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 Tema: Objetivos e formas de atuação da OIT 
 
 Introdução: 
 Para começar é impossível falar sobre a OIT sem citar o Direito Internacional do Trabalho que regulamenta 
os direito e obrigações na relação entre empregados e empregadores formando um principio para que se possa 
ser aplicado entre todos os Estados. É notório que também o direito internacional do trabalho incentive a melhoria 
nas condições e no ambiente de trabalho, oferecendo assim suportes para que o individuo desenvolva sua função 
o mais dignamente possível. Com esse conceito, pode-se afirmar que o direito internacional do trabalho visa 
estabelecer um padrão internacional mesmo que mínimo entre as relações trabalhistas e nesse entendimento ela 
também aborda as situações que não vão estar nas relações trabalhistas, como a alguma ocupação sob 
subordinação onde possa infringir a dignidade da pessoa humana. Logo, o direito internacional do trabalho se 
mantém bem próximo a dignidade da pessoa humana e portanto com os direitos humanos e sempre objetivando 
fortalecer a justiça social, a dignidade da pessoa humana, o maior bem-estar da sociedade e contribuindo assim 
para a paz. 
A organização internacional do trabalho, apesar de não ser o único, é o principal centro do direito internacional do 
trabalho. Tal organização foi estabelecida ,em 1919, pelo tratado de versalhes. Inicialmente ela não foi estruturada 
como um entidade independente , e sim era incorporada a Liga das Nações de onde eram oriundos todos os seus 
estados-membros. Como explicitado, a caracterização da OIT como entidade autônoma era controversa, uma vez , 
que os organismos internacionais ainda eram novidade no ambiente internacional. A autonomia da OIT vem 
parcialmente a se firmar com a primeira reunião de um de seus órgãos, A Conferencia Internacional do Trabalho 
(CIT), que agiu independentemente da liga das nações, tendo exemplos como a admissão na OIT da Austria e da 
Alemanha que não eram membros da liga das nações e também do Brasil que acabara de sair da liga das nações e 
não se retirou da OIT, fato no qual elevou e fortaleceu o conceito dessa entidade em formação. A OIT vem a 
conquistar a sua autonomia em relação a qualquer outra entidade em meados do ano de 1946, com a reforma da 
Constituição da Organização Internacional do Trabalho. Concluindo, pode se afirmar que a OIT é uma entidade 
possuidora do de direito internacional, dotado de direitos e obrigações. Sendo assim, ela é um órgão 
independente de qualquer outra coisa, portanto não é um mero departamento das Nações Unidas e sim na qual 
existe grande cooperação com a mesma. A OIT tem mantido representação no Brasil desde 1950, com programas 
e atividades que refletem os objetivos da Organização ao longo de sua história. Além da promoção permanente 
das Normas Internacionais do Trabalho, do emprego, da melhoria das condições de trabalho e da ampliação da 
proteção social, a atuação da OIT no Brasil tem se caracterizado, no período recente, pelo apoio ao esforço 
nacional de promoção do trabalho decente em áreas tão importantes como o combate ao trabalho forçado, ao 
trabalho infantil e ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual e comercial, à promoção da igualdade de 
oportunidades e tratamento de gênero e raça no trabalho e à promoção de trabalho decente para os jovens. 
 Em maio de 2006, a ANTD foi lançada em Brasília pelo Ministro do Trabalho e Emprego (MTE) por ocasião 
da XVI Reunião Regional Americana da OIT, durante a qual também foi lançada, pelo Diretor Geral da OIT, a 
Agenda Hemisférica do Trabalho Decente (AHTD). Com o objetivo de contribuir à erradicação da pobreza e à 
redução das desigualdades sociais, a ANTD se estrutura em torno a três prioridades: a geração de mais e melhores 
empregos, com igualdade de oportunidade e de tratamento; a erradicação do trabalho escravo e do trabalho 
infantil, em especial, em suas piores formas; e, o fortalecimento dos atores tripartites e do diálogo social como 
instrumento de governabilidade democrática. Elaborada por um grupo de trabalho interministerial coordenado 
pelo MTE, com assistência técnica permanente da OIT, e submetida à consulta no âmbito da Comissão Tripartite 
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de Relações Internacionais (CTRI), a ANTD estabelece resultados esperados e linhas de ação para cada uma das 
prioridades definidas. 
 É a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, formada por representantes de 
governos, organizações de empregadores e de trabalhadores. São atualmente 183 estados- membros que 
participam em situação de igualdade das diversas instâncias da organização. 
 
