica ou de todos macronutrientes. A adequação da fórmula de alimentação para um paciente: -Estado funcional do TGI -Osmolalidade, teor de fibras, densidade calórica -Capacidade de digestão e aborção do paciente -Necessidades metabólicas específicas -Custo-benefício -Condições Clínicas Basicamente, uma dieta enteral deve ser um composto balanceado de proteínas, carboidratos, lipídios, fibras, eletrólitos, vitaminas e minerais. CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A DIETA Não expor o frasco a incidência de luz solar direta ou fonte de calor; Checar na prescrição, o horário da infusão da dieta; É obrigatório o preenchimento completo do rótulo com letra legível (Nome do paciente, leito, nome da dieta, volume infundido, ml/h, data, horário, prontuário, confirmando estes dados na prescrição médica). CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O PACIENTE O paciente deverá ser mantido em decúbito elevado (30-45); Trocar a fixação diariamente, preferencialmente após o banho; Observar e anotar rigorosamente número, e o aspecto do vômito, caso ocorrer, comunicar o enfermeiro; Anotar rigorosamente, a quantidade e o aspecto das evacuações; 31/08/2015 9 CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM A DIETA Verificar RG, quantidade, aspecto Confirmar posicionamento da sonda Fornecer orientações Nutrição Parenteral (NP) Consiste na administração de todos os nutrientes necessários para cobrir a demanda metabólica de determinado paciente por via central ou periférica. COMPOSIÇÃO • MACRONUTRIENTES • “ combustível” e “material de construção” • Proteína - Aminoácido • Carboidrato - Glicose • Gordura – Emulsão lipídica • MICRONUTRIENTES • são as “ ferramentas para montar “ • Vitaminas • Oligoelementos ( Zn, Cu,...) • Eletrólitos (Na, Ca,...) INDICAÇÕES • SITUAÇÕES CLÍNICAS -TGI não funciona, está obstruído, inacessível - Grandes cirurgias abdominais, trauma grave - Insuficiência renal, neoplasias CONTRA INDICAÇÕES - Pacientes hemodinamicamente instáveis: - Hipovolemia - Choque séptico - Edema agudo de pulmão - Anúria sem diálise 31/08/2015 10 COMPLICAÇÕES • COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO CATÉTER Ex: devido à inserção(C.albicans,S.aureus, Klebsiela) - pneumotórax, lesão vascular ( controle radiológico antes da infusão) • METABÓLICAS Ex:Hiperglicemia,hipoglicemia,desequilíbrio eletrolítico • SÉPTICAS • Embolia pulmonar • Contaminação do catéter VIAS DE ACESSO • Dissecção e cateterização de veias dos membros superiores • Cateterização das veias subclávias e jugulares com ceteteres de silicone semi-implantável ou totalmenteimplantável VEIAS DE ACESSO 31/08/2015 11 CUIDADOS DE ENFERMAGEM CATÉTER CENTRAL • Curativo comum – a cada 48 horas • Curativo transparente - a cada 6 dias • Observar sangramento local, hematoma, • enfisema, edema, dispnéia • Registrar data, local da inserção, nome do • médico • Rx de tórax • Acesso exclusivo p/ NPT • O equipo deve ser trocado a cada 24hrs. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NUTRIÇÃO PARENTERAL Devem-se evitar alterações de velocidade durante a infusão; O volume infundido deve ser rigorosamente controlado. Evitando assim oscilações do gotejamento e alterações nas concentrações séricas da glicose; Não é recomendável ultrapassar 24 hs de infusão da NP. O risco de crescimento bacteriano ou fúngico, aumenta consideravelmente após 24 horas. 31/08/2015 12
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