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RESUMO CIVIL AULA 101112 Negócio jurídico Classificação de negócio jurídico: É uma ação humana lícita, possível, determinado ou determinável, da qual os efeitos decorrem da autonomia da vontade (ação volitiva) de uma ou mais partes, que irão adquirir, modificar ou extinguir direitos subjetivos. Ex: Todos os contratos inclusive doação e testamento... TIPOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: . UNILATERALBILATERALPLURILATERALUNILATERAL IMPERFEITO. . TÍPICOATÍPICONOMINADOINOMINADO. . FORMALSOLENENÃO FORMALNÃO SOLENE. . GRATUITOONEROSOCOMUTATIVOALEATÓRIOBIFRONTALNEUTRO. . CONSENSUALREAL. . INTER VIVOSCAUSA MORTIS. . PRINCIPALACESSÓRIO. . INSTANTÂNEADIFERIDASUCESSIVA. . PRINCIPALACESSORIO. Negócio jurídico classificação quanto a manifestação de vontade: unilaterais, bilaterais, plurilaterais. unilaterais: É quando se tem apenas uma manifestação de vontade de uma das partes. Dividese em receptícios e não receptícios. Receptícios: São aqueles que a declaração unilateral de vontade da pessoa ativa deve ser reconhecida pela pessoa passiva para que se tenha efeito o ato jurídico. EX: promessa de recompensa. Esta se dá quando alguém promete publicamente pagar recompensa para quem cumprir certas ações. Este negócio jurídico se completa quando o agente passivo cumpre tais requisitos e passa a ter direitos sobre a recompensa. Não receptícios: São aqueles que a declaração unilateral de vontade da pessoa ativa não precisa ser reconhecida pela pessoa passiva para que se tenha efeito o ato jurídico. EX: testamento ou doação pura. Independente de vontade ou não da pessoa passiva. o ato jurídico se dá no momento que o testamento ou a doação são feitos, é elaborado pela parte detentora da vontade. Bilaterais: São aqueles negócios jurídicos que existem duas manifestações de vontades antagônicas entre as partes. Ou seja, podem existir várias pessoas de um lado e várias de outro. Ou somente uma de cada lado. O importante realmente da bilateralidade é se ter duas manifestações antagônicas entre as partes. Tendose assim um sinalagma da relação obrigacional. EX: O contrato de compra e venda de uma casa, no qual as duas partes credor e devedor ganham e perdem. Quem compra a casa ganha a casa, mas perde o dinheiro. Quem ganha o dinheiro perde a casa. Este é um negócio bilateral, sinalagma da relação obrigacional, pois credor e devedor se confundem. Não se sabe quem é quem, pois depende do ponto de vista. A mesma pessoa pode ser credora e devedora. Plurilaterais: São aqueles negócios jurídicos em que existe várias manifestações de vontade, mas todas na mesma direção, sentido.EX: elaboração de contrato social, no qual se tem vários sócios, detentores de vontade que perseguem o mesmo objetivo, sentido. unilateral imperfeito: É um tipo de cláusula que atende aos interesses da parte autora, que impõe uma obrigação para a outra parte que tem uma liberdade. Uma doação com encargo. Usualmente está cláusula é identificada pelas palavras “para que ou com fim de” Art. 540 CC. EX: uma doação de um terreno feita a uma pessoa, que tem por obrigação construir uma escola neste terreno. Ou ainda, a nomeação de uma pessoa como herdeira, que tem como obrigação cuidar de um gato, etc. Esta obrigação pode ser cobrada mediantes ação de execução (contrato assinado por duas testemunhas) ou mediante ação de obrigação (contrato assinado sem testemunhas) Art. 553 CC. Sobre a revogação da doaçãoArt. 