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Rescisão do Contrato de Trabalho Módulo 10

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RESCISÃODOCONTRATODE
TRABALHO
10.1
PARCELAS
RESCISÓRIAS
MÓDULO
10
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
10.1. PARCELAS RESCISÓRIAS ......................................................................................................... 4
10.1.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
10.1.2. AVISO-PRÉVIO .............................................................................................................. 4
10.1.3. FÉRIAS ........................................................................................................................... 4
10.1.3.1. FÉRIAS PROPORCIONAIS ........................................................................ 4
10.1.3.1.1. Férias Indenizadas................................................................. 4
10.1.3.2. EMPREGADO COM MENOS DE DOZE MESES DE SERVIÇO ................ 4
10.1.4. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO ..................................................................................... 5
10.1.4.1. SALÁRIO VARIÁVEL.................................................................................. 5
10.1.5. SALÁRIO-FAMÍLIA ........................................................................................................ 5
10.1.6. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO ...................................................... 5
10.1.6.1. PRAZO PARA RECOLHIMENTO DA GRRF.............................................. 5
10.1.6.2. MODELO DE GRRF .................................................................................... 6
10.1.7. ESTABILIDADE PROVISÓRIA ...................................................................................... 7
10.1.8. INDENIZAÇÕES ............................................................................................................. 7
10.1.8.1. TEMPO DE SERVIÇO ANTERIOR À OPÇÃO PELO FGTS ...................... 7
10.1.8.1.1. Indenização por Tempo de Serviço...................................... 7
10.1.8.1.2. Indenização do Décimo Terceiro Salário............................. 7
10.1.8.1.3. Empregado com Menos de um Ano de Serviço.................. 7
10.1.8.1.4. Acordo .................................................................................... 8
10.1.8.1.5. Outras Considerações........................................................... 8
10.1.8.2. INDENIZAÇÃO ADICIONAL ....................................................................... 8
10.1.8.2.1. Data da Dispensa ................................................................... 8
10.1.8.2.2. Contagem do Aviso-Prévio ................................................... 8
10.1.8.2.3. Correção do Salário............................................................... 8
10.1.8.3. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA ........................................................... 9
10.1.8.3.1. Expurgos Inflacionários dos Planos Collor e Verão .......... 9
10.1.8.3.2. Rescisão por Aposentadoria ................................................ 9
10.1.8.4. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .......................................................................... 9
10.1.8.4.1. Base de Cálculo ..................................................................... 10
10.1.8.4.2. Isenção.................................................................................... 10
10.1.8.4.3. Natureza da Contribuição ..................................................... 10
10.1.8.4.4. Recolhimento da Contribuição............................................. 10
10.1.9. DIREITOS DO EMPREGADO COM MENOS DE UM ANO DE SERVIÇO.................... 10
10.1.9.1. RESCISÃO PELA EMPRESA SEM JUSTA CAUSA ................................. 10
10.1.9.2. RESCISÃO PELA EMPRESA POR JUSTA CAUSA ................................. 10
10.1.9.3. RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA
(RESCISÃO INDIRETA).............................................................................. 11
2 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ASSUNTO PÁGINA
10.1.9.4. PEDIDO DE DEMISSÃO ............................................................................. 11
10.1.9.5. QUADRO-RESUMO DAS PARCELAS....................................................... 11
10.1.10. DIREITOS DO EMPREGADO COM MAIS DE UM ANO DE SERVIÇO ........................ 12
10.1.10.1. RESCISÃO PELA EMPRESA SEM JUSTA CAUSA ................................. 12
10.1.10.2. RESCISÃO PELA EMPRESA POR JUSTA CAUSA ................................. 12
10.1.10.3. RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA
(RESCISÃO INDIRETA).............................................................................. 12
10.1.10.4. PEDIDO DE DEMISSÃO ............................................................................. 13
10.1.10.5. QUADRO-RESUMO DAS PARCELAS....................................................... 13
10.1.11. MORTE DO EMPREGADO ............................................................................................ 14
10.1.12. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA............................................................................... 14
10.1.13. PROFESSOR.................................................................................................................. 14
10.1.14. RESCISÃO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO ....................................... 14
10.1.14.1. EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO...................................................... 14
10.1.14.1.1. Parcelas Devidas ................................................................... 14
10.1.14.1.2. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço............................ 15
10.1.14.1.3. Parcelas Excluídas ................................................................ 15
10.1.14.2. RESCISÃO ANTES DO PRAZO ................................................................. 15
10.1.14.2.1. Consequências ...................................................................... 15
10.1.14.2.2. Contrato com Previsão de Rescisão Antecipada ............... 15
10.1.14.2.2.1. Parcelas Devidas ........................................... 15
10.1.14.2.3. Contrato sem Previsão de Rescisão Antecipada ............... 17
10.1.14.2.3.1. Rescisão pelo Empregador........................... 17
10.1.14.2.3.2. Rescisão pelo Empregado ............................ 17
10.1.14.2.3.3. Parcelas Devidas ........................................... 17
10.1.14.3. RESCISÃO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR ......................................... 18
FASCÍCULO 10.1 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10.1. PARCELASRESCISÓRIAS
10.1.1. INTRODUÇÃO
O contrato de trabalho por prazo indeterminado perdura enquanto as partes assim o desejarem. O mesmo poderá
ser encerrado, a qualquer época, sem que para isto haja uma causa justa. Para haver o encerramento, basta que
uma das partes se manifeste neste sentido.
A rescisão do contrato não poderá ser efetuada sem justa causa, se o empregado gozar de algum tipo de
estabilidade.
Já o contrato de trabalho por prazo determinado é aquele cuja vigência depende de termo prefixado ou da
execução de serviços especificados, ou, ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão
aproximada.
Neste Fascículo, estamos analisando as parcelas mais comuns devidas na rescisão do contrato de trabalho por
prazo determinado e na de prazo indeterminado.
Como as parcelas variam de acordo com a forma do contrato de trabalho, estamos analisando de forma separada
as parcelas devidas em cada tipo de contrato.
Discriminamos a seguir as parcelas mais comuns devidas na rescisão do contrato de trabalho por prazo
indeterminado, dependendo da forma de cessação do vínculo empregatício.
10.1.2. AVISO-PRÉVIO
Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato de trabalho deve avisar à
outra da sua resolução, com a antecedência mínima de 30 dias. O aviso-prévio pode ser trabalhado ou
indenizado, e deve ser concedidopelo empregador e empregado, dependendo de qual parte esteja rescindindo o
contrato de trabalho.
A Constituição Federal, promulgada em 5-10-88, criou o aviso-prévio proporcional ao tempo de serviço que foi
regulamentado pela Lei 12.506/2011, onde divulgamos os novos procedimentos no Fascículo 10.3.
10.1.3. FÉRIAS
Na cessação do contrato de trabalho é devida ao empregado a remuneração, simples ou em dobro ou
proporcionais, conforme o caso, correspondente ao período de férias, cujo direito tenha adquirido.
O pagamento das férias simples, em dobro ou proporcionais, será acrescido de, pelo menos, 1/3 a mais do que o
salário normal.
10.1.3.1. FÉRIAS PROPORCIONAIS
Na cessação do contrato de trabalho, após doze meses de serviço, o empregado, desde que não
tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de
férias, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias.
10.1.3.1.1. Férias Indenizadas
Quando o salário for pago por hora ou tarefa, a remuneração das férias indenizadas
deve ser calculada com base na média do período aquisitivo, aplicando-se o salário
devido na data da rescisão.
A média das parcelas variáveis incidentes sobre as férias será calculada com base no
período aquisitivo, salvo norma mais favorável, aplicando-se o valor do salário devido na
data da rescisão.
Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, para o cálculo das
férias indenizadas, será apurada a média dos salários recebidos nos 12 meses que
antecederem o seu pagamento na rescisão contratual, salvo norma mais favorável.
10.1.3.2. EMPREGADO COM MENOS DE DOZE MESES DE SERVIÇO
O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho se extinguir em prazo
predeterminado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao
período incompleto de férias (férias proporcionais).
De acordo com a Súmula 261 do TST – Tribunal Superior do Trabalho, o empregado que pede demis-
são antes de completar 12 meses de serviço na empresa, terá direito à remuneração correspondente
às férias proporcionais.
4 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
10.1.4. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO
Ocorrendo a extinção do contrato de trabalho, inclusive por iniciativa do empregado, exceto na hipótese de justa
causa por parte do empregador, o empregado receberá o Décimo Terceiro Salário, com base na remuneração
devida no mês da rescisão, correspondente a 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias.
10.1.4.1. SALÁRIO VARIÁVEL
Para o empregado que recebe salário variável, a qualquer título, o Décimo Terceiro Salário será
calculado com base na média dos meses trabalhados no ano.
10.1.5. SALÁRIO-FAMÍLIA
O empregado considerado pelo INSS como de baixa renda, que sustenta filho ou equiparado de qualquer
condição, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade, desde que filiado à Previdência Social, faz jus ao
salário-família.
Na cessação do contrato de trabalho, o Salário-Família é pago proporcionalmente ao número de dias trabalhados
no mês da demissão do empregado, qualquer que seja a causa do término da relação empregatícia.
No Fascículo 7.3, analisamos os procedimentos para o pagamento e reembolso do Salário-Família.
