Buscar

apres sec xix moda fem masc prim metade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
INDUMENTÁRIA FEMININA 
DO SÉCULO XIX
PRIMEIRA METADE
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
REVOLUÇÃO FRANCESA
Os jacobinos foram os mais radicais partidários da Revolução de 1789, que apesar de liderarem a França apenas por um ano, entre 1793 e 94, deixaram uma marca de audácia e sanguinarismo que espantou o mundo. Foram apontados como o primeiro grupo revolucionário moderno.
Robespierre, orador e líder dos Jacobinos.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Les Tricoteuses jacobines, 
gravura atribuida à Pierre-Etienne le Sueur, 
c.1793-1794. 
Os guilhotinamentos eram verdadeiros espetáculos populares. As crianças eram erguidas sobre os ombros para que vissem o estertor dos inimigos da revolução. Bem perto da guilhotina ficavam as tricoteuses, as tricoteiras, mulheres envoltas em linhas e agulhas que, próximo das vítimas, as injuriavam. 
As damas condenadas à guilhotina foram obrigadas a usar a mesma roupa das tricoteiras jacobinas que haviam assistido às moções do tribunal.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Os trajes da Classe Média (1790-1792) 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
A moda se converteu num instrumento de propaganda ideológica da nova era. Os revolucionários demonstravam sua rebeldia negligenciando tudo que consideravam extravagante e complicado, trajes de seda eram considerados inimigos da Revolução.
Em lugar dos calções (culottes) e meias de seda, que representavam a nobreza, os revolucionários vestiam calças largas, camisas e gorro frígio. 
TRAJES DA REVOLUÇÃO – A ROUPA E A POLÍTICA
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
A caótica sociedade posterior à Revolução gerou modas excêntricas. Após a queda de Robespierre e o fim do Terror, uma onda de alívio varreu Paris. A moda jovem era especialmente estranha, frívola e radical. A facção de tendência monarquista, os chamados muscadins ou incroyables, protestou contra a nova ordem adotando trajes extravagantes que logo servirão como base na transformação do vestuário.
GRUPO DE ESTILO – LES INCROYABLES
Muscadins derrubam um busto de Marat, caricatura de 1795. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Incroyables (muscadins) franceses e sua versão feminina, as merveilleusses. 
O resultado, do rompimento da indumentária com o antigo regime e da negação da simplicidade dos trajes dos revolucionários, foram aquelas figuras bizarras conhecidas como incroyables. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
“(...) a moda inspirada na Grécia e em Roma, dos vestidos – um tubo sem mangas, em musselina ou gaze transparente, que mostrava generosamente os colos e as costas. Nos pés, calçavam “coturnos”, espécie de sandálias com sola compensada, amarradas bem alto no tornozelo. A perna ficava nua, sem meias, enfeitadas de anéis de metal, ouro ou prata para as mais ricas, e as vezes usavam anéis nos dedos dos pés! O sistema da ‘nudez de gaze’ provocaria em breve uma intensa polêmica em meio dos médicos: descobrir assim o corpo não seria se expor desmedidamente às pneumonias? Ainda mais que, como sempre acontece, haveria logo uma escalada: os vestidos usados pelas elegantes eram cada vez mais decotados e seu tecido cada vez mais fino e vaporoso (...)”
BOLLON, Patrice. A moral da Máscara: merveilleux, zazous, dândis, punks, etc. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
ANTES DE 1800 - DIRETÓRIO
Na última década do século XVIII, dois diretórios, substituíram a monarquia no governo da França. A Revolução Francesa mudou a situação política e a econômica, refletindo na indumentária, que se tornou mais confortável e prática, generalizando-se por todas as camadas da população.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestidos de musselina, cerca de 1795. Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestido de musselina de algodão branco com motivos vegetais bordados em seda verde e marrom. Cerca de 1795. Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
As Galerias do Palais-Royal, onde eram vistas senhoras com grandes decotes e onde reinava igualmente grande liberdade. Louis-Léopold Boilly.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Houve uma modalidade moderada da roupa feminina sem artifícios que impedissem a liberdade dos movimentos do corpo: vestidos brancos de cintura alta em algodão fino, meio transparente, a musselina. Foi de fato um estilo de volta ao Classicismo, embora a cauda e o busto acentuado nada tivessem de grego.
