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DIREITO CIVIL I AULA 8

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DIREITO CIVIL I – AULA 8
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS:
Bens Principais e Bens Acessórios:
Principal:
É aquele que tem existência própria, concreta ou abstrata (art. 92, CC). Existe por si exercendo sua função e finalidade, independente de outro, como o solo e o crédito.
Acessório:
Não tem existência própria, depende de outro bem, que é o principal. Ex.: a árvore que depende do solo; os juros que dependem do crédito.
A acessoriedade estabelece a ideia de subordinação.
≠ Pertenças: bens que não constituem parte integrante, destinam-se de modo duradouro ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, sem que destas sejam parte integrante. Ex.: aparelho de ar condicionado em uma casa das máquinas utilizadas em uma fábrica.
Classificação dos Bens Acessórios:
Frutos:
São as utilidades produzidas com periodicidade pela coisa principal, cuja percepção mantém intacta a substância do bem. São características: periodicidade, inalterabilidade da substância e separabilidade da coisa principal. Podem ser civis, naturais ou industriais, a depender da sua origem.
Civis: nada mais são do que verdadeiros rendimentos;
Industriais: decorrem da atuação humana;
Naturais: provém da força animal ou vegetal da natureza.
Distinguem-se, quanto ao seu estado, em:
Pendentes:
Aqueles que ainda estão unidos à coisa, não tendo sido destacados;
Percebidos ou Colhidos:
Os frutos já separados da coisa, mas ainda existentes;
Estantes:
Aqueles que, embora separados, encontram-se armazenados, estocados;
Percipiendos:
Aqueles que deveriam ter sido separados, mas ainda não foram;
Consumidos:
Os frutos que não mais existem.
Os frutos naturais e industriais reputam-se colhidos e percebidos assim que forem separados, e os frutos civis, dia por dia, sem necessidade da prática de qualquer ato material.
Os frutos naturais e industriais são adquiridos com a simples separação da coisa. Enquanto os frutos civis são colhidos dia a dia, com o seu vencimento.
Produtos:
Utilidades que são retiradas da coisa e que alteram sua substância, diminuindo a quantidade e levando ao esgotamento. Ex.: petróleo de um poço.
Rendimentos:
São os frutos civis, as prestações periódicas em dinheiro, decorrentes da concessão do uso e gozo. Ex.: aluguel.
Benfeitorias:
Constituem em despesas e obras realizadas em determinada coisa (móvel ou imóvel) para a sua conservação, melhoramento ou para simples deleite, embelezamento. Não são coisas, porém ações que originam despesas e bens.
Necessárias:	melhoramentos que tenham por finalidade evitar a deterioração da coisa e permitir a sua normal exploração.
Útil:			incrementar a sua utilidade, aumentando objetivamente o valor do bem.
Voluptuária:	oferecer recreação e prazer a quem dele desfrute.
≠ Benfeitorias temos a acessão.
Acessão Natural – são acréscimos sobrevindos na coisa sem a intervenção do proprietário (avulsão, aluvião, álveo abandonado e formação de ilhas).
Acessão Artificial – construção e plantação – consideradas obra criando espécie nova.
A acessão é modo originário de aquisição da propriedade, não criando um bem acessório.
O critério distintivo para classificação das benfeitorias há de ser naturalmente a destinação, a finalidade.
		Ilhas:				podem ocorrer pela sedimentação paulatina trazida pelas águas ou pelo rebaixamento do nível das águas, colocando à mostra o solo.
		Aluvião:			acúmulo imperceptível e sucessivo de depósitos e aterros que se acumulam nas margens dos rios.
		Avulsão:			deslocamento abrupto e violento de considerável porção de terra que, por força de aderência natural, desfalca um prédio vindo a aderir em outro que, de tal movimento, se beneficia.
		Álveo Abandonado:		onde as águas abrirem novo curso.