10.1.6. FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO
Ocorrendo demissão sem justa causa, ainda que indireta, com culpa recíproca, por força maior ou extinção
normal do contrato a termo, inclusive a do trabalhador temporário, o empregador deverá depositar na conta
vinculada do empregado o FGTS referente ao mês da rescisão, inclusive Décimo Terceiro Salário, e ao
imediatamente anterior à rescisão, caso ainda não tenha sido depositado.
Os referidos depósitos devem ser realizados através da GRRF – Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS.
Na mesma GRRF, também serão recolhidas a Indenização Compensatória e a Contribuição Social, quando for o
caso.
10.1.6.1. PRAZO PARA RECOLHIMENTO DA GRRF
O recolhimento da GRRF deve ser realizado, observando-se o quadro a seguir:
MOTIVO DA DISPENSA DEPÓSITO +CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PRAZO DE RECOLHIMENTO
Aviso-Prévio Trabalhado
Mêsanterioràrescisão
1º dia útil subsequente à data do efetivo desli-
gamento, desde que este dia útil seja igual ou
anterior ao dia 7 do mês de rescisão. Quando
o 1º dia útil for posterior ao dia 7 do mês subse-
quente, o vencimento ocorre no dia 7.
Mêsdarescisão 1º dia útil subsequente à data do efetivo desli-gamento.
Multarescisória 1º dia útil subsequente à data do efetivo desli-gamento.
Aviso-Prévio Indenizado ou Ausên-
cia/Dispensa do Aviso ou Rescisão
Antecipada de Contrato por Prazo
Determinado (Firmado nos termos
das Leis 6.019/74 e 9.601/98 e Con-
trato de Experiência)
Mêsanterioràrescisão Até o dia 7 do mês da rescisão.
Mêsdarescisão
Até o 10º dia corrido a contar do dia imediata-
mente posterior ao desligamento. Quando o
10º dia corrido for posterior ao dia 7 do mês
subsequente, o vencimento ocorre no dia 7.
Caso não haja expediente bancário, em qual-
quer dos dias citados, o recolhimento deve ser
feito no dia útil imediatamente anterior.
Aviso-PrévioIndenizado
Multarescisória
Até o 10º dia corrido a contar do dia imediata-
mente posterior ao desligamento. Caso não
haja expediente bancário, neste dia, o recolhi-
mento deve ser feito no dia útil imediatamente
anterior.
Término de Contrato de Trabalho
por Prazo Determinado (Firmado
nos termos das Leis 6.019/74 e
9.601/98 e Contrato de Experiência)
Mêsanterioràrescisão
1º dia útil subsequente à data do efetivo desli-
gamento, desde que este dia útil seja igual ou
anterior ao dia 7 do mês de rescisão. Quando
o 1º dia útil for posterior ao dia 7 do mês subse-
quente, o vencimento ocorre no dia 7.
Mêsdarescisão 1º dia útil subsequente à data do efetivo desli-gamento.
Para efeito de vencimento, considera-se como dia não útil o sábado, o domingo e todo aquele
constante do calendário nacional de feriados bancários divulgados pelo Banco Central do Brasil
(Bacen).
FASCÍCULO 10.1 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10.1.6.2. MODELO DE GRRF
O aplicativo da GRRF está disponível apenas para as empresas possuidoras de certificado para uso
do Conectividade Social, que permitirá a geração da guia de recolhimento a ser utilizada para
quitação, mediante aproveitamento do código de barras.
A GRRF deve ser quitada em agências da Caixa, bancos conveniados de livre escolha do emprega-
dor, ou ainda pelo Internet Banking, no âmbito da circunscrição regional onde está sediado o estabele-
cimento, à exceção dos empregadores optantes pela centralização dos recolhimentos.
Para maiores informações sobre o preenchimento da GRRF, disponibilizamos o Manual do Aplicativo,
na Versão 2.0.4, no Portal COAD – opção OBRIGAÇÕES – Declarações Fiscais – Manuais.
A título de ilustração reproduzimos o modelo da GRRF que deve ser utilizada por todas as empresas a
partir de 1-8-2007, gerada após envio do arquivo da guia rescisória para a Caixa através do
Conectividade Social.
6 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
10.1.7. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
A estabilidade provisória é um período em que se encontram determinados que não podem sofrer despedida
arbitrária ou sem justa causa, no sentido de garantia de emprego.
No Fascículo 10.1, relacionamos as situações e os períodos que asseguram a estabilidade provisória dos
empregados.
10.1.8. INDENIZAÇÕES
Além das parcelas examinadas, existem situações em que o empregado faz jus ao recebimento de alguns
valores, a título de indenização.
10.1.8.1. TEMPO DE SERVIÇO ANTERIOR À OPÇÃO PELO FGTS
A Constituição Federal estendeu a todos os trabalhadores o regime do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço, com exceção do doméstico, cuja opção é facultativa.
Os empregados não optantes até 4-10-88 passaram a integrar o regime do FGTS, sem prejuízoda
indenização pelo tempo de serviço até aquela data.
Os empregados que em 4-10-88 eram estáveis continuam sendo estáveis, tendo em vista que se trata
de direito adquirido.
A estabilidade era alcançada pelo empregado ao completar 10 anos de serviço na mesma empresa,
na condição de não optante pelo regime do FGTS.
O empregado estável somente pode ser demitido por motivo de falta grave ou circunstância de força
maior, devidamente comprovada.
10.1.8.1.1. Indenização por Tempo de Serviço
A indenização por tempo de serviço é devida ao empregado urbano e também ao
trabalhador rural não optantes até 4-10-88 pelo FGTS ou que tinham período anterior à
opção.
Essa indenização é devida na rescisão do contrato pela empresa, sem justa causa,
quando o empregado tiver mais de um ano de serviço como não optante.
O seu pagamento será também devido na rescisão indireta, ou seja, aquela em que o
empregador concorre para que o empregado rescinda o contrato, por justa causa. O seu
valor é igual a um mês da maior remuneração multiplicado pelo número de anos de
serviço, sendo, para esse fim, considerado como ano completo o período igual ou
superior a 6 meses de trabalho, como não optante.
Quando o empregado tiver menos de 10 anos como não optante pelo FGTS, a
indenização por tempo de serviço será devida de forma simples, ou seja, à base do
número de anos de serviço multiplicado pela maior remuneração. Entretanto, quando o
empregado tiver mais de 10 anos como não optante, a indenização será devida em
dobro, isto é, à base do valor encontrado para a indenização de forma simples,
multiplicado por 2. Todavia, a indenização em dobro somente será devida, quando a
reintegração do empregado estável, demitido sem justa causa, for desaconselhável,
dado o grau de incompatibilidade entre o empregado e o empregador, bem como no
caso de extinção da empresa, filial ou agência, ou supressão necessária de atividade,
sem a ocorrência de motivo de força maior, e no caso de rescisão indireta.
10.1.8.1.2. Indenização do Décimo Terceiro Salário
A indenização do Décimo Terceiro Salário acompanha sempre a indenização do tempo
de serviço.
Assim, ela é devida ao trabalhador rural e ao empregado urbano demitido, sem justa
causa, ou na rescisão indireta, com mais de um ano de serviço antes da opção pelo
FGTS.
O seu valor é igual a 1/12 do valor atualizado do Décimo Terceiro Salário, por ano de
serviço ou fração igual ou superior a 6 meses, no período de não optante pelo FGTS.
Também a indenização do Décimo Terceiro Salário será devida, de forma simples ou em
dobro, conforme examinamos no subitem anterior.
10.1.8.1.3. Empregado com Menos de um Ano de Serviço
O primeiro ano de duração do contrato por prazo indeterminado, do empregado que não
era optante, era considerado como período de experiência e, assim, antes que se
completasse, nenhuma indenização por tempo de serviço do Décimo Terceiro Salário
era devida.
FASCÍCULO 10.1 7
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10.1.8.1.4. Acordo
O tempo de serviço anterior à opção ou a 5-10-88 pode ser transacionado entre o
empregado e o empregador, sendo que a quantia resultante do acordo não pode ser
inferior a 60% da indenização que seria devida ao empregado pelo seu tempo de
serviço.
10.1.8.1.5. Outras Considerações
Ocorrendo rescisão ou extinção do contrato de trabalho, inclusive por acordo, do
empregado com tempo de serviço anterior à opção ou a 5-10-88, devem ser observados
os seguintes critérios:
a) havendo indenização a pagar, o empregador pode utilizar o valor da respectiva conta
individualizada, através do saque do saldo dos valores por ele depositados;
b) não havendo indenização a ser paga, ou decorrido o prazo prescricional para a
reclamação de direitos por parte do empregado, o empregador pode sacar o saldo da
respectiva conta individualizada, mediante autorização do Ministério do Trabalho e
Emprego.
10.1.8.2. INDENIZAÇÃO ADICIONAL
O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 dias que antecede a sua data-base, tem
direito a indenização equivalente a 1 salário mensal da data da dispensa, integrado pelos adicionais
legais ou convencionais, ligados à unidade de tempo-mês, não sendo computada a gratificação
de Natal.
10.1.8.2.1. Data da Dispensa
Entende-se como data da dispensa, para fins do pagamento da indenização adicional, a
data da definitiva cessação do vínculo empregatício.
10.1.8.2.2. Contagem do Aviso-Prévio
A legislação trabalhista determina que o prazo do aviso-prévio, indenizado ou não,
integra-se ao contrato de trabalho para todos os fins legais.
O Tribunal Superior do Trabaho, através da Súmula 182, esclarece que o tempo do
aviso-prévio, mesmo indenizado, conta para efeito da indenização adicional.