Todos os artifícios que podiam estrangular o corpo foram abolidos. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
O cabelo era preso num coque alto, seguindo o perfil grego. 
A maquiagem era branca para lembrar o mármore das estátuas.
Joseph Chinard. Bust of Mme Récamier. 1801–1802 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Ceroulas cortadas em crepe de algodão, bem justas, indo até o joelho, num tipo de legging, apareceram no inverno. 
Os pés eram calçados com sapatilhas.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Detalhe de Mme Récamier, François Géraud, 1805.
Xales em drapeado grego envolviam as formas femininas. Cintos e fitas valorizavam um busto bem feito. 
As mangas eram curtas e bufantes, no verão, e longas e estreitas, nas estações frias. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestido de tafetá de seda amarelo, xale de seda bordado com motivos florais, cerca de 1803. Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
A Revolução Francesa de 1789 teve um efeito profundo na indumentária. Os trajes do antigo Regime foram totalmente erradicados e o interesse por uma vida mais “natural” foi intensificado. 
Nas roupas masculinas, a busca pela simplicidade significou o abandono das roupas francesas da corte e a aceitação das roupas do campo inglesas.
INDUMENTÁRIA MASCULINA
Prof. Flávio Bragança
*
ANTES DE 1800 - DIRETÓRIO
A aristocracia inglesa, devota da equitação, criou uma moda mais prática, que foi copiada pelos homens franceses.
Classe Média (1790-1792) 
A moda masculina também transformou-se perdendo suas cores.
Tecidos como linho, algodão e lã eram tingidos em cores escuras, 
ou no símbolo tricolor da Revolução, azul, branco e vermelho.
Prof. Flávio Bragança
*
Os jacobinos, por seu lado, queriam divulgar o traje republicano, composto de boina frigia, colete e calças longas de marinheiro, chamadas sans culottes. 
Prof. Flávio Bragança
*
Logo após a execução de Robespierre, líder dos jacobinos, os sobreviventes começaram a se vestir segundo a sua vontade própria. O que ocorreu foi uma caricatura bastante fantasiosa da moda inglesa campestre. 
Prof. Flávio Bragança
*
Incroyables franceses (1794) 
“O casaco de caça inglês tornou-se extravagantemente comprido, botas de formatos extraordinários substituíram os sapatos, os coletes ficaram curtos, os colarinhos altíssimos na nuca, os lenços de pescoço tão volumosos que às vezes subiam acima do queixo e até escondiam a boca. As perucas foram abandonadas, e o cabelo não-empoado formavam uma mecha desalinhada às vezes escovada sobre a testa. Poucas silhuetas mais bizarras foram vistas além daquelas dos Incroyables franceses da década de 1790 (Laver,1989, p.151).” 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
IMPÉRIO
O reinado de Napoleão I, de 1804 a 1814, foi dado o nome de Império.
Por razões políticas e econômicas o imperador interditou a importação de musselinas transparentes da Índia, que foram substituídas por tafetás, veludos e brocados fabricados em Lyon. 
Napoleão retomou a tradição do luxo de Versalhes. 
Jean Auguste Ingres, 
Napoleão no Trono, 1806.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Reprodução do traje da Imperatriz Josefina do quadrode 
Jacques-Louis David, Sagração do Imperador Napoleão e coroamento da Imperatriz Josefina, 1806.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Neste retrato da Imperatriz Josefina, pintado em1806 por Henri-François Riesener, ela aparece com um fantástico conjunto de jóias de safira, uma diáfana gola de gaze engomada e o manto imperial de veludo carmim. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
As mulheres continuavam a usar uma espécie de camisola chegando aos tornozelos, era muito decotada e acompanhada de xale do tipo cashmere. 
Com o tempo, a linha vertical dos vestidos retos até o chão abriu-se lentamente na barra. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Dois vestidos franceses, c.1810.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Detalhe do vestido da Imperatriz Leopoldina, exposição Mulheres Reais, Casa França-Brasil, 2008.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
As mulheres usavam pequenos guarda-sóis, leques, luvas compridas, bolsas (ridicules), véu de renda, flores no cabelo. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Jóias no estilo neoclássico.
