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exercícios resolvidos cathedra Provas Selecionadas Aula 01

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CONTABILIDADE GERAL 
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 
PROF. MORAES JR. 
 
Provas Selecionadas – Aula 01 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 2 
CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS 
Provas Selecionadas 
Prezados Alunos, 
 
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante 
a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-
lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, 
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta 
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. 
Prova 1. Auditor-Fiscal da Receita Federal – 2005 – ESAF 
 
Índice de questões por assunto: 
 
1. Balanço Patrimonial 
2. Dividendos – Método do Custo de Aquisição/Método de Equivalência 
Patrimonial 
3. Demonstração do Resultado do Exercício/Reserva Legal 
4. Operações com Mercadorias 
5. Capital Circulante Líquido 
6. Demonstração do Fluxo de Caixa 
7. Análise das Demonstrações Contábeis 
8. Análise das Demonstrações Contábeis 
9. Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos/Demonstração 
do Resultado do Exercício 
10. Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 
11. Reavaliação de Ativos 
12. Passivo a Descoberto 
13. Juros sobre o Capital Próprio 
14. Contabilidade de Custos 
15. Debêntures 
16. Auditoria – Controles Internos 
17. Origens e Aplicações de Recursos 
18. Operações com Pessoal 
19. Passivo Não Circulante – Receitas Diferidas 
20. Reserva de Lucros a Realizar 
 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 3 
Questões Comentadas e Resolvidas 
 
Enunciado para a resolução das questões 1 a 8. 
Com as informações referentes aos períodos contábeis de 2000/2002 da Cia. 
FIRMAMENTO, fornecidas a seguir: 
 
I. Balanços Patrimoniais de 2000/2001 e o balancete de verificação referente a 
operações, do exercício de 2002, já registradas até 31.12.2002 
 
ATIVOS 2000 2001 Balancete de verificação 
31.12.2002 
 
Disponibilidades 1.500 3.500 31.000 
Duplicatas a Receber 224.000 210.000 257.500 
(-) PDD (2.000) (4.000) (5.000) 
Estoques 25.000 30.000 70.000 
 
Participações Societárias 
Cia. SOL 0 80.000 80.000 
Cia. LUA 0 150.000 150.000 
Cia. ESTRELA 1.500 1.500 1.500 
 
Terrenos 60.000 60.000 180.000 
Veículos 40.000 40.000 40.000 
Edificações 20.000 20.000 20.000 
Obras em andamento 54.000 150.000 
Depreciação Acumulada (10.000) (20.000) (30.000) 
CMV 170.000 
Despesas Administrativas 0 0 70.000 
Devedores Duvidosos 0 0 5.000 
Despesas Financeiras 0 0 40.000 
Depreciação 0 0 10.000 
TOTAL DO ATIVO + DESPESAS 360.000 625.000 1.240.000 
 
Fornecedor 25.000 40.000 56.000 
Contas a Pagar 15.000 22.000 80.000 
Impostos, Contribuição e 
Participação a Pagar 11.000 26.000 0 
Dividendos a Pagar 25.000 35.000 0 
Empréstimos e Financiamentos 40.000 60.000 200.000 
Capital 200.000 400.000 430.000 
Reserva Legal 4.000 12.000 12.000 
Reservas de Lucros 30.000 10.000 0 
Lucros/Prejuízos Acumulados 10.000 20.000 0 
Vendas 0 0 460.000 
Reversão de PDD 0 0 2.000 
TOTAL DO PASSIVO + 
+PAT. LÍQUIDO+Receitas 360.000 625.000 1.240.000 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 4 
II. A empresa provisiona, ao final do exercício, o valor de 86.100, que corres-
ponde a 30% do lucro contábil, para o pagamento dos Impostos, contribuições 
e participações incidentes sobre o lucro apurado. Distribui ainda dividendos à 
base de 20% do total dos lucros líquidos, destinando ainda parte desses lucros 
à base de 5% para Reserva Legal e de 20% para Reservas de Lucros. 
 
III. Nos exercícios de 2000 e 2001, a empresa registrou Custos de Mercadorias 
Vendidas no valor de 120.000 e 145.000, respectivamente. 
 
IV. A conta Empréstimos e Financiamentos refere-se a uma operação financei-
ra realizada em dezembro de 2000, vencível em 10 anos, com carência de 5 
anos e juros de 0,5% pagos no final de cada mês. 
 
V. Dados sobre as Participações Societárias: 
 
Dados dos 
Investimentos 
em Participa-
ções Societá-
rias 
% De Parti-
cipação 
Informações sobre as Investidas 
 
PL Final 
em 
31.12.20x1 
 
Total PL ajusta-
do em 
31.12.20x2 an-
tes da distribui-
ção dos divi-
dendos e da 
reavaliação de 
ativos pelas in-
vestidas 
Reavaliação 
de Ativos 
efetuados 
por 
investidas 
em 
21.12.20x2 
Dividendos 
distribuídos 
ao final 
de 2002 
Cia. SOL 40% das 
ações 
ordinárias 
200.000 370.000 100.000 20.000 
 
Cia. LUA 80% do ca-
pital total 
187.500 287.500 0 30.000 
 
Cia.ESTRELA 2% das a-
ções 
preferenciais 
75.000 300.000 50.000 100.000 
 
 
Observação: Em 31.12.2002 ocorreu na Cia. SOL uma integralização de Capital 
em dinheiro 75.000. 
 
1. Observando os valores inscritos no Patrimônio Líquido, é verdadeiro afirmar 
que, 
 
(a) em 2000, a participação do capital próprio na composição das fontes de 
recursos é de 68%. 
(b) nos exercícios de 2000 e 2001, não foram utilizados saldos de reservas pa-
ra aumentar capital. 
(c) no exercício de 2001, a empresa deu prejuízo e não efetuou a distribuição 
do lucro. 
(d) em 2001, os sócios integralizaram o Capital Social com subscrição de ações 
no valor de 80.000. 
(e) em 2002 a empresa aumentou seu capital com subscrição de sócios. 
Resolução 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 5 
 
Capital Próprio = Patrimônio Líquido. 
Fontes de Recursos = Passivo Total. 
 
Passivo Circulante: corresponde às obrigações da companhia, inclusive 
financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, 
quando vencerem no exercício seguinte. 
 
Passivo Não Circulante: corresponde às obrigações que tiverem vencimen-
to após o término do exercício seguinte e às receitas diferidas. 
 
I – Balanço Patrimonial em 2000: 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Disponibilidades 1.500 Fornecedor 25.000 
Duplicatas a Receber 224.000 Contas a Pagar 15.000 
(-) PDD (2.000) Imp., Cont. e Part. a Pagar 11.000 
Estoques 25.000 Dividendos a Pagar 25.000 
 248.500 76.000 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Participação Societária Empréstimos e Financiamentos (*1) 40.000 
 Cia. Estrela 1.500 40.000 
Terrenos 60.000 
Veículos 40.000 Patrimônio Líquido 
Edificações 20.000 Capital 200.000 
Depreciação Acumulada(10.000) Reserva Legal 4.000 
 Reserva de Lucros 30.000 
 111.500 Lucros/Prejuízos Acumulados 10.000 
 244.000Total do Ativo 360.000 Total do Passivo 360.000 
(*1) A conta Empréstimos e Financiamentos é classificada no Passivo Não Cir-
culante, conforme observação IV: A conta Empréstimos e Financiamentos refe-
re-se a uma operação financeira realizada em dezembro de 2000, vencível em 
10 anos, com carência de 5 anos e juros de 0,5% pagos no final de cada mês. 
 
II – Cálculo da relação Patrimônio Líquido/Passivo Total em 2000 
 
Patrimônio Líquido/Passivo Total (2000) = 244.000/360.000 = 0,677 
Patrimônio Líquido/Passivo Total (2000) ≈ 68% 
 
(a) em 2000, a participação do capital próprio na composição das fon-
tes de recursos é de 68%. – A alternativa é VERDADEIRA. 
 
 
 
III – Balanço Patrimonial em 2001 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 6 
Ativo Passivo 
 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Disponibilidades 3.500 Fornecedor 40.000 
Duplicatas a Receber 210.000 Contas a Pagar 22.000 
(-) PDD (4.000) Imp., Cont. e Part. a Pagar 26.000 
Estoques 30.000 Dividendos a Pagar 35.000 
239.500 Empréstimos e Financ. (*2) 20.000
 
 143.000 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Participação Societária Empréstimos e Financiamentos (*1) 40.000 
 Cia Sol 80.000 40.000 
 Cia Lua 150.000 
Cia. Estrela 1.500 Patrimônio Líquido 
 
Terrenos 60.000 Capital 400.000 
Veículos 40.000 Reserva Legal 12.000 
Edificações 20.000 Reserva de Lucros 10.000
 
Obras em Andamento 54.000 Lucros/Prejuízos Acumulados 20.000 
Depreciação Acumulada(20.000) 442.000
 
 385.500 
 
Total do Ativo 625.000 Total do Passivo 625.000 
 
(*2) Dos 60.000 da conta Empréstimos e Financiamentos, 20.000 são de curto 
prazo – passivo circulante e 40.000 de longo prazo – passivo não circulante 
(vide (*1)). 
 
IV – Análise das demais alternativas 
 
(b) nos exercícios de 2000 e 2001, não foram utilizados saldos de reservas pa-
ra aumentar capital. 
 