Assim, no caso de aviso-prévio indenizado, deve ser considerada como data da
dispensa, para efeito da indenização adicional, aquela em que terminaria o período do
aviso-prévio, se este tivesse sido cumprido.
Nesse caso, se o período correspondente ao aviso-prévio indenizado terminar dentro
dos 30 dias anteriores à data da correção salarial, será devida a indenização de 1 mês
de salário.
A título de exemplo, podemos observar um empregado que trabalhe em atividade que
não sofra interrupção e que tenha o mês de setembro (1-9 a 30-9) como sendo a
data-base de sua correção salarial, tendo sido comunicado de sua dispensa sem justa
causa, com aviso-prévio indenizado, em 12-7.
A contagem do aviso se inicia em 13-7, terminando em 11-8, estando portanto nos 30
dias que antecedem a data-base da correção salarial, o que gera para o empregado o
direito à indenização adicional.
12/7 13/7 2/8 11/8 31/8 1/9 30/9
10.1.8.2.3. Correção do Salário
Se o período relativo ao aviso-prévio, inclusive o indenizado, recair no próprio mês em
que seja devida a correção, o empregado fará jus a todas as parcelas rescisórias
calculadas com base no salário reajustado, não sendo, portanto, devida a indenização
adicional.
Assim, se o empregado for demitido sem justa causa em 10-8, recaindo a sua data-base
de correção salarial no mês de setembro, o seu aviso-prévio indenizado será contado de
8 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
30 dias que antecedem a Data-Base
Demissão Sem
Justa Causa Aviso-Prévio
Indenizado
Mês da
Data-Base
11-8 a 9-9. Como o aviso-prévio indenizado terminou em 9-9, o empregado terá sua
rescisão calculada com o salário corrigido, não sendo portanto devida a indenização
adicional no valor de 1 salário mensal.
2/8 10/8 11/8 31/8 9/9 30/9
10.1.8.3. INDENIZAÇÃO COMPENSATÓRIA
A Constituição Federal assegura aos trabalhadores relação de emprego, protegida contra despedida
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de Lei Complementar, que deverá prever indenização
compensatória, dentre outros direitos.
Até que Lei Complementar estabeleça o valor definitivo, a indenização compensatória é de 40% do
montante dos depósitos do FGTS, da correção monetária e dos juros capitalizados na conta vinculada
do empregado, referentes ao período trabalhado na empresa.
Nessa base de cálculo não deve ser considerado o acréscimo dos depósitos do FGTS de 0,5%,
correspondente à Contribuição Social analisada no Fascículo 5.4 – Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço, que deixou de vigorar a partir da competência de janeiro/2007.
A indenização compensatória também é exigível no caso de rescisão do contrato de trabalho por
motivo de culpa recíproca ou de força maior, reconhecidas pela Justiça do Trabalho, ficando,
entretanto, a percentagem reduzida para 20.
Para efeito da incidência do percentual de 40 ou 20, o empregador deve acrescer, ao saldo existente
na conta vinculada, os valores sacados durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros.
A Indenização Compensatória deve ser depositada na conta vinculada do empregado, através da
GRRF, nos prazos mencionadosno item 10.1.6.1. As normas para preenchimento de GRRF foram
analisadas no item 10.1.6.2.
10.1.8.3.1. Expurgos Inflacionários dos Planos Collor e Verão
Os expurgos inflacionários dos Planos Collor e Verão devem ser incluídos na base de
cálculo da multa rescisória de 40% do FGTS, desde que sejam observadas as seguintes
condições:
a) demissão, sem justa causa, por culpa recíproca ou força maior, ocorrida a partir de
1-5-2002;
b) empregado admitido em data anterior a 1-3-90;
c) empregado que tenha formalizado Termo de Adesão até 30-12-2003.
O mesmo critério também deve ser observado quando o direito aos expurgos for
garantido via judicial.
10.1.8.3.2. Rescisão por Aposentadoria
Para a concessão do benefício da aposentadoria espontânea, não é necessário que o
segurado empregado se afaste do emprego. Entretanto, mesmo não se afastando do
emprego, ele tem direito a sacar o montante do FGTS de sua conta vinculada.
Com o cancelamento da Orientação Jurisprudencial 177 da Subseção I Especializada
em Dissídios Individuais do TST, a aposentadoria espontânea não extingue o contrato
de trabalho, mesmo quando o empregado continuar a trabalhar na empresa após a
concessão do benefício previdenciário.
Com base neste cancelamento, caso o empregado seja demitido sem justa causa, será
devida a indenização compensatória de 40% sobre o saldo da conta durante a vigência
de todo o contrato, inclusive do período anterior a concessão da aposentadoria, de
acordo com a Orientação Jurisprudencial 361 TST.
10.1.8.4. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
Desde 1-1-2002, entrou em vigor a Contribuição Social de 10% incidente sobre o montante dos
depósitos realizados na conta vinculada do FGTS do empregado demitido sem justa causa.
O fato gerador da Contribuição Social é a demissão do empregado, pelo empregador, sem justa
causa.
Cabe ressaltar que a lei não fixou um prazo final para o seu pagamento, determinando que as
empresas terão de pagar os 10% até que o patrimônio do FGTS seja reconstituído, critério que ainda
não foi definido pela lei.
FASCÍCULO 10.1 9
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Demissão Sem
Justa Causa
Aviso-Prévio Indenizado Mês da
Data-Base
30 dias que antecedem a Data-Base
10.1.8.4.1. Base de Cálculo
Sua base de cálculo é o total dos despósitos efetuados na conta vinculada do
empregado, sem o acréscimo de 0,5% correspondente a Contribuição analisada no
Fascículo 5.4 – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, que não é devida desde a
competência de janeiro/2007.
10.1.8.4.2. Isenção
Somente estão isentos dessa contribuição os empregadores domésticos.
10.1.8.4.3. Natureza da Contribuição
A Contribuição Social não tem natureza trabalhista, ou seja, ela vai para os cofres do
FGTS com a finalidade de custear o pagamento das perdas do Fundo, em decorrência
dos planos econômicos.
10.1.8.4.4. Recolhimento da Contribuição
A Contribuição Social deve ser recolhida na GRRF.
Os prazos para recolhimento da GRRF e as instruções de preenchimento foram
abordados nos itens 10.1.6.1.
A Contribuição Social será recolhida juntamente com a Indenização Compensatória e os
depósitos do FGTS relativos ao mês anterior à rescisão, quando for o caso, e do mês da
rescisão, inclusive do 13º Salário.
10.1.9. DIREITOS DO EMPREGADO COM MENOS DE UM ANO DE SERVIÇO
A seguir, analisamos as parcelas devidas na rescisão de contrato de trabalho do empregado com menos de um
ano de serviço, que serão determinadas conforme a causa do término do vínculo empregatício.
Conforme examinamos no subitem 10.1.8.1.3, não serão devidas as indenizações por tempo de serviço e do
Décimo Terceiro Salário na dispensa sem justa causa do empregado que tem menos de 1 ano de serviço antes da
opção.
10.1.9.1. RESCISÃO PELA EMPRESA SEM JUSTA CAUSA
Nesse caso, o empregado faz jus ao recebimento das seguintes parcelas:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário proporcional;
c) Férias proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Aviso-prévio de 30 dias;
e) Salário-Família, integral ou proporcional;
f) Valor do FGTS correspondente ao mês imediatamente anterior ao da rescisão, caso não tenha sido
efetuado o seu recolhimento, e do referente ao mês desta;
g) 40% do saldo da conta vinculada acrescidos dos valores correspondentes à letra “f” acima (*).
Os valores das letras “f” e “g” devem ser recolhidos ao Banco Depositário nos prazos mencionados no
item 10.1.6.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser preenchido com o código de
saque 01.
ATENÇÃO:
(*) Além do pagamento das parcelas rescisórias, a empresa está obrigada a recolher a Contribuição
Social de 10% do total do FGTS, conforme analisamos no ítem 10.1.8.4.
10.1.9.2. RESCISÃO PELA EMPRESA POR JUSTA CAUSA
A empresa somente está obrigada ao pagamento das seguintes parcelas:
a) Saldo de salários;
b) Salário-Família, integral ou proporcional.
Férias proporcionais com 1/3
(*) Aplicação da Convenção 132 da OIT – Organização Internacional do Trabalho
Pela Convenção 132 OIT, o empregado faz jus às férias proporcionais quando da cessação do
contrato de trabalho, mesmo na hipótese de dispensa por justa causa.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, para fins relativos ao FGTS, deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
O FGTS do mês anterior e o do mês da rescisão devem ser depositados na conta vinculada do
empregado, obedecendo aos prazos normais de recolhimento.
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
10 FASCÍCULO 10.1
10.1.9.3. RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA (RESCISÃO INDIRETA)
Nessa hipótese, o empregado tem direito ao recebimento de:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário proporcional;
c) Férias proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Aviso-prévio de 30 dias;
e) Salário-Família, integral ou proporcional;
f) Valor do FGTS correspondente ao mês imediatamente anterior ao da rescisão, caso não tenha sido
efetuado o seu recolhimento, e do referente ao mês desta;
g) 40% do saldo da conta vinculada acrescidos dos valores correspondentes à letra “f” acima.
Os valores das letras “f” e “g” devem ser recolhidos ao Banco Depositário nos prazos mencionados no
item 10.1.6.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser preenchido com o código de
saque 01.
