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O processo politico na Primeira República e o liberalismo oligárquico

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Texto 17: RESENDE, Maria Efigênia Lage de. “O processo politico na Primeira República e o liberalismo oligárquico”. In FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de A. Naves (Org). O Brasil Republicano, vol. 1, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p. 89 – 119. 
Coexistência de uma Constituição Liberal com praticas politicas oligárquicas: Liberalismo oligárquico.
Entre 1889 a 1930. 
A república teve um significado extremamente limitado no processo histórico de construção da democracia e de expansão da cidadania no Brasil.
República oligárquica (contraditório): sistema baseado na dominação de uma minoria e na exclusão de uma maioria do processo de participação política coronelismo, oligarquia e política dos governadores.
A CONSTITUIÇÃO DE 1891: ESTADUALIZAÇÃO E NEGAÇÃO DA CIDADANIA.
O modelo da Constituição republicana de 1891 é a Constituição dos Estados Unidos da América: tradição liberal norte-americana de organização federativa e do individualismo político e econômico.
Funciona menos como uma inovação e mais como um reforço para justificar e consolidar o individualismo.
Confere aos estados uma enorme soma de poder edifica-se a força politica dos coronéis no nível municipal e das oligarquias nos níveis estadual e federal: autonomia.
Deixa de lado a preocupação do bem público em detrimento dos direitos individuais. 
Eles dirigem e controlam a politica do estado a partir de poderosas maquinas partidárias estaduais. 
O coronelismo é um fenômeno que só pode ser entendido a partir da marca histórica do antigo e exorbitante poder privado; da estrutura agrária latifundiária que fornece a base de sustentação para diferentes formas de manifestação do poder privado; da superposição de formas de sistema representativo a uma estrutura econômica e social, basicamente rural, que permite o controle de uma vasta população em posição de dependência direta do latifúndio; e de um sistema de compromissos, uma troca de proveitos, entre um poder público fortalecido e um poder privado já em fase de enfraquecimento.
Poder dos municípios coronéis: grandes proprietários de terra que assumem a chefia da política municipal: confronto com poderosos rivais/ milícias privadas / confronto armado / capangas e cabras > clima de tensão < 
O coronel tem sua base de poder local estruturada a partir de alianças com “pequenos coronéis”.
Exercem ampla jurisdição sobre seus dependentes.
Passam a deter posições hegemônicas regionais, a disputar cargos nos legislativos estaduais e federal, bem como ocupar na área executiva de funções burocráticas rendosas estados passam a integrar as oligarquias estaduais. 
Se o federalismo possibilita a emergência de oligarcas e coronéis poderosos em seus respectivos âmbitos de atuação, a preponderância dos interesses individuais impede que os temas da nação e da cidadania adquiram posição de centralidade na agenda politica dos constituintes.
Preocupação na organização do poder e na definição das instancia de decisões, deixando de lado problemas sociais (abolição)
A transplantação da Constituição dos EUA para a do Brasil é feita sem que se leve em consideração a realidade social e econômica do país (não democrática/inclusiva)
Liberalismo conservador. (herança de uma cultura politica marcado pelo tradicionalismo ibérico)
“Democracia censitária” pós abolição da escravidão num país de maioria rural, ter renda e saber ler e escrever: 1% da população se qualificava visão negativa que a elite tem sobre a população livre.
Arendt: conexão propriedade e liberdade
Constituição de 91: nega a igualdade entre os homens; atém-se, basicamente, aos direitos individuais; direitos políticos: associação e ao voto (retira a exigência de propriedade).
Direitos civis defendidas a partir da visão de Benjamin Constant: o objetivo dos modernos, esclarece, é a segurança dos privilégios privados [..] a liberdade é feita garantias concedidas pelas instituições a esses privilégios preponderância dos interesses privados sobre o interesse coletivo. 
O perigo dessa liberdade está nos homens, absorvidos pelos interesses particulares, renunciarem ao direito de participar do poder político

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