Buscar

Slides Economia I - UNIDADE IV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 42 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
Profº. Me. Laércio Cerqueira
Apresentação adaptada de Vasconcellos e Garcia (2008) & Vasconcellos (2011)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
2013.2
UNIDADE IV – INTRODUÇÃO A MACROECONOMIA
2
Fundamentos de Teoria e
Política Macroeconômica
Introdução
Metas de Política Macroeconômica
Estrutura da Análise Macroeconômica
Instrumentos de Política Macroeconômica
3
Definição: trata da evolução da economia como um todo, analisando
a determinação e o comportamento dos agregados econômicos. Os 
principais agregados são:
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
• Renda
• Emprego
• Produto Nacional
• Desemprego
• Investimento
• Estoque de Moeda
• Poupança
• Taxa de Juros
• Consumo
• Balanço de Pagamentos
• Nível Geral de Preços
• Taxa de Câmbio
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre 
estes. 
4
Teoria macroeconômica trata de questões de curto prazo, como por
exemplo:
• Desemprego e estabilização do nível geral de preços
Teoria do desenvolvimento econômico cuida de questões de longo
prazo, como:
• Progresso tecnológico e política industrial
Teoria e Política Macroeconômica: Introdução
5
1. Crescimento econômico sustentável (PIB)
- aumento do bem estar material
- aumento do nível de emprego
As políticas esconômicas procuram estimular o crescimento da
capacidade produtiva da economia, ou seja, o aumento da quantidade
de bens e serviços ofertados.
Importante:
CrescimentoCrescimento EconômicoEconômico ¹¹ DesenvolvimentoDesenvolvimento EconômicoEconômico
Crescimento econômico: crescimento da renda nacional
Desenvolvimento econômico: inclui melhoria nos indicadores sociais (pobreza, 
desemprego, meio ambiente, moradia etc.)
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica
6
2. Estabilidade do nível geral de preços (controle da inflação)
- inflação controlada não significa inflação zero;
- inflação alta acarreta distorções, principalmente, sobre as 
classes baixas e sobre as expectativas.
Tipos de inflação:
• demanda
• custos
• inercial
Inflação: aumento contínuo e generalizado do nível geral de preços.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica
7
3. Equilíbrio Externo
Déficit externo mais forte, implica em perda de reservas, o que pode 
levar a uma moratória;
Superávit externo mais prolongado, o governo deve emitir moeda 
gerando inflação ou expansão da dívida interna (Risco).
4. Distribuição Eqüitativa de Renda
- política de longo prazo;
- aumento do poder de compra das classes mais baixas;
- desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica
8
Os objetivos de política macroeconômica não são independentes, 
podendo ser conflitantes.
Crescimento
Econômico
e
Distribuição
de renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda dos pobres, sem 
reduzir a dos ricos (abranda 
conflitos sociais).
Em países 
subdesenvolvidos
(conflitante)
Aumenta-se a parte dos lucros e da 
poupança dos mais ricos na renda 
nacional (Teoria do Bolo).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
9
Metas de 
Redução de
Emprego
e
Estabilidade 
de 
Preços
Com aumento
de compras
Reduz-se o desemprego.
Aproximando do pleno emprego,
os recursos tendem a escassear,
provocando um aumento dos
custos de produção. Podendo
aumentar a inflação (exceto, 
quando estiver ocorrendo um 
significativo aumento de 
produtividade).
Teoria e Política Macroeconômica: Metas de Política 
Macroeconômica (Inter-relações e conflitos entre objetivos)
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto à ênfase a ser 
dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta diferentes grupos na sociedade 
de diferentes maneiras, e qualquer escolha estará sujeita à objeção política pelos 
representantes dos grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
10
Parte Real 
da Economia 
Parte Monetária
da economia
Mercado de Bens e Serviços
Mercado de Trabalho
Mercado Financeiro
(monetário e títulos)
Mercado de Divisas
Produto Nacional
Nível Geral de Preços
Nível de Emprego
Salários Nominais
Mercados Mercados Var. DeterminadasVar. Determinadas
Taxa de Juros
Estoque de Moeda
Taxa de Câmbio
Teoria e Política Macroeconômica: Estrutura da Análise 
Macroeconômica
O governo deve atuar em duas frentes: i) na capacidade produtiva (Produção 
Agregada) e ii) nas despesas planejadas (Demanda Agregada) permitindo à
economia operar a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e distribuição justa 
de renda.