10.1.9.4. PEDIDO DE DEMISSÃO
O empregado, ao pedir demissão, tem direito ao recebimento de:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário proporcional;
c) Férias proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Salário-Família, integral ou proporcional.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, para fins relativos ao FGTS, deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
O FGTS do mês anterior e o do mês da rescisão devem ser depositados na conta vinculada do
empregado, obedecendo aos prazos normais de recolhimento.
10.1.9.5. QUADRO-RESUMO DAS PARCELAS
A título de ilustração, elaboramos o Quadro Discriminativo das Parcelas Devidas, no término do
vínculo empregatício do empregado com menos de um ano de serviço.
EMPREGADO COM MENOS DE UM ANO DE SERVIÇO
Parcelas Devidas na Rescisão
PARCELA INICIATIVA FORMA DE RESCISÃO DIREITO
SALDODESALÁRIOS
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
INDENIZAÇÃODOTEMPODESERVIÇO
ANTERIORÀOPÇÃOPELOFGTS
Empresa
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa NÃO
INDENIZAÇÃODOTEMPODESERVIÇOANTERIORÀ
OPÇÃOPELOFGTSEDO13ºSALÁRIO
Empresa
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa NÃO
13ºSALÁRIO
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
FÉRIASPROPORCIONAISACRESCIDASDEMAIS1/3
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO(*)
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
FASCÍCULO 10.1 11
PARCELA INICIATIVA FORMA DE RESCISÃO DIREITOAVISO-PRÉVIO
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa SIM
SALÁRIO-FAMÍLIA
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
10.1.10. DIREITOS DO EMPREGADO COM MAIS DE UM ANO DE SERVIÇO
Os direitos do empregado com mais de um ano de serviço, no término da relação de emprego, também serão
determinados, de acordo com a causa do rompimento do contrato.
10.1.10.1. RESCISÃO PELA EMPRESA SEM JUSTA CAUSA
Nesse caso, a empresa está obrigada ao pagamento das parcelas discriminadas a seguir:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário, integral ou proporcional;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Aviso-Prévio;
e) Salário-Família, integral ou proporcional;
f) Valor do FGTS correspondente ao mês imediatamente anterior ao da rescisão, caso não tenha sido
efetuado o seu recolhimento, e do referente ao mês desta;
g) 40% do saldo da conta vinculada acrescidos dos valores correspondentes à letra “f” acima (*).
Os valores das letras “f” e “g” devem ser recolhidos ao Banco Depositário nos prazos mencionados no
item 10.1.6.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser preenchido com o código de
saque 01.
Se o empregado tiver período anterior à opção pelo FGTS, terá direito, ainda, ao recebimento da
indenização por tempo de serviço e do Décimo Terceiro Salário, calculados da forma examinada nos
itens 10.1.8.1.1 e 10.1.8.1.2.
ATENÇÃO:
(*) Além do pagamento das parcelas rescisórias, a empresa está obrigada a recolher a Contribuição
Social de 10% do total do FGTS, conforme analisamos no item 10.1.8.4.
10.1.10.2. RESCISÃO PELA EMPRESA POR JUSTA CAUSA
Nesse caso, é devido o pagamento de:
a) Saldo de salários;
b) Férias vencidas, acrescidas de mais 1/3;
c) Salário-Família, integral ou proporcional.
Férias proporcionais com 1/3
(*) Aplicação da Convenção 132 da OIT – Organização Internacional do Trabalho
Pela Convenção 132 OIT, o empregado faz jus às férias proporcionais quando da cessação do
contrato de trabalho, mesmo na hipótese de dispensa por justa causa.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, para fins relativos ao FGTS, deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
O FGTS do mês anterior e o do mês da rescisão devem ser depositados dentro dos prazos normais
para recolhimento.
10.1.10.3. RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA (RESCISÃO INDIRETA)
A empresa está obrigada ao pagamento de:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário, integral ou proporcional;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Aviso-Prévio;
e) Salário-Família, integral ou proporcional;
12 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
f) Valor do FGTS correspondente ao mês imediatamente anterior ao da rescisão, caso não tenha sido
efetuado o seu recolhimento, e do referente ao mês desta;
g) 40% do saldo da conta vinculada acrescidos dos valores correspondentes à letra “f” acima.
Os valores das letras “f” e “g” devem ser recolhidos ao Banco Depositário nos prazos mencionados no
item 10.1.6.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser preenchido com o código de
saque 01.
Contando o empregado com período anterior à opção pelo FGTS, fará jus, ainda, ao recebimento da
indenização por tempo de serviço e do Décimo Terceiro Salário, calculados da forma examinada nos
subitens 10.1.8.1.1 e 10.1.8.1.2.
10.1.10.4. PEDIDO DE DEMISSÃO
O empregado tem direito a receber:
a) Saldo de salários;
b) Décimo Terceiro Salário, integral ou proporcional;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais, acrescidas de mais 1/3;
d) Salário-Família, integral ou proporcional.
Com relação ao FGTS, proceder da forma examinada no item 10.1.9.4.
10.1.10.5. QUADRO-RESUMO DAS PARCELAS
Também nesse caso, elaboramos o Quadro Discriminativo das Parcelas Devidas na rescisão do
contrato de trabalho do empregado com mais de um ano de serviço.
EMPREGADO COM MAIS DE UM ANO DE SERVIÇO
Parcelas Devidas na Rescisão
PARCELA INICIATIVA FORMA DE RESCISÃO DIREITO
SALDODESALÁRIOS
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
INDENIZAÇÃODOTEMPODESERVIÇOANTERIORÀ
OPÇÃOPELOFGTSOBSERVADOOITEM10.1.8.1.1
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa SIM
INDENIZAÇÃODOTEMPODESERVIÇOANTERIORÀ
OPÇÃOPELOFGTSEDO13ºSALÁRIOOBSERVADOO
ITEM10.1.8.1.2
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa SIM
13ºSALÁRIO
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
FÉRIASVENCIDASACRESCIDASDEMAIS1/3
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
FÉRIASPROPORCIONAISACRESCIDASDEMAIS1/3
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO(*)
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
FASCÍCULO 10.1 13
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
PARCELA INICIATIVA FORMA DE RESCISÃO DIREITO
AVISO-PRÉVIO
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa NÃO
Empregado
SemJustaCausa NÃO
PorJustaCausa SIM
SALÁRIO-FAMÍLIA
Empresa
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
Empregado
SemJustaCausa SIM
PorJustaCausa SIM
10.1.11. MORTE DO EMPREGADO
A cessação do vínculo empregatício, em virtude de morte do empregado, caracteriza-se como rescisão de
contrato, pelo empregado, tendo em vista que o empregador não concorreu para o fato.
Portanto, o empregador fica sujeito ao pagamento das mesmas parcelas, devidas nos casos de pedido de
demissão pelo empregado, observando-se que a sua conta vinculada do FGTS será movimentada pelos seus
dependentes ou sucessores sob o Código de Afastamento 23.
Os procedimentos para rescisão do contrato por morte do empregado foram analisadas no Fascículo 10.5.
10.1.12. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA
O TST – Tribunal Superior do Trabalho editou a Orientação Jurisprudencial 361 da Subseção I Especializada em
Dissídios Individuais que estabelece que a aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de
trabalho se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a jubilação.
Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a
totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral.
10.1.13. PROFESSOR
Os professores demitidos sem justa causa, ao término do ano letivo ou no curso das férias escolares, além das
parcelas analisadas nos itens anteriores, conforme seja o caso, farão jus ao pagamento das remunerações
devidas no período de exames e de férias.
As remunerações serão apuradas na conformidade dos horários, durante o período de aulas.
10.1.14. RESCISÃO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO
Nos termos do artigo 443 da CLT, o contrato por prazo determinado somente é válido nos seguintes casos:
a) serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
b) atividades empresariais de caráter transitório;
c) contrato de experiência.
São reconhecidos ainda, nesse caso, os contratos de safra e por obra certa em construção civil.
O contrato de trabalho por prazo determinado não pode ser superior a 90 dias, no caso de experiência, e 2 anos ,
nos demais casos.
Além das hipóteses mencionadas anteriormente, a Lei 9.601/98 possibilita a realização de contrato de trabalho
por prazo determinado em qualquer atividade empresarial, desde que realizado através de convenção ou acordo
coletivo de trabalho, e que tenha como finalidade o acréscimo no número de empregados da empresa.
No presente Comentário, estamos analisando as implicações da rescisão dos contratos regidos pelo artigo 443 da
CLT. A Lei 9.601/98 foi objeto de Comentário no Fascículo 2.2.
Discriminamos a seguir as parcelas mais comuns devidas na rescisão do contrato de trabalho por prazo
determinado, dependendoda forma de cessação do vínculo empregatício.
10.1.14.1. EXTINÇÃO NORMAL DO CONTRATO
O contrato por prazo determinado extingue-se no termo final, vencido o prazo estabelecido.
10.1.14.1.1. Parcelas Devidas
Regra geral no término do contrato por prazo determinado é devido ao empregado o
pagamento das seguintes parcelas:
a) Saldo de salários;
b) Férias proporcionais e/ou vencidas, conforme o caso, com mais 1/3;
c) Décimo Terceiro Salário;
d) salário-família, se for o caso.
14 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
10.1.14.1.2. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Extinguindo-se o contrato por obra certa ou por prazo determinado, o empregado tem
direito aos seguintes valores:
a) 8% da remuneração do mês anterior à rescisão;
b) 8% da remuneração do mês da rescisão;
c) 8% sobre o Décimo Terceiro Salário.
