Buscar

RESUMO CIVIL AULA 10 11 12

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO CIVIL AULA 10­11­12 
Negócio jurídico  
 
­ Classificação de negócio jurídico: ​É uma ação humana lícita, possível, determinado ou                           
determinável, da qual os efeitos decorrem da autonomia da vontade (ação volitiva) de uma                           
ou mais partes, que irão adquirir, modificar ou extinguir direitos subjetivos. Ex: Todos os                           
contratos inclusive doação e testamento... 
 
TIPOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: 
 
. UNILATERAL­BILATERAL­PLURILATERAL­UNILATERAL IMPERFEITO. 
. TÍPICO­ATÍPICO­NOMINADO­INOMINADO. 
. FORMAL­SOLENE­NÃO FORMAL­NÃO SOLENE. 
. GRATUITO­ONEROSO­COMUTATIVO­ALEATÓRIO­BIFRONTAL­NEUTRO. 
. CONSENSUAL­REAL. 
. INTER VIVOS­CAUSA MORTIS. 
. PRINCIPAL­ACESSÓRIO. 
. INSTANTÂNEA­DIFERIDA­SUCESSIVA. 
. PRINCIPAL­ACESSORIO. 
 
­ Negócio jurídico classificação quanto a manifestação de vontade: ​unilaterais​, ​bilaterais​,                     
plurilaterais​. 
 
­­ unilaterais: ​É quando se tem apenas uma manifestação de vontade de uma das partes.                             
Divide­se em ​receptícios​ e não ​receptícios​. 
 
­­­ Receptícios: ​São aqueles que a ​declaração unilateral de vontade da pessoa ativa deve ser                             
reconhecida pela pessoa passiva para que se tenha efeito o ato jurídico. ​EX: promessa de                             
recompensa. Esta se dá quando alguém promete publicamente pagar recompensa para                     
quem cumprir certas ações​. Este negócio jurídico se completa quando o agente passivo                         
cumpre tais requisitos e passa a ter direitos sobre a recompensa. 
 
­­­ Não receptícios: ​São aqueles que a ​declaração unilateral de vontade da pessoa ativa não                             
precisa ser reconhecida pela pessoa passiva para que se tenha efeito o ato jurídico. ​EX:                             
testamento ou doação pura. ​Independente de vontade ou não da pessoa passiva. o ato                           
jurídico se dá no momento que o testamento ou a doação são feitos, é elaborado pela parte                                 
detentora da vontade. 
 
­­ Bilaterais: ​São aqueles negócios jurídicos que existem duas manifestações de vontades                       
antagônicas entre as partes​. Ou seja, podem existir várias pessoas de um lado e várias de                               
outro. Ou somente uma de cada lado. ​O importante realmente da bilateralidade é se ter                             
duas manifestações antagônicas entre as partes. Tendo­se assim um sinalagma da relação                       
obrigacional​. ​EX: O contrato de compra e venda de uma casa, no qual as duas partes credor                                 
e devedor ganham e perdem. Quem compra a casa ganha a casa, mas perde o dinheiro.                               
Quem ganha o dinheiro perde a casa​. Este é um negócio bilateral, ​sinalagma da relação                             
obrigacional​, pois credor e devedor se confundem. Não se sabe quem é quem, pois depende                             
do ponto de vista. A mesma pessoa pode ser credora e devedora. 
­­ Plurilaterais: ​São aqueles negócios jurídicos em que existe várias manifestações de                       
vontade, mas todas na mesma direção, sentido.​EX: elaboração de contrato social, no qual se                             
tem vários sócios, detentores de vontade que perseguem o mesmo objetivo, sentido. 
 
 
 
­­ unilateral imperfeito: ​É um tipo de cláusula que atende aos interesses da parte autora,                             
que ​impõe uma obrigação para a outra parte que tem uma liberdade. ​Uma doação com                             
encargo​. Usualmente está cláusula é identificada pelas palavras “para que ou com fim de”                           
Art. 540 CC​. ​EX: uma doação de um terreno feita a uma pessoa, que tem por obrigação                                 
construir uma escola neste terreno. Ou ainda, a nomeação de uma pessoa como herdeira,                           
que tem como obrigação cuidar de um gato, etc​. Esta obrigação pode ser cobrada mediantes                             
ação de execução (contrato assinado por duas testemunhas) ou mediante ação de obrigação                         
(contrato assinado sem testemunhas) ​Art. 553 CC​. Sobre a revogação da doação​Art. 562 CC​.                             
Se a parte responsável pelo ato vier a falecer ou se tornar incapaz em nada mudará a                                 
liberdade da a outra parte. Salvo se esta liberdade estiver condicionada a condição                         
suspensiva. Neste caso o negócio é considerado nulo, ​Art. 136 CC​. 
 
­ Negócio jurídico quanto a sua tipicidade: ​Típicos​ e ​atípicos​, ​nominados​ e ​ inominados​. 
 
­­ Típicos: ​São os negócios jurídicos mais utilizados, que o legislador optou por tipificar no                             
código civil. Ou seja, ​nomear e trazer toda previsão daquele tipo negociado expresso no                           
código civil. ​Ex: Da compra e venda. Este título é encontrado na parte geral do código civil,                                 
no livro III – Dos fatos jurídicos, no título VI – Das várias Espécies de contrato ­ No Capitulo 1.                                       
Por isso é chamado típico, pois além de possuir nome próprio no código civil, também possui                               
regras específicas para este tipo de negócio.  
 
­­ Atípicos: ​É todo negócio jurídico que possa ocorrer e que não seja tipificado pelo código                               
civil. Em via de regra estes tipos de negócio além de não ter previsão regulamentar na lei                                 
também não tem nome. ​Ex: Contrato de namoro, gestação de útero alheio​. Estes não têm                             
regramento nem são nominados pelo legislador no código civil. Porém existe uma exceção.                         
O contrato de garagem​. ​Este é o único negócio jurídico atípico, e que tem nome, ou seja                                 
nominado​.  
 
­­ Nominados: ​É quando a lei da um nome para o negócio jurídico, mas não traz a sua                                   
previsão regulamentar expressa no código civil.​Ex: aluguel de garagem encontrada na lei de                           
locação de imóvel urbano residencial e não residencial, lei 8.245 Art. 1º alínea A2. ​Ou seja,                               
por mais que esteja nomeado o aluguel de garagem pela lei 8.245, a mesma em seu                               
paragrafo único deixa claro que não regulamenta este tipo de atividade, e sim o código civil                               
ou leis especiais que regulamentariam. Até o momento também estes não regulamentam                       
este tipo de atividade. Então aluguel de garagem é nomeado, porém não regulamentado por                           
nenhuma lei. Em via de regra todo negócio jurídico típico e nominado, mas nem todo                             
negócio nominado é típico.  
 