BENS CONSIDERADOS EM RELAÇÃO AO SUJEITO:
Bens Públicos e Privados:
Bens Públicos:
 São aqueles materiais ou imateriais cujo titular é uma PJ de Direito público, ou uma PJ de Direito privado prestadora de serviço público. Enfim, são bens de domínio público.
Dividem-se em 3 espécies:
Bens de uso comum (art. 99, I, CC): 
Admite utilização por qualquer pessoa, indiscriminadamente, a título gratuito ou oneroso. Não perdem esta característica mesmo que regulamentos administrativos condicionem a sua utilização ao preenchimento de requisitos específicos. Ex.: estabelecendo horários; pagamento de taxa para utilização, é o chamado pagamento de retribuição. Ex.: pedágio em estradas, cobrança de ingresso em museus. Pode o poder público suspender o uso da coisa comum em circunstâncias excepcionais. Ex.: desabamento em estradas. São verdadeiras propriedades sui generis, livre é a utilização do bem, e não o domínio.
Bens de uso especial (art. 99, II, CC):
Categoria integrada pelos bens utilizados pelo próprio poder público para instalações do próprio serviço público, como os prédios que servem para os tribunais ou escolas.
Bens Dominicais ou Dominiais (art. 99, III, CC):
Bens que integram o patrimônio disponível estatal. Ex.: títulos de dívidas, dos créditos, das ações, dos terrenos de marinha, faixas de fronteira e das ilhas formadas em mares territoriais.
Admitem excepcionalmente alienação através de autorização legislativa. Podem ser convertidos em de uso especial, por força da lei, procedimento denominado afetação.
Os bens de uso especial podem sofrer desafetação, passando a integrar a categoria dos bens dominicais.
Há uma divisão dos bens públicos em bens do domínio público do Estado (bens de uso comum e os bens de uso especial) e os bens de domínio privado do Estado (bens dominicais).
Os bens de domínio público não se submetem às regras de Direito privado, possuindo caracteres próprios: inalienabilidade, impenhorabilidade e imprescritibilidade.
Por isso o pagamento das dívidas do poder público deve ser feito por precatório (art. 100, CRFB), bem como os bens públicos não podem ser objeto de usucapião, nem mesmo as terras devolutas – arts. 183, § 3º e 191, CRFB e art. 102, CC.
É possível que um bem público tenha o seu uso concedido a um particular (PJ de Direito privado ou pessoa natural) mediante ato regulado pelo Direito administrativo, através de autorização, concessão ou permissão de uso.
Além disso, os bens dominicais podem ser objeto de contratos de Direito privado, como a locação, o arrendamento, a concessão de Direito real de uso e a cessão de uso.
Bens Privados:
São aqueles que não pertencem ao domínio público, mas sim a iniciativa privada (art. 98, CC). São alienáveis, penhoráveis e prescritíveis.
BEM DE FAMÍLIA:
arts. 1711 a 1722, CC e Lei 8009/90
A principal característica é a impenhorabilidade. Exceptua o princípio da responsabilidade patrimonial (art. 591, CPC).
Natureza Jurídica:	afetação de bens a um destino especial.
Bem de Família Convencional: arts. 1711 a 1722, CC.
Torna o imóvel onde a mesma se instala domicílio impenhorável e inalienável, enquanto forem vivos os cônjuges, e até que os filhos completem sua maioridade. Desde que não ultrapasse 1/3 do patrimônio líquido das pessoas que fazem a instituição.
Características:
Depende de ato voluntário do titular, por escritura pública, doação ou testamento;
Gera inalienabilidade e impenhorabilidade.
Refere-se ao bem imóvel onde a família está residindo.
Tem duração limitada à vida dos instituidores ou até a maioridade civil dos filhos.
Bem de Família Legal:
Gera apenas impenhorabilidade.
Ver art. 649, CPC, impõe limite ao valor. Teoria do patrimônio mínimo (proteção pela lei do mínimo para viver dignamente).
Professora: Adriana Amaral – Civil I.
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