 Deve-se ressaltar que as normas da OIT possuem como características: a universalidade, que implica em 
aplicação em escala mundial e validade para países de diferentes estruturas sociais, e a flexibilidade, sendo as 
normas elaboradas com espírito de realismo e de eficácia. 
 
 Sendo ratificadas, as Convenções geram direitos subjetivos individuais, com eficácia garantida no território 
do país que promoveu a ratificação. Chama-se a atenção para o fato de que, uma vez ratificada a Convenção, são 
derrogadas automaticamente as normas da legislação nacional. Não ratificadas servem, entretanto, de base para a 
atividade legislativa dos Estados. 
 Segundo a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e seu Seguimento de 1998, a OIT 
é a organização internacional com mandato constitucional e o órgão competente para estabelecer Normas 
Internacionais Trabalhistas e ocupar-se delas, que goza de apoio e reconhecimento universais na promoção dos 
direitos fundamentais no trabalho como expressão de seus princípios constitucionais. 
A OIT é o maior centro de recursos de informação, análise e orientação sobre o mundo do trabalho. A 
investigação acompanha e reforça todas as atividades práticas da Organização, que é considerada 
mundialmente como uma fonte autorizada de informação estatística. Sua coleção é considerada uma grande 
fonte de conhecimentos e informação chave referente a área do trabalho, meio de vida sustentável, aspectos 
do desenvolvimento econômico e social, mudanças tecnológicas e de direitos humanos, relacionados com o 
trabalho 
 
 A primeira aparição de uma regulamentação do trabalho que alcançava todos os povos é encontrado na 
doutrina cristã, um grande exemplo disso é a determinação do descanso semanal que consta nos dez 
mandamentos. Fora da esfera religiosa as regras relativas a trabalho no âmbito internacional é observado a partir 
da revolução industrial, época em que a situação das condições de trabalho para os indivíduos eram preocupantes 
e que por fim acabou despertando interesse dos indivíduos e dos movimentos sociais em busca de uma possível 
melhora. Mas só ,em 1855, foi proposta oficialmente a criação de uma legislação trabalhista internacional, essa 
ação foi proveniente da Suíça e a mesma também foi quem propôs a realização da conferencia internacional do 
trabalho que foi realizada em Berlim, no ano de 1890, a mesma foi a primeira reunião internacional com o 
interesse de estabelecer uma regulação internacional para as relações de trabalho. A consolidação teve um 
importante grande passo com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, que veio se 
estabelecer como uma estrutura da construção e aplicação do sistema normativo de regulação das relações 
trabalhistas no âmbito global, a ponto de existir quem observe o direito internacional sendo feito dentro da OIT. O 
Direito internacional não se manteve preso a se apresentar em somente emum organismo, como pode se 
observar com o fim da II Guerra Mundial, onde a matéria trabalhista atingiu foros com relação a proteção da 
dignidade humana, tema como já evidenciado anteriormente de fundamental importância e afinidade com o 
direito do trabalho. 
A criação da OIT baseou-se em argumentos humanitários e políticos, que fundamentaram a formação 
da justiça social no âmbito internacional do trabalho. O argumento humanitário baseou-se nas 
condições injustas e deploráveis das circunstâncias de trabalho e vida dos trabalhadores durante a 
Revolução Industrial, que houve mudanças no sistema de produção durante o século XVIII, na 
Inglaterra. Em uma fase histórica em que a Revolução Industrial propiciava o fortalecimento da 
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empresa, Inúmeros empregadores, tendo-se a plena liberdade contratual do Estado Liberal, Dessa 
maneira, os problemas sociais gerados por aquela revolução (miséria, desemprego, salários irrisórios 
com longas jornadas, grandes invenções tecnológicas da época, inexistência de leis trabalhistas) 
contribuíram para consolidar o capitalismo em seu modo dominante. No início da relação de emprego, 
sem regulamentação alguma, o trabalho retribuído por salário acarretou o surgimento dos direitos 
sociais, por meio da luta dos proletariados por melhores condições de vida e trabalho e pelas regras de 
justiça retributiva. O aumento da marginalização social e o embate entre o proletariado com o aparato 
político estatal acabaram culminados na formação do Estado de Bem-estar Social, já em fins do século 
XIX e, principalmente, durante o século XX. 
 