­­ Inominados: ​São aqueles que não são nominados e tão pouco tipificados.​Ex: Contrato de                             
namoro.​ Importante observar que todo contrato inominado pela lógica do sistema é atípico. 
 
­ Negócio jurídico classificação quanto à forma: ​formal​, ​Solene​,​ ​Não solene​, ​ Não formal​. 
 
­­ Formal: ​É quando ​a lei exige uma forma, uma ​maneira de exteriorizar a vontade da(s)                               
parte(s), para a publicação do negócio jurídico ser válida. ​EX: Pacto antenupcial, que                         
somente pode ser feito por escritura pública ​(formal e solene)​. A forma é a prescrição legal                               
que cada tipo de negócio jurídico exige para sua publicação, somente via escritura pública ou                             
também pode ser por instrumento particular. Depende a exigência. Por exemplo o ​Art. 541CC que exige formalmente que a doação seja por escritura pública ​(solene) ou instrumento                           
particular ​(não solene)​. Ou seja, podem ser os dois tipos. Porém a norma fixa que a cima de                                   
 
 
30 salários deve ser escritura pública ​Art. 108 CC​. A não observação das formalidades anula                             
o negócio como previsto no ​Art. 166 cc​. 
­­ Solene: ​É a publicidade (escritura pública) da previsão normativa feita antes pela                         
formalidade do tipo do negócio jurídico no código civil​. ​EX: No Pacto antenupcial a                           
solenidade é a ​escritura pública na doação feita via ​escritura pública​. Ou seja, ser solene é                               
ser formal. 
 
­­ Não formal: ​São aqueles que ​não dependem de formalidades (escritura pública) para ter                            
validade. Art. 107 cc.​EX: Os contratos de locação e comodado celebrados verbalmente ou os                             
contratos de compra e venda ou permuta (escambo), ou a doação feita instrumento                         
particular ​Art. 541 CC​. Estes podem ser realizados da maneira que as partes acordarem                           
independente de prescrição legal para que o negócio seja realizado.  
 
­­ Não solene: ​É quando não existe um resultado formal público (escritura pública) do                           
negócio jurídico, podendo este ser celebrado de forma lícita e livre ​através de instrumento                           
particular escrito ou verbal. ​EX: Os contratos de locação e comodado celebrados                       
verbalmente, ou os contratos de compra e venda, ou a doação via instrumento particular​.                           
Ou seja, ser não solene é ser não formal. 
  
­ Negócio jurídico classificação quanto as vantagens e desvantagens: ​Gratuitos​, ​onerosos​,                     
comutativo​, ​aleatório​, ​bifrontes​, ​neutros​. 
 
­­ Gratuitos: ​Representados por atos de liberalidade. ​Uma das partes possui vantagem sem                         
exigir contraprestação​. ​EX: testamento, doação pura sem ou com encargo, contrato de                       
comodado​.  
 
­­ Onerosos: ​São aqueles em que ​ambas as partes tem vantagens e contraprestações​. ​Ex:                           
Troca ou permuta (escambo), contrato de compra e venda. Contrato de locação. 
 
­­ Comutativos: ​As partes sabem desde o início a vantagem patrimonial a ser auferida. ​Ex:                             
contratos que no corpo do contrato encontra­se expresso os valores a serem pagos e a                             
serem recebidos. 
 
­­ Aleatórios: ​As partes ou uma parte somente não sabem desde o início a vantagem                             
patrimonial a ser auferida. Estes são divididos ou por ​natureza ​(Ex: seguros, jogos, apostas.                           
Estes por natureza são desta forma)​, ou por ​vontade das partes ​(compra e venda sem                             
previsão patrimonial a ser auferida, ​Art. 458 CC​. Ex: Compra de sêmen de anima reprodutor                             
sem saber o resultado, compra de safra de grãos sem saber o resultado, é o chamado venda                                 
da esperança)​. 
 
­­ Bifrontes: ​São aqueles que podem ser ​gratuitos ou onerosos​. EX: contratos de: depósito,                           
mútuo, mandato.  
 
­­ Neutros: ​São os nem gratuitos nem onerosos, pois existe uma ausência de atribuição                           
patrimonial. EX: bens de família, os que estão fora do comércio. Art. 1711 e 1722. 
 
­ Negócio jurídico classificação quanto ao momento da eficácia: ​consensuais​ e ​reais​. 
 
­­ Consensuais: ​São aqueles negócios jurídicos que basta a manifestação de vontade para                         
existir. Basta o consenso entre as partes. ​EX: ​Art. 481 CC​. Exemplo quando se compra uma                               
casa. Assim que você assina já se considera consensual. Por mais que alguns autores citem a                               
 
 
finalização da compra e venda via escritura pública, a solenidade se da na assinatura entre as                               
partes. 
 
­­ Reais: ​São aqueles que somente se realizam ​após a tradição ou da entrega da coisa​, para                                 
se perfazer. É o empréstimo de bens infungíveis. ​EX: Uma garrafa de vinho para uma                             
exposição. Somente no momento que se empresta a garra o contrato se torna real. É                             
chamado contratos de comodato. Mas também se tem contratos de depósito e estimatório                         
como exemplos.  
 
­ Negócio jurídico classificação quanto ao momento da produção de efeitos: ​inter vivos e                            
causa mortis​. 
 
­­ Inter vivos: ​Tem por objetivo a produção de efeitos durante a vida de seus participantes.                               
EX: contratos, promessa de recompensa, pacto antenupcial.  
 
­­ Causa mortis:​ ​Aqueles que produzem efeitos após a morte. ​EX: testamento e codicilo.  
 
­ Negócio jurídico classificação quanto a eficácia ou produção de efeitos ou execução:                         
instantânea​, ​diferida​, ​sucessiva​. 
 
­­ Instantânea ou imediata: ​Ex: Contrato de compra e venda a vista. Se entrega o produto e                                 
paga­se imediatamente o dinheiro.​Ou seja, é quando o contrato é realizado todo no mesmo                             
instante, imediatamente, não se prolonga pelo tempo. 
 