562 CC. Se a parte responsável pelo ato vier a falecer ou se tornar incapaz em nada mudará a liberdade da a outra parte. Salvo se esta liberdade estiver condicionada a condição suspensiva. Neste caso o negócio é considerado nulo, Art. 136 CC. Negócio jurídico quanto a sua tipicidade: Típicos e atípicos, nominados e inominados. Típicos: São os negócios jurídicos mais utilizados, que o legislador optou por tipificar no código civil. Ou seja, nomear e trazer toda previsão daquele tipo negociado expresso no código civil. Ex: Da compra e venda. Este título é encontrado na parte geral do código civil, no livro III – Dos fatos jurídicos, no título VI – Das várias Espécies de contrato No Capitulo 1. Por isso é chamado típico, pois além de possuir nome próprio no código civil, também possui regras específicas para este tipo de negócio. Atípicos: É todo negócio jurídico que possa ocorrer e que não seja tipificado pelo código civil. Em via de regra estes tipos de negócio além de não ter previsão regulamentar na lei também não tem nome. Ex: Contrato de namoro, gestação de útero alheio. Estes não têm regramento nem são nominados pelo legislador no código civil. Porém existe uma exceção. O contrato de garagem. Este é o único negócio jurídico atípico, e que tem nome, ou seja nominado. Nominados: É quando a lei da um nome para o negócio jurídico, mas não traz a sua previsão regulamentar expressa no código civil.Ex: aluguel de garagem encontrada na lei de locação de imóvel urbano residencial e não residencial, lei 8.245 Art. 1º alínea A2. Ou seja, por mais que esteja nomeado o aluguel de garagem pela lei 8.245, a mesma em seu paragrafo único deixa claro que não regulamenta este tipo de atividade, e sim o código civil ou leis especiais que regulamentariam. Até o momento também estes não regulamentam este tipo de atividade. Então aluguel de garagem é nomeado, porém não regulamentado por nenhuma lei. Em via de regra todo negócio jurídico típico e nominado, mas nem todo negócio nominado é típico. Inominados: São aqueles que não são nominados e tão pouco tipificados.Ex: Contrato de namoro. Importante observar que todo contrato inominado pela lógica do sistema é atípico. Negócio jurídico classificação quanto à forma: formal, Solene, Não solene, Não formal. Formal: É quando a lei exige uma forma, uma maneira de exteriorizar a vontade da(s) parte(s), para a publicação do negócio jurídico ser válida. EX: Pacto antenupcial, que somente pode ser feito por escritura pública (formal e solene). A forma é a prescrição legal que cada tipo de negócio jurídico exige para sua publicação, somente via escritura pública ou também pode ser por instrumento particular. Depende a exigência. Por exemplo o Art. 541CC que exige formalmente que a doação seja por escritura pública (solene) ou instrumento particular (não solene). Ou seja, podem ser os dois tipos. Porém a norma fixa que a cima de 30 salários deve ser escritura pública Art. 108 CC. A não observação das formalidades anula o negócio como previsto no Art. 166 cc. Solene: É a publicidade (escritura pública) da previsão normativa feita antes pela formalidade do tipo do negócio jurídico no código civil. EX: No Pacto antenupcial a solenidade é a escritura pública na doação feita via escritura pública. Ou seja, ser solene é ser formal. Não formal: São aqueles que não dependem de formalidades (escritura pública) para ter validade. Art. 107 cc.EX: Os contratos de locação e comodado celebrados verbalmente ou os contratos de compra e venda ou permuta (escambo), ou a doação feita instrumento particular Art. 541 CC. Estes podem ser realizados da maneira que as partes acordarem independente de prescrição legal para que o negócio seja realizado. Não solene: É quando não existe um resultado formal público (escritura pública) do negócio jurídico, podendo este ser celebrado de forma lícita e livre através de instrumento particular escrito ou verbal. EX: Os contratos de locação e comodado celebrados verbalmente, ou os contratos de compra e venda, ou a doação via instrumento particular. Ou seja, ser não solene é ser não formal. Negócio jurídico classificação quanto as vantagens e desvantagens: Gratuitos, onerosos, comutativo, aleatório, bifrontes, neutros. Gratuitos: Representados por atos de liberalidade. Uma das partes possui vantagem sem exigir contraprestação. EX: testamento, doação pura sem ou com encargo, contrato de comodado. Onerosos: São aqueles em que ambas as partes tem vantagens e contraprestações. Ex: Troca ou permuta (escambo), contrato