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Resumo de Hermenêutica Jurídica

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Resumo de Hermenêutica Jurídica 
 
HERMENÊUTICA É: - “Conjunto de técnicas intelectivas voltadas para o processo de 
determinação de significados de um dado objeto”. 
 
HERMENÊUTICA JURÍDICA: “O setor específico da Ciência do Direito destinado a organizar 
princípios e regras que viabilizam uma adequada interpretação do Direito, identificando a 
existência ou não de lacunas, obscuridades e antinomias, dando racionalidade ao sentido e 
alcance das expressões do direito”. 
 
DUPLA PERSPECTIVA DA HERMENÊUTICA JURÍDICA 
DESCRITIVA: privilegia a explicação do que é interpretar e desenvolve uma ontologia da 
interpretação. Sua finalidade é esclarecer a estrutura e o funcionamento do discurso 
interpretativo. (utiliza a decisão de um juiz injusto e descreve o caminho que ele percorreu) 
PRESCRITIVA: privilegia a orientação dos intérpretes desenvolvendo uma metodologia da 
interpretação. Seu objetivo é estabelecer bases sólidas para compreendermos o sentido da 
atividade interpretativa e os modos pelos quais construímos a realidade a partir de nossas 
percepções. (Recomenda algo para solucionar o problema.) 
 
A CENTRALIDADE DA INTERPRETAÇÃO NO DISCURSO JURÍDICO 
I - DISCURSO PRÁTICO-JURÍDICO: a interpretação torna-se presente para determinar os 
significados dos textos legais. II - DISCURSO TEÓRICO-JURÍDICO: utiliza a interpretação 
doutrinária com freqüência para sistematizar o direito em vigor e para construir conceitos 
jurídicos. III - DISCURSO LEGISLATIVO: a interpretação quando o legislador deve verificar o 
significado de um texto legal já existente em compatibilidade com o texto a ser promulgado. 
 
O QUE É DIREITO? - KELSEN: DIREITO É NORMA ( se A é, B deve ser). Só as normas 
constituem objeto do conhecimento jurídica. - COSSIO: DIREITO É CONDUTA NORMADA: O 
Direito, como objeto, é conduta em interferência intersubjetiva; é um ser cultural, real, tem valor(+ 
e-), cuja compreensão é atingível mediante o método empírico-dialético. - COHEN ( 
REALISTAS): DIREITO É FATO: O que existe é o fato X e a conseqüência será ditada na 
sentença – a interpretação seria a criação da norma para o caso. MIGUEL – Direito é fato, valor 
e norma. 
 
DIREITO E LINGUAGEM 
A importância da linguagem no direito é fundamental, pois é através do seu uso que se exprime 
o verdadeiro e o falso, o justo e o injusto, o poder e o não poder. Sem o domínio da linguagem, 
o sistema jurídico ficaria a mercê da obscuridade, da incongruência com o real, e a aplicação da 
lei restaria duvidosa, estranha ao fim social a que se destina. 
 
DIREITO + HERMENEUTICA + INTERPRETAÇÃO (FINALIDADE HERMENEUTICA) 
O direito apresenta-se jungido (ligado/unido) à própria hermenêutica, na medida em que a sua 
EXISTÊNCIA, enquanto SIGNIFICAÇÃO, depende da concretização ou da APLICAÇÃO da lei 
em cada CASO JULGADO, que por sua vez depende da interpretação 
 
Obriga o operador jurídico a aplicar regras de interpretação jurídica, visando a adequar e aplicar 
a norma escrita ao objeto do litígio, sempre atento aos elementos concretos e vivos da 
experiência social. 
 
A interpretação da norma jurídica em desconformidade com o bem comum, geram injustiças, 
desigualdade social. 
 
Ao jurista é imprescindível, muito mais que aplicar a lei ao caso concreto, saber interpretá-la de 
modo a alcançar o justo. 
 