Conforme analisamos no item 10.1.6, esses valores devem ser depositados na conta
vinculada do empregado.
Além desses depósitos (8%), no período de janeiro/2002 até dezembro/2006, a empre-
sa também deveria depositar a Contribuição Social de 0,5%.
No caso de extinção normal do contrato, o empregado poderá movimentar a sua conta
vinculada, mediante apresentação ao banco depositário da cópia do contrato de
trabalho.
Nesse caso, o Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser
preenchido com o Código 04.
10.1.14.1.3. Parcelas Excluídas
Na extinção do contrato por prazo determinado pelo término da sua vigência, não serão
devidas as seguintes parcelas:
a) Aviso-Prévio;
b) 40% do montante do FGTS e a Contribuição Social de 10%;
c) Indenização Adicional.
10.1.14.2. RESCISÃO ANTES DO PRAZO
O contrato de trabalho por prazo determinado, dependendo da vontade das partes, pode ser
rescindido antes de atingido o prazo limite estabelecido.
10.1.14.2.1. Consequências
Na rescisão antecipada do contrato por prazo determinado cabe, inicialmente, observar
a origem da iniciativa da cessação do vínculo empregatício, para que possam ser
determinadas as parcelas devidas ao empregado.
Além desse procedimento, deve ser, ainda, observada a modalidade do contrato
celebrado, pois a legislação vigente admite 2 tipos de contrato com prazo certo:
a) com direito recíproco de rescisão antecipada;
b) sem referência ao direito de rescisão antecipada.
10.1.14.2.2. Contrato com Previsão de Rescisão Antecipada
Quando o contrato contiver cláusula que permita a qualquer das partes rescindi-lo antes
do prazo fixado, caso seja exercido esse direito, por quaisquer das partes, será ele
considerado como de prazo indeterminado, sendo exigido o aviso-prévio, ainda que em
seu texto esteja prevista a não obrigatoriedade do seu pagamento.
10.1.14.2.2.1. Parcelas Devidas
A seguir, examinamos as parcelas devidas na rescisão de contratos,
com e sem justa causa, promovida pelo empregado ou empregador.
I – RESCISÃO PELO EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA
Se o contrato com cláusula de rescisão antecipada é rescindido pelo
empregador, sem justa causa, antes do prazo estabelecido, o emprega-
do faz jus às seguintes parcelas:
a) Saldo de salários;
b) Aviso-Prévio trabalhado ou indenizado;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais com mais 1/3, correspondentes a
1/12 por mês de trabalho ou fração igual ou superior a 15 dias,
computando-se como tempo de serviço o período do aviso-prévio,
mesmo quando indenizado;
d) Décimo Terceiro Salário proporcional, que será calculado de forma
idêntica às férias proporcionais, por mês de trabalho ou fração igual
ou superior a 15 dias, contados a partir do mês de janeiro de cada
ano;
e) Salário-Família, se for o caso;
f) Indenização Adicional, se for o caso;
FASCÍCULO 10.1 15
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
g) FGTS do mês da rescisão, inclusive do 13º Salário;
h) FGTS do mês anterior à rescisão, quando ainda não depositado;
i) 40% do saldo total da conta vinculada do FGTS, acrescido dos
valores das letras “g” e “h”. (*)
Os valores das letras “g”, “h” e “i” devem ser depositadas nos prazos
mencionados no item 10.1.6.
Nesse caso, o empregado poderá movimentar a sua conta vinculada,
mediante apresentação ao banco depositário do Termo de Rescisão do
Contrato de Trabalho que no Campo 27 deve ser inserido o Código 01.
ATENÇÃO:
(*) Além do pagamento das parcelas rescisórias, a empresa está obri-
gada a recolher a Contribuição Social de 10% do total do FGTS, confor-
me analisamos no item 10.1.8.4.
II – RESCISÃO PELO EMPREGADO SEM JUSTA CAUSA (PEDIDO
DE DEMISSÃO)
Partindo do empregado a iniciativa da rescisão do contrato, sem justa
causa, ao mesmo são devidas as seguintes parcelas:
a) Saldo de Salários;
b) Décimo Terceiro Salário, integral ou proporcional;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais, com mais 1/3;
d) Salário-Família, se for o caso.
Caso o empregado não conceda o aviso-prévio, o empregador pode
descontar do mesmo o valor correspondente ao prazo respectivo.
Os depósitos do FGTS serão realizados nos prazos normais.
O FGTS do mês anterior e o do mês da rescisão devem ser depositados
na conta vinculada do empregado, obedecendo aos prazos normais de
recolhimento.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
III – RESCISÃO PELO EMPREGADOR POR JUSTA CAUSA
Tendo o empregado concorrido para a rescisão do contrato pelo empre-
gador, com justa causa, somente fará jus ao pagamento das parcelas a
seguir:
a) Saldo de Salários;
b) Férias vencidas, quando for o caso com mais 1/3;
c) Salário-Família, se for o caso.
A empresa, nesse caso, efetuará os depósitos do FGTS dentro dos
prazos normais para recolhimento.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
IV – RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA (DESPE-
DIDA INDIRETA)
Concorrendo o empregador para o rompimento do contrato, o que
caracteriza a rescisão indireta, o empregado fará jus às seguintes
parcelas:
a) Saldo de Salários;
b) Férias vencidas e/ou proporcionais com mais 1/3;
c) Décimo Terceiro Salário;
d) Aviso-Prévio indenizado;
e) Indenização Adicional, se for o caso;
f) FGTS do mês anterior à rescisão, quando ainda não depositado;
g) FGTS do mês da rescisão, inclusive do 13º salário;
h) 40% do saldo total da conta vinculada, acrescido dos valores das
letras “f” e “g”;
i) salário-família, se for o caso.
Os valores das letras “f”, “g” e “h” devem ser depositados nos prazos
mencionados no item 10.1.6.
Nesse caso, o empregado poderá movimentar a sua conta vinculada
mediante apresentação ao banco depositário do Termo de Rescisão do
Contrato de Trabalho, que no Campo 27 deve conter o Código 01.
16 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
10.1.14.2.3. Contrato sem Previsão de Rescisão Antecipada
Nos contratos de trabalho por prazo determinado, sem previsão de rescisão antecipada,
a parte que, sem justa causa, promover a sua rescisão deve indenizar a outra. Essa
indenização varia em função de quem toma a iniciativa da ruptura do pacto laboral.
10.1.14.2.3.1. Rescisão pelo Empregador
O empregador que, sem justo motivo, despede o empregado contratado
a prazo certo é obrigado a indenizá-lo na base da metade da remunera-
ção a que teria direito o trabalhador até o término do contrato. Assim, por
exemplo, um empregado contratado por 60 dias que seja despedido ao
final de 40 dias, tem direito a 10 dias (20 dias divididos por 2) de remune-
ração a título de indenização.
10.1.14.2.3.2. Rescisão pelo Empregado
Quando o contrato por prazo determinado é, sem justo motivo, rescindi-
do pelo empregado, este deve indenizar o empregador pelos prejuízos
resultantes dessa resolução. Contudo, essa indenização não poderá
exceder àquela a que o trabalhador teria direito, na forma examinada no
item 10.1.14.2.3.1 anterior.
10.1.14.2.3.3. Parcelas Devidas
As parcelas a que o trabalhador faz jus na rescisão de contrato a prazo
que nãocontenha cláusula assecuratória do direito recíproco de resci-
são são as seguintes:
I – INICIATIVA DO EMPREGADOR SEM JUSTA CAUSA
Na rescisão do contrato sem cláusula que assegure o direito recíproco
de rescisão antecipada, pelo empregador, sem justa causa, será devido
o pagamento das seguintes parcelas:
a) Saldo de Salários;
b) Indenização correspondente a 50% do valor do restante do contrato;
c) Férias vencidas e/ou proporcionais, conforme o caso, com mais 1/3;
d) Décimo Terceiro Salário;
e) Salário-Família, se for o caso;
f) Indenização Adicional, se for o caso;
g) FGTS do mês anterior à rescisão, quando ainda não depositado;
h) FGTS do mês da rescisão, inclusive do 13º salário;
i) 40% do saldo total da conta vinculada, acrescido dos valores das
letras “g” e “h”. (*)
Os valores das letras “g”, “h” e “i” devem ser depositados nos prazos
mencionados no item 10.1.6.
A conta vinculada poderá ser movimentada mediante apresentação ao
banco depositário do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho que
no Campo 27 deve ser inserido o Código 01.
ATENÇÃO:
(*) Além do pagamento das parcelas rescisórias, a empresa está obriga-
da a recolher a Contribuição Social de 10% do total do FGTS, conforme
analisamos no item 10.1.8.4.
II – RESCISÃO PELO EMPREGADO SEM JUSTA CAUSA (PEDIDO
DE DEMISSÃO)
Partindo do empregado a iniciativa da rescisão do contrato por tempo
determinado, antes do prazo previsto, ao mesmo será devido o paga-
mento das seguintes parcelas:
a) Saldo de Salários;
b) Décimo Terceiro Salário;
c) Férias vencidas e proporcionais com mais 1/3;
d) Salário-Família, se for o caso.
Os depósitos do FGTS, quando for o caso, devem ser realizados dentro
dos prazos normais.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
FASCÍCULO 10.1 17
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
O empregador pode exigir do empregado uma indenização equivalente
aos prejuízos que lhe resultarem da antecipação do prazo, a qual não
pode ser superior àquela a que teria direito o empregado em idênticas
condições.