Camafeu de ouro esmaltado, diamantes e pérolas.
Esta tiara grinalda com simetria decorativa tem secções articuladas para tornar mais fácil de usar. c.1815. V&A.
Colar de esmeraldas.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Com o corpete “a la Ninon” de 1810, as barbatanas reapareceram. Este modelo era cortado bem curto e desce até a cintura, ao nível da qual é estofado para dar a mulher a opulência desejada. 
Prof. Flávio Bragança
*
George Beau Brummell 
O traje masculino mantinha a preferência aos modelos ingleses. O Belo Brummel, homem requintado e elegante pregou sobriedade, clareza do corte e bom gosto de 1800 a 1812. Desde então o valor do bom trabalho dos alfaiates ingleses foi reconhecido. 
IMPÉRIO 1804 A 1814
Miniatura do Belo Brummell
INDUMENTÁRIA MASCULINA
Prof. Flávio Bragança
*
O termo dândi (dandy) apareceu em 1913 na Inglaterra, e mais que determinar uma forma de vestimenta, caracterizava um modo de vida totalmente inglês. 
A partir de Brummel, o dandismo tornou-se expressão individual, um sistema de vida e de pensamento traduzidos por uma desenvoltura teatral. 
O Dandy estabeleceu uma forma provocante e cínica de afirmação do gênio individual numa sociedade dividida entre os valores aristocráticos e a burguesia em ascensão.
Para os escritores no Séc.XIX, e, em particular, para Charles Baudelaire, o dandismo é uma mitologia literária que se define menos como teatralidade para ofuscar a vulgaridade, e mais como uma superação individual posta a serviço da arte. 
Dandismo
Texto adaptado do verbete Dandysme, do Dictionnaire universal des littératures.
Prof. Flávio Bragança
*
“Para ser bem vestido, não se deve ser notado” – George Brummell
Não confundir dândi com esnobe ou elegante, embora possa conter os dois conceitos.
Os jovens elegantes de Londres tinham o hábito lixar suas roupas, para não parecerem novas demais.
O verdadeiro dândi deve ser frio, para Balzac, “tornando-se um dândi um homem transforma-se num móvel de boudoir”.
Prof. Flávio Bragança
*
O traje se compunha de fraque escuro, calças até os joelhos e cartola, as golas das camisas e dos fraques eram altas. O pescoço era envolvido pelo plastron.
O rosto era barbeado e com costeletas. O penteado referia-se às franjas dos imperadores romanos. 
Prof. Flávio Bragança
*
Também eram usados calções com bolsos-faca, meias de seda brancas, fraques e chapéus bicornes grandes, enfeitados com plumas e carregados debaixo do braço esquerdo. 
Botas de montaria e scarpins para a noite. 
Sobretudo em forma de capa e cartola.
Prof. Flávio Bragança
*
Acessórios, como condecorações enfeitadas com gemas, usadas em volta do pescoço numa fita ou pregadas sobre o peito, e relógios pesados com correntes saindo do colete. 
Conde D'Orsay
Lorde Byron
Prof. Flávio Bragança
*
Vídeo com cenas do filme Beau Brummell: This Charming Man (com James Purefoy) de 2006, para a BBC, com a música "This Charming Man" da banda The Smiths. 
Prof. Flávio Bragança
*
O nome da rua, Savile Row, em Londres, evoca imagens de elegância, tradição, charme do velho mundo e sofisticação, a área foi conhecida em todo o mundo como "o lugar" para a alfaiataria.
Durante a década de 1800, a nobreza começou a se preocupar com a roupa elegante, e Beau Brummel incorporou a imagem do homem bem vestido. Ele incentivou os alfaiates a se reunir na propriedade de Burlington, e cerca de 1803 muitas lojas foram ocupando Savile Row.
Prof. Flávio Bragança
*
Chanel, inverno 2009/10
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
RESTAURAÇÃO (1814-1830) 
A Restauração foi um período de retorno à monarquia na França, é o período entre a queda do primeiro Império em 1814 e a Revolução Republicana de Julho de 1830. 
