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Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto Armado - Conceito O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão). Por outro lado, o aço apresenta excelente ductibilidade e elevada resistência a tração. A utilização conjunta desses dois materiais, associando características de aderência, proteção e compatibilidade de deformações (coef. de dilatação térmica) permite queproteção e compatibilidade de deformações (coef. de dilatação térmica) permite que se tire proveito, em um novo elemento, de um material composto com capacidade estrutural de resistir, tanto a esforço de tração quanto à compressão - trata-se do concreto armado. Fonte:Prof. José Carlos Morilla. Universidade Santa Cecília Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto Armado – Vantagens Boa trabalhabilidade, adaptando-se a várias formas, maior liberdade ao projetista; Estrutura monolíticas. Aderência entre o concreto já endurecido e o recém lançado; Tecnologia dominada no país; Compete com estruturas de aço com vantagens (em diversas situações) ; Fonte:Prof. José Carlos Morilla. Universidade Santa Cecília Durabilidade e resistência ao fogo em relação a madeira e aço, desde que com recobrimento e qualidades adequadas ao meio ambiente em que está inserida; possibilidade a uso pré-moldado como alternativa construtiva; Resistente a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes mecânicos; Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto Armado – Desvantagens Elementos com maiores dimensões do que o aço; Peso próprio elevado (250 KN/m2 ), limitando seu uso ou elevando o custo, em algumas situações;situações; Reformas e adaptações, muitas vezes de difícil execução (escoramentos, entulhos, etc.); Bom condutor de calor, o que exige, em alguns casos uso de outros materiais para sanar esses problemas; Uso de formas e escoramentos até que alcance resistência adequada, de forma a ocupar espaços e tempo na obra. Fonte:Prof. José Carlos Morilla. Universidade Santa Cecília Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto Armado – Massa Específica Considerando para as estruturas comuns uma taxa média de armadura de 100 kg de aço para A massa específica dos concretos simples gira em torno de 2.400 kg/m3. A NBR 6118 se aplica a concretos com massa específica entre 2.000 kg/m3 e 2.800 kg/m3. Não sendo conhecida a massa específica real, pode-se adotar o valor de 2.400 kg/m3 para o concreto simples e 2.500 kg/m3 para o concreto armado. Em situações diferentes das correntes deve-se estudar parâmetros mais consistentes para a massa específica do concreto armado. Fonte:Prof. José Carlos Morilla. Universidade Santa Cecília Considerando para as estruturas comuns uma taxa média de armadura de 100 kg de aço para cada metro cúbico de concreto, a massa específica do concreto armado resulta 2.500 kg/m3 armado. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita), e ar. Pode também conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas. Fonte:Prof. José Carlos Morilla. Universidade Santa Cecília Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - cimento O cimento portland, tal como hoje mundialmente conhecido, foi descoberto na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção industrial foi iniciada após o ano de 1850. O cimento portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento portland não se decompõe maisnovamente submetido à ação da água, o cimento portland não se decompõe mais (ABCP, 2002 apud Bastos 2006). UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 O cimento é composto de clínquer e de adições, sendo o clínquer o principal componente, presente em todos os tipos de cimento (Figura 7). O clínquer tem como matérias-primas básicas o calcário e a argila. A propriedade básica do clínquer é que ele é um ligante hidráulico, que endurece em contato com a água. Clínquer para fabricação de cimento Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - cimento Para a fabricação do clínquer, a rocha calcária inicialmente britada e moída é misturada com a argila moída. A mistura é submetida a um calor intenso de até 1450°C e então bruscamente resfriadas, formando pelotas (o clínquer). Após processo de moagem, o clínquer transforma-se em pó. As adições são matérias-primas misturadas ao clínquer no processo de moagem, e são elas que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento. As principaissão elas que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento. As principais adições são o gesso, as escórias de alto-forno, e os materiais pozolânicos e carbonáticos. UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 Os tipos de cimento que existem no Brasil diferem em função da sua composição, como o cimento portlando comum, o composto, o de alto-forno, o pozolânico, o de alta resistência inicial, o resistente a sulfatos, o branco e o de baixo calor de hidratação. Cimento portland – mistura básica de clínquer e gesso Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - cimento “Com as adições geram-se os vários tipos de cimento portland.” A existência de vários tipos de cimento