­­ Diferida: É quando o cumprimento do negócio jurídico será determinado, designado para                         
uma data. Ou seja, ele será cumprido todo numa data posterior. Ex: compra e venda em que                                 
o comprador dá um cheque para 30 dias pagando o valor todo do produto que adquiriu. 
 
­­ Sucessiva: ​É quando o negócio jurídico se prolonga pelo decurso do tempo. Ex: contrato                             
de locação, no qual todo mês você fica na casa todo mês você paga ou paga tudo de uma vez                                       
e usufrui da casa todo mês. Também quando se compra um produto e se parcela em vezes. 
 
­ Negócio jurídico classificação quanto a independência e autonomia: ​Principais ou                     
independentes​ e ​acessórios ou dependentes​. 
 
­­ Principais ou independente: ​São aqueles que existem sozinhos, que não dependem de                         
outros negócios jurídicos para ter validade ou eficácia. ​EX: locação​. 
 
­­ acessórios ou dependentes:​São aqueles que dependem de um outro negócio jurídico para                           
ter validade ou eficácia. ​EX: penhora, alienamento, hipoteca, fiança, anticrese, clausulas                     
penais sublocação​. 
 
 
 
 
 
 
­ Planos do negócio jurídico: ​Pontes de Miranda dividiu em três planos o negócio jurídico.                             
Existência​, validade e ​eficácia​. Sendo adotado pelo legislador do código civil 2002 somente                          
a validade e eficácia. 
 
 
 
­­Existencia: ​Neste plano exige­se apenas que o negócio jurídico tenha ​agente ​(As partes.                         
Quem fez o negócio jurídico)​, ​vontade​(um querer livre)​, ​objeto​(do que se trata o negócio.                           
Ex: se aluga algo será locação) e ​forma​(maneira de exteriorizar a vontade)​. Sem estes é                             
considerado inexistente. E se necessário será considerado inexistente via ação declaratória.                     
A doutrina majoritária diz que exemplo de negócio jurídico inexistente é quando se tem                           
coação física, diferente da coação psicológica.   
 
­­ Validade: ​É onde impõem­se a análise da qualidade dos elementos da existência do                           
negócio jurídico. Caso a analise dos elementosda existência não seja positiva o negócio                           
torna­se inválido(nulo ou anulável). ​Art. 104 ​CC​: I – agente capaz; II – objeto lícito, possível,                               
determinado ou determinável; Forma prescrita ou não defesa em lei (não pode ser                         
proibido). Também se faz necessário observar os elementos doutrinários: ​Partes​, ​objeto​,                     
forma​, ​vontade​. 
 
­­­ Partes​: ​Agente capaz plenamente e legitimado,​Art. 5º CC​. Se incapaz realizará o negócio                             
se a incapacidade for suprida. ​Os ​absolutamente incapazes ​Art. 3 CC​, devem ser                         
representados sob ​pena de nulidade devendo ser proposta a ação de nulidade. Os                         
relativamente incapazes ​art. 4 CC devem ser assistidos sob ​pena de anulabilidade devendo                         
ser proposta a ação anulatória. Ou seja poderá ou não ser anulado. ​Em situações                           
excepcionais a lei confere capacidade civil plena para maiores de 16 anos, como: contrato de                             
mandato ​Art. 666 CC​, Casamento ​Art. 1.517 CC​, Testamento sem assistência ​Art. 1.860 CC​,                           
omissão dolosa ilícita contratual ​Art. 180 CC​. Já a ​legitimidade do agente é uma capacidade                             
especial exigida pelo negócio jurídico para que seja válido. ​EX: venda de imóvel de pessoa                             
casada em regra precisa de autorização do cônjuge para que o negócio jurídico seja                           
realizado.  
 
­­­ objeto​: ​Todo negócio jurídico possui um objeto. Seja ele qual for; Material ou imaterial,                             
fungível ou infungível, com conteúdo econômico ou não. As únicas coisas que são exigidas é                             
que seja: ​licito​, ​possível​ e ​determinado ou determinável​.  
 
 
 
­­­­ Lícito: ​Aquele de acordo com o ordenamento jurídico, a moral e os bons costumes. O                               
negócio ilícito é nulo, gera direito de ação de reparação de danos e aplicação dos ​Arts 150,                                 
883 do CC​.  
 
­­­­ Possível: ​Aquele que pode ser realizado ​física absolutamente ​(leis da natureza)​, ​física                         
relativamente ​(atingir o devedor e não a outros) ​(Art. 106) e ​juridicamente ​(não proibido                           
pelo ordenamento jurídico)​. EX: impossibilidade física absoluta, construir uma ponte da terra                       
até a lua. Impossibilidade jurídica, herança de pessoa viva ​Art. 426 CC​. 
 
­­­­ Determinado ou determinável:​Objeto​determinado é aquele que está individualizado no                       
negócio jurídico. Nos estudos das obrigações o objeto determinado ​é a coisa certa a ser                             
dada​. ​(Art. 232 CC)​. ​Ex: Um contrato de compra e venda de uma tonelada de arroz. Objeto                                 
determinável é aquele que será individualizado no futuro, contendo de início ao menos a                           
indicação do gênero e quantidade. Nos estudos das obrigações o objeto determinável ​é a                           
coisa incerta a ser dada ​(Art. 243)​. ​Ex: contrato para compra de todos os grãos de um                                 
produtor. Sendo que o produtor planta arroz e soja. Não se sabe o que será entregue                               
primeiro, arroz ou soja, mas se sabe o gênero que é grão e se sabe a quantidade, que são                                     
todos. 
 
​­­­ Forma​: ​É a maneira de exteriorizar a vontade do agente​; Esta deve ser prescrita                               
(escritura pública) ou não (instrumento particular) e não deve ser defesa (proibida) em lei.                           
Fora estes o agente pode de forma livre exteriorizar sua vontade ​(Art. 107)​. Diverso a isto                               
será nulo! ​Art. 166 inciso IV e V​. A cima de 30 salários requer solenidade, inscrição pública,                                 
para ser válido, ​salvo promessa de compra e venda​. ​Art. 108/ Enunciado 289 JDC​. A ​forma                               
contratual se dá quando manifesto pelas partes formalidades que dependerá o contrato                       
para ser válido o cumprimento ​Art. 109 CC​. A forma também pode ser classificada em ​ad                               
solemnitatem​ e ​ad pro­bationem​. 
 
