Buscar

ERROS QUE O TERAPEUTA NÃO PODE COMETER livea

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Aluna: Dulcinéa da Silva Almeida Nogueira
Professora: Lívea
PSICOTERAPIA BREVE
ERROS QUE O TERAPEUTA NÃO PODE COMETER
O Terapeuta deve reconhecer seus erros!
Erro 1- Falhas no reconhecimento das nossas limitações como terapeutas.
Após anos de estudo acreditamos ter respostas para todas as questões clínicas.
Existe uma tendência de não aceitar a responsabilidade pelos possíveis erros terapêuticos que tenhamos cometido.
Partimos para explicações a fim de evitarmos um processo de autorreflexão.
Caso:
O Dr. Mentor, supervisor de um curso de pós graduação relatou a um colega que um de seus orientandos estava com dificuldade em um caso, quando na verdade quem estava com dificuldade era ele próprio.
E a vergonha estava impedindo dele admitir que precisava de ajuda.
Ele foi capaz de admitir que precisava de ajuda externa e isso o levou a ser um clínico mais eficaz.
Tipos de erros que podemos cometer
Na clínica 
Consigo mesmo
Falta de progresso na terapia;
Atrasar para uma sessão;
Errar ao cobrar uma consulta;
Agendar dois pacientes ao mesmo tempo;
Faltar sem avisar, etc.
Falta de humildade ao reconhecer seu erro;
Vergonha para pedir ajuda;
Deixar de participar de workshop ou especializações.
Sentimentos de culpa;
Pensar que temos todas as respostas.
COMO EVITAR O ERRO
Envolva nas mesmas intervenções cognitivas que utilizaria com um paciente, para verificar o índice de sucesso. Ex: se um paciente interrompe antes do tempo previsto; no começo você pode sentir-se péssimo. Porém compare, este índice pode chegar até 50% e verá que seu índice é melhor que a média.
Se não, utilize uma ou duas ferramentas de auto-avaliação do livro.
Não dê um tempo específico para o término da terapia.
Erro 2- Falhas ao lidar com as expectativas do cliente quanto a terapia.
Um erro comum de interpretação é sobre o tempo que será necessário para que os clientes resolvam seus problemas.
É importante abordar as ideias preconcebidas sobre o funcionamento da terapia, para esclarecer quaisquer erros de interpretação. Costumam ter expectativas variadas sobre o processo, que devem ser abordadas de forma individual. 
Caso: Perguntaram a uma cliente que sofria de ataques de pânico quanto tempo ela acreditava que demoraria para solucionar o problema, e ela respondeu com um suspiro: “ Espero que não demore muitos anos”.
Quando o terapeuta respondeu que tais problemas costumam ser solucionados em alguns meses, ela ficou impressionada.
8
EXPECTATIVAS DO CLIENTE
Como no caso anterior de ataque de pânico, alguns clientes acreditam que seus problemas podem levar mais tempo do que o normal para serem solucionados.
Por outro lado, existem os muitos otimistas, de certa forma, iludidos, com problemas sérios e complexos que esperam uma “ cura rápida”.
Como um alcoólatra crônico, cujo trabalho, casamento e saúde estavam em risco, mas que acreditava que duas sessões eram suficientes.
 COMO EVITAR O ERRO
1- Reserve tempo suficiente no fim da sessão para perguntar se as expectativas do cliente foram alcançadas;
 Aborde as seguintes questões:
A) a importância da colaboração entre terapeuta e cliente;
B) A abordagem geral do terapeuta para lidar com o tipo de problema apresentado pelo cliente;
C) Um cronograma geral da duração do tratamento;
D) E o conceito de que o fim da terapia deve ser uma decisão mútua.
2- Procurar saber como o cliente se vê diante de uma terapia? Buscar saber de suas expectativas;
É importante esclarecer quaisquer expectativas imprecisas que tenham criado.
Clientes em busca de hipnose, por conta dos meios de comunicações podem criar expectativas que saem da formação do terapeuta.
Ex: Filha adulta que alegava abuso e sua mãe queria respostas através da hipnose.
3- As expectativas do cliente devem e podem ser abordadas com regularidade, para avaliar se houve mudanças ou se surgiram outras que não haviam sido identificadas anteriormente.
COMO FOI A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE EM OUTRAS TERAPIAS?
ERR0 3- FALHAS AO AVALIAR AS EXPERIÊNCIAS ANTERIORES DO CLIENTE COM PSICOTERAPIA.
É importante saber se o cliente sentiu o erro na terapia anterior.
Sem uma verificação do tratamento anterior, a terapia poderia ter sido improdutiva ou prejudicial.
Perguntas como, “o que ajudou mais?”
“o que ajudou menos ou foi mais inconveniente?”.
Podem auxiliar a não cometer erros.
Scott procurou ajuda terapêutica com uma aparente fobia de voar. Porém, ao falar sobre sua experiência anterior com a terapia, o terapeuta descobriu que ele recebera tratamento para o problema seguindo um protocolo de dessensibilização total que não obteve sucesso. Também recebera tratamento para distúrbio do estresse pós-traumático relacionado a morte de seu filho e teve um plano adequado de tratamento.
