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Trincheira e poço de pesquisa Trincheiras são valas retilíneas abertas com o objetivo de fazer as rochas aflorarem artificialmente. A vala deve ser aberta até se atingir a rocha sã e, dependendo da situação(dureza da rocha, profundidade etc.) cortar para atingir a maior quantidade possível de litologias. Abertura de Trincheira até atingir a rocha sã, ou o minério objeto dos trabalhos de Pesquisa. A profundidade é uma das limitações das trincheiras, haja vista que as mesmas não podem ser muito profundas. Não existe uma profundidade máxima rigorosa, pois varia muito dependendo da região, consistência das litologias a serem cortadas, etc. Entretanto, não se tem mencionado trincheiras com profundidade maior que três metros, sendo este o limite que poderia ser considerado como máximo. Para situações onde a profundidade é maior que 3,0 m deve ser aberto o Poço de Pesquisa. As Trincheiras podem ser abertas manualmente, mecanicamente ou por explosivos. Paralelas ou perpendiculares ao “trend” principal. Manual Mecanizada Planejamento e Execução das Trincheiras São inúmeras as situações que motivam a realização de trincheiras, desde uma simples verificação ou checagem, até a realização de aberturas sistemáticas onde várias trincheiras são executadas como parte de um trabalho de Pesquisa Mineral. planejamento da Trincheira tomam-se por base as informações até então disponíveis de campo, como Mapa Geológico, Geofísica, Geoquímica, etc. e dos objetivos que se pretende alcançar com a realização desses serviços. O planejamento inclui a localização, consequentemente a orientação em relação ao “trend” (paralelo ou perpendicular), a profundidade, o espaçamento entre os piquetes na trincheira, a escala do levantamento, a distância entre as Estações (ver a seguir) e o que será mapeado (piso ou parede). Uma etapa de campo para validar o planejamento deve ser realizada. Com auxílio de programas SIG/GIS (MapInfo, ArcGis, Idrisi, Geosoft etc.) se define as coordenadas de localização das trincheiras (início e fim) ainda no escritório. A locação da trincheira em campo pode ser feita com GPS, tomando-se as coordenadas do início e do final da vala e também dos piquetes, após a piquetagem. Se a área está levantada topograficamente com piquetes (Mapeamento segundo Piquetes e LB), a Trincheira pode ser locada a partir destes, tomando o rumo e a distância do piquete até o início e final da vala. Ou, após aberta, a equipe de topografia faz os devidos levantamentos. As trincheiras devem ser abertas com o monitoramento de sua direção, uma vez que devem ser retilíneas. Esse monitoramento pode se dar visualmente, com GPS, com bússola, teodolito, nível ou estação total) e mira, etc. GPS Nível As trincheiras perpendiculares ao “trend” têm por objetivo (dentre outros) verificar relações de contato, continuidade de uma sequência de rochas e relações estratigráficas. Aquelas paralelas ao “trend” visam principalmente verificar a continuidade do corpo mineralizado. A decisão entre mapear o piso ou a parede depende do mergulho das rochas cortadas pela Trincheira. Geralmente, se a estrutura é horizontalizada, mapeia-se a parede e se é verticalizada o mapeamento é do piso A eqüidistância entre os piquetes e o espaçamento das Estações deve levar em conta o quê foi planejado. Entretanto, quando o mapeamento é da Parede em regiões íngremes, essa eqüidistância fica condicionada ao nivelamento da Trincheira (ver a seguir). Algumas trincheiras muito longas e mal monitoradas, podem apresentar-se curvadas. Nestes casos as eqüidistâncias são limitadas à visada (de um piquete o obervador deve ver o outro piquete). Uma trincheira bem executada deve ter, pelo menos, as seguintes características, sem descartar outras: (a) Corte até a(s) rocha(s) sã(s) aflorar(em) artificialmente. Se a abertura for com retro-escavadeira, ter o cuidado de limpar com pás e picaretas, visando a melhor exposição possível das rochas; (b) O material desmontado deve estar em local que não propicie o soterramento da trincheira; (c) A trincheira deve ser retilínea; Uma vez aberta a trincheira, o passo seguinte é o seu Levantamento. Este consiste de locação da trincheira, instalação de piquetes/nivelamento, mapeamento topográfico e geológico. Localização da Trincheira, Instalação de Piquetes/Nivelamento Conforme mencionado anteriormente a localização da Trincheira pode ser planejada em escritório ou ainda, no campo, tendo como base os objetivos pretendidos (a serem alcançados com a Trincheiras) e os dados de campo. Instalação de Piquetes em uma parede de trincheira aberta em região plana. A equidistância estabelecida é de 2,0 m. Em (A) piquetes instalados e Linha- Base; (B) Equidistância e convenção de medidas positivas e negativas; (C) Detalhe do Primeiro Caminhamento com Estações de 0,5 m. A B C O espaçamento entre dois piquetes consecutivos é chamado de caminhamento. A Trincheira, portanto, é composta por vários caminhamentos cuja equidistância foi definida na fase de planejamento sob as condicionantes mencionadas. O alinhamento entre dois piquetes consecutivos é o local onde deve situar-se a Linha-Base Em regiões íngremes a cota de cada piquete deve ser tomada, e o mapa final deve vim acompanhado de curvas de nível. Tais procedimentos podem ser realizados também em áreas mais planas, dependendo das exigências do projeto. Croqui de Piso de Trincheira em região íngreme com curvas de nível. As figuras até então exibidas não levam em conta a escala, pois tem como objetivo explicações descritas no texto. Entretanto é de fundamental importância que os nivelamentos e instalação de piquetes sejam plotados em escala adequada aos trabalhos posteriores e, em papel milimetrado visando facilitar a inclusão das futuras informações. Mapa de Nivelamento: (A) de uma parede em uma região plana e (B) de uma parede em região íngreme. Figura do autor. Mapeamento Topográfico Após a instalação dos piquetes e nivelamento, a trincheira está pronta para ser mapeada. A topografia e a geologia podem ser feitas concomitantemente ou separadamente. Aqui trataremos em separado por questão didática. Mapeamento Geológico A mesma sistemática utilizada para o levantamento topográfico deve ser utilizada para o mapeamento geológico. Obviamente, ao invés de medir a distância entre a LB e os limites da trincheira perpendicular ao seu comprimento, se medirá aqui os contatos geológicos e estruturas geológicas. As Estações devem ser pintadas e/ou ter inserido seu símbolo gráfico, conforme ilustra a figura. Nessa figura, além da representação gráfica e colorida das litologias em cada Estação (inclusive em uma Estação intermediária), apresentamos também uma descrição resumida das litologias mapeadas. Mapeamento Geológico da parede de uma Trincheira aberta em terreno plano e respectiva descrição resumida em caderneta de campo. Interpretação geológica da trincheira da figura É a interpretação do que foi mapeado nas estações apresentadas. Importante observar que interpretou-se uma dobra (sinforme) cujo plano axial passa nas proximidades do piquete 4. Supondo tratar-se de uma calciossilicática mineralizada em scheelita, e que o Depósito da mina Brejuí pode ser invocado como Jazida. – Tipo, essa informação se reveste da maior importância, haja visto que um dos controles da mineralização scheelitífera mais importante é o estrutural, ou seja, concentração do mineralminério em região de charneira de dobramentos. Estilo de Mapeamento de Trincheira conjunto PISO + PAREDE, utilizado quando a sequência a ser mapeada tem inclinações medianas entre horizontalizadas e verticalizadas e quando se deseja ter uma visualização tridimensional da geologia. Em alguns casos mapeia-se as duas paredes e mais o piso.Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20
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