É necessário interpretar a lei evitando, sempre que possível, sua rigidez natural e positivismo, 
sem no entanto ir contra ao que nela foi estabelecido, tendo em vista a assegurar o bem comum 
e atenuar as injustiças sociais, evitando, assim, decisões arbitrárias e sem sentido, que além de 
desprestigiar o judiciário, vão contra a natureza do objetivo da lei, qual seja, o prestígio e amparo 
do bem comum. 
 
HERMENEUTICA X INTERPRETAÇÃO 
Hermenêutica trata de regras sobre regras jurídicas, de seu alcance, sua validade, investigando 
sua origem, seu desenvolvimento etc. A interpretação tem caráter concreto, seguindo uma via 
preestabelecida, em caráter abstrato, pela hermenêutica. 
 
Enquanto a hermenêutica é o processo do qual se utiliza o intérprete para elaborar seu 
convencimento (sendo, portanto, a teoria científica dos princípios reguladores da interpretação); 
a atividade interpretativa, por sua vez, é a fórmula encontrada para capturar o significado de uma 
norma através da utilização de métodos hermenêuticos. 
 
Enquanto a hermenêutica é o processo do qual se utiliza o intérprete para elaborar seu 
convencimento (sendo, portanto, a teoria científica dos princípios reguladores da interpretação); 
a atividade interpretativa, por sua vez, é a fórmula encontrada para capturar o significado de uma 
norma através da utilização de métodos hermenêuticos. 
 
HERMENÊUTICA - É ciência; Atividade ulterior a aplicação; Existem independente de seu uso; 
Caráter teórico-jurídico ou abstrato; Processos aplicáveis para determinar o sentido e o alcance 
das e expressões do Direito; Refletir e criar as formas pelas quais serão feitas as interpretações 
 
INTERPRETAÇÃO - É uma arte – operação; É pragmática – necessita do caso concreto; 
Aplicação ao caso concreto de enunciados já estabelecidos; Explicar, esclarece, dar o verdadeiro 
significado do vocábulo; Extrair da norma tudo o que nela se contém; Revelar o seu sentido 
apropriado para a vida real. 
 
INTERPRETAR PARA CHEGAR A UM RESULTADO, CONSIDERA: A relação dos aspectos 
sociológicos com os aspectos jurídicos; O contexto histórico-social do processo interpretativo; 
Revigoramento das questões de ordem técnica; O Direito como sistema normativo e regulador. 
 
VONTADE DA LEI X VONTADE DO LEGISLADOR 
À medida que a lei se afasta de sua finalidade original, que pode, muitas vezes, não ser a 
finalidade desejada pelo legislador, ela perde seu compromisso com o bem comum e, 
naturalmente, deixa de beneficiar a todos para beneficiar alguns. 
 
Tanto a criação da lei como a sua aplicação devem visar ao bem comum. Se assim não for, a lei 
não estará cumprindo a sua finalidade. 
 
TEXTO E NORMA 
Norma é o sentido do texto, aquilo que se diz sobre ele. A norma é produto da interpretação do 
texto a norma é o que se extrai do texto por meio da interpretação. Entre texto e norma não há 
um afastamento a autorizar decisionismos injustificáveis nem coincidência a determinar 
indelevelmente o sentido do texto. 
 
HERMENÊUTICA COMO CIÊNCIA 
Pode ser considerado como ciência por ser abstrata e ter um objeto própria de estudo que é 
obter o sentido claro do texto, uma interpretação que chegue o mais próximo possível da 
finalidade do texto, além disso ela dispões de métodos e técnicas próprias a seu estudo. 
 
