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Direito Administrativo Resumo Atos Administrativos

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Direito Administrativo – Atos administrativos
Atos administrativos são manifestações ou declarações unilaterais produzidas pelo estado na função administrativa. Em regra é produzida pelo Poder Executivo, mas excepcionalmente pode ser realizada pelo Poder Legislativo ou Judiciario quando estes tendem a zelar pela administração de seu poder, como por exemplo quando realizam concursos para contratação de Juizes, escreventes e etc.
Os atos administrativos não inovam no ordenamento jurídico, portanto não criam deveres nem direitos, e são matéria infralegal, procurando sua validade em leis superiores.
Todo ato administrativo deve ser pautado em uma lei superior por conta do Príncipio da Reserva Legal que diz que a administração pública só pode atuar quando anteriormente existir uma lei permitindo.
Elementos Constitutivos: 
Os doutrinadores divergem quanto aos elementos constitutivos, aqui irei expor a corrente clássica defendida por Maria Sylvia Zanella e a corrente moderna de Celso Antonio Bandeira de Mello.
(Corrente clássica)
- Forma: O ato administrativo deve possuir forma, seja ela qual for comumente utilizada, em regra se utiliza a forma escrita pelo príncipio da publicidade mas há possibilidades distintas como pictóricas, verbais, mímica, eletromecânica e outras.
Ex: um edital de concurso é escrito, já uma ordem policial para parar o carro é verbal.
-Competência:
A competência é determinada por lei e sem ela o agente não pode realizar o ato administrativo, é semelhante a relação de capacidade civil para atos jurídicos.
-Motivo:
É a disposição legal que motiva o agente a praticar o ato jurídico, ela pode ser expressa concretamente em Normas legislativas (Atos Vinculados) ou pode ser simplesmente uma combinação de conveniência e oportunidade (Atos Discriscionários).
-Objeto:
É o efeito jurídico que o ato deseja produzir ou modificar, é o conteúdo pelo qual o ato administrativo deseja dispor.
-Finalidade:
Consiste no resultado buscado pela administração pública ao produzir o ato, é sempre o interesse público primário . 
(Corrente Morderna)
Elementos do ato:
- Conteúdo:
Oque o ato dispõe, declara, semelhante a definição de objeto anteriormente citada
-Forma
Exteriorização do ato, forma em que ele é levado a publicidade.
Pressupostos de Existência:
-Objeto:
É sobre oque o ato dispõe, não pode existir ato sem ele estar atrelado a alguma matéria, sem o objeto não há qualquer efeito jurídico possível, e portanto se torna um ato inexistente.
-Pertinência da Função Administrativa:
O ato tem que ser imputável ao estado na função administrativa para ser considerato ato administrativo, se for imputado por outro fora da função administrativa até poderá ser um ato jurídico, mas não ato administrativo.
Os atos tem caráter administrativo também quando realizados pela administração indireta.
Pressupostos de Validade (Ou nulidade):
1- Subjetivo:
-É o sujeito que expede o ato, ele deve ser competente e deve estar de acordo com a lei.
2- Objetivos:
-Motivo: razão pelo qual se realiza o ato (junção de fato + lei)
-Procedimentos: são determinados atos posteriores que dependem de anteriores, como por exemplo não se pode realizar um concurso público sem anteriormente realizar-se edital para ele.
3- Teleológico:
-Finalidade: O ato deve buscar aquela finalidade a qual a lei o tornou possível, basicamente deve buscar o interesse público primário.
4 -Lógico:
-Causa: é o vinculo de pertinência entre motivo e o conteúdo do ato em relação a finalidade dele.
5- Formalístico: 
-Formalização: é a maneira pela qual se toma forma o ato administrativo, normalmente escrita mas dependendo do ato pode ser diferente.
Declaração de Invalidade (Nulidade):
É declarado em regra pela própria Função administrativa, pois ela tem o dever de fiscalizar a sí mesma e realizar a auto-tutela.
Mas pode ser declarado pela função judicante caso a autotutela não ocorra.
Ps: Caso uma lei que fundamenta um ato administrativo seja revogada este ato não se torna automaticamente inválido, é necessário a declaração.
Atributos do Ato Administrativo (Caracteristicas):
-Presunção de Legalidade: Todo ato administrativo presume-se legal e válido
-Auto executoriedade: Não necessita autorização de outras funções para ser executado, expedito ou fiscalizado.
