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Distúrbios Hemodinâmicos: Edema e Hiperemia

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Disciplina: Patologia Geral
DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
Professora: Nadja Soares Vila Nova
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Distribuição da água no organismo
60% do peso corporal
2 / 3
intracelular
1 / 3
extracelular
5% intravascular
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DISTÚRBIOS HEMODINÂMICOS
Distúrbios que acometem a irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico
Alterações hídricas intersticiais: 
 - Edema
Alterações no volume sanguíneo: 
 - Hiperemia, hemorragia e choque
Alterações por obstrução intravascular:
 - Embolia, trombose, isquemia e infarto 
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É o aumento da quantidade de líquido no meio extracelular, sendo externo ao meio intravascular.
O desequilíbrio entre os fatores hidrodinâmicos entre interstício e o meio intravascular é que origina o edema.
Esses fatores compreendem a pressão hidrostática sanguínea e intersticial, a pressão oncótica vascular e intersticial e os vasos linfáticos
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Robbins 2005
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EDEMA/FATORES 
Pressão hidrostática sanguínea: quando essa pressão aumenta, ocorre saída excessiva de líquido do vaso, situação comum em estados de hipertensão e drenagem venosa defeituosa (por exemplo, em casos de varizes, insuficiência cardíaca etc).
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EDEMA/FATORES
Pressão hidrostática intersticial: se diminuída essa força, o líquido não retorna para o meio intravascular, acumulando-se intersticialmente.
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EDEMA/FATORES
Pressão oncótica sanguínea: a redução da pressão oncótica provoca o não deslocamento do líquido do meio intersticial para o interior do vaso. Essa variação da pressão oncótica é determinada pela diminuição da quantidade de protéinas plasmáticas presentes no sangue.
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EDEMA/FATORES
Pressão oncótica intersticial: um aumento da quantidade de proteínas no interstício provoca o aumento de sua pressão oncótica, o que favorece a retenção de líquido nesse local. Além disso, o aumento dessa força contribui para a dificuldade de drenagem linfática na região.
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EDEMA/FATORES
Vasos linfáticos: se a função destes de drenagem dos líquidos estiver comprometida, pode surgir o edema. Esse quadro é observado, por exemplo, em casos de obstrução das vias linfáticas (ex.elefantíase).
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EDEMA/FATORES
Acúmulo de sódio no interstício: ocorre quando há ingestão de sódio maior do que sua excreção pelo rim; o sódio em altas concentrações aumenta a pressão osmótica do interstício, provocando maior saída de água do vaso.
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Rubin 2006
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Ascite
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HIPEREMIA/CONCEITO
Aumento do volume sangüíneo localizado em um órgão ou parte dele por intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso, com conseqüente dilatação vascular.
Ocorre por alteração no sistema:
Pressão arterial X Resistência Pré e Pós capilar
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CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
Hiperemia Ativa ou Arterial
Aumento do afluxo sangüíneo arterial por aumento da Pressão Arterial e/ou diminuição da Resistência Pré capilar
Hiperemia Ativa Fisiológica
Hiperemia Ativa Patológica
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HIPEREMIA ATIVA FISIOLÓGICA
Aumento do suprimento de O2 e nutrientes, paralelamente há demanda de maior trabalho. Ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais.
Exemplos:
 Tubo gastrointestinal durante a digestão
 Musculatura esquelética durante exercícios físicos
 Cérebro durante estudo
 Glândula mamária durante lactação
 Rubor facial após hiperestimulação psíquica
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HIPEREMIA ATIVA PATOLÓGICA
Aumento do fluxo sangüíneo devido à liberação local de mediadores inflamatórios (devido a agressão ao tecido), com relaxamento de esfíncteres pré-capilares e diminuição da Resistência pré-capilar.
 Do mesmo modo que na hiperemia fisiológica, ocorre expansão do leito vascular, com os vasos de reserva se tornando funcionais.
Exemplos:
 Injúria térmica (queimaduras ou congelamento)/Irradiações intensas/Traumatismos
 Infecções/Inflamação aguda
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CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
Hiperemia Passiva(ou venosa: ou estase ou ainda congestão)
Diminuição da drenagem venosa por aumento da Resistência Pós Capilar.
Hiperemia Passiva local
Obstrução ou compressão vascular
Torção de vísceras (H. Passiva aguda)
Trombos venosos
Compressão vascular por neoplasias, abscessos
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CLASSIFICAÇÃO DA HIPEREMIA
Hiperemia Passiva sistêmica
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Trombose e embolia pulmonar
Lesões pulmonares extensas
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CONSEQÜÊNCIAS DA HIPEREMIA
 Edema - O aumento da Pressão Hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar.
 Hemorragias -Por diapedese ou por ruptura de capilares e pequenas vênulas.
 Degenerações, Necrose e Fibrose ("Induração de estase") -Por redução do fluxo de O2 e nutrientes.