de compra e venda. Contrato de locação. Comutativos: As partes sabem desde o início a vantagem patrimonial a ser auferida. Ex: contratos que no corpo do contrato encontrase expresso os valores a serem pagos e a serem recebidos. Aleatórios: As partes ou uma parte somente não sabem desde o início a vantagem patrimonial a ser auferida. Estes são divididos ou por natureza (Ex: seguros, jogos, apostas. Estes por natureza são desta forma), ou por vontade das partes (compra e venda sem previsão patrimonial a ser auferida, Art. 458 CC. Ex: Compra de sêmen de anima reprodutor sem saber o resultado, compra de safra de grãos sem saber o resultado, é o chamado venda da esperança). Bifrontes: São aqueles que podem ser gratuitos ou onerosos. EX: contratos de: depósito, mútuo, mandato. Neutros: São os nem gratuitos nem onerosos, pois existe uma ausência de atribuição patrimonial. EX: bens de família, os que estão fora do comércio. Art. 1711 e 1722. Negócio jurídico classificação quanto ao momento da eficácia: consensuais e reais. Consensuais: São aqueles negócios jurídicos que basta a manifestação de vontade para existir. Basta o consenso entre as partes. EX: Art. 481 CC. Exemplo quando se compra uma casa. Assim que você assina já se considera consensual. Por mais que alguns autores citem a finalização da compra e venda via escritura pública, a solenidade se da na assinatura entre as partes. Reais: São aqueles que somente se realizam após a tradição ou da entrega da coisa, para se perfazer. É o empréstimo de bens infungíveis. EX: Uma garrafa de vinho para uma exposição. Somente no momento que se empresta a garra o contrato se torna real. É chamado contratos de comodato. Mas também se tem contratos de depósito e estimatório como exemplos. Negócio jurídico classificação quanto ao momento da produção de efeitos: inter vivos e causa mortis. Inter vivos: Tem por objetivo a produção de efeitos durante a vida de seus participantes. EX: contratos, promessa de recompensa, pacto antenupcial. Causa mortis: Aqueles que produzem efeitos após a morte. EX: testamento e codicilo. Negócio jurídico classificação quanto a eficácia ou produção de efeitos ou execução: instantânea, diferida, sucessiva. Instantânea ou imediata: Ex: Contrato de compra e venda a vista. Se entrega o produto e pagase imediatamente o dinheiro.Ou seja, é quando o contrato é realizado todo no mesmo instante, imediatamente, não se prolonga pelo tempo. Diferida: É quando o cumprimento do negócio jurídico será determinado, designado para uma data. Ou seja, ele será cumprido todo numa data posterior. Ex: compra e venda em que o comprador dá um cheque para 30 dias pagando o valor todo do produto que adquiriu. Sucessiva: É quando o negócio jurídico se prolonga pelo decurso do tempo. Ex: contrato de locação, no qual todo mês você fica na casa todo mês você paga ou paga tudo de uma vez e usufrui da casa todo mês. Também quando se compra um produto e se parcela em vezes. Negócio jurídico classificação quanto a independência e autonomia: Principais ou independentes e acessórios ou dependentes. Principais ou independente: São aqueles que existem sozinhos, que não dependem de outros negócios jurídicos para ter validade ou eficácia. EX: locação. acessórios ou dependentes:São aqueles que dependem de um outro negócio jurídico para ter validade ou eficácia. EX: penhora, alienamento, hipoteca, fiança, anticrese, clausulas penais sublocação. Planos do negócio jurídico: Pontes de Miranda dividiu em três planos o negócio jurídico. Existência, validade e eficácia. Sendo adotado pelo legislador do código civil 2002 somente a validade e eficácia. Existencia: Neste plano exigese apenas que o negócio jurídico tenha agente (As partes. Quem fez o negócio jurídico), vontade(um querer livre), objeto(do que se trata o negócio. Ex: se aluga algo será locação) e forma(maneira de exteriorizar a vontade). Sem estes é considerado inexistente. E se necessário será considerado inexistente via ação declaratória. A