III – RESCISÃO PELO EMPREGADOR POR JUSTA CAUSA
Nesta hipótese, o empregado somente fará jus ao pagamento das
seguintes parcelas:
a) Saldo de Salários;
b) Férias vencidas, quando for o caso com mais 1/3;
c) Salário-Família, se for o caso.
Os depósitos do FGTS serão realizados dentro dos prazos normais.
O Campo 27 do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho deve ser
preenchido com a expressão “NÃO”.
IV – RESCISÃO PELO EMPREGADO POR JUSTA CAUSA (DESPE-
DIDA INDIRETA)
Quando o empregador tiver concorrido para a rescisão do contrato, pelo
empregado, por justa causa, a este será devido o pagamento das
parcelas discriminadas a seguir:
a) Saldo de Salários;
b) Férias vencidas e/ou proporcionais, conforme o caso, com mais 1/3;
c) Décimo Terceiro Salário;
d) Salário-Família, se for o caso;
e) Indenização Adicional, se for o caso;
f) Indenização correspondente a 50% do restante do contrato, confor-
me a letra “b” do inciso I anterior;
g) FGTS do mês anterior à rescisão, quando ainda não depositado;
h) FGTS do mês da rescisão, inclusive 13º salário;
i) 40% do saldo total da conta vinculada, acrescido dos valores das
letras “g” e “h”.
Os valores das letras “g”, “h” e “i” devem ser depositados nos prazos
mencionados no item 10.1.6.
O empregado poderá movimentar sua conta vinculada mediante apre-
sentação, ao banco depositário, do Termo de Rescisão do Contrato de
Trabalho, que no Campo 27 deve conter o Código 01.
10.1.14.3. RESCISÃO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR
Ocorrendo motivo de força maior que determine a extinção da empresa ou de um dos estabelecimen-
tos em que trabalhe o empregado, a indenização a que este tenha direito é reduzida à metade.
Assim, nos contratos por prazo determinado sem cláusula que assegure a ambas as partes a rescisão
antecipada, a indenização de 50% do tempo restante do contrato ficará, consequentemente, reduzida
à metade. O que significa, em termos práticos, que aquela indenização será de 25% da remuneração
que seria devida até o final do contrato.
Igual redução de 50% será aplicada à parcela relativa aos 40% do montante da conta vinculada do
FGTS que, nesse caso, será de 20%, isto se a Justiça do Trabalho reconhecer que houve força maior
para a extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal – 1988 – artigos 7º, incisos I, III, XVII e XXI; 8º, inciso VIII, e Disposições
Constitucionais Transitórias – artigo 10, incisos I e II (Portal COAD); Lei Complementar 110, de 29-6-2001 (Portal COAD);
Lei 9.601, de 21-1-98 (Portal COAD); Lei 4.090, de 13-7-82 (Portal COAD); Lei 7.238, de 29-10-84, artigo 9º (Portal COAD);
Lei 7.855, de 24-10-89 (Portal COAD); Lei 8.036, de 11-5-90 (Portal COAD); Lei 12.506, de 11-10-2011 (Fascículo 41/2011);
Decreto 3.048, de 6-5-99 (Portal COAD); Decreto-Lei 5.452, de 1-5-43 – CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – artigos 146
ao 148; 322; 453; 477; 478, § 1º; 481; 483; 487; 488; 490; 497 ao 499; e 505 (Portal COAD); Decreto 57.155, de 3-11-65 – artigo 7º
(Portal COAD); Instrução Normativa 1 SRT, de 12-10-88 (DO-U de 21-10-88); Portaria 1 SRT, de 25-5-2006 (Informativo 23/2006);
Portaria 1.621 MTE, de 14-7-2010 (Fascículos 28 e 29/2010); Instrução Normativa 15 SRT, de 14-7-2010 (Fascículo 29/2010);
Resolução 28 CCFGTS, de 6-2-91 (Informativo 07/91); Circular 537 Caixa, de 17-1-2011 (Fascículo 03/2011); Circular 548 Caixa,
de 19-4-2011 (Fascículo 17/2011); Orientação Jurisprudêncial 361 SDI-1 TST, de 20-5-2008 (Fascículo 35/2008); Resolução 121
TST,de28-10-2003–Súmulas7,10,125,148,157,171,182,242,244,261,314e339(Informativos47e48/2003).
18 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ANOTAÇÕES
FASCÍCULO 10.1 19
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
ANOTAÇÕES
20 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
Este fascículo é parte integrante do Manual de Procedimentos do Departamento de Pessoal, produto da
COAD que abrange todos os procedimentos do DP.
Os fascículos são substituídos a cada alteração na legislação. Por isso, o Manual está sempre atualizado,
para tranquilidade de seus usuários.
É fácil obter mais informações sobre o produto completo:
Bahia: (71) 2101-0250; Espírito Santo: (27) 3324-1599; Minas Gerais: (31) 3555-5650; Paraná: (41) 3222-1990;
Rio de Janeiro: (21) 2156-5901; Rio Grande do Sul: (51) 3226-8435; São Paulo: (11) 2147-0051.
Fax: 08000-227722
E-mail: comercial@coad.com.br
Site: www.coad.com.br
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20 FASCÍCULO 10.1
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
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RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
10.2 HOMOLOGAÇÃO
MÓDULO
10
SUMÁRIO
ASSUNTO PÁGINA
10.2. HOMOLOGAÇÃODARESCISÃODOCONTRATODETRABALHO ......................................... 4
10.2.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 4
10.2.2. OBRIGATORIEDADE..................................................................................................... 4
10.2.2.1. HOMOLOGNET........................................................................................... 4
10.2.2.2. AVISO-PRÉVIO ...........................................................................................4
10.2.2.3. FINALIDADE ............................................................................................... 5
10.2.2.4. REPRESENTAÇÃODASPARTES ............................................................ 5
10.2.3. DISPENSADEHOMOLOGAÇÃO ................................................................................. 5
10.2.3.1. EMPREGADOCOMMENOSDEUMANODESERVIÇO ......................... 5
10.2.3.2. MORTEDOEMPREGADO ......................................................................... 5
10.2.3.3. DISPENSAPORJUSTACAUSA ............................................................... 5
10.2.4. HOMOLOGAÇÕESESPECIAIS .................................................................................... 5
10.2.4.1. PEDIDODEDEMISSÃO ............................................................................. 5
10.2.4.1.1. EmpregadoEstável .............................................................. 5
10.2.4.2. EMPREGADOMENOR ............................................................................... 6
10.2.4.3. RESCISÃOPORJUSTACAUSA............................................................... 6
10.2.5. APOSENTADORIA......................................................................................................... 6
10.2.6. DOCUMENTAÇÃONECESSÁRIA ................................................................................ 6
10.2.7. IMPEDIMENTOSPARAAHOMOLOGAÇÃO ............................................................... 7
10.2.8. PROCEDIMENTODOAGENTEHOMOLOGADOR...................................................... 7
10.2.9. IMPOSSIBILIDADEDERECUSADAHOMOLOGAÇÃO ............................................. 7
10.2.9.1. FALTADEPAGAMENTO........................................................................... 7
10.2.9.2. FALTADOSDEPÓSITOSDOFGTS ......................................................... 7
10.2.10. TAXAPARAHOMOLOGAÇÃO..................................................................................... 8
10.2.11. PARCELASDEVIDAS ................................................................................................... 8
10.2.11.1. REMUNERAÇÃO ........................................................................................ 8
10.2.11.2. COMPROVAÇÃODOSDESCONTOS ....................................................... 9
10.2.12. QUITAÇÃODOSVALORES.......................................................................................... 9
10.2.12.1. MOMENTODOPAGAMENTO ................................................................... 13
10.2.12.1.1. EmpregadoNãoAnalfabetizado ......................................... 13
10.2.12.1.2. LimitedeCompensação ...................................................... 13
10.2.12.1.3. QuitaçãoParcial ................................................................... 13
10.2.12.2. PRAZOPARAPAGAMENTO..................................................................... 13
10.2.12.2.1. MortedoEmpregado ........................................................... 13
10.2.12.2.2. Penalidades .......................................................................... 14
10.2.12.2.2.1. Pagamento de Valor Inferior
ao Devido ....................................................... 14
10.2.12.2.2.2. Rescisão Complementar .............................. 14
10.2.13. PROCEDIMENTOSPARAAHOMOLOGAÇÃO ........................................................... 14
10.2.13.1. DEPÓSITOSDOFGTSEMATRASOOUEMFASEDE
PARCELAMENTO....................................................................................... 14
10.2.13.2. CARTADEPREPOSTO ............................................................................. 14
2 FASCÍCULO 10.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
ASSUNTO PÁGINA
10.2.13.3. VERIFICAÇÃODEINCIDÊNCIADOINSS,FGTSEIR/FONTE................ 15
10.2.13.3.1. PrazoParaRecolhimentodoINSS ..................................... 17
10.2.13.3.2. PrazoParaRecolhimentodoFGTSeda
ContribuiçãoSocial.............................................................. 17
10.2.13.3.3. PrazoParaRecolhimentodoIR/Fonte ............................... 17
10.2.14. EXEMPLOPRÁTICO ..................................................................................................... 17
10.2.14.1. PREENCHIMENTODOSTERMOSDERESCISÃO
EHOMOLOGAÇÃO .................................................................................... 19
10.2.15. CONSIGNAÇÃOEMPAGAMENTO .............................................................................. 21
10.2.16. PRESCRIÇÃO ................................................................................................................ 21
10.2.17. COMISSÃODECONCILIAÇÃOPRÉVIA...................................................................... 21
10.2.17.1. CONSTITUIÇÃODACOMISSÃO............................................................... 21
10.2.17.2. COMPOSIÇÃODACOMISSÃO ................................................................. 21
10.2.17.2.1. AtividadedoRepresentante................................................ 21
10.2.17.3. AÇÃOSUBMETIDAÀCOMISSÃO............................................................ 21
10.2.17.3.1. Opção .................................................................................... 21
10.2.17.3.2. AçãoDiretadeInconstitucionalidade ................................ 22
10.2.17.4. PRAZOPARAAPRECIAÇÃO .................................................................... 22
10.2.17.5. PRAZOPRESCRICIONAL.......................................................................... 22
10.2.18. MICROEMPRESAEEMPRESADEPEQUENOPORTE.............................................. 22
FASCÍCULO 10.2 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10.2. HOMOLOGAÇÃODARESCISÃODOCONTRATODE
TRABALHO
10.2.1. INTRODUÇÃO
Considerando que na relação de trabalho o empregado tende sempre a ser a parte que menos conhece seus direitos, pois
o empregador, por deter o poder econômico, tem como manter profissionais a assessorá-lo e portanto mantendo-o ciente
de seus direitos, a legislação assegura que, no ato da formalização da ruptura do contrato de trabalho com mais de 1 ano
de vigência, o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego ou sindicatos de classe, obrigatoriamente, assistam às partes no
atodopagamentodasverbasrescisórias,deformaquetodososdireitossejamresguardados.