­­­­ Ad solemnitatem: ​É aquela exigida como requisito de validade do negócio jurídico​(166,                           
108, 109 CC) 
 
­­­­ Ad pro­bationem:​ ​É aquela exigida para a prova do ato em juízo. ​(227, 1.536 CC) 
 
­­­ Vontade​: ​É a manifestação de vontade livre e de boa­fé. Ou seja, sem nenhum dos                               
defeitos do negócio jurídico. A se comentar a respeito da vontade destaca­se: ​Reserva                         
mental​, ​representação​, ​interpretação do negócio jurídico​, ​Defeitos do negócio jurídico                   
(AULA 11)​.  
 
­­­ reserva mental​: ​Artigo 110 CC​. Não tendo a outra parte conhecimento da reserva mental                             
do agente, esta será irrelevante para o Direito. Toda via​se houver conhecimento da parte o                               
negócio jurídico se torna nulo​, pois há comprometimento da vontade pelo agente. ​O                         
legislador do código civil não adota o plano da existência​. Se o tivesse adotado, alguns                             
autores apontariam como se o negócio jurídico fosse inexistente, mas o mais indicado à                           
classificação é ​nulidade do negócio jurídico​. 
 
​­­­ Representação​: ​É a legitimidade conferida a uma pessoa (representante) para praticar                         
atos em nome de outra pessoa (representado). Esta é dividida por representação ​legal ou                           
convencional​. 
 
­­ Lei (representação legal): ​É aquela que a lei determina​. ​Conferida aos pais, tutores e                             
curadores​. Também aos ​síndicos e administradores da falência ou recuperação​, que são na                         
 
 
verdade representantes judicias, mas que após o CC 2002, ganharam também esta                       
denominação de representante legal. Na representação legal o representante,                 
obrigatoriamente dotado de capacidade civil plena, ​somente pode agir em nome do                       
representado​. Também pode ser mandatário aquele entre 16 e 17 anos, mas seguida a                           
norma prevista no​Art. 655 CC​.​Todos os tipos de mandatários devem provar sua qualidade e                               
extensão do seu poder, junto ao representado, sob pena de responder pelos atos que o                             
excedem, deixando de ser mandatário e tornando­se mero gestor, ​Arts. 116, 665, 861, 875                           
CC​. É anulável o autocontrato segundo os termos do​Art. 117​. É permitido o autocontrato via                               
mandato em ​causa própria ​Art. 685 CC​. É anulável o negócio jurídico quando pelos termos                             
do Art. 119 CC. Sobre os requisitos e efeitos da representação legal,​Art. 120 CC. EX: Art. 3º,                                   
4º, lei de falências. 
 
 
­­ Convencional (do interessado): ​Também chamada de voluntária, é aquela conferida                     
mediante mandato. Ou seja, ​uma pessoa recebe de outra poderes para, em seu nome,                           
praticar atos ou administrar interesses ​Art. 653 CC​. Na representação convencional o                       
representante, obrigatoriamente dotado de capacidade civil plena, pode agir em favor de si                         
mesmo via procuração em ​causa própria​. Também pode ser mandatário aquele entre 16 e                           
17 anos mas seguida a normaprevista no​Art. 655 CC​. Todos os tipos de mandatários devem                                 
provar sua qualidade e extensão do seu poder, junto ao representado, sob pena de                           
responder pelos atos que o excedem, deixando de ser mandatário e tornando­se mero                         
gestor, ​Arts. 116, 665, 861, 875 CC​. ​É anulável o autocontrato segundo os termos do ​Art.                               
117​. ​É permitido o autocontrato via mandato em ​causa própria ​Art. 685 CC​. ​É anulável o                               
negócio jurídico quando pelos termos do ​Art. 119 CC​. ​Sobre os requisitos e efeitos da                             
representação convencional,​ ​Art. 120. EX: Arts. 653, 692 CC​. 
 
­ Interpretação do negócio jurídico: ​Por serem criadoras de leis individuais, estritas aos                         
contratantes se faz necessária a interpretação das cláusulas contratuais. Esta buscará                     
identificar a real vontade dos contratantes. Quando esta for permanecer em silencio, se não                           
constar exigência contrária no contrato, não é sinônimo de consentimento contratual ​(Art.                       
111 CC)​. Quando a vontade ​consubstanciada no contrato não é a imaginada ​(Art. 112)​. Na                             
sequencia deve­se ​observar a boa­fé e os costumes do lugar onde foi celebrado ​(Art. 113)​.                             
As práticas habituais entre os contratantes​(enunciado 149 VJD)​. Ou seja,​fato, valor e norma                             
fazem parte da interpretação investigativa contratual afim de definir as intenções                     
contratuais do caso concreto. Já na interpretação dos ​negócios jurídicos benéficos ou                       
gratuitos ​(Uma das partes tem um ato liberativo sem exigir da outra parte contraprestação.                           
EX: doação pura) ​e na ​renuncia ​(abdicação de um direito titularizado)​, ​os atos serão                           
interpretados restritamente​. Ou seja, a favor de quem praticou a liberalidade e não de quem                             
foi beneficiado ​(Art. 114)​. ​Outras normas restritivas do negócio jurídico ​Art. 423, 819, 843,                           
1899​. 
 
­ Defeitos do negócio jurídico (AULA 11): ​Ocorre quando a manifestação de vontade não é                             
livre ou de boa­fé. Ou seja a vontade esta viciada ou defeituosa. Quando este vício é interno                                 
chama­se ​vício de consentimento​. Quando o vicio é externo chama­se ​vício social​. 
 
­­ Vício social: ​Ocorre na falta de utilização de boa­fé da vontade dos agentes. Quando o                               
agente quer voluntariamente através do seu negócio jurídico obter vantagens prejudicando                     
um terceiro. Sabe­se o que esta fazendo, pois pratica­se ​Fraude​ ou ​Simulação​. 
 
­­ Fraude contra credores: ​É um negócio jurídico oneroso ou gratuito celebrado que vá                             
causar dano ao credor. Elementos essenciais para a fraude, no negócio jurídico oneroso:                         
 
 
conluio ​(cumplice, duas pessoas) e evento danoso. ​Ex: Vende­se um carro a um terceiro                           
visando não perder este carro para o banco que tem poder de tomar o veículo. ​Ou seja, o                                   
negócio jurídico realizado na venda do carro tem, pelas partes intenção de fraudar o banco.                             
Elementos da fraude no negócio jurídico gratuito: somente evento danoso. ​Ex: doação da                         
parte para outra parte, que não necessariamente precisa saber da fraude, com fins de                           
prejudicar através desta doação terceiros. 
 
