Buscar

resumo constitucional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Resumo Direito Constitucional 
Direito constitucional: É o ramo do direito que estuda os princípios básicos da organização do Estado. 
Para uma completa definição, o direito constitucional é o ramo que enfeixa os princípios e normas que 
regulam a estrutura e o grupamento humano e garante o complexo de condições de existência e 
evolução do indivíduo. 
Constituição: É a organização jurídica fundamental e suprema de um Estado. É o conjunto de regras 
relativo à forma de Estado, à forma de governo, ao modo de aquisição e exercício de poder, aos direitos 
e garantias fundamentais do indivíduo, bem como sobre quaisquer assuntos relativos a sociedade. 
 Carta constitucional x Constituição: Carta constitucional significa que seu processo de positivação se 
deu por meio de outorga, de um fato arbitrário. Em sentido técnico, apenas a expressão "Constituição" 
quer significar Lei Fundamental de origem democrática 
Assim, por exemplo, é correto dizer que a Constituição de 1934 (positivada por convensão) foi ab-
rogada pela Carta Constitucional de 1937 (positivada por outorga) 
Constituição= promulgada 
Carta Constitucional= outorgada 
 
Constituição formal: É o conjunto de todas as regras que têm a forma de regras constitucionais . 
Constituição material: Conjunto de regras que tratam de materias constitucionais, que podem ter ou 
não a forma de regras constituconais. 
 Principais características das normas constitucionais 
Supremacia: As normas constitucionais são revestidas de um grau máximo de eficácia jurídica. Isso 
significa que todas as demais normas devem guardar uma relação de compatibilidade com as normas 
constitucionais. É a chamada relação de compatibilidade Vertical . 
Rigidez: Significa que as normas constitucionais só podem ser alteradas por meio de um processo muito 
formal. 
 Classificação da constituição 
Constituição material ( ou substancial): Trata-se do conjunto de regras que dispõem de matérias 
constitucionais( normas que regulam a forma e a estrutura do Estado, o sistema de governo, a divisão e 
o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais.) 
São normas que, de alguma forma, ordenam o poder. Ex: O art 2° da Constituição é norma material (de 
conteúdo) constitucional, enumerando as funções do Estado, garantindo independência e harmonia. 
Constituição formal: É o conjunto de todas as regras que têm a forma de regras constitucionais, é 
estabelecido de forma escrita, por meio de um documento solene em decorrência do poder constituinte 
originário. É a constituição (texto) propriamente dita. Ex: Art 242, §2°da CF. Trata-se de norma 
formalmente constitucional, pois não se trata de matéria ( conteúdo) constitucional propriamente dita. 
Quanto a forma 
 