10.2.2. OBRIGATORIEDADE
A homologação da rescisão de contrato de trabalho é obrigatória, quando o empregado tiver mais de um ano de serviço na
empresa.
10.2.2.1. HOMOLOGNET
O Sistema Homolognet, implantado desde 15-7-2010 pela Portaria 1.620 MTE, é uma ferramenta usada via internet que
facilita o processo de homologação, possibilitando a elaboração de cálculos trabalhistas e a geração dos Termos de
Rescisão e de Homologação, que serão utilizados como instrumentos de quitação das verbas devidas nas rescisões do
contrato de trabalho firmado por empregado com mais de 1 ano de serviço.
Para utilizar o Homolognet, o empregador deverá acessar o Sistema por meio do endereço eletrônico: http://www.mte.gov.br,
clicando em Homolognet sistemas e consultas.
Desde 16-9-2013, o acesso ao Homolognet é feito por meio de certificação digital ICP – Brasil, para autenticação e
assinatura das transações de geração, quitação e homologação das rescisões de contrato de trabalho.
A adesão da empresa à certificação digital no Sistema Homolognet substituirá o acesso ao sistema por login e senha até
então utilizado.
Cabe ressaltar que a implantação do Sistema Homolognet não obriga os empregadores a sua utilização, pois há
hipótese que ainda poderá ser utilizado o TRCT – Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho em formulário, a saber:
a) quando o empregador não houver se cadastrado no Sistema;
b) o órgão regional do MTE em que não estiver sido implantado o Sistema Homolognet;
c) na rescisão de contrato de trabalho em que é parte o empregador doméstico, ainda que optante do FGTS.
O Sistema Homolognetserá utilizado gradualmente para assistência à rescisão contratual, conforme sua implantação
nas SRTE – Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, Gerências Regionais do Trabalho e Emprego e
Agências Regionais.
A homologação realizada pelo Homolognet gera os seguintes documentos:
– Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho;
– Termo de Homologação de Rescisão do Contrato de Trabalho, sem ressalvas;
– Termo de Homologação de Rescisão do Contrato de Trabalho, com ressalvas;
– Termo de Quitação de Rescisão do Contrato de Trabalho.
ENTIDADES SINDICAIS DE TRABALHADORES
O acesso ao módulo de assistência à homologação de rescisões de contrato de trabalho do Sistema Homolognet, pelas
entidades sindicais de trabalhadores (sindicatos laborais) interessadas, será feito exclusivamente por meio de
certificação digital ICP-Brasil.
Para cadastramento no Sistema Homolognet, a entidade sindical laboral deve estar com o seu registro atualizado no
CNES – Cadastro Nacional de Entidades Sindicais e formalizar pedido à SRT – Secretaria de Relações do Trabalho,
para sua habilitação ao módulo de assistência à rescisão de contrato de trabalho.
A entidade sindical laboral poderá prestar assistência à homologação apenas aos trabalhadores pertencentes à sua
categoria, de acordo com a informação constante no campo 32 do TRCT.
As entidades sindicais laborais interessadas em adotar o Sistema Homolognet, e que tenham pactuado Acordo ou
Convenção Coletiva de Trabalho que estabeleçam forma de cálculo rescisório diferente do previsto na legislação
trabalhista, poderão formalizar o pedido à SRT para incorporação dessas regras de cálculo no Homolognet.
A disponibilização do módulo de assistência à rescisão do contrato de trabalho às entidades sindicais de trabalhadores
atende ao seguinte cronograma:
a) Projeto Piloto para entidades sindicais laborais com sede em Brasília, desde 18-11-2013;
b) ampliação do Projeto para entidades sindicais de trabalhadores das demais unidades da federação, desde 1-8-2014; e
c) abertura do módulo de assistência à rescisão a todas as entidades sindicais de trabalhadores interessadas, a partir de
1-2-2015.
Para implementação do cronograma previsto nas letras “a” e “b", as entidades sindicais interessadas, observando sua
circunscrição, devem efetuar inscrição perante a SRT, a qual selecionará aquelas cujas regras de cálculos rescisórios
correspondam às mesmas previstas na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho e legislação esparsa.
10.2.2.2. AVISO-PRÉVIO
O período do aviso-prévio, trabalhado ou indenizado, deve ser computado como tempo de serviço para fins da
obrigatoriedade da homologação.
4 FASCÍCULO 10.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
A Lei 12.506/2011 manteve o prazo atual de 30 dias de aviso aos empregados urbanos e rurais que tenham até 1 ano de
serviço, entretanto, determinou o acréscimo de 3 dias por ano de trabalho, na mesma empresa, podendo chegar ao
limitede90diasdeaviso.
Assim, por exemplo, se o empregado foi admitido em 2-12-2013 e comunicado da sua demissão, com aviso-prévio
indenizado, em 17-11-2014, a rescisão do seu contrato de trabalho deve ser homologada, pois a projeção do aviso
estende o contrato até 17-12-2014. O prazo correspondente ao aviso-prévio conta-se a partir do dia seguinte ao da
comunicação,quedeveráserformalizadaporescrito.
As demais normas relativas ao aviso-prévio foram analisadas no Fascículo 10.3.
10.2.2.3. FINALIDADE
A finalidade da homologação consiste na verificação e ratificação dos direitos assegurados ao empregado, sendo estas
medidas de competência do sindicato da categoria profissional naquela localidade onde o empregado laborou ou a
federaçãoquerepresentaacategorianãoorganizada,oudaautoridadelocaldoMTE.
Quando na localidade não existir nenhum desses órgãos, a assistência será prestada pelo Representante do Ministério
Público ou, onde houver, pelo Defensor Público ou, na falta ou impedimento destes, pelo Juiz de Paz.
10.2.2.4. REPRESENTAÇÃO DAS PARTES
O ato da homologação somente é praticado na presença do empregado e do empregador. Tratando-se de empregado
comidadeinferiora18anos,seráobrigatóriaapresençaeaassinaturadeseurepresentantelegal,quecomprovará
estaqualidade,excetoparaosemancipadosnostermosdaleicivil.
Entretanto, o empregador pode ser representado por procurador legalmente habilitado ou preposto assim designado em
carta de preposição na qual haja referência à rescisão a ser homologada e o empregado pode ser representado,
excepcionalmente, por procurador legalmente constituído, com poderes expressos para receber e dar quitação e com
firmareconhecidaemcartório.
Nocasodeempregadonãoalfabetizado,aprocuraçãoserápública.
10.2.3. DISPENSA DE HOMOLOGAÇÃO
Existem situações em que o pagamento das parcelas devidas na cessação do vínculo empregatício independe de
homologação,comoveremosaseguir.
10.2.3.1. EMPREGADO COM MENOS DE UM ANO DE SERVIÇO
Na dispensa ou pedido de demissão de empregado com menos de um ano de serviço, o pagamento das parcelas
devidasdeveserrealizadonoâmbitodaprópriaempresa.
10.2.3.2. MORTE DO EMPREGADO
Na extinção do contrato de trabalho, em virtude de morte do empregado com menos de um ano de serviço, o pagamento
dos direitos por ele adquiridos pode ser efetuado diretamente aos beneficiários habilitados perante o órgão
previdenciário, reconhecidos judicialmente ou previstos em escritura pública, desde que dela constem os dados
necessários à identificação do beneficiário e à comprovação do direito
Em caso de dúvida quanto à configuração de dependente, é aconselhável que o empregador exija a apresentação de
alvará judicial, autorizando o recebimento das parcelas cujo direito o empregado já havia adquirido.
Para o empregado falecido com mais de um ano de serviço, é devida a homologação, hipótese em que é realizada por
intermédiodeseusbeneficiários,habilitadosperanteoórgãoprevidenciáriooureconhecidosjudicialmente.