 Trombose -Por diminuição da velocidade do fluxo.
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HIPEREMIA
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HIPEREMIA
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HIPEREMIA
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A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante. 
Perda de sangue por rompimento de um vaso sangüíneo,alterando o fluxo normal da circulação. Se não controlada pode ocasionar estado de choque ou levar a morte em poucos minutos. Quando ocorre hemorragia, o corpo não só perde as células do sangue e os elementos de coagulação, como também perde plasma e o volume de sangue total. 
Normalmente o volume de sangue corresponde a 7% do peso corporal no adulto. Por exemplo, um homem de 70 Kg tem aproximadamente 5 litros de sangue. Na criança o volume é 8 a 9% do peso corporal.
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O grande risco de uma hemorragia, é a possibilidade da ocorrência de um choque. O risco seguinte, é a possibilidade de uma infecção. Portanto, a primeira prioridade será a prevenção da ocorrência de um choque, e em segundo lugar prevenir e combater uma possível infecção.
 
A maior parte dos casos de hemorragias, resultam de uma combinação de estragos arteriais, venosos e capilares. A quantidade de sangue depende da extensão e localização do ferimento.
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HEMORRAGIA/CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao local
	. Hemorragia interna
	. Hemorragia externa
Quanto ao meio
	. Hemorragia arterial
	. Hemorragia venosa
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HEMORRAGIA INTERNA
Na hemorragia interna o sangue perdido não é visível e pode ser devido a lesões traumáticas de vísceras internas ou grandes vasos.
São mais difíceis de reconhecer porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo, tais como: cavidades craniana, torácica, abdominal e etc. 
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HEMORRAGIA INTERNA
SINTOMAS:
 fraqueza 
 sede
 frio 
 ansiedade ou indiferença
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HEMORRAGIA INTERNA
SINAIS:
Alteração do nível de consciência ou inconsciência; 
agressividade ou passividade; 
tremores e arrepios do corpo; 
pulso rápido e fraco; 
respiração rápida e artificial; 
pele pálida, fria e úmida; 
sudorese; e 
pupilas dilatadas. 
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HEMORRAGIA INTERNA/IDENTIFICAÇÃO
Além dos sinais e sintomas clínicos, suspeita-se que haja hemorragia interna quando houver:
acidente por desaceleração (acidente automobilístico)
ferimento por projétil de arma de fogo, faca ou estilete, principalmente no tórax ou abdome
acidente em que o corpo suportou grande pressão (soterramento, queda). 
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HEMORRAGIA INTERNA/IDENTIFICAÇÃO
Se houver perda de sangue pela boca, nariz e ouvido, existe suspeita de uma hemorragia no cérebro
Se a vítima apresentar escarros sanguinolentos, provavelmente a hemorragia será no pulmão
Se vomitar sangue será no estômago
Se evacuar sangue, será nos intestinos 
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HEMORRAGIA EXTERNA
São aquelas que ocorrem derramamento de sangue para fora do corpo; é o caso dos cortes ou esmagamentos
As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar.
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HEMORRAGIA
EXTERNA
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo, rico em oxigênio, e a perda é pulsátil, obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa.
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro, pobre em oxigênio, e a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações.
As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que recobrem a superfície do corpo. 
 
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MÉTODOS PARA DETENÇÃO DE HEMORRAGIAS
Elevação da região acidentada: pequenas hemorragias nos membros e outras partes do corpo podem ser diminuídas, ou mesmo estancadas, elevando-se a parte atingida e, conseqüentemente, dificultando a chegada do fluxo sanguíneo.
Tamponamento: pequenas, médias e grandes hemorragias podem ser detidas pela obstrução do fluxo sanguíneo, com as mãos ou, preferencialmente, com um pano limpo ou gaze esterilizada, fazendo um curativo compressivo. É o melhor método de estancar uma hemorragia.
Compressão arterial: se os métodos anteriores não forem suficientes para estancar a hemorragia, ou se não for possível comprimir diretamente o ferimento, deve-se comprimir as grandes artérias para diminuir o fluxo sanguíneo. 
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ALGUNS TIPOS ESPECIAIS DE HEMORRAGIA
Epistaxe: é o sangramento provocado por rompimento de vasos do nariz. 
Hematêmese: é o extravasamento de sangue proveniente do estômago, utilizando-se o esôfago e em forma de vômitos. Pode vir acompanhado de alimentos e o sangue apresenta cor escura. 
Hemoptise: é a saída de sangue pelas vias respiratórias, o sangue pode vir em golfadas, apresentando-se em cor vermelho vivo. 