 COMO EVITAR O ERRO
Indague sobre as experiências terapêuticas do cliente com várias questões, como:
A) Qual foi a duração da terapia?
B) Como terminou?
C) Como foi o relacionamento com o terapeuta?
D) Qual a melhor parte da experiência ou a pior?
E) O que você gostaria de ter feito de forma diferente nas consultas?
F) Você sente diferença deste tratamento ao anterior?
Considere como resposta as respostas dos clientes afetam seus pontos de vista e expectativas sobre a terapia.
A) Pergunte se a terapia anterior foi confortável, apressado ou sem dinamismo?
B) Questione como terminou a terapia anterior. Avise que o fim pode ser tão importante quanto o principio.
C) Avalie a qualidade do relacionamento com o terapeuta anterior.
É IMPORTANTE EXPLICAR A EXPECTATIVA DO TERAPEUTA!
ERRO 4- FALHAS AO EXPLICAR AS EXPECTATIVAS DO TERAPEUTA COM RELAÇÃO AO PROCESSO TERAPÊUTICO. 
Os “encerramentos repentinos” como o descrito abaixo podem ser evitados se os terapeutas descreverem com clareza suas expectativas nos estágios iniciais da terapia( ou qualquer momento, se o direcionamento da terapia mudar)
No caso de mudanças de expectativas ocorrerá uma ampla variedades de atitudes e comportamentos, como:
_ expectativas ao papel dos contatos, “fora dos horários de consulta”;
_ limites adequados entre o terapeuta e cliente;
_ necessidade de que a terapia seja interativa;
_ necessidade que o cliente siga rigorosamente horários, sessões e tenha participação ativa;
Caso: Após ter passado a sessão inteira planejando, discutindo e estabelecendo a estratégia de como melhorar o casamento de um paciente, ele se levante e avisa que a esposa saiu da casa e está dando andamento aos papéis do divórcio.
A sessão termina e o cliente menciona que foi detido por dirigir alcoolizado e não poderá comparecer à sessão da manhã seguinte.
 COMO EVITAR O ERRO
É importante informar ao cliente sua participação ao longo do processo e devem ser claros e comunicar ao terapeuta quando sentirem estar fora dos trilhos no foco em questão.
Avise ao cliente que a terapia funciona melhor se, após abordar todas as questões mais problemáticas, o cliente for assistido na priorização, para que no máximo duas ou rês questões sejam tratadas ao mesmo tempo.
A TERAPIA PROVOCA DIVERSAS EMOÇÕES!
ERRO 5- FALHAS AO PREPARAR OS CLIENTES PARA A MULTIPLICIDADE DE EMOÇÕES QUE A TERAPIA PROVOCA.
O terapeuta tem que estar atento as emoções do cliente e ser mais proativo ao observar o aumento de agitação.
MUITOS CLIENTES ESPERAM QUE A TERAPIA CAUSE FORTES EMOÇÕES E NÃO SE PREOCUPAM COM ISSO. POR OUTRO LADO ALGUNS PODEM FICAR MUITO ALTERADOS PELA INTENSIDADE DE SUAS REAÇÕES EMOCIONAIS.
CASO: Um cliente na passagem dos 20 para os 30 anos ocupou o terapeuta na primeira sessão fazendo conhece-lo melhor. Na segunda sessão relatou sofrer abusos sexuais e ficou extremamente nervoso, com raiva, vergonha e o terapeuta teve dificuldades para administrar o descontrole emocional e após o cliente nunca mais voltou.
Clientes que se alteram pela intensidade de suas emoções se classificam em três categorias:
1) Indivíduos altamente controlados que se “desligaram”- ou não estão conscientes- de seus sentimentos;
2)
pessoas que aprenderam fugir de fortes emoções;
3) pacientes reservados na expressão de sua emoções e geralmente hesitantes, esse grupo precisa de muita preparação para explorar sentimentos negativos fortes.
 COMO EVITAR O ERRO
Esteja atento aos sinais indicativos de que o cliente está altamente vulnerável a revelações emocionais fortes:
A) Afirmações como “nunca contei isto a ninguém antes”;
B) discurso fluente ao relatar questões impessoais e fluxo verbal bloqueado quando o assunto é pessoal;
C) tendência ao falar de questões pessoais;
D) autobiografia rica que “precisa” ser narrada de forma lógica e cronológica;
E) sinais não verbais, como o lacrimejar dos olhos, gestos faciais ou manuais nervosos e inquietude.
Prepare todos os clientes para o fato de que muitas emoções desconfortáveis precisam ser sentidas mais de uma vez, para serem solucionadas.
Alguns pacientes tem uma reação que compara a terapia à atividade física, ou seja, se não houver sofrimento não haverá ganho.
Acalme os pacientes, cura leva tempo 
E terapia não é um esporte competitivo!
 Fim, obrigada!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais