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DIREITO CIVIL I AULA 6

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DIREITO CIVIL I – AULA 6
PESSOA JURÍDICA:
Conceito: unidade de pessoas naturais ou patrimoniais, que visa a consecução de certos fins, reconhecida essa unidade como sujeito de direitos e obrigações.
Pode ser intersubjetiva – constituída pela união solene de uma ou mais pessoas com o escopo de formar uma entidade autônoma e independente.
Ou patrimonial – corresponde a afetação de um patrimônio destinado a um fim específico.
Requisitos:
- vontade humana que lhe dá origem (vontade humana criadora);
- organização de pessoas ou destinação de um patrimônio afetado a um fim específico;
- a licitude de seus propósitos;
- a capacidade jurídica reconhecida pela norma jurídica;
- formalidades legais – art. 45, CC (arts. 114 e ss LRP).
CARACTERÍSTICAS:
- personalidade jurídica distinta dos seus instituidores, adquiridos a partir do registro de seus estatutos;
- patrimônio distinto dos seus membros;
- existência jurídica diversa de seus integrantes;
- não podem exercer atos que sejam privativos de pessoas naturais em razão de sua estrutura biopsicológica;
- podem ser sujeito passivo ou sujeito ativo em atos civis e criminais.
O nosso ordenamento jurídico acolhe o sistema de responsabilidade subsidiária e limitada do sócio, afastando-se do sistema da responsabilidade ilimitada.
NATUREZA JURÍDICA
Teoria Negativista: nega a existência concreta das pessoas jurídicas e nelas vislumbra um patrimônio sem sujeito.
Teoria Afirmativista: partindo do pressuposto da existência real de grupos sociais com interesses próprios, aos quais não podem deixar de ser enxergados e aos quais o ordenamento jurídico não poderia negar a qualidade de sujeito nas relações jurídicas.
Prevalece a Teoria Afirmativista entre nós, já que a Teoria Negativista confunde a pessoa jurídica com os bens que possuía.
Dentre os afirmativistas alguns justificam as pessoas jurídicas através de uma criação arbitrária da lei (Teoria da Ficção), enquanto outros preferem fundar seus motivos na realidade social (Teoria da Realidade).
Para a Teoria da ficção legal, por essência só o homem poderia ser capaz de titularizar relações jurídicas, logo a pessoa jurídica seria simples criação artificial da lei. Existiria apenas na inteligência dos juristas.
Já a Teoria da Realidade sofreu algumas variações a depender da justificativa emprestada.
Teoria da Realidade Objetiva: seriam as pessoas jurídicas organismos sociais com existência e vontade próprios, diversos dos seus membros, tendo por fim objetivos sociais.
Recaiu no erro de eliminar a vontade humana.
Teoria da Realidade Técnica: entendia ser real a pessoa jurídica, porém dentro de uma realidade técnica, ou seja, dentro de uma realidade distinta das pessoas naturais.
Teoria da Realidade das Instituições Jurídicas: misto das demais teorias. A personalidade humana derivava do direito e também poderia ser concedida a certos entes – agrupamento de pessoas ou destinações de patrimônio – para realizar fins próprios a partir do desejo, vontade, das pessoas naturais, que lhe deram vida. Entendeu a pessoa jurídica como uma realidade jurídica, pendente da vontade humana.
CLASSIFICAÇÃO:
Quanto à nacionalidade:		deve subordinar-se ao ordenamento jurídico que lhe conferiu personalidade.
Nacional – se a ordem que lhe emprestou personalidade foi o Direito brasileiro. Do contrário será a pessoa jurídica estrangeira.
As pessoas jurídicas estrangeiras obedecem a lei nacional de sua origem, conquanto suas agências ou filiais no Brasil estejam sob o império da lei nacional;
Quanto à estrutura interna:	em relação à estrutura organizacional que a compõem.
Generalidades:
a.1 – universitas bonorum -	a estrutura interna é composta de um patrimônio destinado, afetado, a uma finalidade específica que lhe dá unidade, como são as fundações.
a.2 – universitas personarum -	compostas por um conjunto de pessoas que se unem ao redor de uma finalidade comum (como nas corporações). Nessas preponderam as pessoas, naquelas o patrimônio.
As corporações são um grupamento de pessoas ligadas por um sentimento comum (affectio societatis), tendendo a um desiderato único.
As fundações são fruto da destinação patrimonial, almejando um fim lícito, consubstanciam a vontade do titular de um patrimônio de vê-lo funcionalizado a uma finalidade.
As Corporações:
Englobam as sociedades e as associações.
As sociedades são pessoas jurídicas que visam o lucro com o objetivo de reparti-lo entre os sócios. A depender de suas finalidades podem ser simples: quando exercerem atividade econômica visando o lucro, porém seu objeto não diz respeito a uma atividade típica de empresário (arts. 997 a 1038, CC); ou empresarial: quando tender ao exercício de atividade mercantil, relacionada com atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços (arts 966 a 982, CC).
Modelos de sociedade empresarial:
Sociedade em nome coletivo;
Sociedade em comandita simples;
Sociedade limitada;
Sociedade anônima;
Sociedade em comandita por ações;
A sociedade por ações sempre será considerada sociedade empresária, enquanto a cooperativa sempre será considerada sociedade simples.
O Código Civil adotou a Teoria da Empresa – a sociedade empresária passou a representar uma das maneiras de organizar a partir de investimentos comuns de mais de um agente, a atividade econômica de produção ou circulação de bens ou serviços. Sendo assim, com a adoção dessa teoria, o CC acolheu as pessoas jurídicas prestadoras de serviço.
OBS.: Teoria dos Atos de Comércio – era determinante para classificar uma sociedade como comercial ou civil.
As associações:
São corporações que não têm uma finalidade lucrativa – art. 53 da Lei Civil. São elas associações estudantis, beneficentes, filantrópicas, recreativas, esportivas.
Associações podem ter ganho financeiro, no entanto o lucro obtido deve ser reaplicado na própria entidade, vedando-se a partilha entre os associados. Logo a lei não veda o lucro, mas a sua partilha entre os associados.
A CRFB afirma ser livre a plena liberdade associativa para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar – art. 5º, XVII, CRFB.
Também a CRFB consagrou a liberdade associativa, estabelecendo que ninguém pode ser compelido a associar-se ou se manter associado – art. 5º, XX.
O CP no art. 199 – crime de atentado contra a liberdade de associação.
Aspectos decorrentes da liberdade associativa:
O livre direito de criação e manutenção de uma associação independentemente de autorização;
O direito de se associar, não podendo ninguém ser obrigado a tanto;
O direito de desassociação, que nada mais é senão a liberdade de não se manter associado.
As entidades sindicais possuem natureza associativa.
O art. 8º da CRFB, veda a interferência do Estado na organização sindical.
As associações são regidas em suas relações internas pelo estatuto social. Trata-se de uma espécie de Lei Orgânica, de natureza não contratual e sim estatutária, de modo a vincular não só os associados existentes quando da sua elaboração, mas toda e qualquer pessoa que no futuro dela participar.
O Estatuto Social tende a regulamentar a atuação das pessoas na própria associação. Cuida-se do regimento interno associativo.
Segundo o art. 54, CC, os Estatutos das associações devem prescrever as seguintes prescrições:
A denominação, os fins e a sede da associação;
Os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados;
Os direitos e deveres dos associados;
As fontes de recursos para sua manutenção;
O modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos;
As condições para alteração das disposições estatutárias e para a dissolução;
A forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas, como exigiria Lei 11127/05.
Este rol é indicativo das normas essenciais, assim nada impede o acréscimo de outras disposições.
As associações, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representaros seus associados em juízo ou fora dele.
