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AULA 1 PSICOLOGIA HOSPITALAR

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AULA_01_PSICOLOGIA HOSPITALAR
Introdução à Psicologia Hospitalar
A Psicologia Hospitalar é uma área da Psicologia muito recente no Brasil e com grandes carências sobre as atuações do psicólogo no contexto do hospital, podendo dizer que está em atividade há aproximadamente 36 anos. 
São poucos os livros, artigos e materiais científicos que abordam de maneira mais aprofundada o psicólogo neste ambiente.
Esta demora na inserção do psicólogo num espaço tão carente de apoio psicológico se deu pelo fato de a regulamentação da profissão do psicólogo ter sido tardia também (50 anos atrás), assim como a criação do Código de Ética do psicólogo (37 anos atrás).
No início da inserção do psicólogo hospitalar, as dificuldades eram imensas quanto ao saber sobre este espaço. Mas onde pesquisar, se não existiam livros ou qualquer material que falasse sobre o assunto?
Conceito de psicologia hospitalar
A atuação da Psicologia Hospitalar não possui uma prática clínica única a ser seguida. Alguns materiais tratam esta área aos olhos da Psicanálise, da Existencial Humanista, da Psicoterapia Breve, da Cognitivo-Comportamental, entre outros.
 	Mas os textos deixam bem claro que o objetivo da Psicologia no hospital não é buscar uma prática clínica direta, mas usar ferramentas que possam proporcionar o bem-estar daquele que se encontra internado.
Castro e Bornholdt (2004, p. 51) acrescentam que o “psicólogo hospitalar seria aquele que reúne esses conhecimentos e técnicas para aplicá-los de maneira coordenada e sistemática, visando à melhora da assistência integral do paciente hospitalizado, sem se limitar, por isso, ao tempo específico da hospitalização”.
O início da Psicologia Hospitalar no Brasil
Para compreender o psicólogo hospitalar no Brasil, primeiro faz-se necessário saber que qualquer instituição deste campo precisa contar com as funções do hospital, sejam eles públicos ou privados, tais como:
As funções do médico;
A organização deste trabalho;
O uso da tecnologia;
A interpretação que é oferecida aos clientes.
Inserção do psicólogo no hospital geral
Pensar na inserção do psicólogo no hospital geral, especificamente numa instituição pública, não pode dispensar a reflexão sobre a situação do sistema público, sua organização, as possibilidades de acesso da população aos serviços, as condições em que se dão os trabalhos dos profissionais, as características sociais da população atendida. Enfim, o conhecimento e a articulação de todos os fatores envolvidos no processo saúde-doença. (ALMEIDA, 2000 apud CARVALHO, SOUZA, ROSA, GOMES, 2011, p. 1012).
Era preciso que o paciente tivesse um maior contato com a mente e com seu corpo, para assim alcançar o tratamento da queixa com maior eficiência.
 Portanto, os médicos foram notando que muitas doenças não estavam localizadas no corpo. Para serem diagnosticadas, era preciso solicitar a avaliação daquele que tivesse entendimento sobre os conteúdos subjetivos, ou seja, conteúdos da mente psicológica.
Novo olhar
O psicólogo, então, entrou nos hospitais no final do século XX e início do XXI com a intenção de trazer um novo olhar para a doença. Esse novo olhar percebe o paciente como um todo, e não como uma queixa específica.
 	Num primeiro momento, ainda sem muito conhecimento sobre o que é Psicologia Hospitalar, os psicólogos foram utilizando seus saberes clínicos e aplicando-os ao contexto do hospital. Mas nessa oportunidade, eram avaliadas as solicitações deste espaço, assim como as especificidades médicas e as diferentes abordagens em que a Psicologia precisava atuar para cada área de atuação da Medicina.
Atuação ampla
Hoje, isto é muito claro de ser notado, quando se percebe que o psicólogo preparado para atuar em UTI Neonatal não terá tanto preparo se for deslocado, por exemplo, para um espaço de pós-cirúrgico adulto, o que nos leva a perceber que a atuação hospitalar é muito ampla e exige muito conhecimento.