Em 2000, não há como especificar que houve aumento de capital, visto 
que, o balanço de 1999 não é conhecido. 
 
Em 2001, o Capital Social sofreu um aumento em relação a 2000, no va-
lor de 200.000, entretanto, não foram utilizados os saldos das reservas 
para o aumento do capital, pois, apenas a Reserva de Lucros reduziu de 
30.000 para 10.000. 
A alternativa é FALSA. 
 
 
 
(c) no exercício de 2001, a empresa deu prejuízo e não efetuou a distribuição 
do lucro. 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 7 
No exercício de 2001 a conta Lucros/Prejuízos Acumulados aumentou em 
relação a 2000, no valor de 10.000 (o saldo da conta Lucros/Prejuízos 
Acumulados era 10.000 em 2000, passando a 20.000 em 2001). Logo, 
houve lucro em 2001 e não prejuízo. 
A alternativa é FALSA. 
 
(d) em 2001, os sócios integralizaram o Capital Social com subscrição de ações 
no valor de 80.000. 
 
Não há nada que comprove tal informação. Apesar do Capital Social em 
2001 ter aumentado, em relação a 2000, no valor de 200.000 (o saldo 
da conta Capital Social passou de 200.000, no exercício de 2000, para 
400.000, no exercício de 2001), não há como comprovar que este au-
mento ocorreu em virtude de subscrição de ações. É mera suposição. 
A alternativa é FALSA. 
 
(e) em 2002 a empresa aumentou seu capital com subscrição de sócios. 
 
Em 2002, houve um aumento do valor do Capital Social em 30.000, em 
relação a 2001 (passou de 400.000 para 430.0000). Porém, também o-
correu uma redução na Reserva de Lucros em 10.000 (passou de 10.000 
para 0) e uma redução em Lucros Acumulados no valor de 20.000 (pas-
sou de 20.000 para 0). Logo, pode-se concluir que o aumento do Capital 
Social foi devido a transferência dos valores das contas de Reservas de 
Lucros e Lucros Acumulados. 
Com isso, pode-se afirmar que o aumento de 30.000 no Capital Social 
não foi em virtude de subscrição de sócios. 
A alternativa é FALSA. 
 
GABARITO: A 
 
2. Com relação aos dividendos distribuídos por suas investidas, a Cia. Firma-
mento, quando da apuração de seu resultado do exercício de 2002, deve dar o 
seguinte tratamento contábil: 
 
(a) recolher como receitas não-operacionais o valor de 20.000. 
(b) debitar Participações Societárias no valor de 34.000. 
(c) registrar como receita de dividendos o valor de 8.000. 
(d) lançar a crédito de Participações Societárias o valor de 32.000. 
(e) creditar como Outras Receitas Operacionais o valor de 10.000. 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 8 
Resolução 
 
As participações permanentes no capital de outras sociedades são classificadas 
no Ativo Não Circulante - Investimentos da investidora e podem ser avaliadas 
pelo método de equivalência patrimonial ou pelo método do custo de aquisi-
ção. 
 
Somente se o investimento não se enquadrar no Método de Equivalência Pa-
trimonial, deve ser adotado o Método de Custo de Aquisição. 
 
De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, são avaliados pelo Método de 
Equivalência Patrimonial, com as alterações trazidas pela Lei no 
11.638/07 e pela Medida Provisória no 449/08: 
 
I - os investimentos em coligadas; 
 
II – os investimentos em controladas; 
 
III – os investimentos em outras sociedades que façam parte de um 
mesmo grupo ou estejam sob controle comum (*). 
 
(*) ATENÇÃO!!! De acordo com o item III, mesmo que as sociedades 
não sejam coligadas ou controladas, podem ser avaliadas pelo método 
de equivalência patrimonial se estiverem sob controle comum ou se 
fizerem parte de um grupo de sociedades. 
 
Ou seja, com as alterações, não há mais o conceito de relevância. O 
conceito de relevância é: 
 
Considera-se relevante o investimento: 
 
a) em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil 
é igual ou superior a 10% (dez por cento) do valor do patrimônio 
líquido da companhia (relevância individual); 
 
b) no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor 
contábil é igual ou superior a 15% (quinze por cento) do valor do 
patrimônio líquido da companhia (relevância no conjunto ou cole-
tiva). 
 
Além disso, houve alteração do conceito de sociedades coligadas, con-
forme abaixo: 
 
Sociedades Coligadas: São coligadas as sociedades nas quais a 
investidora tenha influência significativa. 
 
Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou 
exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou 
operacional da investida, sem controlá-la. 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 9 
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 
vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-
la. 
 
A coligação só ocorre se a participação for direta e o controle pode ocorrer com 
participação direta ou indireta. 
 
Entretanto, de acordo com Instrução CVM 247/96, são também equiparadas 
a coligadas as seguintes sociedades (a redação ainda não foi alterada): 
 
- Quando uma empresa participe indiretamente com 10% ou mais do ca-
pital votante de outra, sem controlá-la; e 
 
- Quando uma empresa participe com 10% ou maisdo capital votante de 
outra, sem controlá-la, independentemente do percentual de participação 
do capital. 
 
Sociedade Controlada: é a empresa cuja controladora, diretamente ou por 
intermédio de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegu-
rem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de 
eleger a maioria dos administradores. 
 
Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial: o valor do investimento 
avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial é obtido aplicando-se a per-
centagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio líquido 
da investida. Logo, sempre que o patrimônio líquido da investida variar, a in-
vestidora deverá ajustar o valor do investimento. Se o ajuste aumentar o valor 
do investimento, haverá um ganho de equivalência patrimonial (receita opera-
cional). Por outro lado, se ajuste diminuir o valor do investimento, haverá uma 
perda de equivalência patrimonial (despesa operacional). Os lançamentos seri-
am os seguintes: 
 
Ganho de Equivalência Patrimonial: 
 
Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 
 
Perda de Equivalência Patrimonial 
 
Perda de Equivalência Patrimonial (Despesa) 
a Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 
Com relação à contabilização dos dividendos de investimentos avaliados 
pela equivalência patrimonial: 
 
Lançamento: 
 
Caixa ou Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
a Investimentos Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 10 
Dividendos – Método do Custo de Aquisição: a legislação do Imposto de 
Renda determina que os dividendos recebidos até 6 meses a partir da data de 
aquisição do investimento avaliado pelo custo de aquisição devem ser registra-
dos como redução do custo de aquisição do investimento permanente, sem a-
fetar o resultado da investidora. Entretanto, os dividendos recebidos após 6 
meses da data de aquisição do referido investimento, devem ser registrados 
como receita operacional. 
 
Lançamentos na Investidora: 
 
I – Dividendos recebidos até 6 meses; 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 
II – Dividendos recebidos após 6 meses: 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
a Receita de Dividendos (Receita) 
 
Vamos à resolução da questão à luz das alterações trazidas pela Lei no 
11638/07 e pela MP no 449/08: 
 
I – Análise dos Investimentos Permanentes da Cia Firmamento 
 
I.1- Cia Sol: 
Valor do Investimento = 80.000 (em 2001) 
PL da Cia Firmamento em 2001 (aquisição do investimento) = 442.000 
 
Participação no capital da investida (Cia Sol) = 40% das ordinárias > 20% => 
investidora tem influência na investida (influência presumida) => coligadas 
 
Logo, o investimento na Cia Sol é avaliado pelo método de Equivalên-
cia Patrimonial. 
 
O valor do investimento na investidora (Cia Firmamento) está correto, pois 
corresponde, pelo Método de Equivalência Patrimonial, a 40% do PL da investi-
da (Cia Sol) em 2001 (40% x 200.000 = 80.000). 
 
I-2- Cia Lua: 
Valor do Investimento = 150.000 
PL da Cia Firmamento em 2001 (aquisição do investimento) = 442.000 
 
Participação no capital da investida (Cia Lua) = 80% do capital total => con-
trole 
 
Logo, a Cia Firmamento é controladora da Cia Lua e o investimento na 
Cia Lua é avaliado pelo método de Equivalência Patrimonial. 
 
Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 11 
O valor do investimento na investidora (Cia Firmamento) está correto, pois 
corresponde, pelo Método de Equivalência Patrimonial, a 80% do PL da investi-
da (Cia Lua) em 2001 (80% x 187.500 = 150.000). 
 
I.3- Cia Estrela: 
Valor do Investimento = 1.500 
PL da Cia Firmamento em 2000 (aquisição do investimento) = 244.000 
 
Participação no capital da investida (Cia Estrela) = 2% das ações preferenciais 
e nada foi falado sobre influência. 
 
Logo, a Cia Estrela não é coligada e nem controlada da Cia Firmamento 
e este investimento é avaliado pelo custo de aquisição. 
 
Analisando o quadro dado abaixo, teríamos os seguintes lançamentos na Cia 
Firmamento: 
 
Dados dos 
Investimentos 
em Participa-
ções Societá-
rias 
% De Parti-
cipação 
Informações sobre as Investidas 
 
PL Final 
em 
31.12.20x1 
 
Total PL ajusta-
do em 
31.12.20x2 an-
tes da distribui-
ção dos divi-
dendos e da 
reavaliação de 
ativos pelas in-
vestidas 
Reavaliação 
de Ativos 
efetuados 
por 
investidas 
em 
21.12.20x2 
Dividendos 
distribuídos 
ao final 
de 2002 
Cia. SOL 40% das 
ações 
ordinárias 
200.000 370.000 100.000 20.000 
 
Cia. LUA 80% do ca-
pital total 
187.500 287.500 0 30.000 
 
Cia.ESTRELA 2% das a-
ções 
preferenciais 
75.000 300.000 50.000 100.000 
 
 
Observação: Em 31.12.2002 ocorreu na Cia. SOL uma integralização de Capital 
em dinheiro 75.000. 
 