A própria legislação legitima a associação a atuar na defesa dos interesses dos seus filiados – ex.: mandado de segurança coletivo, art. 5º, LXX, CRFB e art. 21 da Lei 12016/09.
Vem se reconhecendo a existência de pertinência temática na ação mandamental – Súm. 630, STF.
Diferente do que ocorre nas sociedades, na associação não há entre os associados direitos e obrigações recíprocas, sendo que a qualidade de associado, em regra, é intransmissível, salvo se o estatuto trouxer norma diversa (art. 56, CC). Ex.: A morte de um associado não gera transmissão de sua qualidade associativa para os herdeiros, salvo disposição contrária dos estatutos.
Inexistem regras específicas na legislação civil sobre a responsabilidade civil dos dirigentes associativos.
Não sendo possível aplicar a regra da responsabilidade solidária típica das sociedades como indica o art. 1016, CC. Os associados respondem pelas regras comuns da responsabilidade civil; assim o administrador ou dirigentes associativos respondem quando provada a ilicitude de seu ato, na forma dos arts. 186 e 187, CC.
Há a igualdade de direitos entre os associados, embora o estatuto possa instituir associados com vantagens especiais, por motivos diversos.
Ex.: dispensar o pagamento da taxa de manutenção no caso, por exemplo, dos associados-remidos.
Há, no entanto, determinadas prerrogativas que são inerentes a condição de associados e não podem ser subtraídas de nenhuma categoria como o direito de voto nas assembleias, o direito de uso e gozo das áreas sociais e a participação nas atividades associativas.
Art. 57, CC – admite-se a exclusão do associado quando houver justa causa. No processo de exclusão deverá ser respeitado o devido processo legal.
No caso de dissolução o patrimônio apurado depois de deduzidas as frações de cada associado, seguirá o destino indicado na conformidade do próprio estatuto ou, no seu silêncio, será dirigido à outra entidade de fins não econômicos similar. Não havendo, será recolhido o patrimônio remanescente pela Fazenda Pública (art. 61, §2º, CC).
As fundações:
São organizações com patrimônio afetado por uma finalidade específica determinada pelo instituidor, com personalidade jurídica atribuída pela lei:
3 elementos: patrimônio; finalidade e afetação do patrimônio a uma finalidade específica.
As fundações são criadas com bens livres que são afetados por ato de vontade de seu titular através de escritura pública ou de testamento para atender uma finalidade específica – art. 62, parágrafo único, CC, podendo ser pública ou privada.
Procedimento de criação 4 fases:
Fase de dotação ou de instituição – compreende a reserva de bens por ato inter vivos ou causa mortis. O instituidor deverá atender as mesmas restrições impostas pela lei. Ex.: doação inoficiosa – art. 548, CC e art. 1845, CC;
Fase de elaboração dos estatutos, poderá se realizar de forma direta (elaborado pelo próprio instituidor no ato da instituição) ou de modo fiduciário (quando a elaboração do estatuto é confiada a terceiro; contado o prazo de 180 dias da instituição da fundação sem que tenha Estatuto, o MP terá a incumbência de elaborá-lo – art. 65, parágrafo único, CC;
Fase de aprovação pelos Estatutos pela autoridade competente. Incumbe ao MP aprovar os estatutos fundacionais, salvo quando elaborados por eles mesmos.
Na hipótese de elaboração pelo MP, a aprovação deverá ser feita pelo poder judiciário, procedimento de jurisdição voluntária;
Fase de registro que será realizado no Cartório de Pessoas Jurídicas: caso os bens destinados à fundação não se apresentem suficientes para o entendimento de suas finalidades essenciais, serão incorporados em outra fundação que se destinem a um fim igual ou semelhante, exceto se o instituidor dispor de maneira diversa – art. 63, CC.
COMEÇO DA EXISTÊNCIA DA PESSOA JURÍDICA:
A PJ tem o início de sua personalidade conferido pelo ordenamento jurídico.