­­ Simulação: É a criação de um negócio jurídico que não produzirá efeito segundo o que foi                                  
proposto pelo negócio. identificada esta simulação o negócio jurídico será nulo. ​Ex: o                         
cônjuge adultero simula vender uma casa para a amante, mas na verdade fez uma doação, o                               
que é proibido.​A simulação pode ser dividida em absoluta ou relativa.​Simulação absoluta é                             
quando é celebrado um negócio jurídico para não produzir nenhum efeito. ​Ex: o cônjuge                           
adultero simula vender uma casa para a amante, mas na verdade não vendeu nem doou                             
nada. ​Simulação subjetiva​, Cria­se um negócio jurídico para encobrir outro mudando­se o                       
sujeito ou o objeto. ​Ex: o cônjuge adultero simula vender uma casa para o caseiro, mas na                                 
verdade o sujeito da relação é a amante. Neste caso mudou­se o sujeito. 
 
­­ Vício de consentimento: ​Ocorre na formação da manifestação da vontade do sujeito, do                           
agente. Quando esta vontade não é livre por algum fator exterior. Esta divide­se em:​Erro ou                               
ignorância​, ​Dolo​, ​Coação​, ​Estado de Perigo​, ​Lesão​. 
 
­­­ Erro ou Ignorância: ​O erro é a falsa percepção da realidade. Já a ignorância é o total                                   
desconhecimento da realidade. Embora os dois sejam diferentes são tratados como                     
sinônimos e escusáveis, ou seja, desculpáveis. ​Art. 138 CC​.​Quem erra, erra sozinho​.                         
Ex: uma pessoa com conhecimento comum, compra um vaso falsificado de porcelana                       
achando que era original, quando apresenta esse vaso a um especialista este aponta que foi                             
um erro. Os objetos eram idênticos e por conta disso somente um especialista poderia                           
diferir. Este é um erro perdoável, escusável, pois qualquer homem médio poderia errar,                         
sendo possível invalidar o negócio jurídico. Os tipos de erro estão elencados no​Art. 139 CC​.                               
Erra­se sobre o negócio jurídico celebrado ​(pensa­se estar um tipo de negócio quando na                           
verdade se faz outro. Ex: pensa­se estar recebendo uma doação quando na verdade é um                             
empréstimo)​. ​Erra­se sobre o objeto do negócio jurídico celebrado ​(contrato de compra e                         
venda no qual o comprador erra na compra do seu objeto, pois era muito similar ao que ele                                   
gostaria de comprar)​. ​Erra­se a pessoa do negócio jurídico celebrado ​Art. 1556, 1557 CC                           
(casamento segundo os artigos citados. Deposito em conta bancária errada)​.​Erra­se sobre o                         
direito do negócio jurídico celebrado ​Art. 139 III CC ​(É quando por se desconhecer a lei se                                 
pede a anulação do negócio jurídico para não permanecer ou não descumprir a lei. Diferente                             
da justificativa de errar e permanecer no erro e posteriormente alegar desconhecimento da                         
lei, que atinge o ​princípio da obrigatoriedade legal​)​. ​Erra­se sobre o cálculo do negócio                           
jurídico ​(Este dos erros é o único indesculpável, não escusável. Se o agente erra no tamanho,                               
na metragem, ou seja, no cálculo do objeto não tem poderes para anular o negócio jurídico                               
apenas autoriza retificação). ​Princípio da conservação do contrato ​(A função social do                       
contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o                             
princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas. Ou seja, pelo                         
princípio da conservação dos contratos haverá de se analisar entre as partes o que foge ou o                                 
que é concernente aos direitos garantidospelo 421 CC, que liga­se diretamente ao Art. 51                             
CDC e tem na jornada do direito 20,21,22,23,166,167 os entendimentos, que delegam a                         
conservação do contrato, procurando­se adequar as condições entre as partes para que o                         
contrato permaneça, de forma útil e justa, atendendo aos interesses das partes e                         
oferecendo garantia ao socialmente correto).​Pode ser anulável via ação anulatória,​Art. 178                         
 
 
II​. ​Pode­se rever o erro nas formas do ​Art. 141​, ​pessoalmente, por meios interpostos, ou                             
intermediários.​ ​O Art. 144 CC​ . 
 