I.1 - Cia Sol (Equivalência Patrimonial) 
 
Saldo do investimento em 2001 = 80.000 
 
PL ajustado em 31/12/20x2 = 370.000 
 
Investimento Ajustado (na Cia Firmamento) = 40% x 370.000 = 148.000 
Ganho de Equivalência Patrimonial = 148.000 – 80.000 = 68.000 
 
 
Lançamento: 
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Participação Societária – Cia Sol (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita Operacional) 68.000 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, de acordo com a observação do final da tabela: Em 
31.12.2002 ocorreu na Cia. SOL uma integralização de Capital em di-
nheiro 75.000. 
 
Logo, a Cia Firmamento, detentora de 40% das ações ordinárias da Cia 
Sol, teve que integralizar o seguinte valor: 
 
Valor integralizado pela Cia Firmamento = 40% x 75.000 = 30.000 
 
Lançamento: 
 
Despesa com Integralização – Cia Sol (Despesa) 
 a Disponibilidades (Ativo Circulante) 30.000 
 
 
 
 
 
 
Para a reavaliação de ativos na investida, devemos relembrar o conceito, ape-
sar de a Lei no 11.638/07 ter extinto a conta “Reserva de Reavaliação”. 
 
Reavaliação de Ativos na Investida (investimentos avaliados pelo Mé-
todo de Equivalência Patrimonial): Caso ocorra um aumento do valor do 
patrimônio líquido da investida em virtude da reavaliação de seus ativos, este 
aumento deve ser reconhecido pela investidora como aumento do investimento 
sem, contudo, afetar o resultado da investidora, visto que, não decorre de lu-
cro apurado pela investida e nem corresponde a um ganho efetivo. 
 
Por exemplo, o lançamento da reavaliação de uma Edificação na investida se-
ria: 
 
Edificação (Ativo Não Circulante - Imobilizado) 
a Reserva de Reavaliação – Terrenos (Patrimônio Líquido) 
 
O lançamento na investidora seria (para reconhecer o aumento do investi-
mento avaliado pela Equivalência Patrimonial): 
 
Participações Permanentes (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 a Reserva de Reavaliação – Terrenos da Investida (Patrimônio Líquido) 
Part. Societárias – 
Cia Sol 
80.000 
68.000 (1) 
 
118.000 
 
Ganho Eq. Patrimonial 
 68.000 (1) 
 38.000 
 
Despesa com Inte-
gralização 
30.000 (2) 
30.000 
 
Disponibilidades 
31.000 30.000(2) 
1.000 
 
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Reavaliação de Ativos na Cia Sol = 100.000 
 
Aumento do Investimento na Cia Firmamento devido a reavaliação = 
= 40% x 100.000 
 Aumento do Investimento na Cia Firmamento devido a reavaliação = 40.000 
 
Lançamento: 
 
Participação Societária – Cia Sol (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 a Reserva de Reavaliação – Cia Sol (Patrimônio Líquido) 40.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Distribuição de Dividendos pela Cia Sol = 20.000 
 Dividendos distribuídos a Cia Firmamento = 40% x 20.000 = 8.000 
 
Lançamento: 
 
Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
a Participação Societária – Cia Sol (ANC - Investimentos) 8.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
I.2- Cia Lua (Equivalência Patrimonial) 
 
Saldo do investimento em 2001 = 150.000 
 
PL ajustado em 31/12/20x2 = 287.500 
Investimento Ajustado (na Cia Firmamento) = 80% x 287.500 = 230.000 
Ganho de Equivalência Patrimonial = 230.000 – 150.000 = 80.000 
 
Part. Societárias – 
Cia Sol 
80.000 
38.000 (1) 
40.000 (3) 
 
158.000 
 
Res. Reavaliação – 
Cia Sol 
 40.000 (3) 
 40.000 
 
Part. Societárias – 
Cia Sol 
80.000 
68.000 (1) 
40.000 (2) 
8.000 (4) 
180.000 
 
Dividendos a Rece-
ber 
8.000 (4) 
8.000 
 
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Lançamento: 
 
Participação Societária – Cia Lua (Ativo Não Circulante - Investimentos) 
 a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita Operacional) 80.000 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição de Dividendos pela Cia Lua = 30.000 
 Dividendos distribuídos a Cia Firmamento = 80% x 30.000 = 24.000 
 
Lançamento: 
 
Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Participação Societária – Cia Lua (ANC - Investimentos) 24.000 
 
 
 
 
 
 
 
I.3- Cia Estrela (Custo de Aquisição) 
 
Distribuição de Dividendos pela Cia Estrela = 100.000 
Dividendos distribuídos a Cia Firmamento = 2% x 100.000 = 2.000 
 
Como a investimento foi adquirido em 2000 e os dividendos só foram distribuí-
dos no final de 2002 (mais de 6 meses da data de aquisição), o lançamento 
será o seguinte 
 
Lançamento: 
 
Dividendos a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita de Dividendos (Receita) 2.000 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Part. Societárias – 
Cia Lua 
150.000 
80.000 (5) 
 
230.000 
 
Ganho Eq. Patrimo-
nial 
 68.000 (1) 
80.000 (5) 
 148.000 
 
Part. Societárias – Cia 
Lua 
150.000 
80.000 (5) 
24.000 (6) 
206.000 
 
Dividendos a Rece-
ber 
8.000 (3) 
24.000 (6) 
 
32.000 
 
Receita de Dividen-
dos 
 2.000 (7) 
 2.000 
 
Dividendos a Rece-
ber 
8.000 (3) 
24.000 (6) 
2.000 (7) 
 
34.000 
 
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As seguintes contas serão utilizadas no resultado do exercício da Cia Firma-
mento em 2002: 
 
 Ganho de Equivalência Patrimonial = 148.000 
 Receita de Dividendos = 2.000 
 Despesa com Integralização – Cia Sol = 30.000 
 
II – Cálculo do Resultado do Exercício em 2002 
 
Vendas 460.000 
(-) CMV (170.000) 
Lucro Bruto 290.000 
(+) Ganho de Equivalência Pat. 148.000 
(+) Receita de Dividendos 2.000 
(-) Despesa com Integralização – Cia Sol (30.000) 
(-) Despesas Administrativas (70.000) 
(-) Devedores Duvidosos (5.000) 
(-) Despesas Financeiras (40.000) 
(-) Depreciação (10.000) 
(+) Reversão de PDD 2.000 
Lucro Antes do IR/Contribuições 287.000 
 
De acordo com a observação II: A empresa provisiona, ao final do exercício, o 
valor de 86.100, que corresponde a 30% do lucro contábil, para o pagamento 
dos Impostos, contribuições e participações incidentes sobre o lucro apurado. 
 
Logo, podemos realizar uma conferência do Lucro que foi calculado neste item, 
pois deve ser igual ao fornecido pela observação II. 
 
De acordo com a observação II: 
 
 86.100 --------- 30% do lucro antes do IR/Contribuições 
 X --------- 100% 
 
 30% x X = 86.100 x 100% X = 86.100 x 100/30 = 287.000 
 
Logo os cálculos realizados até aqui estão corretos. 
 
Continuando com o cálculo do Resultado do Exercício de 2002: 
 
Lucro Antes do IR/Contribuições 287.000 
(-) Provisão para IR/Cont/Participações (30% x 287.000) (86.100) 
Lucro Líquido do Exercício 200.900 
 
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Lançamento: 
 
Resultado do Exercício (Receita) 
 a Provisão para IR/Cont./Participações (Passivo Circulante) 86.100 
 
 
 
 
 
 
 
Transferindo o Lucro Líquido do Exercício para a conta Lucros Acumulados: 
 
 Resultado do Exercício (Receita) 
 a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 200.900 
 
 
 
 
 
 
Ainda de acordo com a observação II: Distribui ainda dividendos à base de 
20% do total dos lucros líquidos, destinando ainda parte desses lucros à base 
de 5% para Reserva Legal e de 20% para Reservas de Lucros. 
 
Ainda ocorreram os seguintes eventos: 
 
- Distribuição de Dividendos = 20% do Lucro Líquido 
 
Dividendos Distribuídos = 20% x 200.900 = 40.180 
 
Lançamento: 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 40.180 
 
 
 
 
 
- Reserva Legal = 5% do Lucro Líquido 
 
 Reserva Legal = 5% x 200.900 = 10.045 
 
Lançamento: 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
a Reserva Legal (Patrimônio Líquido) 10.045 
 
 
Resultado do Exercí-
cio 
86.100 (8) 287.000 
200.900 
 
Provisão para 
IR/Cont./Partic. 
 86.100 (8) 
 86.100 
 
Resultado do Exercício 
86.100 (8) 287.000 
200.900 200.900 (9) 
 
Lucros Acumulados 
 200.900 (9) 
 200.900 
 
Dividendos a Pagar 
 40.180 (10) 
 40.180 
 
Lucros Acumulados 
40.180 (10) 200.900 (9) 
 160.720 
 
Lucros Acumulados 
40.180 (10) 
10.045 (11) 
200.900 (9) 
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- Reserva de Lucros = 20% do Lucro Líquido 
 
 Reserva de Lucros = 20% x 200.900 = 40.180 
 
Lançamento: 
 
Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 
a Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido) 40.180 
 
 
 
 
 
 
 
 
III – Balanço Patrimonial em 2002: apesar de não ser exigido nesta questão, 
vamos montar o Balanço Patrimonial de 2002. 
 