 Manual do Direito do trabalho: 
 De acordo com o Manual do Direito do Trabalho no que diz respeito a declaração da OIT sobre os 
princípios e direitos fundamentais no trabalho existem algumas considerações que devem compor o trabalho por 
nós realizado; São elas: 
"Considerando que a criação da OIT procede da convicção de que a justiça social é essencial para garantir uma paz 
universal e permanente; 
Considerando que o crescimento econômico é essencial, mas insuficiente, para assegurar a equidade, o progresso 
social e a erradicação da pobreza, o que confirma a necessidade de que a OIT promova políticas sociais sólidas, a 
justiça e instituições democráticas; 
 Considerando, portanto, que a OIT deve hoje, mais do que nunca, mobilizar o conjunto de seus meios de 
ação normativa, de cooperação técnica e de investigação em todos os âmbitos de sua competência, e em 
particular no âmbito do emprego, a formação profissional e as condições de trabalho, a fim de que no âmbito de 
uma estratégia global de desenvolvimento econômico e social, as políticas econômicas e sociais se reforcem 
mutuamente com vistas à criação de um desenvolvimento sustentável de ampla base; 
Considerando que a OIT deveria prestar especial atenção aos problemas de pessoas com necessidades sociais 
especiais, em particular os desempregados e os trabalhadores migrantes, mobilizar e estimular os esforços 
nacionais, regionais e internacionais encaminhados à solução de seus problemas, e promover políticas eficazes 
destinadas à criação de emprego; 
 Considerando que, com o objetivo de manter o vínculo entre progresso social e crescimento econômico, a 
garantia dos princípios e direitos fundamentais no trabalho reveste uma importância e um significado especiais ao 
assegurar aos próprios interessados a possibilidade de reivindicar livremente e em igualdade de oportunidades 
uma participação justa nas riquezas a cuja criação têm contribuído, assim como a de desenvolver plenamente seu 
potencial humano; 
Considerando que a OIT é a organização internacional com mandato constitucional e o órgão competente para 
estabelecer Normas Internacionais do Trabalho e ocupar-se das mesmas, e que goza de apoio e reconhecimento 
universais na promoção dos direitos fundamentais no trabalho como expressão de seus princípios constitucionais; 
Considerando que numa situação de crescente interdependência econômica urge reafirmar a permanência dos 
princípios e direitos fundamentais inscritos na Constituição da Organização, assim como promover sua aplicação 
universal; " 
 Conferência Internacional do Trabalho 
 A conferência internacional do trabalho é composta por quatro representantes de cada um dos estados 
membros, ou seja, dois delegados do governo, um delegado representante dos trabalhadores e um delegado 
representante do empregador. 
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 A OIT é dirigida pelo conselho de administração ou órgão de gestão da organização, responsável pela 
elaboração e controle de execução das políticas e programas da OIT. O conselho de administração elaborará 
diretrizes para que a adoção pela conferência de uma convenção ou de uma recomendação seja, por meio de uma 
conferência técnica preparatória ou por qualquer outro meio, precedida de um aprofundado preparo técnico e de 
uma consulta adequada dos membros interessados. O conselho de administração é composto por 56 pessoas, das 
quais 28 representantes dos governos, 14 representantes dos empregadores e 14 representantes dos 
trabalhadores. Dos 28 representantes dos governos, dez serão nomeados pelos estados membros de maior 
importância industrial e 18 serão nomeados pelos estados membros designados para esse fim pelos delegados 
governamentais da conferência, excluídos os delegados dos dez membros mencionados. Os representantes dos 
empregadores e os dos empregados serão, respectivamente, eleitos pelos delegados dos empregadores e pelos 
delegados dos trabalhadores à conferência. É importante declarar que o conselho de administração indicará, 
sempre que julgar oportuno, os estados membros de maior importância industrial e, antes de tal indicação, 
estabelecerá regras para garantir o exame, por uma comissão imparcial, de todas as questões relativas à referida 
indicação. 
A repartição internacional do trabalho constitui o secretariado técnico-administrativo da OIT, formado por vários 
setores e departamentos voltados para a realização do objetivo. São designado pelo conselho de administração, 
responsável, perante este, pelo bom funcionamento da repartição e pela realização de todos os trabalhos que lhe 
forem confiados. 
A Convenção Fundamental n.º 87 da OIT versa sobre a plena Liberdade Sindical e a Proteção ao Direito de 
Sindicalização. Aprovada em julho de 1948 na 31ª sessão da Conferência Geral da Organização Internacional do 
Trabalho, entrou em vigor no plano internacional em 4 de julho de 1950. A convenção, em tela, trata 
especificamente da questão sindical, fixando normas tanto para as organizações dos trabalhadores como para as 
dos 13 empregadores. Com apenas 21 artigos, dispõe sobre uma série de garantias para o livre funcionamento das 
entidades sindicais, sem ingerência das autoridades públicas, ou seja, a possibilidade da existência de mais de uma 
entidade em um mesmo âmbito de representação 
 