 
­­­ Dolo: ​O dolo acontece quando uma parte induz a outra ao erro​. ​Ex:                           
Um cliente quer comprar um vaso de porcelana e o vendedor vende um vaso que não é                                 
porcelana induzindo o comprador a crer que é. Existe equivoco, assim como no erro, mas                             
aconteceu por meio ardiloso de uma das partes. O dolo pode ser conceituado em ​dolos                             
malus e ​dolos bonus​. No dolos bonus não é gerada anulação do negócio jurídico e no dolos                                 
malus sim. O dolos malus é quando alguém te induz a errar. É o erro de dolo clássico. O                                     
dolos bonus é comumente utilizado no marketing na propaganda. Ou seja, se enaltece                         
características de algo para que este se almejado por outrem.​Ex: um sabão que limpa muito                               
bem a sua roupa, mas a sua roupa não fica branca exatamente como a da propaganda.                               
Diferente de propaganda enganosa que seria a ineficácia total de algo que supostamente                         
seria útil. ​Ex: Um sabão que supostamente deixaria sua roupa superbranca e ao invés disso                             
nem lavar a sua roupa lava​. O dolo pode ser dividido em ​dolo positivo ou comissivo e ​dolo                                   
negativo ou omissivo. O dolo positivo ocorre quando o agente tem uma ação positiva em                             
relação a vítima. ​Art. 145 CC​. Ex: ​Ex: Um cliente quer comprar um vaso de porcelana e o                                   
vendedor vende um vaso que não é porcelana induzindo, agindo junto o comprador a crer                             
que é para que este compre. ​Já o dolo negativo ocorre quando o agente intencionalmente                             
silencia ocultando um fato ou qualidade que a vitima ignora. ​Art. 147 CC​. ​Ex: O agente                               
menor de 16 anos contrata um serviço e para se escusar de uma obrigação omite sua idade                                 
ou mente se passando por maior, quando perguntado pela vítima, visando benefício próprio.                         
Ex₂: Ou a venda de um imóvel em que o agente não fala nada sobre problemas da casa ou                                     
do bairro e vende o imóvel. ​As duas espécies assim como o previsto pelo código são dolos                                 
malus. O dolo também pode ser ​dolo acidental ou secundário​. São aqueles que não fazem                             
parte da questão principal do negócio jurídico. Ou seja, o agente induz a vítima ao erro de                                 
alguma questão periférica do negócio jurídico e não a questão principal. ​Ex: Um contrato de                             
compra e venda de um objeto entre partes de moram em Estados diferentes. O objeto                             
comprado é parte principal. Já a forma de envio é secundário. O agente pode não induzir ao                                 
erro no objeto, o principal, mas pode induzir ao erro no envio, o secundário. ​Por isso é                                 
chamado dolo acidental ou secundário, ​Art. 146 CC​, no qual cabe ​acerto para a satisfação                             
dos danos (perdas e danos) e não a anulação do negócio jurídico, pois o negócio principal foi                                 
realizado. O problema foi no secundário. Outra questão sobre Dolo a ser abordada é o​Dolo                               
de terceiro​. O terceiro é caracterizado como alguém estranho a relação jurídica e que                           
prejudica esta relação. ​Ex: Um contrato de compra e venda de um imóvel feito por um                               
corretor. As partes são formadas pelo comprador e pelo vendedor, sendo o terceiro o                           
corretor, que negativamente ou positivamente, induz a compra errada do imóvel cujo o                         
defeito não é exposto ao comprador. ​Por isso chamado de dolo de terceiro,​Art. 148 CC​, no                                 
qual será analisada a participação ou não, da parte favorecida junto ao terceiro, para assim                             
definir se haverá anulação ou não do negócio jurídico. Se o favorecido participa do dolo do                               
terceiro o negócio é anulado. Se não, o terceiro arcará sozinho com os danos a vítima. Outra                                 
forma de dolo é dolo do representante legal​.​Art. 149 CC​, ou seja, se o beneficiado escolheu                                  
o representante, forma convencional, acará com os prejuízos. Não se fala de anulação neste                           
caso. Se for o representante escolhido pela lei, representante legal, quem arca com os                           
prejuízos é o próprio representante, sendo o negócio jurídico mantido e não anulado. O                           
ultimo tipo de Dolo é o ​Dolo bilateral​. É quando as duas partes querem induzir a outra ao                                   
erro. ​Art. 150 CC​, neste sentido o negócio jurídico não é desfeito e cada um arca com os                                   
próprios prejuízos. Em suma. Por dolo somente é anulado o negócio jurídico por ​dolo                           
positivo, Negativo, de terceiro em caso de participação do beneficiário.  
 
 
 
­­­ Coação: ​Ameaça fundado temor de dano eminente​. Esta ocorre quando                     
existe coação moral ou psicológica irresistível. ​Art. 151​, ou seja, a coação ou ameaça ​deve                             
ser grave, real e injusta ​(não é exercício regular do direito)​, com potencial de existir, de                               
acontecer, sobre você e ou seus bens e ou os membros da sua família . ​Art. 152​, ou seja,                                     
precisa­se analisar quem ameaça e sobre quem é a ameaça. ​Ex: um lutador de vale­tudo                             
ameaça a quebrar o seu carro se você não vender pra ele. Esta é uma real ameaça grave.                                   
Ex₂: Uma senhora de 80 anos com um andador, ameaça de quebrar seu carro que tem 25                                 
anos em plena saúde​. Esta não é uma real ameaça grave não é considerada coação. Outra                               
questão não considerada ameaça grave é o ​temor refevencial ​(Respeito ao superior                       
hierárquico) Ex: Um filho vende uma moto e depois pede a anulação do negócio jurídico,                             
pois alega que vendeu a moto por que estava coagido pela sua mãe que chorava e ameaçava                                 
de parar de falar com ele. ​A ​coação de terceiro ocorre quando por parte de um terceiro, ou                                   
seja, pessoa não envolvida no negócio jurídico, ameace gravemente a vítima. Caso a parte                           
beneficiada tenha conhecimento do ocorrido será anulado o negócio jurídico. Se o                       
beneficiado não tiver conhecimento assume o terceiros os encargos quanto aos danos                       
causados a vítima.  
 
­­­ Estado de Perigo: ​Art. 156 CC, ​É a premente necessidade, conhecidapela                         
outra parte em que se assume uma prestação excessivamente                 
onerosa​. É um negócio jurídico Estabelecido em momento de estado de necessidade pela                         
vítima, com conhecimento do agente​. ​Ex: cheque caução em hospital para tratamento de                         
paciente com risco de vida​. Também Tipificado pelo código penal. Cabendo anulação. 
 
­­­ Lesão: ​Art. 157 CC​, ​É a premente necessidade ou inexperiência, não                       
conhecida pela outra parte, em que se assume uma prestação                   
excessivamente onerosa​. Ou seja, ​É um acontecimento ​ocorrido na celebração do                     
negócio jurídico, por ser este ​extremamente oneroso​, estabelecido pela vítima ​inexperiente                     
ou em momento de ​estado de necessidade​, ​sem o conhecimento do agente que acaba por                             
lesar a vítima​. ​Ex: Apartamento locado, com valor muito a cima do valor de mercado, por                               
proprietário que não sabia que o inquilino estava pagando a mais pelo imóvel, por estar em                               
estado de necessidade. ​Neste sentido cabe anulação do negócio jurídico. 
 
­­ Eficácia: ​Em regra o ​negócio jurídico que existe e é válido tem eficácia imediata gerando                               
direitos e obrigações as partes contratadas. Estas partes podem acordar novas cláusulas                       
contratuais acessórias com fins de modificar ou limitar os efeitos contratuais ou de criar um                             
novo direito. Essas ​clausulas acessórias são chamadas elementos acidentais (​acidentalia                   
negotii​). 
 
­ Elementos acidentais: ​Pode ser qualquer cláusula criada livremente e que seja lícita. Toda                           
via as mais comuns são: ​condição​, ​termo​ e ​modo ou encargo​. 
 