doutrina majoritária diz que exemplo de negócio jurídico inexistente é quando se tem coação física, diferente da coação psicológica. Validade: É onde impõemse a análise da qualidade dos elementos da existência do negócio jurídico. Caso a analise dos elementosda existência não seja positiva o negócio tornase inválido(nulo ou anulável). Art. 104 CC: I – agente capaz; II – objeto lícito, possível, determinado ou determinável; Forma prescrita ou não defesa em lei (não pode ser proibido). Também se faz necessário observar os elementos doutrinários: Partes, objeto, forma, vontade. Partes: Agente capaz plenamente e legitimado,Art. 5º CC. Se incapaz realizará o negócio se a incapacidade for suprida. Os absolutamente incapazes Art. 3 CC, devem ser representados sob pena de nulidade devendo ser proposta a ação de nulidade. Os relativamente incapazes art. 4 CC devem ser assistidos sob pena de anulabilidade devendo ser proposta a ação anulatória. Ou seja poderá ou não ser anulado. Em situações excepcionais a lei confere capacidade civil plena para maiores de 16 anos, como: contrato de mandato Art. 666 CC, Casamento Art. 1.517 CC, Testamento sem assistência Art. 1.860 CC, omissão dolosa ilícita contratual Art. 180 CC. Já a legitimidade do agente é uma capacidade especial exigida pelo negócio jurídico para que seja válido. EX: venda de imóvel de pessoa casada em regra precisa de autorização do cônjuge para que o negócio jurídico seja realizado. objeto: Todo negócio jurídico possui um objeto. Seja ele qual for; Material ou imaterial, fungível ou infungível, com conteúdo econômico ou não. As únicas coisas que são exigidas é que seja: licito, possível e determinado ou determinável. Lícito: Aquele de acordo com o ordenamento jurídico, a moral e os bons costumes. O negócio ilícito é nulo, gera direito de ação de reparação de danos e aplicação dos Arts 150, 883 do CC. Possível: Aquele que pode ser realizado física absolutamente (leis da natureza), física relativamente (atingir o devedor e não a outros) (Art. 106) e juridicamente (não proibido pelo ordenamento jurídico). EX: impossibilidade física absoluta, construir uma ponte da terra até a lua. Impossibilidade jurídica, herança de pessoa viva Art. 426 CC. Determinado ou determinável:Objetodeterminado é aquele que está individualizado no negócio jurídico. Nos estudos das obrigações o objeto determinado é a coisa certa a ser dada. (Art. 232 CC). Ex: Um contrato de compra e venda de uma tonelada de arroz. Objeto determinável é aquele que será individualizado no futuro, contendo de início ao menos a indicação do gênero e quantidade. Nos estudos das obrigações o objeto determinável é a coisa incerta a ser dada (Art. 243). Ex: contrato para compra de todos os grãos de um produtor. Sendo que o produtor planta arroz e soja. Não se sabe o que será entregue primeiro, arroz ou soja, mas se sabe o gênero que é grão e se sabe a quantidade, que são todos. Forma: É a maneira de exteriorizar a vontade do agente; Esta deve ser prescrita (escritura pública) ou não (instrumento particular) e não deve ser defesa (proibida) em lei. Fora estes o agente pode de forma livre exteriorizar sua vontade (Art. 107). Diverso a isto será nulo! Art. 166 inciso IV e V. A cima de 30 salários requer solenidade, inscrição pública, para ser válido, salvo promessa de compra e venda. Art. 108/ Enunciado 289 JDC. A forma contratual se dá quando manifesto pelas partes formalidades que dependerá o contrato para ser válido o cumprimento Art. 109 CC. A forma também pode ser classificada em ad solemnitatem e ad probationem. Ad solemnitatem: É aquela exigida como requisito de validade do negócio jurídico(166, 108, 109 CC) Ad probationem: É aquela exigida para a prova do ato em juízo. (227, 1.536 CC) Vontade: É a manifestação de vontade livre e de boafé. Ou seja, sem nenhum dos defeitos do negócio jurídico. A se comentar a respeito da vontade destacase: Reserva mental, representação, interpretação do negócio jurídico, Defeitos do negócio