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RESENHA A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO

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UNIVERSIDADE FUMEC
Ayllana Ferreira
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E DA SAÚDE.
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO - AI
“A arte de Fazer Um Jornal Diário” foi um livro escrito pelo blogueiro e colunista Ricardo Noblat, publicado em 2010 pela editora Contexto. Dividido em oito capítulos, a obra reúne experiências pessoais do autor, incluindo um guia para novos e velhos jornalistas, além de uma reflexão sobre a evolução dos meios de comunicação.
Logo no primeiro capítulo, há uma introdução acerca da importância dos jornais impressos para a sociedade com o intuito de informar, instruir e divertir os seus leitores, constituindo uma tradição. Porém, com o passar dos anos, aquilo que antes era considerado essencial e indispensável, converteu-se em algo ultrapassado. Com os avanços das tecnologias, novos meios mais velozes e “atrativos” sugiram, tais como a internet. Ademais, a própria estrutura dos jornais tornou-se um desafio para sua venda, já que os donos dos jornais, juntamente aos próprios jornalistas insistem em um modelo antiquado, que não oferece algo inovador e fascinante aos seus leitores.
“Queixam-se os leitores de constantes erros de ortografia, da tinta usada pelos jornais que lhes mancham as mãos e a roupa, das páginas que se soltam quando manipuladas, do excesso de páginas e do formato dos jornais” (p.15)
No segundo e no terceiro capítulo o autor faz uma análise sobre os assuntos abordados nos jornais, desde as matérias de Interesse público às de interesse do público, conceituando o que é notícia, além de demonstrar ao leitor à importância de uma fonte. Depois, há uma ressalva sobre a necessidade de confirmar tudo aquilo que será dito, já que as consequências afetarão apenas o jornalista que escreveu a matéria. Por fim, faz uma análise dos meios necessários para se tornar um bom jornalista, desde o espírito cético ao descobrir algo, a capacidade de duvidar de tudo.
O quarto capítulo é o mais interessante. O escritor dá algumas dicas ao leitor sobre o que usar, e o que evitar ao escrever uma matéria, como os chavões que tornam a leitura cansativa, ao excesso de parênteses que provoca confusão mental no público. Juntamente a isso, esse demonstra seu lado mais crítico, mas ao mesmo tempo mais divertido ao fazer análises sobre sua produção, incentivando seu leitor a sempre reescrever várias vezes um mesmo texto, pois a cada reescrita, a escolha das palavras e as constituições das frases tornam-se melhores.
“Qualquer texto é passível de ser melhorado. Sempre há palavras sobrando, ou que podem ser trocadas, outras fora do lugar e parágrafos que pedem para ser completamente reescritos”. (p.92)
O quinto e o sexto capítulo são ponderações feitas por Noblat acerca dos jornais diários, sobre aquilo que é necessário fazer antes de ir à busca de uma pauta nas ruas, ao próximo passo na hora de escrever o que encontrou. Além disso, há uma citação da clássica frase sobre a imparcialidade dos jornalistas ao escrever uma matéria, juntamente a impossibilidade de ser neutro. Outro ponto interessante nesse capítulo são os comentários do autor mediante as suas experiências pessoais, como afirmar que: “o jornalista deve ser um cara de poucos amigos”. Por fim, o autor cita as diferenças de notícia para reportagem, demonstrando suas preferências, e aquilo que as diferem.
O sétimo capítulo é uma continuidade do primeiro, reforçando a necessidade de mudanças dos jornais impressos, exemplificando como as atualizações e reformas do Correio Braziliense aumentaram sua venda. É engraçado analisar e comparar as fotos apresentadas para ilustrar as mudanças. A primeira imagem de 1994 – antes da mudança – era extremamente carregada de textos, poluindo visualmente o jornal, além de provocar um sentimento de confusão ao leitor no primeiro contato. Já nas imagens finais, é possível notar uma alteração radical no design e na organização do impresso, estimulando e incentivando sua leitura.
Por fim, o último capítulo demonstra a linha do tempo do Jornalismo, desde a sua criação, a sua última atualização em 2002. Esta reforça, e até mesmo exemplifica algumas partes da história contada ao decorrer do livro.
“A Arte de Fazer um Jornal Diário” é um guia para os Jornalistas Iniciantes, ou até mesmo para os mais antigos que buscam amplificar o seu saber sobre os Jornais Impressos, juntamente as experiências pessoais do autor que podem auxiliar na carreira profissional dos demais. O texto é escrito em primeira pessoa, fazendo análises de obras e comentários ao decorrer das páginas.
 Com uma linguagem simples e gostosa de ler, além da ordem escolhida pelo autor que favorece no desempenho e na compreensão do texto, a obra é de certo um dos melhores textos sobre o assunto que já me deparei, em algumas partes agindo até mesmo como agente motivador sobre o Jornalismo, demonstrando um possível futuro para os profissionais desta área.
Além de tudo isso, o texto demonstra que o empreendedorismo não é necessário apenas nas empresas de negócio, sendo essencial até mesmo na transmissão de informações. Adequar-se com o tempo e com as mudanças do público e do mundo são tarefas necessárias para conseguir um emprego, ou até mesmo novas oportunidades na atualidade, que a cada dia evolui e exige mais do profissional de Comunicação.
“Se o mundo está em continuo movimento, por que os jornais devem permanecer parados? Se a cada ano as montadoras de carros lançam novos modelos e aperfeiçoam os existentes, por que os jornais só devem ser reformados a cada cinco ou dez anos? Alguns deles enxergam vantagens em jamais ter mudado!” (p.144)
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