11
• Política Fiscal: decisões sobre a arrecadação e os gastos do 
governo;
• Política Monetária: decisões sobre o volume de moeda na 
economia, a taxa de juros e o crédito;
• Política Cambial e Comercial: combate a inflação x equilíbrio 
externo, saldo do BP equilibrado;
• Política de Rendas: interferências na formação de Preços e 
Salários, desenvolvimento econômico.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica
12
Instrumentos
disponíveis
Arrecadação de
tributos (política 
tributária)
Inibe Consumo 
e Investimento
AntiAnti--
inflacioninflacionáárias rias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior Maior 
CrescimentoCrescimento
Diminuição 
dos gastos
Aumento da
carga tributária
Aumento 
dos gastos
Diminuição da
carga tributária
RESULTADO
Melhor Melhor DistDist..
de Renda de Renda 
Impostos
progressivos
Gastos em
setores/ regiões
mais atrasados
Benefício a
grupos menos 
favorecidos
Controle de 
suas despesas
(política de gastos)
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Fiscal)
13
É a atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e 
das tx. de juros. É uma política de curto prazo com o objetivo de 
estabilizar o nível geral de preços.
Os instrumentos:
• Emissões de moeda
• Reservas compulsórias (% sobre depósitos à vista dos bancos
comerciais junto ao Banco Central)
• Open market (compra/venda de títulos públicos)
• Redescontos (empréstimo do Bacen aos bancos comerciais)
• Regulamentação sobre crédito e tx. de juros.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Monetária)
14
Instrumentos
disponíveis
Inibe Consumo 
e Investimento
AntiAnti--
inflacioninflacionáárias rias 
Estimula consumo 
e Investimento
Maior Maior 
CrescimentoCrescimento
Diminuir 
(Enxugar)
Aumento da tx.
Aumento 
do estoque
Diminuição da tx.
RESULTADO
Melhor Melhor DistDist..
de Renda de Renda 
Solução mais 
complexa
Estoque 
monetário
Reservas 
compulsórias
Open Market Venda de
títulos
Compra 
de títulos
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Monetária)
15
Política que atua sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da 
economia.
Política Cambial Taxa de Câmbio (Fixo, flutuante etc.)
Controle do Governo
Política Comercial
Instrumentos de incentivo às exportações
e/ou estímulo/desestímulo às importações,
sejam fiscais, creditícios, seja estabeleci-
mento de cotas etc.
Teoria e Política Macroeconômica: Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política Cambial e Comercial)
16
Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combate a inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
Teoria e Política Macroeconômica:Instrumentos de 
Política Macroeconômica (Política de Rendas)
17
Definição: a taxa de juros representa o valor do dinheiro no tempo. É
uma taxa de rentabilidade para os aplicadores, e o custo do empréstimo, 
para os tomadores. O BC, devido ao seu monopólio de emissão de 
moeda, influencia de maneira decisiva a taxa de juros.
Uma taxa de juros alta, gera como conseqüências:
i. Sobe o custo para os tomadores de fundos;
ii. Aumenta o custo de oportunidade em estocar mercadorias dada a 
atratividade de aplicar no mercado financeiro;
iii. Incentiva o ingresso de recursos de outros países;
iv. Freia a atividade econômica, ao desestimular o consumo e o investimento, 
estimulando a especulação no mercado financeiro;
v. Aumenta o custo da dívida pública interna.
TÓPICOS ESPECIAIS
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
18
Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real: Paridade de Fisher
O equilíbrio do mercado monetário ilustrado nos gráficos anteriores refere-se à taxa de 
juros nominal, resultando entre uma demanda e uma oferta nominal de moeda. Entretanto, 
em diversas situações é preciso estabelecer a taxa real de juros. Esta é obtida descontando-
se da taxa nominal a inflação do período. Assim, a equação de Fisher apresenta uma 
relação entre a taxa nominal de juros (i), a taxa de juros real (r) e a inflação esperada (pe):
Essa relação permite esclarecer o mecanismo de transmissão da política monetária: à
Juros nominais à dadas as expectativas de inflação à Juros reais à efeitos sobre 
consumo e investimento à efeitos sobre demanda agregada à Preços
O Lado Monetário: Política Monetária (Taxa de Juros)
( ) ( )( )
1
1
1
i
r
p
+
+ =
+
19
Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível 
geral de preços.
Custos gerados pela inflação:
• a distribuição de renda (concetração de renda);
• o Balanço de Pagamentos (desequilíbrio interno e externo);
• as expectativas (perda das expectativas);
• o mercado de capitais (desestímulo a aplicação);
• ilusão monetária: ocorre principalmente quando a inflação é alta 
e estável, levando os agentes econômicos a tomarem decisões 
equivocadas.
TÓPICOS ESPECIAIS
Inflação
20
DistribuiDistribuiçção de Rendaão de Renda
• Os que mais perdem são os trabalhadores de baixa renda (não mantêm 
aplicação financeira , pois tudo que ganham, gastam na subsistência).
• Os empresários, que conseguem repassar os aumentos de custos provocados 
pela inflação, garantem os lucros.
• O governo ganha via correção de impostos e tarifas públicas.