jurídico (AULA 11). reserva mental: Artigo 110 CC. Não tendo a outra parte conhecimento da reserva mental do agente, esta será irrelevante para o Direito. Toda viase houver conhecimento da parte o negócio jurídico se torna nulo, pois há comprometimento da vontade pelo agente. O legislador do código civil não adota o plano da existência. Se o tivesse adotado, alguns autores apontariam como se o negócio jurídico fosse inexistente, mas o mais indicado à classificação é nulidade do negócio jurídico. Representação: É a legitimidade conferida a uma pessoa (representante) para praticar atos em nome de outra pessoa (representado). Esta é dividida por representação legal ou convencional. Lei (representação legal): É aquela que a lei determina. Conferida aos pais, tutores e curadores. Também aos síndicos e administradores da falência ou recuperação, que são na verdade representantes judicias, mas que após o CC 2002, ganharam também esta denominação de representante legal. Na representação legal o representante, obrigatoriamente dotado de capacidade civil plena, somente pode agir em nome do representado. Também pode ser mandatário aquele entre 16 e 17 anos, mas seguida a norma prevista noArt. 655 CC.Todos os tipos de mandatários devem provar sua qualidade e extensão do seu poder, junto ao representado, sob pena de responder pelos atos que o excedem, deixando de ser mandatário e tornandose mero gestor, Arts. 116, 665, 861, 875 CC. É anulável o autocontrato segundo os termos doArt. 117. É permitido o autocontrato via mandato em causa própria Art. 685 CC. É anulável o negócio jurídico quando pelos termos do Art. 119 CC. Sobre os requisitos e efeitos da representação legal,Art. 120 CC. EX: Art. 3º, 4º, lei de falências. Convencional (do interessado): Também chamada de voluntária, é aquela conferida mediante mandato. Ou seja, uma pessoa recebe de outra poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses Art. 653 CC. Na representação convencional o representante, obrigatoriamente dotado de capacidade civil plena, pode agir em favor de si mesmo via procuração em causa própria. Também pode ser mandatário aquele entre 16 e 17 anos mas seguida a normaprevista noArt. 655 CC. Todos os tipos de mandatários devem provar sua qualidade e extensão do seu poder, junto ao representado, sob pena de responder pelos atos que o excedem, deixando de ser mandatário e tornandose mero gestor, Arts. 116, 665, 861, 875 CC. É anulável o autocontrato segundo os termos do Art. 117. É permitido o autocontrato via mandato em causa própria Art. 685 CC. É anulável o negócio jurídico quando pelos termos do Art. 119 CC. Sobre os requisitos e efeitos da representação convencional, Art. 120. EX: Arts. 653, 692 CC. Interpretação do negócio jurídico: Por serem criadoras de leis individuais, estritas aos contratantes se faz necessária a interpretação das cláusulas contratuais. Esta buscará identificar a real vontade dos contratantes. Quando esta for permanecer em silencio, se não constar exigência contrária no contrato, não é sinônimo de consentimento contratual (Art. 111 CC). Quando a vontade consubstanciada no contrato não é a imaginada (Art. 112). Na sequencia devese observar a boafé e os costumes do lugar onde foi celebrado (Art. 113). As práticas habituais entre os contratantes(enunciado 149 VJD). Ou seja,fato, valor e norma fazem parte da interpretação investigativa contratual afim de definir as intenções contratuais do caso concreto. Já na interpretação dos negócios jurídicos benéficos ou gratuitos (Uma das partes tem um ato liberativo sem exigir da outra parte contraprestação. EX: doação pura) e na renuncia (abdicação de um direito titularizado), os atos serão interpretados restritamente. Ou seja, a favor de quem praticou a liberalidade e não de quem foi beneficiado (Art. 114). Outras normas restritivas do negócio jurídico Art. 423, 819, 843, 1899. Defeitos do negócio jurídico (AULA 11): Ocorre quando a manifestação de vontade não é livre ou de boafé. Ou seja a vontade