Se a fundação foi de Direito público, a personalidade é conferida pela norma jurídica.
Tratando-se de PJ de Direito privado será o registro do seu ato constitutivo no órgão competente que lhe conferirá personalidade – art. 45, CC.
O registro dos estatutos sociais da PJ deverá ser realizado no cartório do Registro das PJ (quando se tratar de fundação, associação ou sociedade simples) ou na junta comercial (quando sociedade empresarial ou microempresa).
Em algumas hipóteses é exigido um registro específico em órgãos ou entes específicos. Ex.: comissão de valores mobiliários para sociedades anônimas que pretendem lançar ações no mercado, no TSE para os partidos políticos. A sociedade simples de advogados adquirem personalidade com o registro na OAB.
Pode ainda ser necessária uma prévia autorização estatal para a formação de algumas PJ, como estabelecimentos bancários, de seguro, as empresas de mineração, as empresas de exploração e aproveitamento industrial das águas e da energia elétrica.
As fundações necessitam de prévia autorização dos seus estatutos pelo MP.
Não é possível o registro da PJ antes da obtenção da autorização governamental.
O processo de constituição de uma PJ se divide em 2 diferentes fases:
O momento do ato constitutivo, que traz consigo uma parte material – relativa aos atos concretos praticados - e uma parte formal – consistente na elaboração por escrito do documento básico da sociedade.
O momento do registro público (inscrição do ato constitutivo no órgão competente).
Só se adquire a personalidade jurídica com o registro.
O processo constitutivo é um ato complexo.
O registro civil da PJ tem prazo retroativo de 30 dias.
Diferentemente das pessoas naturais, cujo registro civil tem natureza declaratória, o registro dos atos constitutivos da PJ tem natureza constitutiva.
Se uma sociedade começa a operar sem o registro é chamada de sociedade de fato ou irregular; e se submetendo às regras dos arts. 986 a 990, CC.
GRUPOS DESPERSONALIZADOS: entes despersonalizados.
Os entes despersonalizados visam a realizar atividades de interesses de seus próprios membros (como na família, na igreja).
Os grupos despersonalizados apesar de não terem personalidade jurídica, podem ser titulares de relações jurídicas diversas.
Apesar da falta de personalidade jurídica, possuem capacidade processual.
A capacidade que é atribuída a estes entes é a capacidade judiciária (atuar em juízo) e não a capacidade propriamente dita.
São reconhecidos à PJ como atributos de sua personalidade a proteção de alguns direitos da personalidade, como o direito ao nome, ao domicílio e à imagem.
Hoje em dia reconhece-se às PJ o direito ao segredo em face da necessidade de reserva de informações, impedindo tráfico de tecnologia industrial.
DOMICÍLIO
É a sua sede jurídica, local onde exerce suas atividades habituais, ou o local que estiver indicado nos seus atos constitutivos.
Art. 75, CC domicílio das pessoas jurídicas de Direito público.
PJ de Direito privado, a sua sede jurídica pode ser natural, legal ou convencional.
Natural:				é o domicílio decorrente do funcionamento da diretoria ou administração da PJ, bem como de suas respectivas filiais, sucursais ou agências, possuindo diversos estabelecimentos, considerar-se-á domiciliada em qualquer um deles para os atos neles praticados – art. 75, §1º, CC.
Legal:					decorre da norma jurídica – art. 75, §2º, CC – Ex.: se a administração ou diretoria tiver a sede no estrangeiro, o seu domicílio será o lugar da agência que contraiu a obrigação.
Convencional ou Estatutário:	aquele estabelecido no ato constitutivo regularmente registrado.
O domicílio fixado no estatuto não é imutável, podendo a PJ ter múltiplos domicílios, fixados por lei ou pelo próprio exercício da atividade empresarial.