 Classificação das normas das convenções: 
 De acordo com a página da OIT na web, as normas das Convenções são classificadas em promocionais e 
técnicas. As primeiras se destinam à promoção de direitos e de melhores condições de trabalho e de vida, 
funcionando às vezes como metas a serem alcançadas. As segundas estabelecem padrões técnicos universais, em 
especial nas questões de saúde e segurança no trabalho. 
 
Apesar de não fazerem parte do sistema de normas internacionais do trabalho, os órgãos da OIT elaboram acordos 
sobre outros documentos que não as convenções e as recomendações. Como exemplo pode-se citar os códigos de 
conduta, as resoluções e as declarações, que possuem efeito normativo. 
 
As propostas de novos padrões internacionaissão geralmente apresentadas pelos movimentos de trabalhadores. 
Isto não significa a inexistência de propostas apresentadas pelos governos, empregadores ou até mesmo por 
algum órgão da OIT, ou ainda de outras instituições. A proposta deve passar por um processo de análise duplo, no 
qual todos os componentes do Secretariado debatem o assunto, que será votado, podendo ser aprovado pela 
Conferência Internacional do Trabalho. 
 
 São objetivos da OIT: 
 a) a liberdade de associação e o efetivo reconhecimento do direito de negociação coletiva; 
b) a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório; 
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c) a abolição efetiva do trabalho infantil; 
 d) a eliminação da discriminação em matéria de emprego e função. 
 e)Promover o emprego através da criação de um ambiente institucional e económico sustentável, de modo a 
que: os indivíduos possam desenvolver e atualizar as capacidades e competências de que necessitam para 
trabalhar produtivamente, tendo em vista a sua realização pessoal e o bem-estar coletivo; 
 Formas de atuação: 
 A OIT se baseia em criações de normas, tais que são discutidas nas convenções e assinadas pelos países 
membros. Sua atuação é de modo com que se ocorra desenvolvimento social, gerando mais empregos e melhorias 
nas condições de trabalho, para que seja extinto o trabalho infantil e escravo, e para combater as diversas 
discriminações que ocorrem até mesmo nas entrevistas de emprego, onde todos deveriam ter a mesma 
oportunidade, igualdade e tratamento. 
 A organização tem intuito de diminuir as injustiças, irregularidades e abusos, atuando assim, de forma 
humanitária e ampliando a proteção social. Nas convenções são discutidos esses aspectos, para que se 
estabeleçam normas que gerem melhorias mundialmente, acabando com discriminações e garantindo que ocorra 
concorrência mundial, atuando assim, economicamente. Sua atuação política, visa assegurar a paz mundial, para 
que ocorra menos conflitos. Essas normas são discutidas e assinadas pelos países membros, mas é necessário que 
anualmente esses países emitam relatórios de cumprimento das normas, o que é de extrema importância para a 
OIT, pois assim, fica então ciente de como essas convenções estão sendo aplicadas pelos países. Há um comitê de 
liberdade sindical que recebe denúncias, o que é muito bom e importante para o controle da OIT. 
 Funda-se no princípio da paz universal e permanente como instrumento de concretização e 
universalização dos ideais da justiça social e proteção do trabalhador no mundo internacional do trabalho. A OIT é 
considerada como um organismo internacional associado às Nações Unidas, ou melhor, a uma das agências 
especializadas da Organização das Nações Unidas. 
Exemplo Concreto: 
Convenção ratificada no Brasil 
C003 - Convenção relativa ao Emprego das Mulheres antes e depois do parto (Proteção à Maternidade) 
CONVENÇÃO 03[1 ] 
 