esta viciada ou defeituosa. Quando este vício é interno chamase vício de consentimento. Quando o vicio é externo chamase vício social. Vício social: Ocorre na falta de utilização de boafé da vontade dos agentes. Quando o agente quer voluntariamente através do seu negócio jurídico obter vantagens prejudicando um terceiro. Sabese o que esta fazendo, pois praticase Fraude ou Simulação. Fraude contra credores: É um negócio jurídico oneroso ou gratuito celebrado que vá causar dano ao credor. Elementos essenciais para a fraude, no negócio jurídico oneroso: conluio (cumplice, duas pessoas) e evento danoso. Ex: Vendese um carro a um terceiro visando não perder este carro para o banco que tem poder de tomar o veículo. Ou seja, o negócio jurídico realizado na venda do carro tem, pelas partes intenção de fraudar o banco. Elementos da fraude no negócio jurídico gratuito: somente evento danoso. Ex: doação da parte para outra parte, que não necessariamente precisa saber da fraude, com fins de prejudicar através desta doação terceiros. Simulação: É a criação de um negócio jurídico que não produzirá efeito segundo o que foi proposto pelo negócio. identificada esta simulação o negócio jurídico será nulo. Ex: o cônjuge adultero simula vender uma casa para a amante, mas na verdade fez uma doação, o que é proibido.A simulação pode ser dividida em absoluta ou relativa.Simulação absoluta é quando é celebrado um negócio jurídico para não produzir nenhum efeito. Ex: o cônjuge adultero simula vender uma casa para a amante, mas na verdade não vendeu nem doou nada. Simulação subjetiva, Criase um negócio jurídico para encobrir outro mudandose o sujeito ou o objeto. Ex: o cônjuge adultero simula vender uma casa para o caseiro, mas na verdade o sujeito da relação é a amante. Neste caso mudouse o sujeito. Vício de consentimento: Ocorre na formação da manifestação da vontade do sujeito, do agente. Quando esta vontade não é livre por algum fator exterior. Esta dividese em:Erro ou ignorância, Dolo, Coação, Estado de Perigo, Lesão. Erro ou Ignorância: O erro é a falsa percepção da realidade. Já a ignorância é o total desconhecimento da realidade. Embora os dois sejam diferentes são tratados como sinônimos e escusáveis, ou seja, desculpáveis. Art. 138 CC.Quem erra, erra sozinho. Ex: uma pessoa com conhecimento comum, compra um vaso falsificado de porcelana achando que era original, quando apresenta esse vaso a um especialista este aponta que foi um erro. Os objetos eram idênticos e por conta disso somente um especialista poderia diferir. Este é um erro perdoável, escusável, pois qualquer homem médio poderia errar, sendo possível invalidar o negócio jurídico. Os tipos de erro estão elencados noArt. 139 CC. Errase sobre o negócio jurídico celebrado (pensase estar um tipo de negócio quando na verdade se faz outro. Ex: pensase estar recebendo uma doação quando na verdade é um empréstimo). Errase sobre o objeto do negócio jurídico celebrado (contrato de compra e venda no qual o comprador erra na compra do seu objeto, pois era muito similar ao que ele gostaria de comprar). Errase a pessoa do negócio jurídico celebrado Art. 1556, 1557 CC (casamento segundo os artigos citados. Deposito em conta bancária errada).Errase sobre o direito do negócio jurídico celebrado Art. 139 III CC (É quando por se desconhecer a lei se pede a anulação do negócio jurídico para não permanecer ou não descumprir a lei. Diferente da justificativa de errar e permanecer no erro e posteriormente alegar desconhecimento da lei, que atinge o princípio da obrigatoriedade legal). Errase sobre o cálculo do negócio jurídico (Este dos erros é o único indesculpável, não escusável. Se o agente erra no tamanho, na metragem, ou seja, no cálculo do objeto não tem poderes para anular o negócio jurídico apenas autoriza retificação). Princípio da conservação do contrato (A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral que reforça o princípio de conservação do contrato, assegurando trocas úteis e