BalanBalançço de Pagamentoso de Pagamentos
• Elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de preços 
internacionais, encarecem o produto nacional relativamente ao produzido no 
exterior. Assim, provocam o estímulo às importações e desestímulo às 
exportações, diminuindo o saldo da balança comercial. 
Inflação: Distorções
21
Inflação: Tipos de inflação
I.I. InflaInflaççãoão de de DemandaDemanda: excesso de demanda agregada em relação à
produção disponível. Ocorre principalmente quando a economia estiver em 
pleno emprego. Abaixo do pleno emprego, um aumento na produção de bens 
e serviços, pela maior utilização de recursos antes desempregados, não, 
necessariamente, ocorrerá aumento generalizado de preços.
Nível Geral
de Preços
Y1Y0
DA0
DA1
OA
Y
P1
P0
A curto prazo, a demanda agregada 
é mais sensível à alterações de 
política econômica que a oferta 
agregada (longo prazo). Assim, a 
política preconizada para combatela
seria a que provocasse redução 
desta procura por bens e serviços. 
s
cpM C DA OA P­ Þ­ Þ­ Þ Þ­
22
Inflação: Tipos de inflação
II.II. InflaInflaççãoão de de CustosCustos: inflação de OFERTA. O nível de demanda permanece 
o mesmo, mas os custos de certos insumos aumentam e são repassados aos
preços dos produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio 
(de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima da elevação 
dos custos de produção.
Também pode se causada por aumentos 
autônomos nos preços de matérias-
primas básicas, os chamados choques 
de matérias-primas (crise do petróleo, 
choques agrícolas). Política adotada: 
Controle direto de preços (via política 
salarial rígida, fiscalização sobre os 
lucros dos oligopólios, controle de 
preços dos produtos). 
Custos de produçãoinsumos finalP P­ Þ­ Þ­
Nível Geral
de Preços
Y0
OA0DA
Y
P1
P0
OA1
Y1
23
Inflação: Tipos de inflação
III.III. InflaInflaççãoão de de InercialInercial: provoca a perpetuação das taxas de inflação anteriores, 
que são sempre repassados aos preços correntes. 
IV.IV. InflaInflaççãoão de de ExpectativasExpectativas:: estaria associada aos aumentos de preços 
provocados pelas expectativas dos agentes de que a inflação futura tende a
crescer, e eles procuram resguardar suas margens de lucro.
V.V. HiperinflaHiperinflaççãoão:: os fatores que levam a uma hiperinflação são:
• Crise orçamentária;
• Governo não consegue se financiar via emissão de títulos;
• Neste caso o governo começa a se financiar via emissão de moedas.
Como acabar com uma hiperinflação?
• Fazer ajuste fiscal;
• Regras que acabem com a monetização do déficit;
• Reforma monetária;
• Âncora cambial
• Independência do BC (fim da monetização do déficit).
24
Sistema de Metas de Inflação (“Inflation Target”)
• “Bandas” fixadas para a inflação futura, controladas pela política 
monetária, principalmente a partir da taxa de juros (SELIC);
• IT atinge diretamente o objetivo de longo prazo da política 
monetária: transparência e também, consistente com visão 
moderna das limitações da política monetária (demanda por 
moeda é instável, assim como a relação entre moeda e inflação);
• Elege objetivo de estabilidade de preços como prioritário e impõe 
a avaliação de impactos a longo prazo de ações a curto prazo
Núcleo da Inflação (“Core Inflation”)
• Índice de preços que expurga variações associadas aos choques de 
oferta, que não representem pressões persistentes sobre os preços
Inflação: Política Monetária e Inflação
25
O que leva os países a comercializarem entre si ?
Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817; 
sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é
relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).
Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das 
estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos 
negociados.
Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin):
postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas 
pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção.
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
26
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da 
moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da 
moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu 
preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil: U$ 1,00 = R$ 2,30
Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,44
Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de 
câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 2,30 Þ U$ 1,00 = R$ 2,50 à Desvalorização
Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais 
externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais 
externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros, 
etc.).
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
27
Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:
• Maior previsibilidade aosagentes do mercado.
• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil 
para controle da inflação.
Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de 
divisas (oferta e de demanda):
• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com 
intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura 
mantê-la em níveis relativamente estáveis;
• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites
fixados pelo Banco Central.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
28
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Câmbio Flutuante
(Flexível)
· BC fixa a taxa de câmbio; · O mercado determina a taxa de câmbio;
· BC é obrigado a disponibilizar
reservas cambiais.
· BC nãoé obrigado a disponibilizar reservas
cambiais.
· Maior controle da inflação (custo
das importações).
· Política monetária mais independente do
câmbio.
· Reservas cambiais mais protegidas de
ataques especulativos.