Escrita (ou positiva): É a Constituição codificada e sistematizada num texto único, escrito, elaborado por 
um órgão constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do 
Estado, a organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação, e os 
direitos fundamentais (políticos, individuais, coletivos, econômicos e sociais). 
Não escrita (ou costumeira, ou consuetudinária): É a Constituição cujas normas não constam de um 
documento único e solene, mas se baseia principalmente nos costumes, na jurisprudência e em 
convenções e em textos constitucionais esparsos. Até o século XVIII preponderavam as Constituições 
costumeiras, hoje restaram poucas, como a Inglesa e a de Israel, esta última em vias de ser positivada.A 
É importante notar que, com o advento da Emenda Constitucional nº. 45, foi introduzido o § 3º, no art. 
5º, possibilitando que tratado internacional sobre direito humanos possa ter força de norma 
constitucional, ainda que não esteja inserido formalmente na CF/88. Esse fato novo parece ter 
suavizado a condição de Constituição escrita da atual Carta brasileira. 
Assim, o novo parágrafo 3º do art. 5º: “Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos 
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”. 
 Quanto ao modo de elaboração 
Dogmática: Será sempre uma Constituição escrita, é a elaborada por um órgão constituinte, e 
sistematiza os dogmas ou ideias fundamentais da teoria política e do Direito dominantes no momento. 
Histórica (ou costumeira) 
Sempre uma Constituição não escrita, resulta de lenta transformação histórica, do lento evoluir das 
tradições, dos fatos sócio-políticos. 
 Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática ou votada) 
É a Constituição que se origina de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos 
com a finalidade de elaborar e estabelecer aquela Constituição, portanto nasce de uma assembleia 
popular, seja esta representada por uma pessoa ou por um órgão colegiado. As Constituições brasileiras 
de 1891, 1934, 1946 e 1988 foram promulgadas. 
Outorgada 
É a Constituição elaborada e estabelecida sem a participação do povo, ou seja, a que o governante 
impõe ao povo de forma arbitrária, podendo ser elaborada por uma pessoa ou por um grupo. As 
Constituições brasileiras de 1824, 1937, 1967 e 1969 foram outorgadas. 
Cabe alertar para uma espécie de Constituição, entendida como uma Constituição outorgada por um 
bom número de autores, que é a Constituição Cesarista, examinada por plebiscito (para alguns autores 
tratar-se-ia de referendo) sobre um projeto formado por um imperador ou ditador, sendo que a 
participação popular não é democrática porque visa apenas confirmar a vontade do detentor do poder. 
 Quanto à estabilidade (ou consistência, ou processo de reforma) 
Rígida: Classificação relativa a rigidez constitucional foi estabelecida, inicialmente, por Lord Bryce. Trata-
se de uma Constituição que somente pode ser modificada mediante processo legislativo, solenidades e 
exigências formais especiais, diferentes e mais difíceis do que aqueles exigidos para a formação e 
modificação de leis comuns (ordinárias e complementares). Quanto maior for a dificuldade, maior será a 
rigidez. A rigidez da atual Constituição Brasileira é marcada pelas limitações procedimentais ou formais 
(incisos e §§ 2º, 3º, e 5º). Quase todos os Estados modernos aderem a essa forma de Constituição, assim 
como todas as Constituições Brasileiras, salvo a primeira, a Constituição Imperial, de 1824. 
Cabe lembrar que só há rigidez constitucional em Constituições escritas e que só cabe controle da 
constitucionalidade na parte rígida de uma Constituição. Por consequência, não existe possibilidade de 
controle da constitucionalidade nas Constituições flexíveis ou em qualquer Constituição costumeira. 
Flexível (ou plástica): É aquela Constituição que pode ser modificada livremente pelo legislador segundo 
o mesmo processo de elaboração e modificação das leis ordinárias. A flexibilidade constitucional se faz 
possível tanto nas Constituições costumeiras quanto nas Constituições escritas. 
Semi-Rígida 
É a Constituição que contém uma parte rígida e outra flexível. A Constituição Imperial Brasileira de 1824 
foi semi-rígida. 
Cabe alertar que alguns doutrinadores estabelecem outra espécie, a Constituição imutável. Mas a 
grande maioria dos autores a considera reprovável porque entende que a estabilidade das Constituições 
não deve ser absoluta, imutável, perene, porque a própria dinâmica social exige constantes adaptações 
para atender as suas exigências. A Constituição deve representar a vontade de um povo e essa vontade 
varia com o tempo, por isso a necessidadede que a Constituição se modifique. 
 Quanto à extensão 
Concisa (ou sintética):É aquela Constituição que abrange apenas, de forma sucinta, principios 
constitucionais gerais ou enuncia regras básicas de organização e funcionamento do sistema jurídico 
estatal, deixando a parte de pormenorização à legislação complementar. 
Prolixa (ou analítica): É aquela Constituição que trata de minúcias de regulamentação, que melhor 
caberiam em normas ordinárias. Segundo o mestre Bonavides, estas Constituições apresentam-se cada 
vez em maior número, incluindo-se a atual Constituição Brasileira. 
 Quanto à supremacia 
Constituição Material:É aquela que se apresenta não necessariamente sob a forma escrita e é 
modificável por processos e formalidades ordinários e por vezes independentemente de qualquer 
processo legislativo formal (através de novos costumes e entendimentos jurisprudenciais). 
Constituição Formal: É aquela que se apresenta sob a forma de um documento escrito, solenemente 
estabelecido quando do exercício do poder constituinte e somente modificável por processos e 
formalidades especiais nela própria estabelecidos.Apóia-se na rigidez constitucional. 
 Constituição Garantia e Dirigente 
Constituição Garantia:É a Constituição que se preocupa especialmente em proteger os direitos 
individuais frente aos demais indivíduos e especialmente ao Estado. Impõe limites à atuação do Estado 
na esfera privada e estabelece ao Estado o dever de não-fazer (obrigação-negativa, status negativus). 
Constituição Dirigente (Programática ou Compromissória):É a Constituição que contém um conjunto de 
normas-princípios, ou seja, normas constitucionais de princípio programático, com esquemas genéricos, 
programas a serem desenvolvidos ulteriormente pela atividade dos legisladores ordinários. 
No entender de Raul Machado Horta, as normas programáticas exigem não só a regulamentação legal, 
mas também decisões políticas e providências administrativas. As normas programáticas constitucionais 
estabelecem fundamentos, fixam objetivos, declaram princípios e enunciam diretrizes. 
Tais normas, que José Afonso da Silva situa dentre as de eficácia limitada, não são de reconhecimento 
pacífico na doutrina no que se refere a sua existência. É importante lembrar que como qualquer norma 
constitucional, as normas de eficácia limitada, entre elas as programáticas, têm eficácia, ou seja, 
produzem efeitos (para relembrar, voltar à classificação quanto à eficácia das normas constitucionais). 
A atual Constituição Brasileira traz numerosas normas de princípio programático, como por exemplo: 
arts. 3º, 4º, § único; 144; 196; 205 e 225. 
Constituição Balanço 
É a Constituição que, ao caracterizar uma determinada organização política presente, prepara a 
transição para uma nova etapa. 
Constituição Normativa 
É a Constituição efetiva, ou seja, ela determina o exercício do poder, obrigando todos a sua submissão. 
Constituição Nominal ou Nominativa 
É aquela ignorada pela prática do poder. 
Constituição Semântica 
É aquela que serve para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. 
Poder constituinte 
É a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo, social e juridicamente organizado. 
O Poder constituinte é o poder que tudo pode. 
Titularidade do Poder Constituinte: é predominante que a titularidade do poder constituinte pertence 
ao povo. Logo, a vontade constituinte é a vontade do povo expressa por meio de seus representantes. 
 