justas. Ou seja, pelo princípio da conservação dos contratos haverá de se analisar entre as partes o que foge ou o que é concernente aos direitos garantidospelo 421 CC, que ligase diretamente ao Art. 51 CDC e tem na jornada do direito 20,21,22,23,166,167 os entendimentos, que delegam a conservação do contrato, procurandose adequar as condições entre as partes para que o contrato permaneça, de forma útil e justa, atendendo aos interesses das partes e oferecendo garantia ao socialmente correto).Pode ser anulável via ação anulatória,Art. 178 II. Podese rever o erro nas formas do Art. 141, pessoalmente, por meios interpostos, ou intermediários. O Art. 144 CC . Dolo: O dolo acontece quando uma parte induz a outra ao erro. Ex: Um cliente quer comprar um vaso de porcelana e o vendedor vende um vaso que não é porcelana induzindo o comprador a crer que é. Existe equivoco, assim como no erro, mas aconteceu por meio ardiloso de uma das partes. O dolo pode ser conceituado em dolos malus e dolos bonus. No dolos bonus não é gerada anulação do negócio jurídico e no dolos malus sim. O dolos malus é quando alguém te induz a errar. É o erro de dolo clássico. O dolos bonus é comumente utilizado no marketing na propaganda. Ou seja, se enaltece características de algo para que este se almejado por outrem.Ex: um sabão que limpa muito bem a sua roupa, mas a sua roupa não fica branca exatamente como a da propaganda. Diferente de propaganda enganosa que seria a ineficácia total de algo que supostamente seria útil. Ex: Um sabão que supostamente deixaria sua roupa superbranca e ao invés disso nem lavar a sua roupa lava. O dolo pode ser dividido em dolo positivo ou comissivo e dolo negativo ou omissivo. O dolo positivo ocorre quando o agente tem uma ação positiva em relação a vítima. Art. 145 CC. Ex: Ex: Um cliente quer comprar um vaso de porcelana e o vendedor vende um vaso que não é porcelana induzindo, agindo junto o comprador a crer que é para que este compre. Já o dolo negativo ocorre quando o agente intencionalmente silencia ocultando um fato ou qualidade que a vitima ignora. Art. 147 CC. Ex: O agente menor de 16 anos contrata um serviço e para se escusar de uma obrigação omite sua idade ou mente se passando por maior, quando perguntado pela vítima, visando benefício próprio. Ex₂: Ou a venda de um imóvel em que o agente não fala nada sobre problemas da casa ou do bairro e vende o imóvel. As duas espécies assim como o previsto pelo código são dolos malus. O dolo também pode ser dolo acidental ou secundário. São aqueles que não fazem parte da questão principal do negócio jurídico. Ou seja, o agente induz a vítima ao erro de alguma questão periférica do negócio jurídico e não a questão principal. Ex: Um contrato de compra e venda de um objeto entre partes de moram em Estados diferentes. O objeto comprado é parte principal. Já a forma de envio é secundário. O agente pode não induzir ao erro no objeto, o principal, mas pode induzir ao erro no envio, o secundário. Por isso é chamado dolo acidental ou secundário, Art. 146 CC, no qual cabe acerto para a satisfação dos danos (perdas e danos) e não a anulação do negócio jurídico, pois o negócio principal foi realizado. O problema foi no secundário. Outra questão sobre Dolo a ser abordada é oDolo de terceiro. O terceiro é caracterizado como alguém estranho a relação jurídica e que prejudica esta relação. Ex: Um contrato de compra e venda de um imóvel feito por um corretor. As partes são formadas pelo comprador e pelo vendedor, sendo o terceiro o corretor, que negativamente ou positivamente, induz a compra errada do imóvel cujo o defeito não é exposto ao comprador. Por isso chamado de dolo de terceiro,Art. 148 CC, no qual será analisada a participação ou não, da parte favorecida junto ao terceiro, para assim definir se haverá anulação ou não do negócio jurídico. Se o favorecido participa do dolo do terceiro o negócio é anulado. Se não, o terceiro arcará sozinho com os danos a vítima. Outra forma de dolo é dolo