 
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Hematoma retroperitoneal
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Hematoma retroperitoneal
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Equimoses
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Síndrome de 
Waterhouse-Friderichsen
Púrpura trombocitopênica
imune
Hemorragia - Equimoses
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Leptospirose: hemorragia pulmonar
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Hemorragia intraventricular
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É um colapso circulatório caracterizado por uma hipotensão significativa
 É uma incapacidade generalizada do sistema circulatório de perfundir as células e tecidos com teores adequados de oxigênio e nutrientes
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CHOQUE/CAUSAS
Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração)
Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede vascular)
Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais)
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CHOQUE/CLASSIFICAÇÃO
CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares;
 CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica
 CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular Dividido em:
 – CHOQUE NEUROGÊNICO;
 – CHOQUE ANAFILÁTICO;
 – CHOQUE SÉPTICO.
CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sangüíneo.
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO 
Resulta da perda brusca de líquidos do organismo
Causas:
 perda sangüínea secundária hemorragia
 perda de líquidos e eletrólitos
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO/SINAIS CLÍNICOS
QUEDA DA VOLEMIA DISCRETA (< 20%) :
perfusão diminuída de órgãos que toleram bem isquemia (pele, ossos , músculos, tecido adiposo
sensação de frio
hipotensão postural
taquicardia postural
palidez
sudorese fria
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO/SINAIS CLÍNICOS
QUEDA DA VOLEMIA MODERADA (20-40%) : 
Perfusão diminuída de órgãos que toleram mal isquemia (pâncreas, rins, baço)
Sensação de sede
Hipotensão
Taquicardia
Oligúria 
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CHOQUE HIPOVOLÊMICO/SINAIS CLÍNICOS
QUEDA DA VOLEMIA GRAVE (> 40%) : 
Perfusão diminuída do coração e cérebro
Agitação , confusão mental
Hipotensão
Taquicardia (> 120 bpm) 
Pulso fino e irregular
Parada cardíaca
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CHOQUE CARDIOGÊNICO
É produzido quando o coração é incapaz de bombear adequadamente o sangue.
ETIOLOGIA
falência cardíaca compressão cardíaca 
 Arritmia Pneumotórax hipertensivo
 Insuficiência cardíaca Ruptura do diafragma
 Defeito valvular ou septal
 Miocardiopatias , etc
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CHOQUE CARDIOGÊNICO
FISIOPATOLOGIA :
diminuição do retorno venoso
diminuição do enchimento das câmaras cardíacas
SINAIS CLÍNICOS
 cardiopatia 
 hipotensão / vasoconstrição / oligúria
 pressão venosa central elevada 
distensão das veias do pescoço
 sinal de Kussmaul 
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CHOQUE SÉPTICO
ENDOTOXEMIA
É provocado principalmente por bactérias gram-negativas produtoras de endotoxina (lipopolissacarídeos ou LPS), e menos freqüente por bactérias gram-positivas e fungos.
O choque séptico é caracterizado pela Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica
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CHOQUE SÉPTICO
ENDOTOXEMIA
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS)
Manifestação exagerada e generalizada de uma reação imunológica ou inflamatória local e é, com freqüência, fatal.
Desencadeia a falência de múltiplos órgãos.
Altamente mediada por citocinas: TNF e ILs.
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CHOQUE SÉPTICO
ENDOTOXEMIA
SINAIS CLÍNICOS
infecção ativa , febre 
taquicardia
PA normal
taquipnéia
vasodilatação cutânea
veias do pescoço normais
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CHOQUE ANAFILÁTICO
Resulta de uma reação antígeno-anticorpo mediada por IgE na superfície dos mastócitos e basófilos resultando da liberação de aminas vasoativas ( histamina)
É a expressão clínica máxima da anafilaxia, resultante do colapso vascular causado pela ação de mediadores liberados durante a reação anafilática e que pode ocorrer minutos após a exposição a um agente causal.
hipersensibilidade do tipo I
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CHOQUE ANAFILÁTICO
Efeitos da histamina:
Vasodilatação arterial: diminuição da resistência periférica
 Vasodilatação venosa: diminuição do retorno venoso
 Aumento da permeabilidade capilar
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CHOQUE ANAFILÁTICO/SINAIS-SINTOMAS
Pele: rubor, urticária e angioedema
Ap. digestivo: náuseas, vômitos em jato, cólicas abdominais, diarréia, enterorragia
Ap. respiratório: prurido e congestão nasal, espirros, edema de glote, tosse seca, dispnéia, sibilância, hipóxia e insuficiência respiratória
Sist. cardio-vascular: taquicardia, hipotensão, choque, arritmia e insuficiência coronariana
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CHOQUE NEUROGÊNICO/CAUSAS
Perda de controle autonômico
Lesão cerebral comprometendo o tronco cerebral
 Anestesia geral ou espinhal
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CHOQUE NEUROGÊNICO 
Perda do tônus vasomotor por lesão do SNC
 Diminuição acentuada da resistência periférica
 Diminuição acentuada do retorno venoso
DIMINUIÇÃO do DC e da PA
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TRABALHO
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Anasarca = edema generalizado 
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Ocorre na insuficiência cardíaca direita
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Ocorre na insuficiência cardíaca direita
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