A partir de 1815, a silhueta feminina é constituída de ombros largos, cintura fina e alta, porem um pouco mais baixa. A saia tem a forma de cone rígido, com babados ou adornos na barra.
1815
1824
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
1822
A roupa feminina vai lentamente reencontrar a silhueta da ampulheta, projetando certa fragilidade. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Em 1822, a cintura dos vestidos reencontrou o seu lugar, em conseqüência ficou mais fina, utilizando o corpete laçado e estruturado com barbatanas de baleia: o corset, espartilho, em português. 
Em torno de 1828 é dado um grande passo para melhorar a solidez do espartilho: a invenção dos ilhoses de metal dos quais passam os cordões. Muito mais sólidos que as casas bordadas, mas continua-se a bordar à mão por cima dos ilhoses de metal.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
O spencer, o bolero em estilo inglês era uma jaqueta curta e modelada em mangas compridas e ajustadas. Recebeu este nome por causa do conde inglês Spencer (1758-1834) que usava este tipo de jaqueta. 
Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
As mulheres usavam o chapéu-boneca.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestido passeio de organdi de seda branca com fitas de seda amarela, cerca de 1822. Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
MODA MASCULINA
RESTAURAÇÃO 1815 - 1830
O homem usa quadris e ombros amplos,
cintura bem fina, calça longa colada no
tornozelo, e as vezes presas embaixo
dos pés. Cerca de 1820 os calções até os joelhos foram substituídos pelas calças compridas.
Os alfaiates ingleses desenvolveram a habilidade em costurar a casimira, este tecido tem maior elasticidade e dessa forma era bem moldado. O próprio George Brummell se orgulhava de seus calções serem ajustados às pernas. 
Prof. Flávio Bragança
*
As calças curtas desaparecem completamente. A calça comprida, que já tinha se infiltrado na indumentária durante a Revolução, é inserida definitivamente na vestimenta masculina.
Prof. Flávio Bragança
*
Caricatura Monstruosidades de 1822, de George Cruikshank. Exemplo da moda dândi exagerada vista no Hyde Park, em Londres.
Após a fuga de Brummel para a França em 1919, com o intuito de escapar dos seus credores, as roupas dos dândis, ou dos que pensavam em sê-lo, começaram a apresentar algumas extravagâncias.
Prof. Flávio Bragança
*
No pescoço era usado o stock, uma faixa rígida abotoada atrás, com o nó do plastron já pronto, tornava-se difícil virar ou abaixar a cabeça.
O uso da cartola e da bengala era obrigatório ao homem elegante.
Prof. Flávio Bragança
*
“A cartola inchou até a copa ficar mais larga do que a aba, as extremidades visíveis do colarinho da camisa quase chegavam até os olhos, o stock ou o plastrom ficaram mais apertados e mais altos, os casacos possuíam ombreiras e a cintura era afinadacom o auxílio de um espartilho.” (LAVER, 1989, 162)
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
ROMANTISMO NA MODA (c.1830 – 1850)
Embora o Romantismo como movimento intelectual e artístico, que refletiu um período de escapismo e de caráter imaginativo, tenha iniciado a partir da década de 1820, a moda romântica se afirmou na década seguinte.
Ingres, 1848.
Prof. Flávio Bragança
*
O Casamento da Rainha Vitoria, em 10 de fevereiro de 1840, por George Hayter 1840 - 42. 
E acima, Rainha Vitória em seu vestido de casamento por Franz Xaver Winterhalter, 1842. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
O modelo de mulher deste período era delicado e melancólico, o ideal amoroso do homem era uma mulher submissa.
O vestido passa a valorizar as formas curvas e a cintura justa. Como neste vestido de passeio de lã e seda, cerca de 1838.
Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Foram criadas imensas 
mangas bufantes chamadas mangas presunto e golas especiais que 
cobriam os ombros. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Detalhe de pintura de Joseph Tominc.