Súm. 363, STF “a pessoa jurídica de Direito privado pode ser demandada no domicílio da agência ou estabelecimento em que se praticou o ato”.
EXTINÇÃO DA PJ:
A pessoa jurídica existirá indeterminadamente,salvo se suas atividades estiverem submetidas a termo ou condição, quando será extinta sua personalidade no advento do termo ou implemento da condição respectiva.
OUTRAS FORMAS DE EXTINÇÃO:
A PJ de Direito público que se constitui mediante lei, extinguir-se-á por força da lei. É a chamada simetria das formas.
PJ de Direito privado:
Pelo decurso do prazo (se constituída a tempo);
Pela deliberação da unanimidade dos sócios (caso típico de distrato) – art.1033, II, CC;
Pela deliberação da maioria absoluta dos membros, resguardados os direitos da minoria vencida – art. 1033, III, CC;
Pela falta de pluralidade de sócios, quando não vier a ser reconstituída no prazo de 180 dias – art. 1033, IV, CC, ou seja, pelo desaparecimento oi morte dos sócios, sem que os herdeiros continuem a atividade empresarial;
Pela perda da autorização para funcionar, nas hipóteses em que se faz necessária a anuência governamental (art. 1033, V, CC);
Quando constituída para atingir determinado desiderato, sua finalidade já tenha sido atingida ou se tornado ilícita ou impossível;
Pela verificação de ser nociva ou impossível a sua manutenção, por decisão judicial, em ação promovida pelo MP ou pelo interessado (que poderá ser um dos sócios) – art. 670, CC.
DISSOLUÇÃO:	Convencional – distrato
			Administrativa – cassação da autorização para funcionar
			Legal – hipótese contemplada na legislação
			Judicial – decorrer de decisão judicial
O falecimento é causa de extinção das sociedades individuais.
Também a violação da função social da empresa – caracterizada a nocividade ou impossibilidade de sua manutenção, quando o seu fim real não coincidir com o seu fim declarado.
A extinção da PJ com o cancelamento do registro produzirá efeitos ex nunc – art. 51, §§1º e 3º, CC.
- art. 61 e 69, CC – entidades de fins não econômicos.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
O ordenamento jurídico confere personalidade jurídica às empresas, permitindo que formem uma esfera jurídica e patrimonial autônoma e independente do patrimônio de cada um dos seus sócios.
Surgiu a disregard theory, pela qual se excepciona a regra da vinculação da responsabilidade patrimonial aos bens do ente coletivo – em favor de terceiros de boa-fé, garantindo a utilização da PJ nos limites de sua função social.
A partir do momento que resta evidenciado o abuso de direito associativo, autoriza-se a desconsideração do princípio da reparação, permitindo que o credor busque no patrimônio dos sócios a satisfação da obrigação que não pode ser atendida pela empresa.
Se dá com o levantamento do véu societário, como se a PJ não existisse, atribuindo ao sócio uma responsabilidade que seria imputada à sociedade.
E.7 da Jornada de Direito Civil “Só se aplica a desconsideração da personalidade jurídica quando houver a prática de ato irregular, e limitadamente aos administradores ou sócios que nela hajam incorrido”.
A desconsideração não implica anulação ou desfazimento do ato constitutivo da sociedade, mas apenas a sua ineficácia episódica.
Teoria Maior – exige a presença de um requisito específico para que se efetive a desconsideração como a fraude e abusos praticados através dela.
Teoria Maior Subjetiva – é preciso demonstrar a fraude ou o abuso e que este tenha ocorrido com intenção deliberada de prejudicar terceiros ou fraudar a lei.
Teoria Maior Objetiva (art. 50, CC) – o fundamento é a disfunção da empresa causada pela confusão patrimonial ou desorganização societária.
Teoria Menor – basta o simples prejuízo do credor para afastar a autonomia patrimonial da PJ. Art. 28, §5º, CDC.
Professora: Adriana Amaral – Civil I.
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