não altera os critérios de dimensionamento das peças estruturais e os tipos de cimento existem para contornar situações de agressividade de meio ambiente, custos, velocidade de crescimento de resistência, etc. Hoje o cimento portland é normalizado e existem onze tipos no mercado: UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 CP I – Cimento portland comum CP I-S – Cimento portland comum com adição CP II-E– Cimento portland composto com escória CP II-Z – Cimento portland composto com pozolana CP II-F – Cimento portland composto com fíler CP III – Cimento portland de alto-forno CP IV – Cimento portland Pozolânico CP V-ARI – Cimento portland de alta resistência inicial RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação CPB – Cimento Portland Branco Fontes: http://www.ecivilnet.com/artigos/cimento_portland_tipos.htm O número que acompanha a especificação do tipo de cimento, informa a classe (resistência de ruptura da argamassa que compõe um corpo de prova. Exemplo: CP II E 32. Todas as classes de cimento podem produzir determinado FCK, pois essa resistência é advinda do conjunto de elementos do concreto (cimento, agregados e água). Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - agregados Os agregados podem ser definidos como os “materiais granulosos e inertes que entram na composição das argamassas e concretos” (BAUER, 1979). São muito importantes no concreto porque cerca de 70 % da sua composição é constituída pelos agregados, e são os materiais de menor custo dos concretos. UNESP(Bauru/SP)– Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 Areia natural Seixo rolado brita Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - agregados Os agregados graúdos (britas) têm a seguinte numeração e dimensões máximas - brita 0 – 4,8 a 9,5 mm; - brita 1 – 9,5 a 19 mm; - brita 2 – 19 a 38 mm; - brita 3 – 38 a 76 mm; - pedra-de-mão - > 76 mm. UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 A água é necessária no concreto para possibilitar as reações químicas do cimento, chamadas reações de hidratação, que irão garantir as propriedades de resistência e durabilidade do concreto. Água - pedra-de-mão - > 76 mm. O uso de água na mistura para formação do concreto tem que ser feito de forma bastante criteriosa. A quantidade a adicionar é determinada em estudo específico, no qual também são quantificados os demais componentes (cimento e agregados). A proporção de cada componente (inclusive da água) determina a resistência pretendida para o concreto. O uso excessivo de água influencia na resistência do produto. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Resistência à Compressão A resistência à compressão é a principal característica do concreto. Sua determinação é feita através de ensaios de compressão de corpos de prova que também permitem obter o módulo de elasticidade. O ensaio deve ser realizado de acordo com as prescrições da norma NBR 5739/1994, utilizando-se corpos de prova cilíndricos, com diâmetro da base de 15 cm e altura 30 cm ou 10 cm de base e altura de 20 cm. A resistência à compressão do concreto deve ser relacionada à idade de 28 dias de sua FERNANDES, 2014 A resistência à compressão do concreto deve ser relacionada à idade de 28 dias de sua concretagem. A resistência à compressão em um ensaio de curta duração é obtida utilizando-se a fórmula a seguir: Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Resistência à Compressão Entretanto, este é um resultado de resistência de uma corpo de prova somente. Para a realização de cálculos estruturais, a Norma NBR 6118/14, estabelece o conceito de resistência característica do concreto - fck. O fck é o resultado de estudos estatísticos que consolidam resultados de rompimento de vários corpos de prova (fcj) de acordo com procedimentos regulamentados, distribuídos segundo uma curva normal (Curva de Gauss), de forma a oferecer uma segurança de 95% de que a resistência a adotada como característica – fck, não seja ultrapassada.que a resistência a adotada como característica – fck, não seja ultrapassada. UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Resistência à Compressão Em função da resistência característica do concreto à compressão (fck), a NBR 8953/92 divide os concretos nas classes I e II. Os concretos são designados pela letra C seguida do valor da resistência característica, expressa em MPa, como: Classe I: C10, C15, C20, C25, C30, C35, C40, C45, C50; Classe II: C55, C60, C70, C80. A NBR 6118/14 se aplica aos concretos compreendidos nas classes de resistência dos UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 A NBR 6118/14 se aplica aos concretos compreendidos nas classes de resistência dos grupos I e II, da ABNT NBR 8953, até a classe C90. A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva e a classe C25, ou superior, ao concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais, conforme a ABNT NBR 8953. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Resistência à Tração A resistência do concreto à tração varia entre 8 e 15 % da resistência à compressão (MACGREGOR, 1997, apud Bastos, 2006). Em função da forma como o ensaio para a determinação da resistência do concreto à tração é realizado, são três os termos diferentes usados: tração direta, tração indireta e tração na flexão. A resistência à tração indireta (fct,sp) é determinada no ensaio de compressão diametral,prescrito na NBR 7222/94, mostrado na figura ao lado. A resistência à tração na flexão (fct,f), determinada conforme a NBR UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 A resistência à tração na flexão (fct,f), determinada conforme a NBR 12.142/91, consiste em se submeter uma viga de concreto simples a um ensaio de flexão simples, como mostrado na figura abaixo. A resistência à tração na flexão corresponde à tensão na fibra mais tracionada no instante da ruptura da viga. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Resistência à Tração A resistência à tração direta corresponde à resistência por tração axial, valor difícil de ser medido em ensaio de corpo-de-prova. A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f, ou, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou característico por meio das seguintes equações (item 8.2.5 da NBR 6118/2014): UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006; NBR 6118/14 com fct,m e fck em MPa. Sendo fckj ≥ 7 MPa, as equações podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias. Os valores fctk,inf e fctk,sup são os valores mínimo e máximo para a resistência à tração direta. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Módulo de Elasticidade O Módulo de elasticidade (Ec) é a relação entre a tensão atuante e a deformação longitudinal resultante desta tensão. Por esta definição, temos que seu valor em um determinado ponto M, da figura deve ser dado por: Levando em consideração que a adoção de UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006; NBR 6118/14 Levando em consideração que a adoção de coeficientes de segurança impostos ao cálculo das estruturas faz com que, em serviço, o concreto trabalhe com uma tensão fs não superior a 40% da sua tensão de ruptura e que da origem até o ponto de tensão fs, inclinação não varia significativamente, podemos tomar como módulo de elasticidade tangente para este trecho, o valor em sua origem: Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Módulo de Elasticidade Quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial usando as expressões a seguir: O módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas de projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes e UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006; NBR 6118/14 determinação de esforços solicitantes e verificação de estados limites de serviço, deve ser calculado pela expressão (item 8.2.8, NBR 6118/14 – em MPa e idade 28 dias): Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual ao módulo de elasticidade secante (Ecs)”. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Coef. de Poisson e Módulo de Elasticidade Transversal Ao se aplicar uma força no concreto surgem deformações em duas direções, na direção da força e na direção transversal à força. A relação entre a deformação transversal e a deformação longitudinalé chamada coeficiente de Poisson (ν), que segundo a NBR 6118/03 (item 8.2.9), “para tensões de compressão menores que 0,5 fc e tensões de tração menores que fct, o coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2”. O módulo de elasticidade transversal (Gc) é determinado tendo-se o coeficiente de Poisson. UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006; NBR 6118/14 Segundo a NBR 6118/03 o módulo de elasticidade transversal deve ser estimado em função do módulo de elasticidade secante, como: Ecs/2,4 Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto – Diagramas de Tensão Deformação O diagrama mostrado na Figura é uma idealização de como o concreto (para fck ≤ 50 MPa – C50) se deforma (encurta) sob tensões de compressão. fck ≤ 50 MPa Para a deformação de encurtamento de até 2 ‰ (2 mm/m) a lei de variação é de Dimensionamento de seções transversais de peças de concreto armado no estado limite último. NBR 6118/14 até 2 ‰ (2 mm/m) a lei de variação é de acordo com a parábola do 2° grau dada na equação: Após 2 ‰ o concreto sofre um encurtamento plástico até o valor máximo de 3,5 ‰, ou seja, considera-se que o máximo encurtamento que o concreto possa sofrer seja de 3,5 ‰, ou 3,5 mm em cada metro de extensão. A tensão máxima de compressão no concreto é limitada por um fator 0,85, isto é, no cálculo das peças não se considera a máxima resistência dada por fck, e sim um valor reduzido em 15 %. UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006; NBR 6118/14 Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado • Os aços utilizados em concreto armado apresentam características de fabricação, resistência e interação com o material concreto bastante peculiares, que fazem desse material um dos mais utilizados do mundo em edificações, dada sua economia e simplicidade de fabricação;fabricação; • Apesar disso, o funcionamento conjunto de aço e concreto baseiam-se em modelos elaborados que tiveram sua fundamentação técnica somente nos últimos cem anos • O Brasil é um pais bastante avançado no uso deste material. (DUMÊT, 2008) Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Concreto Armado • Concreto Armado : material composto de concreto (argamassa de cimento – aquecimento de Calcário, sílica, alumina e óxido de ferro, NBR 6118/14 cimento – aquecimento de Calcário, sílica, alumina e óxido de ferro, resultando em Silicatos Tricálcico, Bicálcico, Aluminato Tricálcico, Ferro-Aluminato Tetracálcico, Gipsita - areia e brita) e aços especialmente fabricados para interagir, de forma harmônica ( SOUZA e RIPPER, 99); • Caracteriza o concreto armado dois fatores: A resistência do concreto a compressão (fc), variando de 20 MPa a 50 MPa, e do aço à tração(fs), variando entre 500 MPa a 600 MPa( DUMÊT, 2008). Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Fatores que fundamentam a existência e uso do material composto Concreto Armado ( SUSSEKIND, 1980): a) Aderência entre o concreto e o aço: a aderência entre os dois materiais garante funcionamento conjunto e perfeita transferência de esforços entre os materiais. NBR 6118/14 e perfeita transferência de esforços entre os materiais. εs=εc b) Coeficientes de dilatação térmica (α) do concreto e do aço praticamente iguais, à temperatura ambiente: aço: α =1,2x10-5 0C concreto: α =0,9x10-5 0C a 1,4x10-5 0C concreto armado: α =10-5 0C c) Proteção contra a corrosão, que o concreto fornece à armadura(aço): O concreto fornece ao aço proteção física(cobrimento) e química(meio alcalino – inibe a oxidação). Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado • O aço é utilizado em concreto armado em forma de barras (NBR 7480); • Trata-se de uma liga constituída, principalmente de ferro e carbono: • outros elementos: manganês, silício, alumínio, enxofre, fósforo e cromo; • Principal função do aço no material concreto armado é resistir a esforços de tração, • Principal função do aço no material concreto armado é resistir a esforços de tração, tendo em vista que a resposta do concreto a esse esforço é desprezível; • Segundo a NBR6118 e NBR 7680: Massa específica ϒ=7850 Kg/m3; Coeficiente de Dilatação Térmica(-20oC e 150OC): α=10 -5 /oC; Módulo de Elasticidade, Tang (α)= Es = 210.000MPa( A ou B); Coeficiente de Poisson: 0,2 Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado CASCUDO e HELENE, 2001 Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Aços CA 25 e CA 50: • Principais componentes ferro e carbono laminados á quente, sem tratamento posterior; • Apresentam patamar de escoamento bem caracterizado; • Com o objetivo de evitar deformação excessiva do concreto armado é• Com o objetivo de evitar deformação excessiva do concreto armado é estabelecido o limite de deformação de 10 o /oo (alongamento); diagrama real diagrama simplificado Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Aços CA 25 e CA 50: • Aceitam solda comum(CA 50; soldas com eletrodo e por caldeamento – publicação Siderúrgica Belgo-Mneira); • As propriedades elásticas dos aços laminados a quente(CA 50 e CA25)• As propriedades elásticas dos aços laminados a quente(CA 50 e CA25) dependem, exclusivamente, da composição química(ligas de carbono, manganês, silício e cromo). Recuperam suas propriedades quando aquecidos até 1100 ou 1200 graus e resfriados em seguida(COSTA, 2002); Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Aços CA 60: • Após a laminação à quente, são encruados á frio (torção, tração, trefilação); • Não têm patamar de escoamento definido (adotado limite convencional – Tensão residual que resulte deformação de 2 o / );Tensão residual que resulte deformação de 2 o /oo ); Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado A NBR 6118 (2014, item 8.3.6) recomenda, para cálculos nos estados limites de serviço e último, a utilização do diagrama simplificado da Figura, para aços com ou sem patamar de escoamento, além de autorizar a utilização do mesmo diagrama, tanto para tração como para compressão, respeitados os limites de deformações específicas máxima do concreto, 3,5‰ para a compressão do concreto e 10‰ para tração no aço.tração no aço. fck ≤ 50 MPa Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado • Classificação segundo o limite de escoamento(NBR 6118 e NBR 7480): Categorias Limite de Escoamento (MPa) CA – 25 250CA – 25 250 CA – 50 500 CA – 60 600 *CA – corresponde a concreto armado Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Tipo de Barra Coeficiente de Conformação Superficial (ɳb) Lisa(CA-25) 1,0 Classificação quanto à aderência concreto / Aços (NBR 6118): Entalhada(CA-60) 1,2 AltaAderência(CA-50) ≥1,5 Freitas Junior, UFPR Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Soldabilidade dos Aços (Pannomi) Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Coeficientes de dilatação térmica (α) do aço e concreto (DUMET, 2008): aço: α =1,2x10-5 0C concreto: α =0,9x10-5 0C a 1,4x10-5 0C concreto armado: α =10-5 0C concreto armado: α =10-5 0C • Para temperaturas usuais a diferença entre dos coeficientes não é significativa. • Passa a ter importância quanto o concreto atinge temperaturas em situações de incêndios. Quando o risco de incêndio é está acima de considerações normais, deve-se