· Reservas cambiais vulneráveis a
ataques especulativos;
· Ataxa decâmbio ficamuito dependente da
volatilidade do mercado financeiro nacional e
internacional;
· A política monetária (taxa de
juros) fica dependente do volume de
reservas cambiais.
· Maior dificuldade de controle daspressões
inflacionárias, devido às desvalorizações
cambiais.
Desvantagens
Câmbio Fixo
Características
Vantagens
29
Valorização (apreciação)
Taxa de câmbio cai
(moeda nacional mais forte) 
Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando 
a concorrência com os nacionais (âncora cambial).
Pressão pela queda dos preços internos
(Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição)
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio 
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
+ Política de Abertura Comercial
(liberação de Importação)
Custos:
• Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto). 
• Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 
30
Desvalorização(depreciação)
Taxa de câmbio sobe
(moeda nacional mais fraca) 
Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva 
um certo tempo p/ essa resposta)
Pressão sobre os custos de produção
(Aumento no custo das Importações,
incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. )
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio 
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
Custos:
• Aumento do nível geral de preços – inflainflaççãoão de de custoscustos ((passpass--throughthrough))
31
As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois 
preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de 
câmbio real.
• Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país 
pela moeda de outro país;
• Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um 
país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens 
domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o 
preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta 
brasileira.
ØA taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um 
país exporta e importa. 
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
*Tx de Câmbio Nominal*Preço ExternoTx de Câmbio Real
Preço Interno
ePR
P
= = =
32
Exemplo:
Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00
Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00
e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00
R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8
ConclusãoConclusão: : o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro.
Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00 Þ R = 1,0
Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a 
ter o mesmo preço que o brasileiro.
O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua
e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil.
D% R = D% e + D% P* - D% P
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
33
A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e 
mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio. 
• é baseada no princípio chamado de lei do preço único;
• de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo 
preço em todos os países, quando medido na mesma moeda. 
• se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto 
do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar.
A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve 
refletir os diferentes níveis de preços destes países. 
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade de Poder de Compra – PPP)
34
Seja:
i = taxa de juros doméstica no período de aplicação
ß
Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se 
(1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação
ß
i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação
e = taxa nominal de câmbio
ß
Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira
ß
Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira
ß
Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira
ß
Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior em 
unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
35
Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será ee ao final do período de aplicação, o 
rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativo financeiro 
estrangeiro é:
(1/e) (1 + i* ) ee
ß
Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta 
apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa 
de câmbio durante o período de aplicação
ß
Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que 
apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo 
financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa
esperada de retorno:
(1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) ee
ß
i @ i* + ee – e
e
(ee – e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
36
Conclusão:
A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros 
estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica. 
Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os 
custos e riscos envolvidos
Exemplo:
i = 5,8%, i* =3,9% Þ 5,8 @ 3,9 + ee Þ ee @ 1,9%
• e > ee Þ deve-se comprar o ativo estrangeiro
Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de 
moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá
proporcionalmente mais em termos da moeda local.
• e < ee Þ deve-se comprar o ativo doméstico
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
37
Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa
Tendência de aumento do fluxo de capitais 
financeiros internacionais para o país
Aumentando a oferta de divisas (dólar)
Promovendo uma queda na taxa de
Câmbio (valorização da moeda nacional)
Paralelamente, os 
nacionais ficam 
atraídos a investir no 
mercado interno de 
capitais, diminuindo 
a saída de divisas do 
país e, assim, a 
demanda de divisas.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
38
Exportações:
onde:
P* = preços externos (denossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
Yw= Renda Mundial 
Sub = Subsídios e incentivos às exportações
Importações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
Yw = Renda Nacional
Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm )
O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e 
Exportações Agregadas
*, , , ,iX f P P e Yw Sub
-+ + + +æ ö
= ç ÷
è ø
*, , , ,i mM f P P e Y T
+- - + -æ ö
= ç ÷
è ø
39
Política Cambial
• Regime de taxas fixas de câmbio
• Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)
• Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar)
Política Comercial
• Alterações das Tarifas sobre Importações:
üSubstituição de Importações: imposto sobre importações maiores;
üAbertura comercial ou liberalização das importações: imposto
sobre importações menores);
• Regulamentação do Comércio Exterior
üEntraves burocráticos
üBarreiras qualitativas
O Setor Externo: Políticas Externas
40
Vantagens:
• Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de 
déficits em transações correntes;
• No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional: 
ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do 
Plano Real (âncora cambial).
Desvantagens:
• Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras 
internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90;
• Taxas de câmbio e juros mais instáveis;
• Efeito contágio
• Conspira contra a globalização produtiva
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
41
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: 
micro e macro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. & GARCIA, Manuel 
E. Fundamentos de economia.
3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
REFERÊNCIAS
42

Outros materiais