10.2.3.3. DISPENSA POR JUSTA CAUSA
Verificando-se a dispensa por justa causa do empregado, com menos de 1 ano de contrato de trabalho na empresa, em
consequência de falta grave cometida e não sendo esta por ele reconhecida, através de declaração expressa, o
pagamentodasparcelaspodeserefetuadonaprópriaempresa.
Essa hipótese, todavia, somente ocorre quando o empregado, apesar de não admitir, expressamente, a justa causa,
concorda em receber os valores que lhe são devidos. Recusando-se o empregado a receber as parcelas a que faz jus, a
empresa deve manter os respectivos valores à sua disposição, até que ele concorde em recebê-los ou venha a pleitear a
anulaçãodajustacausa,atravésdaJustiçadoTrabalho.
Nesse caso, por ocasião da defesa, caberá à empresa comprovar o fato que motivou a arguição da justa causa.
10.2.4. HOMOLOGAÇÕES ESPECIAIS
Em alguns casos especiais é, também, obrigatória a homologação de rescisão do contrato de trabalho, como
examinamosaseguir.
10.2.4.1. PEDIDO DE DEMISSÃO
A rescisão do contrato de trabalho, no caso de pedido de demissão de empregado com mais de um ano de serviço, terá
de ser devidamente homologada.
10.2.4.1.1. Empregado Estável
Também a rescisão de contrato no pedido de demissão de empregado, que em 4-10-88 contava com dez ou mais
anos de serviço na mesma empresa, na condição de não optante pelo regime do FGTS, somente terá validade
quando feita com assistência do sindicato da categoria profissional ou federação respectiva e, apenas na falta de
entidade sindical, a assistência será prestada pela autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego ou da Justiça do
Trabalho.
FASCÍCULO 10.2 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
10.2.4.2. EMPREGADO MENOR
Para a homologação de rescisão de contrato de empregado menor, assim caracterizado aquele que tenha entre 14 e 18
anos, são obrigatórias, também, a presença e a assinatura do pai ou da mãe ou do responsável legal, que comprovará
essa qualidade.
No caso do aprendiz, a obrigatoriedade é para aquelecom idade entre 14 e 18 anos.
10.2.4.3. RESCISÃO POR JUSTA CAUSA
A rescisão do contrato de trabalho pelo empregador, por justa causa, somente será homologada quando o empregado
expedir declaração expressa, reconhecendo a justa causa.
Além dos documentos exigidos para a efetivação da homologação, conforme discriminado a seguir, é necessária a
apresentação da declaração firmada pelo empregado.
A título de ilustração, apresentamos, a seguir, modelo de confissão de falta grave, para fins de homologação.
10.2.5. APOSENTADORIA
O empregado com mais de um ano de serviço que se aposenta (por idade e tempo de serviço, com exceção da
aposentadoriaporinvalidez)etemseucontratodetrabalhorescindidodeveterasuarescisãohomologada.
No caso do empregado que se aposentou e continuou no emprego, vindo em época posterior a ser demitido sem justa
causa, a empresa deve pagar a multa de 40% do FGTS em relação à totalidade de seu tempo de serviço na empresa. Isto
porque a Orientação Jurisprudencial 361 da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais estabelece que a
aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho se o empregado permanece prestando
serviçosaoempregadorapósajubilação.
Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos
depósitosefetuadosnocursodopactolaboral.
10.2.6. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
Paraefetivarahomologação,aempresadeveapresentarosseguintesdocumentos:
a) o TRCT, em 4 vias;
b) a CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social, com as anotações devidamente atualizadas;
c) o Registro de Empregado, em livro, ficha, ou sistema informatizado;
d) notificação de demissão, comprovante de aviso-prévio ou pedido de demissão;
e) o número de registro ou cópia do instrumento coletivo de trabalho aplicável;
f) extrato para fins rescisórios da conta vinculada do empregado no FGTS, devidamente atualizado, e guias de
recolhimento das competências indicadas como não localizadas na conta vinculada;
g) guia de recolhimento rescisório do FGTS e da Contribuição Social (multa de 50% sobre o FGTS);
h) CD – Comunicação da Dispensa e Requerimento do SD – Seguro Desemprego, nas rescisões sem justa causa;
i) atestado de saude ocupacional demissional, ou periódico, durante o prazo de validade;
j) prova bancária de quitação quando o pagamento for efetuado antes da assistência;
k) documento que comprove a legitimidade do representante da empresa;
l) procuração ou carta de preposto, quando for o caso;
m) declaração firmada pelo empregado, reconhecendo a justa causa, quando for o caso;
n) demonstrativo de parcelas variáveis consideradas para fins de cálculo dos valores devidos na rescisão contratual;
o) outros documentos necessários para dirimir dúvidas referentes à rescisão ou ao contrato de trabalho.
A empresa ou equiparada à empresa deve elaborar, manter atualizado o PPP – Perfil Profissiográfico Previdenciário para
os segurados empregados, trabalhadores avulsos e cooperados, que laborem expostos a agentes nocivos químicos,
6 FASCÍCULO 10.2
DEPARTAMENTO DE PESSOAL MANUAL DE PROCEDIMENTOS
DECLARAÇÃO
Eu, ................................................................., portador da Carteira de Trabalho e Previdência Social nº ..........,
série .........., declaro, para os devidos fins de direito, que cometi a seguinte falta grave .................................................
Porserverdade,assinoapresentecomduastestemunhas.
........................,............de .......................................de...........
______________________________________
Assinatura do Empregado
TESTEMUNHAS:
_____________________________________________
_____________________________________________
físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de
concessãodeaposentadoriaespecial.
O PPP deve ser impresso por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa, sindicato ou
OGMO,emduasvias,comfornecimentodeumadasviasparaotrabalhador,medianterecibo.
10.2.7. IMPEDIMENTOS PARA A HOMOLOGAÇÃO
Existem determinadas situações jurídicas, em que o empregado se encontra, que impedem a rescisão contratual
arbitráriaousemjustacausa,conformeabaixo:
a) gravidez da empregada, desde a sua confirmação até 5 meses após o parto;
b) a candidatura do empregado para o cargo de direção de Cipa – Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, desde
o registro da candidatura e, se eleito, ainda que suplente, até 1 ano após o final do mandato;
c) a candidatura do empregado sindicalizado, a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação
sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 1 ano após o final do mandato;
d) a garantia de emprego decorrente de lei, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa;
e) a suspensão contratual;
f) membro do CNPS – Conselho Nacional de Previdência Social, representante dos trabalhadores, da nomeação até 1
ano após o término do mandato de representação;
g) membro do Conselho Curador do FGTS, representante dos trabalhadores, da nomeação até 1 ano após o término do
mandato de representação;
h) acidente do trabalho, 12 meses a contar da cessação do auxílio-doença acidentário;
i) dirigente de cooperativa, a partir do registro da candidatura até 1 ano após o final do mandato;
j) representantes dos empregados, titulares ou suplentes, membros da CCP – Comissão de Conciliação Prévia,
instituída no âmbito da empresa, até 1 ano após o final do mandato;
k) ASO – Atestado de Saúde Ocupacional com declaração de inaptidão;
l) irregularidade na representação das partes;
m) insuficiência de documentos ou incorreção não sanável;
n) falta de comprovação do pagamento das verbas devidas;
o) indícios de qualquer tipo de fraude, especialmente a rescisão contratual que vise somente ao saque de FGTS e à
habilitação ao Seguro-Desemprego.
10.2.8. PROCEDIMENTO DO AGENTE HOMOLOGADOR
No momento de ser formalizada a rescisão, o assistente verificará se não existe impedimento legal para a rescisão e se
nãoháincorreçãoouomissãoquantoaparcelasvencidasevaloresconstantesdoTRCT.
No caso de incorreção ou omissão de parcela devida, o assistente deve solucionar a falta ou a controvérsia, por meio de
orientaçãoeesclarecimentoàspartes.
Quando a incorreção relacionar-se a dados do contrato de trabalho ou do empregado, tais como tipo do contrato de
trabalho, categoria profissional, causa de afastamento, data de admissão e afastamento, percentual de pensão
alimentícia a ser retida na rescisão, data do aviso-prévio, dentre outros, o TRCT deverá ser retificado pelo empregador.
Havendo incorreções não sanadas, o assistente deve comunicar o fato ao setor de fiscalização do trabalho do órgão para
asdevidasprovidências.
10.2.9. IMPOSSIBILIDADE DE RECUSA DA HOMOLOGAÇÃO
Oassistentenãopoderáimpedirouobstarahomologação,excetonoscasosdosubitem10.2.7.
10.2.9.1. FALTA DE PAGAMENTO
Desde que haja concordância do empregado, a incorreção de parcelas ou valores lançados no TRCT não impede a
homologação da rescisão, devendo o assistente consignar as devidas ressalvas no Homolognet ou no Termo de
Rescisão.
A quitação do empregado refere-se somente ao exato valor de cada verba especificada no TRCT.
Ocorrendo a correção de valores ou parcelas, será impresso o Termo de Homologação, gerado pelo Homolognet, que
deverá ser assinado pelas partes ou seus prepostos e pelo assistente.
Devem constar das ressalvas:
a) parcelas e complementos não pagos e não constantes do TRCT;
b) matéria não solucionada;
c) a expressa concordância do empregado em formalizar a homologação; e
d) quaisquer fatos relevantes para assegurar direitos e prevenir responsabilidades do assistente.
10.2.9.2. FALTA DOS DEPÓSITOS DO FGTS
No caso de o empregador não depositar a multa rescisória calculada sobre o montante do FGTS, que é devida na
despedida sem justa causa, inclusive

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