I — Convocada em Washington pelo Governo dos Estados Unidos da America, aos 29 de outubro de 1919; 
 
II — Dados referentes ao Brasil: 
 
a) aprovação = 
 
b) ratificação = 26/04/1934 
 
c) promulgação = Decreto n. 423, de 12.11.1935; 
 
d) vigência nacional = 
 
A Conferencia Geral da Organização Internacional do Trabalho da Liga das Nações, 
Convocada em Washington pelo Governo dos Estados Unidos da América, aos 29 de outubro de 1919, 
 
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Depois de haver decidido adoptar diversas propostas relativas ao "emprego das mulheres: 
Antes ou depois do parto (inclusive a questão da indemnização de maternidade) questão compreendida no 
terceiro ponto da ordem do dia da sessão da Conferencia efetuada em Washington, e 
 
Depois de haver decidido fossem essas propostas redigidas sob a forma de um projeto de convenção 
internacional, adopta o projeto de Convenção abaixo, sujeito á ratificação pelos membros da Organização 
Internacional do Trabalho, de conformidade com as disposições da Parte relativa ao Trabalho, do Tratado de 
Versalhes de 28 de junho de 1919 e do Tratado de Saint-Germain, de 10 de setembro de 1919: 
 
Artigo 1º 
 
Para os efeitos da presente Convenção, serão considerados como "estabelecimentos industriais" especialmente: 
 
a) as minas carreiras (carrières) e industrias extrativas de qualquer natureza; 
 
b) as industrias nas quais os produtos são manufaturados, modificados, limpos, reparados, decorados, acabados, 
preparados para a venda, ou nos quais as matérias sofrem uma transformação; inclusive, a construção dos navios, 
as industrias de demolição de material. bem como a produção, transformação e transmissão da força motriz em 
geral e da eletricidade; 
 
c) a construção, reconstrução, manutenção, reparação, modificação ou demolição de todas as casas e edifícios, 
estradas de ferro, bondes, portos, docas, molhes, canais, instalações para a navegação interior, caminhos, tuneis, 
pontes, viadutos, esgotos coletores, esgotos ordinários, poços, instalações telegráficas ou telefônicas, instalações 
elétricas, usinas a gás, distribuição de agua ou outros trabalhos de construção, bem como os trabalhos de 
preparação e de alicerces precedendo os trabalhos acima; 
 
d) o transporte de pessoas ou de mercadorias por estrada, via férrea ou curso de agua marítimo ou interno, 
inclusive a manutenção das mercadorias nas docas, caes, wharfs e entrepostos, com exceção do transporte braçal, 
(armazém de deposito). 
 
Para os efeitos da presente Convenção, será considerado como "estabelecimento comercial" todo lugar destinado 
á venda das mercadorias ou a toda operação comercial. 
 
Em cada, país a autoridade competente determinará a linha de demarcação entre a indústria e o comércio, de um 
lado, a agricultura, do outro. 
 