Apesar de este debate ser muito recente e falar-se de Psicologia Hospitalar na década de 80, os relatos de inserção do psicólogo em hospitais começam na década de 50, com Matilde Neder instalando um Serviço de Psicologia Hospitalar no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (op. cit.)”. (Ismael, 2005; Bruscato, Benedetti e Lopes, 2004 apud ALMEIDA, s/a).
Bellkiss Wilma Romano Lamosa
Bellkiss, psicóloga, também muito conhecida nesta área, foi responsável por implantar, na década de 70, o Serviço de Psicologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
 	Isto contribuiu para marcar sua atuação e torná-la conhecida por todos os profissionais e estudantes que tenham interesse nessa área.
 	Ela também foi responsável pela implantação do primeiro curso de Psicologia Hospitalar na PUC de São Paulo, em 1976, o que possibilitou que muitos psicólogos compreendessem o significado dos hospitais e fossem a campo, diferenciando a Psicologia da Saúde da Psicologia Hospitalar.
 	Adiante falaremos mais sobre a atuação de Bellkiss, quando abordarmos a formação do psicólogo hospitalar.
Angerami-Camon e Meleti
Valdemar Augusto Angerami-Camon e Marli Rosani Meleti  foram responsáveis por normatizar, na década de 80, o setor de Psicologia do Serviço de Oncologia Ginecológica da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência.
 Isto possibilitou um olhar mais humano para os pacientes com câncer e para as mulheres em tratamento das mais diferentes doenças ginecológicas, assim como no momento do nascimento do filho.
 	De lá para cá, a área foi crescendo de uma maneira muito rápida e tomando espaço dos hospitais, visto que a necessidade era enorme, assim como nos dias atuais.
Formação do psicólogo hospitalar
	Assim como a sua fundação, também na formação a Psicologia Hospitalar esteve relacionada por muito tempo à Psicologia da Saúde, à Psicologia Clínica e principalmente à Psicanálise, como se essas fossem as únicas maneiras de compreender o contato do psicólogo com o indivíduo hospitalizado.
 	A carência de debates e materiais que abordassem o assunto contribuiu para a formação de muitos profissionais em Psicologia Hospitalar com um enfoque mais clínico que, com os estudos posteriores, vieram transformar essa percepção.
 “A Universidade teria que unir o máximo possível de informação em termos de mercado, da realidade, do ponto de vista social, e também ser um espaço de criação, abrindo caminhos, e não ficar à deriva dos fatos” (BELKISS, 1999, p.85).
Mudanças nos currículos
	As mudanças já podem ser vistas nos currículos da faculdade, que tratam a Psicologia Hospitalar num viés mais específico dos outros setores do hospital. 
Este fato contribui para que os alunos saiam da graduação com um olhar amplo sobre a atuação do psicólogo hospitalar.
Na atualidade, são diversos os espaços que oferecem uma boa formação para aqueles que querem atuar nesta área, tais como a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro; o curso de especialização da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e a Pós-Graduação do Albert Einstein em São Paulo, dentre outros no Brasil.
Concluindo
	Pode-se então concluir que a função da Psicologia Hospitalar é ensinar aos profissionais da saúde a melhor maneira de atender os mais variados perfis de pacientes que chegam ao espaço da internação. Ela coordena as atitudes dos profissionais da saúde e administra as melhores intervenções diante dos momentos de dor e sofrimento.
 	Além deste papel, o psicólogo hospitalar visita os leitos, atende os pacientes da emergência, dão suporte às mães de recém-nascidos, ajudam a fornecer notícias de perdas familiares e ajudam os pacientes a enfrentar a doença com vigor e fé na recuperação.
 	Com isto, os psicólogos sobrecarregam menos os outros profissionais e conseguem acelerar o processo da alta. A escuta é considerada o caminho mais simples para a recuperação e tratamento.
EXERCÍCIOS
		1.
		Uma aluna do curso de psicologia perguntou ao professorqual a definição de psicologia hospitalar e ele respondeu:
		