Ativo Passivo 
Ativo Circulante Passivo Circulante 
Disponibilidades 1.000 Fornecedor 56.000 
Duplicatas a Receber 257.500 Contas a Pagar 80.000 
(-) PDD (5.000) Imp., Cont. e Part. a Pagar 86.100 
Estoques 70.000 Dividendos a Pagar 40.180 
Dividendos a Receber 34.000 Empréstimos e Financ. (*3) 160.000
 357.500 422.280 
 
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante 
Participação Societária Empréstimos e Financ. (*1) 40.000 
 Cia Sol 180.000 40.000 
 Cia Lua 206.000 
Cia. Estrela 1.500 PatrimônioLíquido 
 
Terrenos 180.000 Capital 430.000 
Veículos 40.000 Reserva Legal 22.045 
Edificações 20.000 Reserva de Lucros 40.180
 
Obras em Andamento 150.000 Reserva de Reavaliação – Cia Sol 40.000 
Depreciação Acumulada (30.000) Lucros/Prejuízos Acumulados 110.495 
 747.500 642.720
 
Total do Ativo 1.105.000 Total do Passivo 1.105.000 
Reserva Legal 
 12.000 
10.045 (11) 
 22.045 
 
Reserva de Lucros 
 40.180 (12) 
 40.180 
 
Lucros Acumulados 
40.180 (10) 
10.045 (11) 
40.180 (12) 
200.900 (9) 
 110.495 
 
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(*3) Dos 200.000 da conta Empréstimos e Financiamentos, 160.000 são de 
curto prazo – passivo circulante e 40.000 de longo prazo – passivo não circu-
lante (vide (*1)). 
 
IV – Análise das Alternativas: 
 
A questão deseja saber o seguinte: Com relação aos dividendos distribuídos 
por suas investidas, a Cia. Firmamento, quando da apuração de seu resultado 
do exercício de 2002, deve dar o seguinte tratamento contábil: 
 
De acordo com os itens acima, a Cia Firmamento apresenta a conta “Dividen-
dos a Receber” no valor 34.000, onde 32.000 correspondem ao dividendos re-
cebidos em relação aos investimentos avaliados pela equivalência patrimonial 
(a contrapartida é uma redução no valor dos investimentos, visto que esta re-
ceita já foi reconhecida por ocasião do cálculo da equivalência patrimonial). Os 
outros 2.000 são Receitas de Dividendos, pois a investimento (Cia Estrela) é 
avaliado pelo custo de aquisição. 
 
(a) recolher como receitas não-operacionais o valor de 20.000. 
 
A alternativa é FALSA, pois o que houve foi uma Receita Operacional 
(Receita de Dividendos) no valor de 2.000 (Cia Estrela). 
 
(b) debitar Participações Societárias no valor de 34.000. 
 
A alternativa é FALSA, pois a conta Participações Societárias (Cia Sol e 
Cia Lua) foi creditada no valor de 32.000. 
 
(c) registrar como receita de dividendos o valor de 8.000. 
 
A alternativa é FALSA, pois o que houve foi uma Receita Operacional 
(Receita de Dividendos) no valor de 2.000 (Cia Estrela). 
 
(d) lançar a crédito de Participações Societárias o valor de 32.000. 
 
A alternativa é VERDADEIRA. 
 
(e) creditar como Outras Receitas Operacionais o valor de 10.000. 
 
A alternativa é FALSA, pois o que houve foi uma Receita Operacional 
(Receita de Dividendos) no valor de 2.000 (Cia Estrela). 
 
GABARITO: D 
 
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3. Na apuração do resultado do exercício de 2002 da Cia Firmamento, o valor 
registrado a crédito na conta Reserva Legal deve ser: 
 
(a) 9.505 
(b) 9.005 
(c) 10.045 
(d) 9.045 
(e) 9.845 
 
Resolução 
 
A Reserva Legal do exercício de 2002 já foi calculada na questão 2: 
Reserva Legal = 10.045. 
 
GABARITO: C 
 
4. Em 2001, o valor das compras de mercadorias efetuadas foi de 
 
(a) 170.000. 
(b) 140.000. 
(c) 210.000. 
(d) 120.000. 
(e) 150.000. 
 
Resolução 
 
Custo das Mercadorias Vendidas: CMV = EI + C – EF 
 
I – Cálculo das Compras de Mercadorias em 2001 
 
Estoque Inicial (EI) = Saldo da Conta Estoques em 2000 = 25.000 
Estoque Final (EF) = Saldo da Conta Estoques em 2001 = 30.000 
 
De acordo com a observação III: Nos exercícios de 2000 e 2001, a empresa 
registrou Custos de Mercadorias Vendidas no valor de 120.000 e 145.000, res-
pectivamente. 
 
Logo, o CMV em 2001 é igual a 145.000 
 
CMV = EI + C – EF 145.000 = 25.000 + C – 30.000 145.000 = C – 5.000 
 C = 145.000 + 5.000 C (Compras de Mercadorias em 2001) = 150.000 
 
GABARITO: E 
 
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5. Analisando a variação do CCL - Capital Circulante Líquido da empresa, pode-
se afirmar que o valor do CCL 
 
(a) de 2001 é menor do que o apurado em 2002. 
(b) de 2002 é menor do que o apurado em 2000. 
(c) de 2000 é menor do que o apurado em 2002. 
(d) de 2002 é maior do que o apurado em 2001. 
(e) de 2001 é maior do que o apurado em 2000. 
 
Resolução 
 
Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro Líquido 
CCL = AC – PC 
 
I – Cálculo dos CCL 
 Ativo Circulante 
(AC) 
Passivo Circulante 
(PC) 
CCL 
2000 248.500 76.000 172.500 
2001 239.500 143.000 96.500 
2002 357.500 422.280 (64.780) 
 
II – Análise das alternativas 
 
(a) de 2001 é menor do que o apurado em 2002. 
 
CCL(2001) = 96.500 > CCL(2002) = (64.780) 
A alternativa é FALSA. 
 
(b) de 2002 é menor do que o apurado em 2000. 
 
CCL(2002) = (64.780) < CCL(2000) = 172.500 
A alternativa é VERDADEIRA. 
 
(c) de 2000 é menor do que o apurado em 2002. 
 
CCL(2002) = (64.780) < CCL(2000) = 172.500 
A alternativa é FALSA. 
 
(d) de 2002 é maior do que o apurado em 2001. 
 
CCL(2001) = 96.500 > CCL(2002) = (64.780) 
A alternativa é FALSA. 
 
(e) de 2001 é maior do que o apurado em 2000. 
 
CCL(2001) = 96.500 < CCL(2000) = 172.500 
A alternativa é FALSA. 
 
GABARITO: B 
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6. Em 2001, o valor total pago aos fornecedores foi de 
 
(a) 135.000. 
(b) 145.000. 
(c) 140.000. 
(d) 130.000. 
(e) 150.000. 
 
Resolução 
 
Valor pago aos Fornecedores em um período: para calcular o valor que foi 
pago aos Fornecedores em um determinado período, deve-se seguir os seguin-
tes passos: 
 
- Determinar o valor das compras do período, o que normalmente é obtido a-
través da seguinte fórmula: CMV = EI + Compras no Período – EF; 
 
- Verificar a variação no saldo da conta Fornecedores no período (Saldo Inicial 
da Conta Fornecedores – Saldo Final da Conta Fornecedores); 
 
- Verificar a variação no saldo da conta Adiantamento a Fornecedores no perí-
odo (Saldo Final da Conta Adiantamento a Fornecedores – Saldo Inicial da 
Conta Adiantamento a Fornecedores); 
 
- Pagamentos a Fornecedores no Período = Compras no Período – Variação no 
saldo da conta Fornecedores. 
 
Resumindo: 
 
Fornecedores - Saldo Inicial 
(+) Compras Líquidas do Período 
(-) Adiantamento a Fornecedores – Saldo Inicial 
(+) Adiantamento a Fornecedores – Saldo Final 
(-) Fornecedores – Saldo Final 
Valor Pago a Fornecedores 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
I – Cálculo das Compras em 2001: Já calculado na questão 34. 
 
Compras em 2001 = 150.000 
 
II – Variação no saldo da conta Fornecedores 
 
Saldo inicial da conta Fornecedores = 
= Saldo da conta Fornecedores em 2000 = 25.000 
 
Saldo final da conta Fornecedores = 
= Saldo da conta Fornecedores em 2001 = 40.000 
 
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III – Cálculo do valor pago a Fornecedores em 2001 
 
Fornecedores - Saldo Inicial 25.000 
(+) Compras Líquidas do Período 150.000 
(-) Fornecedores – Saldo Final (40.000) 
Valor Pago a Fornecedores 135.000 
 
GABARITO: A 
 
7. O Índice de Imobilização da empresa, em 2002, é 
 
(a) 1,35. 
(b) 1,64. 
(c) 1,16. 
(d) 1,20. 
(e) 1,83. 
 