Artigo 2º 
 
Para a aplicação da presente Convenção, o termo "mulher" designa toda a pessoa do sexo feminino, qualquer que 
seja a idade ou a nacionalidade, casada ou não, e o termo "filho" designa, todo o filho, legitimo ou não. 
 
Artigo 3º 
 
Em todos os estabelecimentos industriais ou comerciais, públicos ou privados, ou nas suas dependências, com 
exceção dos estabelecimentos onde só são empregadas os membros de uma mesma família, uma mulher 
 
a) não será autorizada a trabalhar durante um período de seis semanas, depois do parto; 
 
b) terá o direito de deixar o seu trabalho, mediante a exibição de um atestado medico que declare esperar-se o 
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parto, provavelmente dentro em seis semanas; 
 
c) receberá, durante todo o período em que permanecer ausente, em virtude dos parágrafos (a) e (b), uma 
indemnização suficiente para a sua manutenção e a do filho, em boas condições de higiene; a referida 
indemnização, cujo total exato será fixado pela autoridade competente em cada país, terá dotada pelos fundos 
públicos ou satisfeita por meio de um sistema de seguros. Terá direito, ainda, aos cuidados gratuitos de um 
medico ou de uma parteira. Nenhum erro, da parte do medico ou da parteira, no calculo da data do parto, poderá 
impedir uma mulher de receber a indemnização, á qual tem direito a contar da data do atestado medico até 
aquela em que se produzir o parto; 
 
d) terá direito em todos os casos, si amamenta o filho, duas folgas de meia hora que lhe permitam o aleitamento. 
 
Artigo 4º 
 
No caso em que uma mulher se ausente do trabalho em virtude dos parágrafos (a) e (b) do artigo 3º da presente 
Convenção ou dele se afaste, por um período mais longo, depois de uma doença provada por atestado medico, 
como resultado da gravidez ou do parto, e que a reduza á incapacidade de voltar ao trabalho, será ilegal, para o 
seu patrão, até que a sua ausênciatenha atingido uma duração máxima, fixada pela autoridade competente de 
cada país, notificar à sua, dispensa, durante a referida ausência ou em uma data tal que, produzindo-se o pré-aviso 
expire o prazo no decurso da, ausência acima mencionada. 
 
Artigo 5º 
 
As ratificações oficiais da presente Convenção, nas condições previstas na Parte XIII do Tratado de Versalhes, de 28 
de junho de 1919 e do Tratado de Saint-Germain, de 10 de setembro de 1919, serão comunicadas ao Secretario 
Geral da Liga das Nações e por ele registradas. 
 
Artigo 6º 
 
Todo membro da Organização Internacional do Trabalho que ratificar a presente Convenção se compromete a 
aplicá-la às respectivas colônias, possessões ou protetorados que se não têm governo próprio, sob as reservas 
seguintes: 
 
a) que as disposições da Convenção não se tornem inaplicáveis por força das condições locais; 
 
b) que as modificações que se tornem necessárias para adaptar a Convenção ás condições locais possam ser nela 
introduzidas. 
 
Cada membro deverá, notificar á Repartição Internacional do Trabalho sua decisão no que diz respeito a cada uma 
de suas colônias ou possessões ou a cada um dos seus protetorados que se não governe plenamente por si 
mesmo. 
 
Artigo 7º 
Logo que as ratificações de dois membros da Organização Internacional do Trabalho forem registadas ao 
Secretariado, o Secretario Geral da Liga das Nações notificará esse facto a todos os membros da Organização 
Internacional do Trabalho. 
 
Artigo 8º 
 
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A presente, Convenção entrará em vigor na data em que essa notificação for efetuada pelo Secretario Geral da 
Liga das Nações; ligará apenas os membros que tiverem feito registar sua notificação no Secretariado. De então 
em diante a presente Convenção entrará em vigor para qualquer outro membro, na data em que a ratificação, por 
parte desse membro for registada no Secretariado. 
 