tomar precauções como: uso de cimentos resistentes ao fogo; aumento do recobrimento; • O cálculo do efeito da temperatura no concreto armado é feito com a utilização das seguintes fórmulas: ε = α . ΔT ε = ΔL / L ΔL = α . ΔT . L voltar Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Proteção contra a corrosão • Fator determinante na durabilidade da peça(vida útil da edificação); • Precauções para evitar corrosão em aço para concreto: fixar um valor mínimo para o cobrimento da armadura(item 7 – critérios de projetos que visam durabilidade da NBR 6118); Deve-se evitar a presença de certos materiais que causam oxidação no aço (halogenetos e sulfatos), além de certos limites previstos em norma, nos agregados e água de amassamento do concreto, pois eles eliminam a proteção química proporcionada pela cal; Controles de Fissuração. voltar Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Aços Utilizados em Concreto Armado Aços Categoria • Aços CA 60 podem ser obtidos através de encruamento por deformação a frio (torção, tração, trefilação, etc.), após laminação a quente.; • O custo de fabricação desses aços é menor;• O custo de fabricação desses aços é menor; • Entretanto apresentam o risco de perder resistência, transformando-se em CA-25 ou CA-32 quanto aquecidos (acima de 550 0C); voltar Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - Normas PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS PARA CONCRETO ARMADO A principal norma para o projeto de estruturas de concreto armado e protendido é a NBR 6118/2014 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Outras normas que regulamentam o projeto e a execução de obras de concreto são: - NBR 6120/80 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações - Procedimento; - NBR 6122/96 - Projeto e execução de fundações – Procedimento; UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 - NBR 6122/96 - Projeto e execução de fundações – Procedimento; -NBR 6123/87 - Forças devido ao vento em edificações - Procedimento; - NBR 6349/91 - Fios, barras e cordoalhas de aço para armaduras de protensão - Ensaio de tração – Método de ensaio; - NBR 7187/03 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido - Procedimento; - NBR 7188/84 - Cargas móveis em ponte rodoviária e passarela de pedestre; - NBR 7189/85 - Cargas móveis para projeto estrutural em obras ferroviárias; - NBR 7191/82 - Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado; - NBR 7477/82 - Determinação do coeficiente de conformação superficial de barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado - Método de ensaio; - NBR 7480/96 - Barras e fios destinados a amaduras de concreto armado – Especificação; - NBR 7481/90 - Tela de aço soldada – Armadura para concreto – Especificação; Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto - Normas PRINCIPAIS NORMAS BRASILEIRAS PARA CONCRETO ARMADO - NBR 8522/84 - Concreto - Determinação do módulo de deformação estática e diagrama - Tensão-deformação - Método de ensaio; - NBR 8548/84 - Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou por solda - Determinação da resistência à tração - Método de ensaio; - NBR 8681/84 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento; UNESP(Bauru/SP) – Prof. Dr. Paulo Sérgio dos Santos Bastos, 2006 - NBR 8681/84 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento; - NBR 8953/92 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência – Classificação; - NBR 8965/85 - Barras de aço CA 42S com características de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado – Especificação; - NBR 9062/85 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado – Procedimento; - NBR 11919/78 - Verificação de emendas metálicas de barras de concreto armado – Método de ensaio; - NBR 12142/92 - Concreto - Determinação da resistência à tração na flexão em corpos-de-prova prismáticos - Método de ensaio; - NBR 14432/00 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações – Procedimento. Universidade Federal do Piauí Departamento de Estruturas Resistência dos Materiais – Engenharia de Produção Concreto e Aço - Concreto Armado Bibliografia: Costa, Carla N, Silva V.P. Estruturas de Concreto Armado em Situação de Incêndio, XXX Jornada Sul-Americanas de Engenharia Estrutural, 2002 Universidade de Brasília – UNB. Dumêt, Tatiana B. Estruturas de Concreto Armado I – Notas de Aula, 2008, Dumêt, Tatiana B. Estruturas de Concreto Armado I – Notas de Aula, 2008, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia. Souza, V. C, Ripper Thomaz, Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto, São Paulo, Pini, 1998; Sussekind, J.C. Curso de Concreto, Porto Alegre, Globo, 1980. NBR 6118 – Projeto de Estruturas de Concreto Armado, ABNT, 1980. NBR 7480 - Barras e fios de aço destinados a armadura de concreto armado, ABNT, 1996. Pannomi, F.D. M.Sc. Aços Estruturais; CASCUDO, O., HELENE, P. R. L, Resistência à Corrosão no Concreto dos Tipos de Armaduras Brasileiras para Concreto Armado, ISSN 0103-9830, BT/PCC/272, São Paulo, Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2001;
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