Prof. Flávio Bragança
*
PAISLEY / CASHMERE
O padrão Paisley é design fino com motivos de pequenas flores; agrupado na forma de pinhas Indianas e posicionado em diversos locais distribuídos na superfície do tecido. Originalmente em vermelho e preto, era usado na Índia na estamparia de xales de caxemira. Este padrão clássico aparece nos tecidos de vestidos de senhora e pode ser estilizado de muitas formas. O nome é dado pela cidade Escocesa de Paisley, na qual tecidos semelhantes eram fabricados com motivos originais Indianos. 
A Índia foi uma das principais colônias do antigo Império Britânico, e a região da Caxemira, situada no extremo norte da Índia tinha este desenho de uma gota rendada trabalhada por seus artesãos. Quando os soldados retornavam, principalmente para a cidade de Paisley, na Escócia a estampa foi adaptada para vários tecidos pela industria local. Deste modo, tem pessoas que chamam esta gotícula de cashmere e outros de paisley. 
O termo Cashmere é mais usado para designar a lã fina e macia obtida a partir do pêlo de cabras também da região da Caxemira.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Amalie, Freiin von Kruedener, 1829. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Camisola de algodão branco, anágua de linho e ombreiras, década de 30. 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
A partir de 1830, um suiço, Jean Werly, instala em Bar-le-Duc (nordeste da França) uma fábrica de espartilhos tecidos sem costura. Estes saem do tear já com as barbatanas, hastes e armações, prontos para a venda. Esse inicio da industrialização na fabricação de espartilhos vai permitir a colocação no mercado de modelos mais baratos.
Corset de algodão branco, década de 1830.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Na década de 1840, a exagerada manga presunto desapareceu, em compensação as saias ficaram amplas e a cintura desceu em ponta e se estreitou mais.
Como neste vestido de noite brocado de seda verde com motivos florais, cerca de 1845. Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestido de menina de musselina de algodão branco. Cerca de 1845-49.
Vestido de passeio de organdi branco estampado com mescla de lã e seda, mangas pagodes. Cerca de 1845. Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Vestido de baile de gaze mescla de lã e seda cor creme, com estampa floral. Cerca de 1850. Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
A JOVEM RAINHA VITÓRIA
(The Young Victoria, 2009)
Apropriando-se de elementos da realidade, o filme mostra os primeiros anos de reinado da rainha Victoria (Emily Blunt), do Reino Unido, e seu romance com o príncipe Albert (Rupert Friend). 
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
Trabalhos do famoso joalheiro parisiense Froment-Meurice (1802-1855), cerca de 1850. Broche neo-renascentista de prata dourada sob a forma de uma figura feminina tocando uma viola da gamba, ladeado por dois querubins alados, fixado em um nicho de estilo renascentista. A figura é em prata, as configurações de arquitetura em prata dourada com a adição de esmalte azul-turquesa. E broche São Jorge, cerca de 1855, ouro esmaltado, acervo do V&A. 
Prof. Flávio Bragança
*
MODA MASCULINA
ROMANTISMO (c.1830 – 1850)
O homem romântico tinha os ombros e o quadril amplos e levemente arredondados. O fraque é usado de dia e de noite, na cor preta, a lapela é aberta até a altura que permite deixar ver o colete, que acaba mais ou menos na altura do peito.
O plastron é substituído pela gravata, porém o colarinho continuava alto.
Os cabelos bem penteados, em geral para o lado.
Trajes masculinos, Fashion Plates, 1849.
Prof. Flávio Bragança
*
Sobrecasaca de gola de veludo. 
Conjunto masculino da década de 1830,
Instituto de Indumentária de Kioto.
Prof. Flávio Bragança
*
O Redingote era um casaco justo à cintura e cuja parte traseira apresenta um corte semelhante a um fraque. A parte inferior é alargada. O seu virado (lapela mais colarinho) é adaptado de acordo com as tendências da moda, podendo ser simples ou duplo. Tem origem na Inglaterra, onde no século XVIII servia de roupa de andar a cavalo. O nome vem do Inglês "riding coat". No século XIX era um tipo básico de roupa exterior. Pode ser um casaco masculino ou feminino. (fonte: http://pt.texsite.info/Redingote)
Prof. Flávio Bragança
*
Prof. Flávio Bragança
...o século XIX continua no próximo semestre...
Prof. Flávio Bragança

Outros materiais