­­ Condição: ​Art. 121 CC​. É normalmente inserida nos negócios jurídicos pelos termos ​SE e                             
EQUANTO em relação a um evento incerto futuro (Compro seu guarda­chuva ​SE chover                         
amanhã). ​Tem força suspensiva (surgimento do direito) ​e força resolutiva (extinção de um                         
direito). A ​condição atua no plano da eficácia, mas pode também atuar na validade                           
(condições contratuais ilícitas invalida o negócio). A condição pode ser identificada por 3                         
formas: ​Pendente ​(condição que ainda não se verificou o evento futuro)​, ​verificada                       
(condição em que se averiguou seu cumprimento, não importando se é suspensiva ou                         
resolutiva)​, ​frustrada ​(condição em que não foi verificada)​. ​Art. 129 CC​. Ou seja, se a                             
 
 
condição resolutiva for ​executada com malícia e ocultada por aquele que obteve vantagem,                         
o que se desfavoreceu poderá, provando o ato de má­fé da outra parte, cessar ou reaver a                                 
vantagem recebida pela outra parte. ​Dentro das condições dos elementos acidentais do                       
negócio jurídico também temos : 
 
­­­ Requisitos da condição: ​São requisitos da condição ​a Voluntariedade​, ​a Futuridade​, ​a                         
Incerteza​. 
 
­­­­ A voluntariedade:​Deve ser​resultado da manifestação da vontade das partes​. Tendo que                           
ser ​expressa no negócio jurídico​, ​condição própria​, e de forma alguma tácita ou presumida,                           
(Art. 121, 130 CC)​. ​Não se pode confundir com condição imprópria ou legal ou conditio iuris.                               
Que nada mais é do que uma exigência legal para validar ou dar eficácia a um ato jurídico.                                   
EX: O absolutamente incapaz, precisa ser representado nos atos da vida jurídica. O pacto                           
antenupcial deve ser feito mediante inscrição pública.  
 
­­­­ A futuridade: ​O negócio jurídico ​deve ser um fato posterior a celebração deste negócio​.                             
Se for presente ou desconhecido pelo agente não há condição para o negócio jurídico. Se o                               
evento já houve o negócio é caracterizado como desenvolvido. Se não houve evento algum,                           
o negócio não se formou. 
 
­­­­ A incerteza: ​É o elemento diferenciador entre a ​condição do elemento acidental do                           
negócio jurídico e ​o termo do elemento acidental do negócio jurídico​. Toda ​condição, deve                           
ser um fato incerto futuro​! Independente de quem realiza o negócio jurídico. 
 
­­­ classificação da condição quanto a certeza: ​condição incerta (incertus an incertus                       
quando)​ e ​condição certa (incertus an certus quando)​. 
 
­­­­ Condição incerta (incertus an incertus quando): ​É quando a condição é incerta quanto a                             
um requisito e também a outro. Duplamente incerta. EX: Te dou um capacete do Rubinho                             
quando ele ganhar uma corrida. (Não se sabe ​se ele vai ganhar​ e ​quando vai ganhar​). 
 
­­­­ Condição certa (incertus an certus quando): ​É quando a condição é incerta quanto a um                               
requisito mas certa quanto a outro. EX: Te dou um capacete do Rubinho na próxima corrida                               
dele se ele ganhar). (Se ​sabe quando vai ganhar​, mas ​não se sabe se vai ganhar​.) 
 
­­­ Classificação da condição quanto aos efeitos: ​Condição suspensiva ​e ​condição                     
resolutivo​. 
 
­­­­ Condição suspensiva: ​É a condição que suspende o exercício e a aquisição do direito do                               
negócio jurídico, no lapso temporal, entre sua ​celebração e seu ​implemento ​Art. 125 CC​.                           
Porém neste período é ​gerada expectativa de direito para as partes sob o objeto, que                             
também já tem proteção, podendo seu titular fazer valer medidas conservatórias ​Art. 130                         
CC​. Também durante este período ​pode ser o negócio jurídico, transmitido ​inter vivos ou                           
causa mortis​, mantendo todas as previsões do negócio antes feitas. ​Em regra esta condição                           
suspensiva é retroativa. Porém em negócio que exige tradição e registro não retroage​. Se                           
durante a condição suspensiva o objeto ​se deteriorar de forma não culposa, o alienante                           
sofre a perda​. 
 
­­­­ Condição resolutiva: ​É aquela condição que quando verificada ​põe fim a aquele                         
elemento acidental do negócio jurídico não formulado com boa­fé. Porém e em nada                         
modifica as outras cláusulas formuladas com boa­fé ​Art. 127 CC​. A condição resolutiva é                           
 
 
automática, salvo aqueles negócios jurídicos que estejam previstos a cláusula resolutiva.                     
Estes terão a resolução decretada por ação judicial. 
 
­­­ Classificação da condição quanto a licitude:​ ​condição lícita​ e ​condição ilícita​. 
 
­­­­ Condição lícita: ​É aquela de acordo com o Ordenamento Jurídico. Principalmente a luz                           
dos princípios fundamentais (dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade...). 
 
­­­­ Condição ilícita: ​É aquela que não é de acordo com o Ordenamento Jurídico.                           
Principalmente a luz dos princípios fundamentais (dignidade da pessoa humana, liberdade,                     
igualdade...). previstas também no ​Art. 122, 123 CC​. 
 
­­­ Classificação da condição quanto à possibilidade: ​condição possível e ​condição                     
impossível​. 
 
­­­­ Condição possível: ​É quando a condição pode ser cumprida tanto pelo ponto de vistafísico (leis da natureza) e jurídico (ordenamento jurídico. As condições válidas). 
 
­­­­ Condição impossível:​É quando a condição não pode ser cumprida ou pelo ponto de vista                               
físico (leis da natureza) e jurídico (ordenamento jurídico. As condições válidas). Se estas                         
impossíveis estiverem em condição suspensiva o negócio será nulo. Se estas estiverem sob                         
condição resolutivo o negócio é válido ​Arts 123, 124 CC​. 
 
 
­­­ classificação da condição quanto a natureza ou fonte: ​Condição casual​, ​Condição                       
potestativa​, ​Condição Mista​. 
 
­­­­ Condição Casual: ​É quando um evento alheio fundamenta a vontade das partes.                         
Dependem do acaso, do caso fortuito, sem a possibilidade de intervenção das partes.                         
Ocorrem normalmente por efeito da natureza (te dou um guarda­chuva se chover amanha                         
em São Paulo) ou também por comportamento de terceiro (te dou um carro se Rubinho                             
ganhar a corrida amanha). 
 
­­­­ Condição Potestativa: ​É aquela que o contrato depende da condição de um dos                           
contratantes. Esta se divide em: ​Simplesmente ou meramente potestativa​, ​Puramente                   
potestativa​, ​condição mista​. 
 