DIFERENÇA ENTRE HERMENEUTICA LITERÁRIA E BIBLICA. 
A HERMENÊUTICA BÍBLICA -, busca compreensão dos textos ditos sagrados ou religiosos 
para extrair do processo de interpretação um conjunto de idéias que se considera latentes, em 
meio às revelações divinas, ainda que talvez não possa ser desvendado pela pobre razão 
humana, incompreendidas pela leitura linear do texto. HERMENÊUTICA LITERÁRIA cria um 
diálogo constante entre crítica e obra de modo a compor um caminho projetivo em que aspectos 
da obra sejam interpretados num sentido amplo que englobe fundamentação histórica e 
filosófica. 
 
HISTORIA HERMENEUTICA E ESCOLAS 
A hermenêutica surge com influencia da igreja católica 
 
ANTIGUIDADE - A Hermenêutica alcançou um considerável interesse prático ( Interpretação 
dos mitos); manter a autoridade dos poetas gregos com a justificação racional do mundo; A 
Alegoria(Hypanoia) é a técnica escolhida para entrever no mito a verdade racional que o 
pensamento expressa. 
 
A PATRÍSTICA - Escola de interpretação alegórica que dominou a Igrejanos séculos inicias do 
cristianismo, buscava justificar o antigo testamento como um documento cristão. CLEMENTE DE 
ALEXANDRIA (150 – 215), acreditava que as Escrituras Sagradas ocultavam seu verdadeiro 
significado afim de que fôssemos inquisidores, e também porque não é bom que todos a 
entendam. ORÍGENES, seguidor de Clemente. Defendia alegoria. A Escritura possui os três 
sentidos – literal, moral e Alegórico ou místico. AGOSTINHO afirmava que apenas as 
passagens obscuras requeriam um esforço interpretativo 
 
O ESPIRÍTO DA REFORMA - abandonou o sentido quádruplo da Escritura ( histórico, 
anagógico, etiológico e alegórico), substituindo-o pelo princípio de que a Escritura tem apenas 
um sentido.LUTERO rejeitou o método alegórico, chamando-o de “sujeira. Aderia a 
compreensão literal do texto para a interpretação, não descuidando, o intérprete, das condições 
históricas, da gramática e do contexto. 
 
O SENTIDO DA HERMENÊUTICA CRISTÃ 
● O sentido literal - a significação primeira das palavras; O sentido alegórico - os textos 
sagrados dizem uma coisa diferente da que dizem à primeira vista; O sentido tropológico, ou 
moral, - a Bíblia é escolhida como livro de vida, quer dizer, orientado para a conversão do 
coração; O sentido anagógico, ou místico, que reenvia para o movimento da alma em direção 
à transcendência, para o além, e a inscreve no horizonte da salvação, que constitui as raízes da 
doutrina cristã. 
 
AS ESCOLAS DA INTERPRETAÇÃO DO DIREITO 
São correntes de pensamento que surgiram no século XIX, em virtude do surgimento das 
grandes codificações, procurando estabelecer a forma ideal de relacionamento entre a norma e 
seu aplicador. 
 
ESCOLA EXEGESE (também denominada Clássica, Tradicional ou Dogmática Entendeia 
que o Código Napoleão previa todas as situações da vida, acreditava que a interpretação devia 
limitar-se à pesquisa da vontade do legislador, levando-se em conta sua intenção. Seu 
surgimento deveu-se a Revolução Francesa, dedicada a combater o arbítrio judicial. Dessa forma 
contra o Absolutismo Judicial se insurgiram os seus adeptos, proclamando uma total 
subserviência do poder de decidir ao texto da lei. Se a lei é clara, inútil qualquer tentativa de 
interpretação: in claris cessat interpretatio. Sendo a lei incerta, ambígua ou obscura, é mister 
perquirir a vontade, o pensamento do legislador, com o auxílio do elemento lógico. 
 
ADVENTO - Codificação (obtida com o código de Napoleão formando grupo de juristas); 
Mentalidade dos juristas da época.; Princ. Da certeza jurídica e da legalidade (exigência da Rev. 
Francesa, queria-se a vontade da Lei – deve estar estabelecida em Lei p/ que os indivíduos 
tenham direitos; Separação dos poderes (Exec., Leg. e Judiciario); Ideologia política de 
enfraquecer as faculdades de direito (queriam que não existisse interpretação. 
 