Resolução 
 
Imobilizaçãodo Patrimônio Líquido (IPL) 
Este índice mostra quanto do patrimônio líquido da empresa está aplica-
do no ativo não circulante (investimentos, imobilizado e intangível). 
 
 IPL = ANC Inv, Imob e Intang./PL 
 
Onde, 
 
ANC Inv, Imob e Intang. = Ativo Não Circulante – Investimentos, 
Imobilizado e Intangível 
 
PL = Patrimônio Líquido 
 
A interpretação isolada deste índice é a seguinte: quanto maior o índice de 
imobilização do patrimônio líquido, pior, visto que, representa um per-
centual do capital próprio da empresa no imobilizado, que é de menor 
liquidez. 
 
I – Cálculo do Índice de Imobilização em 2002 
 
ANC – Inv, Imob e Intang. (2002) = 747.500 
Patrimônio Líquido (2002) = 642.720 
 
Icp = ANC Inv., Imob. e Intang./PL = 747.500/642.720 = 1,16 
 
GABARITO: C 
 
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8. Pode-se afirmar que a participação do capital de terceiros em 
 
(a) 2001 é de 0,48. 
(b) 2000 é de 0,98. 
(c) 2000 é de 0,46. 
(d) 2001 é de 0,83. 
(e) 2002 é de 0,72. 
 
Resolução 
 
Garantia de Capital de Terceiros (Gct) 
 
Gct = PL/(PC + PNC) 
 
PNC = Passivo Não Circulante 
 
OBS: Alguns autores consideram o Gct = (PC + PNC)/PL. 
 
I – Pelo valor das respostas, a fórmula utilizada para calcular a participação do 
capital de terceiros foi: Gct = (PC + PNC)/PL 
 
II – Cálculo da participação do capital de terceiros 
 
 Passivo Cir-
culante (PC) 
Passivo Não Circu-
lante (PNC) 
Patrimônio 
Líquido (PL) 
Gct 
2000 76.000 40.000 244.000 0,48 
2001 143.000 40.000 442.000 0,41 
2002 422.280 40.000 642.720 0,72 
 
GABARITO: E 
 
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A Cia. Saturno, em 31.12.2000, na sua DOAR – Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos – apresenta como resultado ajustado um prejuízo de 
10.000. Os valores ajustados no resultado eram os seguintes itens: 
 
Despesa anual de depreciação 3.000 
Resultado de Equivalência Patrimonial Operacional (5.000) 
Ganhos de Capital na alienação de Imobilizado (15.000) 
Variação Cambial Passiva 2.000 
 
Tomando por base esses dados, responder as questões 39 e 40. 
 
9. O Resultado Operacional obtido pela empresa em dezembro de 2000 foi 
 
(a) um prejuízo de 15.000. 
(b) um lucro de 25.000. 
(c) um prejuízo de 25.000. 
(d) um lucro de 15.000. 
(e) um prejuízo de 10.000. 
 
Resolução 
 
Capital Circulante Líquido (CCL): representa a situação financeira da em-
presa no curto prazo e é representado por: 
 
CCL = Ativo Circulante (AC) – Passivo Circulante (PC) 
 
Espécies de Capital Circulante Líquido: 
 
- CCL próprio ou positivo: AC > PC (bens e direitos que a empresa pos-
sui, realizáveis no próximo exercício social, são mais que suficientes para 
pagar a obrigações de curto prazo); 
 
- CCL de terceiros ou negativo: AC < PC (bens e direitos que a empresa 
possui, realizáveis no próximo exercício social, são insuficientes para pa-
gar a obrigações de curto prazo); e 
 
- CCL nulo: AC = PC. 
 
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): obrigatória 
para todas as companhias abertas e para as companhias fechadas com patri-
mônio líquido, na data do balanço, superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de 
reais), de acordo com o art. 176, § 6º, da Lei no 6.404/76, antes das altera-
ções trazidas pela Lei no 11.638/07. Após as alterações da referida Lei, a DOAR 
deixou de ser obrigatória, sendo substituída pela Demonstração do Fluxo de 
Caixa (DFC). 
 
Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o 
capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo 
circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes; 
 
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Aplicações do Capital Circulante Líquido: todas as operações que reduzem 
o capital circulante líquido: redução do ativo circulante ou aumento do passivo 
circulante, em operações que também envolvam grupos não circulantes; 
 
Variação do Capital Circulante Líquido ( CCL) = Origens – Aplicações; 
 
Estrutura da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 
(DOAR) 
 
Origens de Recursos: 
 
(+) Resultado Líquido do Exercício 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão 
(+) Aumento do Resultado de Exercícios Futuros (REF) 
(-) Diminuição do REF 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(+) Prejuízo na Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Lucro na Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante 
 Lucro Ajustado (*1) 
 
 (+) Aumento do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
(+) Alienação de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante (valor 
da venda) 
 (+) Diminuição do Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de 
Capital 
 TOTAL DE ORIGENS 
 
Aplicações de Recursos 
 
 (+) Dividendos 
 (+) Diminuição do Passivo Não Circulante - Longo Prazo 
 (+) Aumento do Ativo Não Circulante 
(+) Redução do Patrimônio Líquido 
(Ações em Tesouraria/Redução das Reservas de Capital) 
 
TOTAL DE APLICAÇÕES 
 
Variação do Capital Circulante Líquido (∆CCL) = Origens - Aplicações 
 
(*1) Caso, após os ajustes realizados, ao invés de Lucro Ajustado, ocorra um 
Prejuízo Ajustado, este prejuízo deve ser classificado como APLICAÇÃO DE 
RECURSOS. 
 
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Vamos à resolução da questão: 
 
Empresa: Cia. Saturno 
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos 
Resultado ajustado = prejuízo de 10.000. 
 
Os valores ajustados no resultado eram os seguintes itens: 
 
Despesa anual de depreciação 3.000 
Resultado de Equivalência Patrimonial Operacional (5.000) 
Ganhos de Capital na alienação de Imobilizado (15.000) 
Variação Cambial Passiva 2.000 
 
Resultado Operacional = ? 
 
I – Verificação dos valores ajustados: apenas com uma forma de fixação da 
DOAR, vamos analisar os ajustes realizados no resultado do exercício. 
 
I.1 – Despesa Anual de Depreciação = 3.000 
 
Lançamento: 
 
Despesa Anual de Depreciação (Despesa) 
 a Depreciação Acumulada (ANC-Imobilizado-Retif.) 3.000 
 
Reduz o Resultado do Exercício, mas não altera o CCL. Logo, deve ser somada 
ao Resultado do Exercício. 
 
I.2 – Resultado de Equivalência Patrimonial Operacional = 5.000 
 
Lançamento: 
 
Investimentos Permanentes (ANC-Investimentos) 
a Ganho de Equivalência Patrimonial (Receita) 5.000 
 
Aumenta o Resultado do Exercício, mas não altera o CCL. Logo, deve ser sub-
traída do Resultado do Exercício. 
 
I.3 – Ganhos de Capital na Alienação de Imobilizado = 15.000 
 
 Suponha, para facilitar a compreensão os seguintes valores; 
 
Lançamento: 
 
Caixa (Ativo Circulante) 
 a Diversos 
 a Bem Alienado (ANC-Imobilizado) 20.000 
 a Ganho de Capital na Alienação (Receita) 15.000 35.000 
 
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Ocorreu um aumento do CCL de R$ 35.000,00 (origens), em virtude do au-
mento da conta Caixa (Ativo Circulante). Entretanto, deve-se observar que a 
conta Ganho de Capital na Alienação (Receita) já causou um aumento do Re-
sultado de Exercício (já está considerada no Resultado do Exercício). Logo, pa-
ra que não seja considerada duas vezes na apuração do CCL, deve-se subtrair 
o valor da conta de Ganho de Capital na Alienação (15.000). 
 
I.4 – Variação Cambial Passiva = 2.000 (nada foi informado na questão, mas, 
para estar como ajuste da DOAR, esta variação cambial é de longo prazo – 
passivo não circulante). 
 
Supondo que esta variação cambial seja em um empréstimo: 
 
Lançamento: 
 
Variação Cambial Passiva (Despesa) 
 a Empréstimo (Passivo Não Circulante – Longo Prazo) 2.000 
 
Reduz o Resultado do Exercício, mas não altera o CCL. Logo, deve ser 
somada ao Resultado do Exercício. 
 