Artigo 9º 
 
Todo membro que ratificar a presente Convenção se compromete a aplicar as suas disposições o mais tardar em 1 
de julho de 1922, e a tomar as providencias que forem necessárias para tornar efetivas essas disposições, 
 
Artigo 10 
 
Todo membro que houver ratificado a presente Convenção poderá denuncia-la ao expirar o prazo de dez anos a 
contar da entrada em vigor da Convenção, por meio de notificação ao Secretario Geral da Liga das Nações por 
estar registada. A denuncia só terá efeito um ano depois de haver sido registada ao Secretariado. 
 
Artigo 11 
 
O Conselho de Administração da Repartição Internacional do Trabalho deverá, uma vez em cada dez anos pelo 
menos, apresentar á Conferencia Geral um relatório sobre a aplicação da presente Convenção e decidirá inscrever 
na ordem do dia da Conferencia a questão da revisão ou da modificação da dita Convenção. 
 
Artigo 12 
 
Os textos em francês e em inglês da presente Convenção farão fé igualmente. 
 
 
[1 ] BRASIL. Poder Executivo. Decreto nº. 423 de novembro de 1935. Promulga quatro Projetos de Convenção, 
aprovados pela Organização Internacional do Trabalho, da Liga das Nações, por ocasião da Conferencia de 
Washington, convocada pela Governo dos Estados Unidos da América a 29 de outubro de 1919, pelo Brasil 
adoptados, a saber: Convenção relativa ao emprego das mulheres antes e depois do parto; Convenção relativa ao 
trabalho noturno das mulheres; Convenção que fixa a idade mínima de admissão das crianças nos trabalhos 
industriais; Convenção relativa ao trabalho noturno das crianças na indústria. 
Regiões e países abrangidos: Brasil 
 
 
Conclusão: 
 Para concluir , a OIT é uma organização internacional criada para amenizar as diversas espécies de 
problemas ligados à injustiça social, na tentativa de extingui-los ou pelo menos amenizá-los. É importante 
relembrar que o objetivo da OIT não se restringe a melhorar as condições de trabalho, mas a melhorar a condição 
humana no seu conjunto, daí a importância maior desta Organização. Devido ao fato de as normas da OIT 
possuírem as características de universalidade e flexibilidade, alcançam as mesmas aplicação e validade em escala 
mundial, baseadas em situações mais realistas, uma vez que no processo de elaboração das mesmas participam os 
homens ao lado dos Estados. No sistema de normas internacionais da OIT se destacam as Convenções (tratados 
internacionais ratificáveis) e as Recomendações (instrumentos facultativos de orientação para a política e as ações 
nacionais), que quando não se tornam normas da legislação nacional através da ratificação, servem de base para a 
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atividade legislativa dos Estados. Ainda que não ratifiquem alguma Convenção, os Membros da OIT devem realizar, 
de boa fé e em conformidade com a Constituição, os princípios relativos aos direitos fundamentais que são objeto 
dessas Convenções. No intuito de que consigam fazê-lo, a OIT assume a obrigação de ajudá-los, promovendo 
políticas sociais sólidas, a justiça e instituições democráticas 
 
Referências bibliográficas : 
OIT Brasil, Escritório no Brasil, disponível em: <http://www.oitbrasil.org.br/content/apresenta%C3%A7%C3%A3o>. 
Acesso em 10 de maio de 2016. 
 Constituição da Organização Internacional do Trabalho, disponível em 
<http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/constitucao.pdf>. Acesso em 10 de maio de 2016 
 Constituição da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e seu anexo, disponível em: 
<http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/decent_work/doc/constituicao_oit_538.pdf>. Acesso em 11 
de maio de 2016 
 Visão sobre a OIT, disponível em:<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1500/Uma-visao-sobre-a-
Organizacao-Internacional-do-Trabalho>. Acesso em 11 de maio de 2016 
OIT Lisboa, disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1500/Uma-visao-sobre-a-Organizacao-
Internacional-do-Trabalho> Acesso em 9 de maio de 2016 
SUSSEKIND, Arnaldo. Direito internacional do trabalho. São Paulo: Editora LTr, 1987, p. 124. 
Gonçalves Portela, Paulo Henrique.Direito Internacional Público e Privado.ed. Juspodivm,2009.

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