CARACTERÍSTICAS: atenção totalmente voltada para a lei; Inversão dos valores tradicionais 
entre direito natural e direito positivo; Concepção rigidamente estatal do direito; A interpretação 
da lei é fundada na intenção do legislador; Apego excessivo às palavras da lei; Ação limitada do 
aplicador do Direito; Supressão da ambigüidade na interpretação da norma; É o primeiro modo 
de elaboração científica de um direito codificado. 
 
ERRO E DECLINIO - Aferrando-se ao pensamento do legislador e à rigidez das palavras, 
desconhecia a natural evolução dos fatos sociais, base do direito, que lhes segue os passos. 
 
ESCOLA HISTÓRICA 
Colocavam a investigação histórica em primeiro plano, negava a antítese letra/lógica. a 
interpretação haveria de ser uma só, desdobrando-se, isto sim, em métodos, entre os quais se 
incluiria o método histórico. A interpretação, consistia na reconstrução do pensamento do 
legislador, expressão da consciência comum do povo. Impunha-se, então, o conhecimento dos 
costumes e dos fatos sociais ligados ao conteúdo da lei, já que o direito, produto da vontade 
nacional, não se poderia considerar originário da razão humana. 
 
CARACTERÍSTICAS - congruência com cientificismo, romantismo, historicismo e nacionalismo; 
Apego ao passado, idelaizando-o, resultando na descrença do futuro; Tentativa de retomar o 
Direito romano.; Oposição à codificação e ao racionalismo exacerbado; liga o Direito 
organicamente com a essência e o caráter de um povo, sendo inerente ao desenvolvimento e 
necessidade de um povo; contrapõe a idéia iluminista de otimismo, na qual o homem com a 
razão pode melhorar a sociedade. A interpretação, para Savigny, consistia na recontrução do 
pensamento do legislador, expressão da consciência comum do povo; Direito não é uma idéia 
da razão, e sim produto da história, variando no tempo e no espaço. 
 
CÂNONES (regras) DA INTERPRETAÇÃO DE SAVIGNY - A interpretação gramatical, literal é 
a porta de entrada para a compreensão; A interpretação sistemática da parte para o todo; A 
interpretação lógica procura a coerência no texto da Lei, fazendo-se a leitura de todo o texto da 
lei: capítulos, artigos, incisos; A interpretação histórica apega-se à história, à tradição para 
elaborar o direito. 
 
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CONFRONTO ALEMÃO - SAVIGNY - Defendia a anticodificação, pois isto conduziria a um 
engessamento e dificultaria o regramento que a dinâmica da vida em sociedade exige.; Defendia 
uma ciência orgânica e progressiva de base histórica comum a toda nação.; O direito legislativo 
deveria ter oferecer suporte aos costumes. – THIBAUT - Defensor da codificação.; Buscava não 
ressuscitar o jusnaturalismo, mas construir sistema do direito positivo.; Critica o Direito germânico 
– insuficiente, obscuro e primitivo. e Direito Canônico – inculto e difícil de ser interpretado; Direito 
Romano – complicado e incerto. 
 
EXEGESE X HISTORICISMO JURÍDICO 
 
EXEGESE - Interpretação gramatical e lingüística da lei; Interpretação da lei fundada na intenção 
do legislador; No caso de lacunas, recorria à vontade do legislador; Culto ao texto da lei; Reduz 
o direito ao formalismo extremo; Seguidores fiéis até os dias de hoje. HISTORICISMO JURÍDICO 
-compreensão do Direito como fato social, reconhece a complexidade dinâmica da sociedade 
(toda lei gera um direito subjetivo); O Direito não é uma idéia da razão, mas sim um produto da 
história; Amor pelo passado; A lei primeiramente desenvolve-se por costumes e em seguida, 
pela jurisprudência, e não pela vontade arbitrária de um legislador. Quebra a crença do Direito 
natural. 
 
JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES 
Concebe o direito como um processo de tutela de interesses: as normas como resultantes dos 
interesses de ordem material, nacional, religiosa ou ética que, em cada comunidade jurídica se 
contrapõem uns aos outros e lutam pelo seu reconhecimento, enquanto meras soluções 
valoradoras de conflitos de interesses. 
 
ESCOLA DO DIREITO LIVRE 
Competia ao juiz, de acordo com sua habilidade e consciência, procurar e aplicar o direito justo, 
superior à própria lei, especialmente se persistem dúvidas a respeito de seu conteúdo. 
 
METODOS E DOGMATICAS DE INTERPRETAÇÃO 
 
CRITÉRIOS BÁSICOS 
COERÊNCIA (busca do sentido correto): métodos lógico sistemático - CONSENSO (busca do 
sentido funcional): respaldo social. método sociológico e histórico - JUSTIÇA (busca do sentido 
justo): objetivos axiológicos do direito. método teleológico-axiológico 
 
QUANTO A NATUREZA: 
MÉTODO GRAMATICAL - consiste, portanto, em apurar o significado das palavras que formam 
o texto normativo, deixando nítida a linguagem empregada pelo autor da norma. Para tanto, o 
intérprete poderá utilizar a etimologia, a sinonímia, a análise sintática, os elementos semânticos 
e a ortografia como auxiliares na compreensãode cada uma das expressões 
analisadas. MÉTODO LÓGICO – trata-se da lógica contextual. Deve-e entender o texto que se 
quer interpretar a partir do todo onde ele se encontra, verificando o campo de incidência da 
norma. MÉTODO HISTÓRICO - A interpretação remonta ao tempo do projeto normativo: o que 
justificou seu nascimento, quais foram os impulsos da época que levaram à elaboração daquele 
dispositivo. A aplicabilidade do direito toma, como base, as situações históricas de edição da 
norma. MÉTODO SISTEMÁTICO ou Finalista - Os preceitos normativos não podem ser 
avaliados isoladamente, visto carecem de uma percepção harmônica, objetiva e imparcial; de 
modo que o intérprete, ao invés de atentar para regras apartadas, volte-se para o sistema jurídico 
em que estejam incluídas. MÉTODO TELEOLÓGICO - ou finalista apregoa que para se ter o 
real sentido de uma norma é indispensável procurar o seu objetivo; o que, em última análise, 
corresponde à razão de ser daquele enunciado. Clarear o alcance de um dispositivo através da 
sua causa final. MÉTODO SOCIOLÓGICO - considera relevante, para se ter uma perfeita 
interpretação da norma, que sejam observados todos os fatos da sociedade na qual este preceito 
esta inserido 
 
QUANTO AO ALCANCE (RESULTADO) 
 
ESPECIFICADORA OU DECLARATÓRIA – o alcance coincide com o seu enunciado. É aquela 
em que o intérprete se limita a declarar o sentido da norma jurídica interpretada, sem amplia-la 
nem restringi-la. EXTENSIVA – o enunciado é inferior ao alcance e por isso precisa ser ampliado. 
Amplia o sentido e o alcance apresentado pelo que dispõe literalmente o texto da norma 
jurídica.RESTRITIVA – o enunciado é maior do que o alcance, razão pela qual sofre diminuição 
na interpretação. É a que restringe o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da 
norma jurídica. 
 
 PROBLEMAS SINTÁTICOS - Questões léxicas: questões de conexão da palavras nas 
sentenças. Questões lógicas: questões de conexão de uma expressão com outras expressões 
dentro de um contexto. Questões sistemáticas: questões de conexão das sentenças num todo 
orgânico, estrutural, pressupondo a unidade do sistema jurídico. 
 