II – Cálculo do Resultado Operacional (Resultado Operacional Líquido) 
 
Para o cálculo das origens temos: 
 
 Lucro Líquido do Exercício (LLEx) LLEx 
 (+) Despesa anual de depreciação 3.000 
(-) Resultado de Equivalência Patrimonial Operacional (5.000) 
(-) Ganhos de Capital na alienação de Imobilizado (15.000) 
(+)Variação Cambial Passiva 2.000 
 Prejuízo Ajustado (10.000) 
 
LLEx + 3.000 – 5.000 – 15.000 + 2.000 = -10.000 
 LLEx – 15.000 = -10.000 LLEx = 5.000 
 
Sabe-se, da Demonstração do Resultado do Exercício (como não há provisão 
de impostos/contribuições ou participações), que: 
 
LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 
(+) Receitas Não-operacionais 
(-) Despesas Não-operacionais 
 (=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO 
 Lucro/Prejuízo Líquido por Ação 
 
 Aplicando à questão: 
 Resultado Operacional (ROL) ROL 
 (+) Ganho de Capital na Alienação (Receita não operacional) 15.000 
 Lucro Líquido do Exercício 5.000 
 
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ROL + 15.000 = 5.000 ROL = -10.000 (prejuízo operacional) 
 
GABARITO: E (*) 
 
(*) Como esta questão foi produzida antes das alterações da MP no 
449/08, ainda havia, na DRE, o Resultado Não Operacional. Com as al-
terações da referida MP, a denominação das receitas e despesas não 
operacionais foi alterada para “Outras Receitas” e “Outras Despesas”, 
sendo consideradas dentro do cálculo do Lucro Operacional Líquido, 
conforme abaixo: 
 
Aplicando à questão: 
 
 Lucro Bruto 
 (-) Despesa anual de depreciação (3.000) 
(+) Resultado de Equivalência Patrimonial Operacional 5.000 
(+) Ganhos de Capital na alienação de Imobilizado 15.000 
(-)Variação Cambial Passiva (2.000) 
Resultado Operacional (ROL) ROL 
 Lucro Líquido do Exercício 5.000 
 
 ROL = 5.000 
 
10. A verificação de um ajuste de Variação Cambial Passiva no resultado, iden-
tificado na DOAR de 2000, indica que no exercício ocorreu um lançamento de 
 
(a) registro de novos empréstimos contraídos pela empresa. 
(b) atualização de saldo devedor em passivos de longo prazo. 
(c) atualizações monetárias de itens do Capital Circulante Líquido. 
(d) crédito em operações de financiamentos do passivo circulante. 
(e) débito em conta de exigíveis a longo prazo. 
 
Resolução 
 
I - Variação Cambial Passiva = 2.000 (nada foi informado na questão, mas, 
para estar como ajuste da DOAR, esta variação cambial é de longo prazo). 
 
 Supondo que esta variação cambial seja em um empréstimo: 
 
 Lançamento: 
 
Variação Cambial Passiva (Despesa) 
 a Empréstimo (Passivo Não Circulante) 2.000 
 
Logo, ocorreu uma atualização de saldo devedor em passivos de longo 
prazo. 
 
GABARITO: B 
 
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11. Na ocorrência de descontinuidade operacional de bens reavaliados, uma 
empresa deve 
 
(a) realizar toda a reserva de reavaliação, mantendo o ativo pelo valor original 
e efetuando o recolhimento dos tributos incidentes sobre a reavaliação. 
(b) alterar o critério de avaliação para o registro pelo valor original, mantendo 
as respectivas reservas de reavaliação e a provisão dos tributos incidentes so-
bre a reavaliação. 
(c) modificar o critério de avaliação para o registro pelo valor original, estor-
nando-se a parcela da reavaliação incluída no ativo, as respectivas reservas de 
reavaliação e a provisão dos tributos incidentes sobre a reavaliação. 
(d) alterar o critério de avaliação para o registro pelo valor original, estornan-
do-se a parcela da reavaliação incluída no ativo, as respectivas reservas de re-
avaliação e recolhendo os tributos incidentes sobre a reavaliação. 
(e) manter o critério de reavaliação, estornando-se as respectivas reservas de 
reavaliação e a provisão dos tributos incidentes sobre a reavaliação. 
 
Resolução 
 
Esta questão faz referência a norma que trata de reavaliação de ativos, repro-
duzida abaixo: 
 
NBC T 19.6 - REAVALIAÇÃO DE ATIVOS: 
 
19.6.1 - SIGNIFICADO E OBJETIVOS DA REAVALIAÇÃO 
 
19.6.1.1 - Esta norma estabelece critérios e procedimentos para registro con-
tábil e divulgação da reavaliação do ativo imobilizado. 
 
19.6.1.2 - O valor da reavaliação do ativo imobilizado é a diferença entre o va-
lor líquido contábil do bem e o valor de mercado, com base em laudo técnico 
elaborado por três peritos ou entidade especializada. 
 
19.6.1.3 - A reavaliação é a adoção do valor de mercado para os bens reavali-
ados, em substituição ao princípio do registro pelo valor original. 
 
19.6.2 – DEFINIÇÕES 
 
19.6.2.1 - Para efeito desta norma, entende-se por: 
 
a) custo – valor de aquisição de construção do ativo imobilizado registrado ou 
o valor atribuído ou de mercado, no caso de doações; 
 
b) valor de mercado – valor que a entidade despenderia para repor o ativo, 
considerando-se uma negociação normal entre partes independentes, sem fa-
vorecimentos, e isentas de outros interesses. Esse valor deve considerar o pre-
ço à vista de reposição do ativo, contemplando as condições de uso em que o 
bem se encontra; 
 
c) valor líquido contábil – montante pelo qual um bem está registrado na con-
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tabilidade, numa determinada data-base, líquido da correspondente deprecia-
ção, amortização ou exaustão acumuladas,ou provisão para ajuste do ativo ao 
seu valor recuperável; 
 
d) valor recuperável – valor de mercado menos o custo para a sua venda, ou o 
valor que a entidade espera recuperar pelo uso futuro de um ativo nas suas 
operações, o que for maior. 
 
19.6.3 - HIPÓTESES DE REAVALIAÇÃO 
 
19.6.3.1 - Esta norma se aplica às seguintes hipóteses: 
 
a) reavaliação voluntária de ativos próprios; 
b) reavaliação de ativos por controladas e coligadas; e 
c) reavaliação nas fusões, incorporações e cisões. 
 
19.6.3.2 - A reavaliação deve ser restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, 
desde que não esteja prevista sua descontinuidade operacional. 
 
19.6.3.3 - A descontinuidade operacional de bens reavaliados implica 
na necessidade de alteração do critério de avaliação para o registro 
pelo valor original, estornando-se a parcela da reavaliação incluída no 
ativo, as respectivas reservas de reavaliaçãoe a provisão dos tributos 
incidentes sobre a reavaliação. 
 
19.6.4 - PERIODICIDADE DA REAVALIAÇÃO 
 
19.6.4.1 - Ao optar pela reavaliação, o critério para avaliação contábil do imo-
bilizado da entidade deixa de ser o valor de custo, e as reavaliações devem ser 
periódicas, com uma regularidade tal que o valor líquido contábil não apresen-
te diferenças significativas em relação ao valor de mercado, na data de encer-
ramento de cada exercício social. 
 
19.6.4.2 - A reavaliação do ativo imobilizado deve ser efetuada pelo menos: 
 
a) anualmente, para as contas ou grupo de contas cujos valores de mercado 
variarem significativamente em relação aos valores anteriormente registrados; 
 
b) a cada quatro anos, para os ativos cuja oscilação do preço de mercado não 
seja relevante, incluindo ainda os bens adquiridos após a última reavaliação; 
 
c) periodicamente, observados o conceito e os prazos acima, a entidade pode 
optar por um sistema rotativo, realizando reavaliações parciais, por rodízio, 
com cronogramas definidos, que cubram a totalidade dos ativos a reavaliar a 
cada período. 
 
19.6.4.3 - Se a entidade optar pela reavaliação, este procedimento deve ser 
mantido por, no mínimo, 10 (dez) anos. 
 
19.6.4.4 - Decorrido o prazo referido no item anterior e a entidade optar por 
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não mais realizar reavaliação, os bens anteriormente reavaliados permanecem 
com seus valores das reavaliações. 
 
19.6.4.5 - Ocorrido o previsto no item 19.6.4.4, a entidade pode realizar nova 
reavaliação, aplicando-se, quanto à periodicidade, o item 19.6.4. 
 
19.6.5 - REAVALIAÇÃO PARCIAL 
 
19.6.5.1 - É admitida a reavaliação parcial, desde que todos os itens da mes-
ma natureza ou da mesma conta ou unidade operacional sejam reavaliados, 
não se aplicando, neste caso, a alínea c) do item 19.6.4.2. 
 
19.6.6 - AJUSTES DE REAVALIAÇÃO 
 
19.6.6.1 - No caso do laudo de avaliação, objeto da reavaliação de ativo imobi-
lizado, indicar que se, para os bens da mesma natureza ou conta, ou unidade 
operacional, comparados com os registros contábeis, resultar em diferenças 
positivas ou negativas, a entidade deve proceder aos acréscimos e decrésci-
mos correspondentes. 
 
19.6.6.2 - Na hipótese em que o valor apurado no laudo de avaliação do con-
junto de itens envolvidos for inferior ao valor líquido contábil dos bens corres-
pondentes, devem ser observados os seguintes procedimentos: 
 
a) quando de uma primeira reavaliação ou quando não houver saldo na reser-
va, não cabe o reconhecimento do efeito negativo. Todavia, a entidade deve 
verificar se o valor líquido contábil dos ativos, considera dos em conjunto, é 
recuperável através de suas operações futuras, conforme estabelecido no item 
19.6.14; 
 
b) quando houver saldo na reserva de reavaliação, o efeito negativo deve ser 
reconhecido nos termos do item 19.6.10.4. 
 
19.6.7 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
 
19.6.7.1 - A contabilização da reavaliação deve ser efetuada com base em lau-
do fundamentado que indique os critérios de avaliação e os elementos de com-
paração adotados. 
 