	
	
	
	
	É uma área da psicologia que visa promover a saúde, a comunicação, as relações interpessoais, a liderança e a melhora do desempenho esportivo.
	
	
	Campo de atuação da Psicologia que analisa e intervém nos processos e interações, produzidos em torno do processo ensino-aprendizagem, nas unidades escolares.
	
	
	Ramo da psicologia que estuda e analisa os comportamentos humanos em função das normas ou leis que buscam a segurança e a integridade de todos que se locomovem.
	
	 
	É o conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital.
	
	
	Compreende o estudo, a explicação, a avaliação, a prevenção, a assessoria e o tratamento dos fenômenos psicológicos, comportamentais e relacionais que incidem no comportamento legal e jurídico das pessoas.
	
	
	
		2.
		A definição: "conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais que as diferentes disciplinas psicológicas fornecem para dar melhor assistência aos pacientes no hospital" (Rodríguez-Marín 2003, apud Castro e Bernhold, 2004, p. 51) está relacionada a que área da Psicologia?
		
	
	
	
	
	Psicologia da Saúde
	
	
	Psico-Oncologia
	
	
	Psicologia Clínica
	
	
	Psicologia Comunitária
	
	 
	Psicologia Hospitalar
	
	
	
		3.
		Pablo é um psicólogo que atua em um hospital público. Ele se preocupa e busca criar espaços de reflexão para avaliar as possibilidades de acesso da população aos serviços, as condições em que se dão os trabalhos dos profissionais, as características sociais da população atendida, dentre outros fatores que estão ligados aos processos de saúde e doença. Ao correlacionarmos o caso de Pablo com a teoria acerca da Psicologia Hospitalar, podemos afirmar que:
		
	
	
	
	
	Pablo está correto em suas preocupações, pois o psicólogo hospitalar deve favorecer o desconhecimento dos fatores que levam ao processo de adoecimento para valorizar o ato médico.
	
	
	Não há correlação entre o caso de Pablo e as teorias acerca da Psicologia Hospitalar.
	
	
	Pablo está errado em suas preocupações e buscas, pois o psicólogo hospitalar deve favorecer o desconhecimento dos fatores que levam ao processo de adoecimento para valorizar o ato médico.
	
	 
	Pablo está correto em suas preocupações, pois o psicólogo hospitalar deve valorizar o conhecimento e a articulação de todos os fatores envolvidos no processo saúde-doença.
	
	
	Pablo está errado em suas preocupações e buscas, pois o psicólogo hospitalar deve valorizar o conhecimento e a articulação de todos os fatores envolvidos no processo saúde-doença.
	
	
	
		4.
		Ricardo é estudante de psicologia e gosta muito da área clínica. Ele está tendo contato com a psicologia hospitalar pela primeira vez. A ideia dele que ele faz da psicologia hospitalar é que é possível apenas o atendimento clínico individualizado no hospital. Se relacionarmos o caso com o objetivo da psicologia hospitalar, podemos afirmar que:
		
	
	
	
	
	Ricardo está correto, pois o objetivo da psicologia hospitalar é a clínica psicológica fechada através de espaços de confinamento.
	
	
	Não há correlação entre o caso de Ricardo e os objetivos da psicologia hospitalar.
	
	 
	Ricardo está equivocado, pois o objetivo da psicologia hospitalar é usar ferramentas que possam proporcionar o bem-estar daquele que se encontra internado.
	
	
	Ricardo está correto, pois o objetivo da psicologia hospitalar é usar ferramentas que possam proporcionar o bem-estar daquele que se encontra internado.
	
	
	Ricardo está equivocado, pois o objetivo da psicologia hospitalar é a clínica psicológica fechada através de espaços de confinamento.
	 Gabarito Comentado
	
	
		5.
		Bruno é psicólogo em um hospital geral. Ele atua na clínica médica e busca ter um olhar amplo, percebendo o paciente como um todo e não apenas como uma queixa específica. Ao correlacionarmos o caso de Bruno com a teoria acerca da Psicologia Hospitalar, podemos afirmar que:
		
	
	
	
	
	Bruno tem uma atuação inadequada, pois o psicólogo hospitalar deve ter um olhar amplo.
	
	 
	Bruno tem uma atuação adequada, pois o psicólogo hospitalar deve perceber o paciente como um todo.
	
	
	Bruno tem uma atuação adequada, pois o psicólogo hospitalar deve perceber o paciente como uma queixa específica.
	
	
	Não há correlação entre o caso de Bruno e a teoria acerca da Psicologia Hospitalar.
	
	
	Bruno tem uma atuação inadequada, pois o psicólogo hospitalar deve perceber o paciente como um todo.
	
	
	
		6.
		Com relação a atuação da Psicologia Hospitalar os textos deixam bem claro que seu objetivo não é buscar uma prática clínica, mas sim usar das ferramentas necessárias com o intuito de:
		
	
	
	
	
	Servir de base conceitual para o estudo da Psicologia.
	
	
	Diferenciar a Psicologia Clínica da Psicologia Hospitalar.
	
	
	Conhecer melhor as técnicas de intervenção de todas as abordagens.
	
	
	Diferenciar a Psicologia da Saúde da Psicologia Hospitalar.
	
	 
	Proporcionar o bem estar aquele que se encontra no espaço hospitalar.

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