MEDIANTE TRÊS PROCEDIMENTO: 
ATITUDE FORMAL - se o legislador não distinguir, não cabe ao interprete fazê-lo. ATITUDE 
PRÁTICA: separam os termos na forma de oposições simétricas ou de conjugação. ATITUDE 
DIPLOMÁTICA: inventividade do intérprete, proposta da boa-fé. 
 
 PROBLEMAS SEMÂNTICOS: referem-se aos significados das palavras ou de sentenças 
prescritivas. - Conceitos indeterminados: não é possível precisar o objeto. Ex. perigo iminente 
-Conceitos valorativos: imprecisão quanto aos atributos que o definem, Ex Mulher honesta -
Conceitos discricionários: existe até que o interprete atribua uma relação de meio/fim, ex risco 
grave/leve. 
 
A INTERPRETAÇÃO ASSUME DUAS FORMAS: Controle de ambigüidade por interpretação 
conotativa: pode ser feita de modo que o significado da palavra ou da sentença prescritiva seja 
mais claramente definido por meio de uma descrição formulada em outros termos. Vg. Mulher 
honesta. Controle de vaguidade por interpretação denotativa: decidir com um sim ou não, ou 
talvez, se o conjunto de fatos constitui ou não uma referência que corresponde á palavra ou á 
sentença. ex Depósito 
 
INTEGRAÇÃO - O legislador não consegue prever todas as situações para o presente e para o 
futuro, pois o direito é dinâmico e está em constante movimento. O juiz não pode eximir-se de 
proferir decisão. O art. 4o da LINDB: “Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo 
com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”. 
 
MODOS DE INTEGRAÇÃO DO DIREITO 
 
A) INSTRUMENTOS QUASE-LÓGICOS - São aqueles que exigem alguma forma de 
procedimento analítico. “quase porque não obedecem estritamente ao rigor da lógica formal” 
ANALOGIA, INDUÇÃO AMPLIADORA; INTERPRETAÇÃO EXTENSIVAI 
 
ANALOGIA: Consiste na aplicação a uma hipótese não prevista em lei, de disposição 
estabelecida para casos semelhantes. Fases: 1- Constatação de que o caso em exame não 
tenha sido de nenhum modo previsto pela lei e nem tenha pretendido regular negativamente o 
caso. 2 - verificar semelhança 
 
INDUÇÃO AMPLIFICADORA: sugere um processo mais amplo, não encontrando regra jurídica 
que regulamente caso semelhante, ao julgador se permite extrair filosoficamente (por dedução 
ou indução) o axioma predominantemente de um conjunto de regras ou de um instituto, ou 
disciplinadoras de um instituto semelhante. 
 
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: partimos de uma norma e a estendemos a casos que estão 
compreendidos implicitamente em sua letra ou explicitamente em seu espírito. 
 
B - INSTRUMENTOS INSTITUCIONAIS - São aqueles que buscam apoio na concepção de 
instituição. COSTUMES, EQUIDADE, PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
 
COSTUMES - Dizem os autores que é uma regra jurídica não escrita que provém dos usos 
populares e que é aceita como necessária pelo próprio povo. Distingue-se da lei por não ser 
legislado. 
 
EQUIDADE - adota-se em preceito geral, que são os fins sociais ou exigência do bem comum, 
numa situação que não foi prevista pelo legislador. 
art. 5o da LICC, quando este recomenda ao juiz que atenda, ao aplicar a lei, aos fins sociais 
a que ela se destina, adequando-a às exigências oriundas das mutações sociais, e às 
exigências do bem comum. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: São pressupostos que articulam, ampla e genericamente, 
a ciência do Direito e o ordenamento jurídico, e que servem para orientar racionalmente a 
compreensão do ordenamento, fundamentando o aparecimento de novas normas e a validade 
de outras já existentes.

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