19.6.7.2 - A reavaliação deve observar o princípio da continuidade, ou seja, 
levar em conta o pressuposto da entidade em marcha e considerar a efetiva 
possibilidade de recuperação dos ativos em avaliação mediante seu uso. 
 
19.6.7.3 - A reavaliação deve ser baseada em valor de mercado. 
 
19.6.7.4 - A reavaliação não se destina ao cálculo do valor futuro potencial dos 
ativos nem ao seu valor de saída (valor de venda ou liquidação). 
 
19.6.7.5 - Para os bens sujeitos à depreciação, exaustão ou amortização, é in-
dispensável que no laudo de avaliação haja a indicação da vida útil econômica 
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remanescente, visando a definição das futuras taxas de depreciação, exaustão 
ou amortização. 
 
19.6.8 - IDENTIFICAÇÃO DOS BENS 
 
19.6.8.1 - Os bens objeto de reavaliação devem ser individualmente identifica-
dos quanto à sua descrição e registro contábil, em contas ou subcontas que 
especifiquem o custo, depreciações, amortizações e exaustões acumuladas. 
 
 
19.6.8.2 - O valor de avaliação de cada bem deve ser comparado com o valor 
líquido contábil correspondente, na mesma data-base. Para tais bens, devem 
ser registradas as depreciações, amortizações ou exaustões correspondentes 
até a data-base do laudo de avaliação. 
 
19.6.9 - DEFASAGEM ENTRE A DATA-BASE DO LAUDO E DA SUA APROVAÇÃO 
 
19.6.9.1 - O registro contábil da reavaliação somente pode ser efetuado no 
mesmo exercício em que o laudo da avaliação foi elaborado e aprovado pela 
assembléia dos acionistas, reunião ou assembléia dos quotistas, ou o equiva-
lente para as demais entidades. 
 
19.6.9.2 - Se a defasagem entre a data-base do laudo de avaliação e a de sua 
aprovação pela entidade provocar distorções relevantes, a contabilização da 
reavaliação deve ser efetuada com base em valores constantes do laudo de 
avaliação atualizados, mantendo as premissas nele utilizadas. 
 
19.6.10 - CONTABILIZAÇÃO DA REAVALIAÇÃO 
 
19.6.10.1- A diferença positiva entre o valor da reavaliação e o valor líquido 
contábil do bem deve ser incorporada ao ativo reavaliado correspondente, e 
deve ter como contrapartida conta de reserva da reavaliação, líquida dos tribu-
tos incidentes sobre a reavaliação, no patrimônio líquido. 
 
19.6.10.2- A contrapartida de que trata o item anterior pode ser creditada co-
mo receita não operacional quando a entidade tiver registrado como despesa, 
até o limite desta, uma perda decorrente de reavaliação negativa, relacionada 
com o mesmo bem. 
 
19.6.10.3- A entidade deve manter controle individualizado que identifique o 
valor da reavaliação de cada bem e dos tributos incidentes sobre a reavaliação, 
para determinação de sua realização por depreciação, amortização, exaustão 
ou baixa. 
 
19.6.10.4- Na hipótese de reavaliação negativa, apurada em função de o valor 
dos laudos de avaliação ser inferior ao valor líquido contábil, o registro contábil 
deve ser efetuado da seguinte forma: 
 
a) o imobilizado deve ser reduzido em contrapartida à reserva de reavaliação, 
correspondente aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores, e os 
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tributos registrados no passivo sobre a reavaliação devem ser reduzidos pro-
porcionalmente à redução da reserva de reavaliação; 
 
b) quando o saldo da reserva de reavaliação for insuficiente para o registro de 
redução do ativo, esta insuficiência deve ser registrada como despesa não ope-
racional, no resultado do exercício em que a reavaliação ocorrer, mediante 
constituição de provisão para perdas. Esta provisão somente deve ser reco-
nhecida se a perda for considerada irrecuperável; e 
 
c) a letra “b” deste item aplica-se, também, na primeira reavaliação, quando o 
valor da reavaliação for inferior ao valor líquido contábil. 
 
19.6.11 - TRIBUTOS SOBRE A REAVALIAÇÃO 
 
19.6.11.1- A reserva da reavaliação positiva deve ser registrada líquida dos 
tributos, em conta destacada no patrimônio líquido. 
 
19.6.11.2- A parcela correspondente aos tributos incidentes sobre a reavalia-
ção deve ser registrada no passivo exigível a longo prazo, sendo transferida 
para o passivo circulante, à medidaque os ativos forem sendo realizados. As 
eventuais oscilações nas alíquotas dos tributos devem ser reconhecidas em 
contrapartida da reserva de reavaliação. 
 
19.6.11.3- O passivo dos tributos incidentes sobre a reserva de reavaliação 
não deve ser constituído para ativos que não se realizam por depreciação, a-
mortização ou exaustão, como é o caso de terrenos, e para os quais não haja 
qualquer perspectiva de realização por alienação. 
 
19.6.12 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO 
 
19.6.12.1- Após a reavaliação, a depreciação, a amortização ou a exaustão dos 
bens reavaliados devem ser calculadas e registradas sobre o novo valor, consi-
derando a vida útil econômica remanescente, indicada no laudo de avaliação. 
 
19.6.13 - REALIZAÇÃO DA RESERVA DE REAVALIAÇÃO 
 
19.6.13.1- A reserva de reavaliação é considerada realizada na proporção em 
que se realizarem os bens reavaliados, devendo ser transferida para lucros ou 
prejuízos acumulados, sem transitar pelas contas do resultado. 
 
19.6.13.2- A reserva de reavaliação não pode ser utilizada para aumento de 
capital ou amortização de prejuízo, enquanto não realizada. 
 
19.6.13.3- A entidade deve considerar realizados os valores de reavaliação de 
seus bens e os de suas controladas ou coligadas, cujos investimentos são ava-
liados por equivalência patrimonial, à medida que ocorrer um dos seguintes 
fatos: 
 
a) depreciação, amortização ou exaustão dos bens reavaliados, que tenham 
sido registradas como custo ou como despesa operacional; 
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b) baixa dos bens reavaliados; 
c) baixa de investimentos em controladas ou coligadas que tenham bens rea-
valiados. 
 
19.6.14 - VALOR RECUPERÁVEL 
 
19.6.14.1- Os bens do imobilizado reavaliados devem ser acompanhados com 
o objetivo de verificar se o valor recuperável é inferior ao valor líquido contábil. 
 
19.6.14.2- Se o valor recuperável for inferior ao valor líquido contábil, o mes-
mo deve ser reduzido ao valor recuperável, desde que a perda seja considera-
da permanente. 
 
19.6.14.3- O montante da redução, de que trata o item 19.6.14.2, deve rever-
ter a reavaliação anterior, caso exista saldo, debitando-se a conta de reserva 
da reavaliação. 
 
19.6.15 - REAVALIAÇÃO DE ATIVOS POR CONTROLADAS E COLIGADAS 
 
19.6.15.1- A investidora deve registrar, na conta de investimentos, a variação 
patrimonial oriunda de reserva da reavaliação, registrada pela controlada ou 
coligada, avaliada pela equivalência patrimonial nos termos indicados nos itens 
seguintes. 
 
19.6.15.2- Quando uma entidade opta por reavaliar seus próprios ativos, ela o 
deve determinar às suas controladas e recomendar que suas coligadas tam-
bém assim procedam, para preservar uniformidade de critérios contábeis. 
 
19.6.15.3- Os acréscimos ou os decréscimos na conta de investimentos, que 
correspondam à porcentagem de participação da investidora sobre a reserva 
de reavaliação constituída (realizada ou revertida) pela controlada ou coligada, 
devem ser registrados na mesma data-base em que tiverem sido reconhecidos 
na investida, em conta própria que identifique tratar-se de reavaliação de con-
trolada ou coligada. 
 
19.6.15.4- O valor da reserva de reavaliação, decorrente da avaliação de bens 
de uma controlada ou coligada, deve ser deduzido do saldo do ágio que houver 
sido pago na aquisição do investimento, correspondente à mais-valia dos bens 
do ativo imobilizado que foram reavaliados e que deram origem àquele ágio. 
 
19.6.15.5- Na hipótese da reavaliação de que trata o item anterior ser negati-
va, devem-se baixar os saldos de deságios, originados dos mesmos bens. 
 
19.6.16 - AVALIAÇÃO PARA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL COM BENS 
 
19.6.16.1- A avaliação dos bens utilizados para integralização de capital em 
outras sociedades não representa uma reavaliação nos termos desta norma. 
 
19.6.16.2- O ganho de capital decorrente da integralização de capital com i-
mobilizado tangível, em controlada ou coligada avaliada por equivalência pa-
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trimonial, quando representar resultado não realizado, deve ser tratado como 
reserva de reavaliação, líquida dos tributos incidentes. 
 
19.6.17 - REAVALIAÇÃO NA FUSÃO, INCORPORAÇÃO E CISÃO 
 
19.6.17.1- Ocorrendo reavaliação de ativo imobilizado em fusão, incorporação 
ou cisão de entidade, aplicam-se os dispositivos desta norma. 
 
19.6.17.2- Havendo a reavaliação de ativo imobilizado nas entidades partici-
pantes de processos de fusão, incorporação ou cisão, a reserva da reavaliação 
deve ser atribuída às entidades, com base nos respectivos ativos. 
 
19.6.18 – DIVULGAÇÃO 
 
19.6.18.1- As informações sobre a reavaliação efetuada pela entidade devem 
ser divulgadas em notas explicativas, destacando, no mínimo: 
 
a) as bases da reavaliação e os avaliadores, no ano da reavaliação; 
b) o histórico e a data da reavaliação; 
c) o sumário das contas objeto da reavaliação e respectivos valores; 
d) o efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações 
ou exaustões sobre a reavaliação, e baixas posteriores; 
e) o tratamento quanto a dividendos e participações; 
f) o tratamento e os valores envolvidos quanto aos tributos diferidos. 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
De acordo com a NBC T 19.6 - REAVALIAÇÃO DE ATIVOS, a descontinui-
dade operacional de bens reavaliados implica na necessidade de alte-
ração do critério de avaliação para o registro pelo valor original, estor-
nando-se a parcela da reavaliação incluída no ativo, as respectivas re-
servas de reavaliação e a provisão dos tributos incidentes sobre a rea-
valiação. 
 
GABARITO: C 
 
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12. Uma empresa com Patrimônio Líquido Negativo deve evidenciar esse va-
lor: 
 
(a) após o Capital Social no Grupo de Patrimônio Líquido como conta devedora. 
(b) após a conta Financiamentos como um Exigível a Longo Prazo em uma 
conta devedora. 
(c) após a conta de Empréstimos a Receber, como um Realizável a Longo Pra-
zo em uma conta credora. 
(d) após a conta de Despesas pré-operacionais, como um Ativo Diferido em 
uma conta credora. 
(e) após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Descoberto como conta credo-
ra. 
 
Resolução 
 
O item 64 da Deliberação CVM nº 488, de 03 de outubro de 2005, dispõe que: 
 
- Na hipótese de os prejuízos acumulados excederem o total do capital e das 
reservas, a diferença negativa deverá ser denominada “Passivo a Descoberto”, 
e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido deverá ser denominada 
“Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Passivo a Descoberto)”. 
 
- “Passivo a Descoberto”: seu saldo é negativo, ou seja, de natureza 
contrária ao saldo do seu grupo original. Desta forma, o saldo há de 
ser devedor e não credor. 
 
Apresentação de patrimônio líquido negativo – passivo a descoberto – 
nas demonstrações contábeis: 
 
- Segundo a NBC T 3, em seu item 3.2.2.13, “3.2.2.13 – No caso do patrimô-
nio líquido ser negativo, será demonstrado após o ativo, e seu valor final de-
nominado de Passivo a Descoberto.” Contudo, este item foi revogado pela Re-
solução CFC no 1.049/05. 
 
- O parágrafo 2o do Art. no. 178 da lei das sociedades por ações, por seu tur-
no, prevê os grupos de contasque devem ser classificadas no passivo e, as-
sim, define que as contas do patrimônio líquido devem ser apresentadas após 
o passivo circulante e passivo não circulante. Nesse mesmo artigo, a legisla-
ção societária prevê como devem estar dispostas as demais contas do balanço 
e, nos artigos seguintes, qual o conteúdo das mesmas. 
 
- Não há previsão de classificação das contas de balanço forma diver-
sa, como seria o caso do patrimônio líquido negativo. 
 
(*) NBC T 3 – item 3.2.2.13 – No caso onde houver Passivo a Desco-
berto, devido à sua excepcionalidade, a Entidade deverá modificar a 
forma habitual da equação patrimonial, apresentando, de forma verti-
cal, o ativo diminuído do passivo, tendo como resultado o Passivo a 
Descoberto (Revogado pela Resolução CFC no 1.049/05). 
Vamos à resolução da questão: 
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I – A alternativa dada como correta foi: 
 
(e) após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Descoberto como conta cre-
dora. 
 
Entretanto, o correto seria: após o ativo diferido em Grupo de Passivo a Des-
coberto como conta devedora. Além disso, o item 3.2.2.13 da NBC T 3 
foi revogado pela Resolução CFC no 1.049/05. Logo, não há resposta 
correta. 
 
GABARITO: ANULADA 
 
13. Em conformidade com a legislação societária e para que se beneficie da 
dedutibilidade do valor do imposto de renda, devem as empresas de capital 
aberto contabilizar o pagamento dos juros sobre o capital próprio como: 
 
(a) dividendos pagos, estornando para receita financeira na demonstração de 
resultados. 
(b) conta redutora do capital social, por tratar-se de remuneração para o acio-
nista do capital emprestado. 
(c) destinação da conta de reserva de capital, revertendo o valor para resulta-
do do exercício. 
(d) despesas financeiras, revertendo o valor na última linha da demonstração 
de resultados. 
(e) destinação de lucros acumulados sem transitar pela demonstração de re-
sultados. 
 
Resolução 
Deliberação CVM nº 207/96: 
 
I - Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de 
remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9º da Lei nº 
9.249/95,devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros A-
cumulados, sem afetar o resultado do exercício. 
 
II - Os juros recebidos pelas companhias abertas,a título de remuneração do 
capital próprio,devem ser contabilizados da seguinte forma: 
 
a) como crédito da conta de investimentos,quando avaliados pelo méto-
do da equivalência patrimonial e desde que os juros sobre o capital pró-
prio estejam ainda integrando o patrimônio líquido da empresa investida 
ou nos casos em que os juros recebidos já estiverem compreendidos no 
valor pago pela aquisição do investimento; e 
 
b) como receita, nos demais casos. 
 
III - Os juros sobre o capital próprio que forem utilizados para aumento de ca-
pital ou para manutenção em reserva, na forma do parágrafo 9º do artigo 9ºda 
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Lei nº 9.249, deverão ser destinados a partir da conta de Lucros Acumulados e 
registrados em conta específica de Reserva de Lucros até a sua capitalização. 
 
IV - O imposto de renda na fonte, assumido pela empresa e incidente sobre os 
juros utilizados na forma do item III, deverá ser reconhecido, como despesa, 
diretamente na demonstração do resultado do exercício. 
 
V - Os juros pagos ou creditados somente poderão ser imputados ao dividendo 
mínimo, previsto no artigo 202da Lei nº 6.404/76, pelo seu valor líquido do 
imposto de renda na fonte. 
 
VI - Em nota explicativa às demonstrações financeiras e às informações tri-
mestrais(ITR's) deverão ser informados os critérios utilizados para determina-
ção desses juros, as políticas adotadas para sua distribuição, o montante do 
imposto de renda incidente e, quando aplicável, os seus efeitos sobre os divi-
dendos obrigatórios. 
 
VII - O disposto nesta Deliberação aplica-se, exclusivamente, às demonstra-
ções financeiras elaboradas na forma dos artigos 176 e 177 da Lei nº6.404/76, 
não implicando alteração ou interpretação das disposições de natureza tributá-
ria. 
 
VIII - Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições 
tributárias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pa-
gos/creditados ou recebidos/auferidos como despesa ou receita finan-
ceira, deverá proceder à reversão desses valores, nos registros mer-
cantis, de forma a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja 
apurado nos termos desta Deliberação. 
 
IX - A reversão, de que trata o item anterior,poderá ser evidenciada na última 
linha da demonstração do resultado antes do saldo da conta do lucro líquido ou 
prejuízo do exercício. 
 
X - Esta Deliberação entra em vigor na data da sua publicação, aplicando-se os 
seus efeitos aos exercícios sociais iniciados em janeiro deste ano. 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
Para a receita federal os juros pagos deverão ser registrados como 
despesas, afetando o resultado do exercício, entretanto para a CVM os 
juros pagos não poderão afetar o resultado e sim serem distribuídos a 
partir da conta Lucros ou Prejuízos acumulados. 
 
 
 
 
 
De acordo com a instrução CVM Nº 207, de 13 de dezembro de 1996, 
da seguinte forma: 
 
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I) Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de 
remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no 
9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros A-
cumulados, sem afetar o resultado do exercício. 
 
VIII) Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições 
tributárias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio pa-
gos/creditados ou recebidos/auferidos como despesa ou receita finan-
ceira, deverá proceder à reversão desses valores, nos registros mer-
cantis, de forma a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja 
apurado nos termos desta Deliberação. 
 
Logo, de acordo com a questão: Em conformidade com a legislação societária e 
para que se beneficie da dedutibilidade do valor do imposto de renda, devem 
as empresas de capital aberto contabilizar o pagamento dos juros sobre o capi-
tal próprio como: 
 
Lançamento: 
 
Despesas Financeiras 
 a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar 
 
Reversão: 
 
 Lucros Acumulados 
 a Despesas Financeiras 
 
Lançamento Consolidado: 
 
 Lucros Acumulados 
 a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar 
 
(d) despesas financeiras, revertendo o valor na última linha da demonstração 
de resultados. 
 
GABARITO: D 
 
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14. No processo produtivo da empresa Desperdício S.A., no mês de julho de 
2005, ocorreram perdas com rebarbas decorrentes do corte de tecidos da linha 
de produção. Em virtude da contratação de funcionário sem experiência houve 
a perda de 100 itens por mau uso de equipamentos. De acordo com os concei-
tos contábeis, devem ser registradas essas perdas: 
 
(a) respectivamente, como custo e despesa operacional. 
(b) respectivamente, como despesa operacional e custo. 
(c) ambas como despesas não-operacionais no resultado. 
(d) ambas como custo

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