Espécies: 
A - Poder Constituinte Originário - Estabelece a Constituição de um novo Estado, organizando-se e 
criando os poderes destinados a reger os interesses de uma sociedade. Não deriva de nenhum outro, 
não sofre qualquer limite e não se subordina a nenhuma condição. 
Ocorre Poder Constituinte no surgimento da 1ª Constituição e também na elaboração de qualquer 
outra que venha depois. 
 
Características: 
Inicial - não se fundamenta em nenhum outro; é a base jurídica de um Estado; 
 
Autônomo / ilimitado - não está limitado pelo direito anterior, não tendo que respeitar os limites postos 
pelo direito positivo anterior; não há nenhum condicionamento material; 
 
Incondicionado - não está sujeito a qualquer forma pré-fixada para manifestação de sua vontade; não 
está submisso a nenhum procedimento de ordem formal 
B - Poder Constituinte Derivado - também chamado Instituído ou de segundo grau – é secundário, pois 
deriva do poder originário. Encontra-se na própria Constituição, encontrando limitações por ela 
impostas: explícitas e implícitas. 
Características: 
Derivado - deriva de outro poder que o instituiu, retirando sua força do poder Constituinte originário; 
 
Subordinado - está subordinado a regras materiais; encontra limitações no texto constitucional. Ex. 
cláusula pétrea 
Condicionado – seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto da CF; é 
condicionado a regras formais do procedimento legislativo. Este poder se subdivide em: 
 
I) poder derivado de revisão ou de reforma: poder de editar emendas à Constituição. O exercente 
deste poder é o Congresso Nacional que, quando vai votar uma emenda ele não está no procedimento 
legislativo, mas no Poder Reformador. 
 
II) poder derivado decorrente: poder dos Estados, unidades da federação, de elaborar as suas próprias 
constituições. O exercente deste poder são as Assembléias Legislativas dos Estados. Possibilita que os 
Estados Membros se auto-organizem. 
 A Constituição de 1988 deu aos Municípios um status diferenciado do que antes era previsto, chegando 
a considerá-los como entes federativos, com a capacidade de auto-organizar-se através de suas próprias 
Constituições Municipais que são denominadas Leis Orgânicas.

Outros materiais