­­­­­ Simplesmente ou Meramente Potestativa: ​Uma das partes impõe uma condição lícita e                         
a outra deve cumpri­la. EX: Te dou um carro se você der uma volta no quarteirão num pé só.                                     
Também vê­se exemplos nos ​Arts. 420, 505, 509, 513 CC​. 
 
­­­­­ Puramente Potestativa: ​O negócio jurídico fica subordinado ao arbítrio de uma das                         
partes somente. Ou seja, fica o negócio jurídico subordinado a parte que o propôs. EX: Vou                               
te dar um carro, mas quando eu quiser. Ou a parte deixar de indicar a quantidade de um                                   
objeto a ser a outra parte. Por esse motivo são consideradas ilícitas gerando a nulidade do                               
negócio.  
 
­­­­­ Condição Mista: ​Esta se dá quando se tem uma situação em que ao mesmo tempo                                 
ocorre a condição meramente e puramente potestativa. Dentro deste formato é lícita. Ou                         
seja, quando depende da ​vontade de uma das partes, somada a um ato de vontade de um                                 
terceiro, que não depende das partes​. EX: Eu te dou 10 reais se aquele cara fizer 50 flexões. 
 
 
 
­­ Termo: ​É a ​cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a um​evento futuro certo​.                                 
Pode ser um ​termo convencional​, estipulado pelas partes, ou pode ser um ​termo legal ou                             
jurídico​, estipulado pela lei. Classifica­se o termo em: ​Aos efeitos​, ​À certeza​, ​Contagem do                           
prazo​. 
 
­­­ Aos efeitos:​ ​Suspensivo​ ou ​Resolutivo​. 
 
­­­­ Suspensivo ou inicial: ​É o ​termo que quando verificado​da início ao negócio jurídico​. Um                               
evento futuro certo que depois de verificado começará, dies a quo. EX: 1º de janeiro do ano                                 
que vem alugarei esta casa. ​Art. 135 CC 
 
­­­­ Resolutivo ou final: ​É o ​termo que quando verificado coloca ​fim aos efeitos do negócio                               
jurídico, ​dies ad quem​. EX: dia 30 do mês que vem o contrato de locação vencerá. ​Art. 135                                   
CC 
 
­­­ À certeza:​ ​Termo Certo​ e ​Termo incerto​. 
 
­­­­ Termo Certo: ​É o termo que certamente o correrá sabendo­se quando ocorrerá, ​certus                           
an certus quando​. É uma decorrência da natureza. Ex: dia 1º do ano que vem te dou um                                   
carro. 
 
­­­­ Termo Incerto:​É o termo que certamente ocorrerá porém não sabe­se quando, certus an                             
incertus quando. EX: a morte. Todos sabemos que iremos, mas não sabemos quando. 
 
­­­ À contagem do Prazo: ​É o ​lapso temporal entre o ​termo inicial do negócio jurídico e o                                   
termo final​ ​Art. 132 caput CC​.  
 
­ ​Art. 132 §1º CC​, também aos domingos salvo expediente bancário.  
 
­ ​Art. 132 §2º​, independente do ano bissexto ou ser fevereiro.  
 
­ ​Art. 132 §3º​, se considerando contagem por hora se assim estiver expresso no negócio                             
jurídico ​§4º ​.  
 
­ ​Art. 133​, Aos herdeiros é permitido que cumpram encargos estabelecidos pelo testador                         
assim como antecipar pagamento do legado. Aos devedores é presumido que este possa                         
pagar sua dívida antes do vencimento, salvo se expresso no contrato que o prazo                           
estabelecido está a favor do credor ou de ambos. Aos consumidores devedores,​Art. 52 § 2º                               
CDC​, independente se no contrato favorece ao credor ou a ambos.  
 
­ Os negócios jurídicos sem prazo vencem imediatamente, salvo se este tiver que ser                           
cumprido em local ou prazo diferentes do local e tempo contratado. 
 
modo e encargo: ​É um tipo de cláusula que atende aos interesses da parte autora, que                               
impõe uma obrigação para a outra parte que tem uma liberdade.​Uma doação com encargo​.                             
Usualmente está cláusula é identificada pelas palavras “para que ou com fim de” ​Art. 540                             
CC​. ​EX: uma doação de um terreno feita a uma pessoa, que tem por obrigação construir uma                                 
escola neste terreno. Ou ainda, a nomeação de uma pessoa como herdeira, que tem como                             
obrigação cuidar de um gato, etc​. Esta obrigação pode ser cobrada mediantes ação de                           
execução (contrato assinado por duas testemunhas) ou mediante ação de obrigação                     
 
 
(contrato assinado sem testemunhas) ​Art. 553 CC​. Sobre a revogação da doação​Art. 562 CC​.                             
Se a parte responsável pelo ato vier a falecer ou se tornar incapaz em nada mudará a                                 
liberdade da a outra parte. Salvo se esta liberdade estiver condicionada a condição                         
suspensiva. Neste caso o negócio é considerado nulo, ​Art. 136 CC​. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
­ Negócio jurídico inexistente nulo ou anulável Art. 166 CC / Art. 171 CC: ​Estes ocorrem                               
dentro do plano da validade da escada Pontiana. 
 
­­ Nulo: ​Art. 166 CC ​É o mais grave. São eles a simulação e aqueles elencados no ​Art. 104                                     
(agente capaz, objeto lícito, possível determinado ou determinável, prescrito ou não defeso                       
em lei) ​menos os relativamente incapazes. Nunca produz efeitos. Logo ele existe mas é                           
inválido. São aqueles de ordem pública interessam a todos logo qualquer pessoa pode alegar                           
a nulidade dele.​Ex: a venda de um rim em que ambas as partes tem vontade de realizar. Isto                                     
se dá por que o objeto é ilícito.  
 
­­ Anulável: ​Art. 171 CC É menos grave. São eles os relativamente incapazes e aqueles do                               
defeito do negócio jurídico menos simulação. Produz efeitos enquanto não for anulado.                       
Prazo no máximo de 4 anos, sendo considerado válido se após este prazo a parte não pedir a                                   
anulação. Logo ele existe é inválido e enquanto não for anulado será eficaz. ​Ex: compra­se                             
 
 
algo errado. Se não volta­se para reclamar onegócio jurídico existe, continua a produzir                           
efeito mesmo sendo inválido.​Ou seja, interessa as partes contratadas, de ordem privada, ou                           
a terceiros lesados pelo negócio. Interessa àquele que foi lesado e não a todos.

Outros materiais