-Imperatividade(ou exigibilidade): É a imposição da norma a terceiros de forma imperativa.
-Coercibilidade: Caso o ato seja descumprido é passível de Sanção administrativa.
Classificação dos Atos Administrativos
1-Quanto ao grau de liberdade
-Ato vinculado: Não admite liberdade, deve agir exatamente como manda a lei, agir de ofício executando um comando legal.
Só podem ser revogados se a lei que os vinculam for revogada também.
-Ato Discricionario: A lei permite que o sujeito agente tome decisão do ato utilizando os critérios de mérito (conveniência x oportunidade) para expedir o ato.
Só pode ser revogado pela função administrativa, sempre que se tornar conveniente e inoportuno.
2-Quanto ao destinatário:
-Ato regulamentar: Alcança um grupo indeterminado de pessoas
-Ato Coletivo: alcança um grupo determinado
-Ato Individual: é para apenas uma pessoa determinada
3-Quanto a Formação:
-Simples: Depende da manifestação de apenas um único órgão público.
-Complexo: Depende manifestação de um órgão com a anuência de 2 autoridades
-Composto: Depende da manifestação de 2 orgãos distintos
4-Quanto a Estrutura:
-Abstrato: Os efeitos do ato perduram no tempo não sendo extintos após o cumprimento
-Concreto: O cumprimento do ato extingue os efeitos
5-Quanto ao Efeito:
-Ampliativo : Amplia os direitos
-Restritivo: Restringe os direitos
6-Quanto ao Alcance:
-Interno: o ato produz efeito dentro da administração pública
-Externo: Alcança os administrados externos da administração pública
7-Quanto ao conteúdo:
-Atos Constitutivos: Criam novas relações jurídicas
-Atos Extintivos: Extinguem relações jurídicas
-Atos Alienativos: Atos que realizam a transferência de obrigações
-Atos Enunciativos / Declarativos: Tem a função de declarar fatos
-Atos Abdicativos: São atos de renuncia de um direito
Espécie de atos administrativos
-Atos normativos: Atos que executam as leis, auxiliando a execução de uma lei, por este motivo possui as mesmas características dela (Geral, impessoal e abstrata)
-Atos Ordinatórios: Ato utilizado para ordenar e disciplinar os órgãos e servidores públicos, tem finalidade interna.
-Atos Negociais: Atos que realizam a pertinência entre o interesse público e interesse privado.
Permissão: Ato precário porém se possuir prazo determinado e for cancelado antes cabe indenização
Autorização: Ato Precário sem prazo determinado, não cabe indenização.
Obs: atos precários podem ser revogados a qualquer momento. Concessões não são atos negociais pois são contratos, portanto são bilaterais.
-Atos Enunciativos: Declaram um fato
-Atos Punitivos: Estabelecem Punições, sancionam determinada conduta.
Extinção dos efeitos dos Atos Administrativos
-Tempo: Se o ato tem prazo determinado, findado ele os efeitos são extintos
-Perda do Objeto: Se o objeto do ato foi extinto, extingue-se com ele o ato também.
-Sujeito: o desaparecimento do sujeito ocasiona a extinção dos atos administrativos
-Revogação: realizada pela função administrativa quando o ato não for mais conveniente e oportuno e tem efeitos ex nunc. Só podem ser revogados atos discricionários.
-Anulação (ou invalidação): ato ilegal, quando foge aos pressupostos de validade, pode ser declarado nulo pela Função Administrativa (auto-tutela) ou pela Função Judicante na omissão da F.A. Seu efeito é ex tunc, perdendo os efeitos e retroagindo. Todos os atos, tanto os vinculados quanto os discricionários são passiveis de nulidade.
-Cumprimento: assim que cumprido, exingue-se o ato
-Renuncia: quando o beneficiado de um direito reconhecido por ato administrativo renuncia este direito.
Teoria da convalidação dos efeitos do ato – Ato anulável (Corrente majoritária)
Alguns doutrinadoresentendem que uma vez que o ato não cumpre os pressupostos de validade ele se torna nulo automaticamente, porém na prática é adotada a corrente majoritária que diz que um ato inválido não é nulo, e sim anulável. Ou seja, pode-se convalidar o atos anuláveis sanando seus vícios de validade quando possível, assim buscando-se satisfazer o interesse público primário.

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