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IMe = No entanto, estes índices são pouco utilizados devido ao fato de não permitirem diferenciar levantamentos em comunidades distintas, que possuam o mesmo número de espécies e indivíduos registrados, pois eles não consideram as relações de abundância entre as espécies (Brower & Zar 1984). Índice de diversidade de Simpson (ISimp): Seguindo, ISimp = 1 – D (S - 1) Log N S √ N D = Σni * (ni – 1) N * (N – 1) 16 Onde: ni, número de indivíduos da espécie i; N, número total de indivíduos registrados; D, medida de dominância. Com isso, o índice de diversidade de Simpson é obtido a partir de uma medida de dominância. Este índice é uma expressão do número de vezes que se teria que coletar um par de indivíduos aleatoriamente e estes pertencerem a mesma espécie (Brower & Zar 1984). Índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’): H’ = - Σ pi * Log (pi) Onde: pi, é uma proporção entre parâmetros de uma espécie i escolhido pelo pesquisador. O índice de diversidade de Shannon-Wiener é derivado da teoria da informação, retratando a possibilidade de se coletar dois indivíduos aleatoriamente em uma comunidade e estes pertencerem a espécies distintas (Brower & Zar 1984, Magurran 1988, Pinto-Coelho 2002, Cullen Jr. et al. 2004). Pode-se utilizar o logaritmo em diferentes casas como, por exemplo, 2, 10 ou natural, havendo variação quanto à unidade do índice (bits/indivíduo, decits/indivíduo e nats/indivíduo, respectivamente) (Müeller-Dombois & Ellenberg 1974, Brower & Zar 1984, Magurran 1988). À medida que a ordem da casa logarítmica é aumentada, há uma diminuição do índice de diversidade (Brower & Zar 1984). O fato das pesquisas desenvolvidas se caracterizarem por amostras da comunidade, implica no não registro de muitas espécies com baixa freqüência e densidade (raras), resultando em uma subestimativa no índice de Shannon- Wiener (Brower & Zar 1984). Equabilidade ou eqüidade (E): A equabilidade é uma medida de ponderação, relacionando a distribuição de indivíduos amostrados com o número de espécies. Comunidades com alta equidade possuem baixa dominância entre as espécies (Brower & Zar 1984, Magurran 1988; Pinto-Coelho 2002; Cullen Jr. et al. 2004). 17 Formas de comparação entre comunidades. Índices de similaridade. As comparações entre as composições de comunidades distintas podem ser realizadas baseadas em dados qualitativos (presença/ausência) ou quantitativos (abundância) das espécies inventariadas. Isso permite a construção de dendrogramas de classificação e ordenação de comunidades de acordo com suas semelhanças, resumindo a informação de inúmeras variáveis em uma escala multidimensional a dois ou três eixos (Müeller-Dombois & Ellenberg 1974; Magurran 1988; Pinto-Coelho 2002; Cullen Jr. et al. 2004). A classificação permite a geração de dados que possibilitem a compreensão da diversidade em grandes escalas (ecologia de paisagem) ou, ainda, permite o estabelecimento de hábitats e nichos de competição. Índices qualitativos. Índice de Sorensen (ISor): Onde: C, são as espécies comuns a ambas as comunidades, A, número total de espécies na comunidade A; B, número total de espécies na comunidade B. Índice de Jaccard (IJ): Onde: a, número de espécies exclusivas da comunidade a; b, número de espécies exclusivas da comunidade b. ISor = 2C A + B IJ = c a + b + c E = H’ H’max E = H’ Log S 18 Outra forma de calcular é: Onde: a, número de espécies na comunidade a; b, número de espécies na comunidade b. Índices quantitativos. Distância Euclidiana (DE): Onde: x e y são as diferenças entre as abundâncias de duas espécies presentes em duas amostras. IJ = c a + b - c DE = √ x2 + y2 Exemplo de classificação de comunidades com base no índice de similaridade de Jaccard. Dendrograma retirado de Santos, K., 2003. 19 Referências bibliográficas: Ayres, J.M.; Fonseca, G.A.B. da; Rylands, A.B.; Queiroz, H.L.; Pinto, L.P.; Masterson, D. & Cavalcanti, R.B.; 2005. Os corredores ecológicos das florestas tropicais do Brasil. Sociedade Civil Mamirauá. Belém, PA. 256p. Azevedo, F. de; 1964. A cultura brasileira. Introdução ao estudo da cultura no Brasil. Quarta edição. Edições Melhoramentos, São Paulo, SP, 803p. Brower, J.E. & Zar, J.H.; 1984. Field & laboratory methods for general ecology. 2 ed. Wm. C. Brown Publishers, Dubuque, Iowa, 226p. Cullen-Jr., L.; Rudran, R. & Valladares-Padua, C.; 2004. Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. Editora da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 665 p. Cullen-Jr., L. & Rudran, R.; 2004. Transectos lineares na estimativa de densidade de mamíferos e aves de médio e grande porte. In: Cullen-Jr., L. et al., (orgs), Métodos de estudo em biologia da conservação e manejo da vida silvestre. 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