do representante legal.Art. 149 CC, ou seja, se o beneficiado escolheu o representante, forma convencional, acará com os prejuízos. Não se fala de anulação neste caso. Se for o representante escolhido pela lei, representante legal, quem arca com os prejuízos é o próprio representante, sendo o negócio jurídico mantido e não anulado. O ultimo tipo de Dolo é o Dolo bilateral. É quando as duas partes querem induzir a outra ao erro. Art. 150 CC, neste sentido o negócio jurídico não é desfeito e cada um arca com os próprios prejuízos. Em suma. Por dolo somente é anulado o negócio jurídico por dolo positivo, Negativo, de terceiro em caso de participação do beneficiário. Coação: Ameaça fundado temor de dano eminente. Esta ocorre quando existe coação moral ou psicológica irresistível. Art. 151, ou seja, a coação ou ameaça deve ser grave, real e injusta (não é exercício regular do direito), com potencial de existir, de acontecer, sobre você e ou seus bens e ou os membros da sua família . Art. 152, ou seja, precisase analisar quem ameaça e sobre quem é a ameaça. Ex: um lutador de valetudo ameaça a quebrar o seu carro se você não vender pra ele. Esta é uma real ameaça grave. Ex₂: Uma senhora de 80 anos com um andador, ameaça de quebrar seu carro que tem 25 anos em plena saúde. Esta não é uma real ameaça grave não é considerada coação. Outra questão não considerada ameaça grave é o temor refevencial (Respeito ao superior hierárquico) Ex: Um filho vende uma moto e depois pede a anulação do negócio jurídico, pois alega que vendeu a moto por que estava coagido pela sua mãe que chorava e ameaçava de parar de falar com ele. A coação de terceiro ocorre quando por parte de um terceiro, ou seja, pessoa não envolvida no negócio jurídico, ameace gravemente a vítima. Caso a parte beneficiada tenha conhecimento do ocorrido será anulado o negócio jurídico. Se o beneficiado não tiver conhecimento assume o terceiros os encargos quanto aos danos causados a vítima. Estado de Perigo: Art. 156 CC, É a premente necessidade, conhecidapela outra parte em que se assume uma prestação excessivamente onerosa. É um negócio jurídico Estabelecido em momento de estado de necessidade pela vítima, com conhecimento do agente. Ex: cheque caução em hospital para tratamento de paciente com risco de vida. Também Tipificado pelo código penal. Cabendo anulação. Lesão: Art. 157 CC, É a premente necessidade ou inexperiência, não conhecida pela outra parte, em que se assume uma prestação excessivamente onerosa. Ou seja, É um acontecimento ocorrido na celebração do negócio jurídico, por ser este extremamente oneroso, estabelecido pela vítima inexperiente ou em momento de estado de necessidade, sem o conhecimento do agente que acaba por lesar a vítima. Ex: Apartamento locado, com valor muito a cima do valor de mercado, por proprietário que não sabia que o inquilino estava pagando a mais pelo imóvel, por estar em estado de necessidade. Neste sentido cabe anulação do negócio jurídico. Eficácia: Em regra o negócio jurídico que existe e é válido tem eficácia imediata gerando direitos e obrigações as partes contratadas. Estas partes podem acordar novas cláusulas contratuais acessórias com fins de modificar ou limitar os efeitos contratuais ou de criar um novo direito. Essas clausulas acessórias são chamadas elementos acidentais (acidentalia negotii). Elementos acidentais: Pode ser qualquer cláusula criada livremente e que seja lícita. Toda via as mais comuns são: condição, termo e modo ou encargo. Condição: Art. 121 CC. É normalmente inserida nos negócios jurídicos pelos termos SE e EQUANTO em relação a um evento incerto futuro (Compro seu guardachuva SE chover amanhã). Tem força suspensiva (surgimento do direito) e força resolutiva (extinção de um direito). A condição atua no plano da eficácia, mas pode também atuar na validade (condições contratuais ilícitas invalida o negócio). A condição pode ser identificada por 3 formas: Pendente (condição que ainda não se verificou o evento futuro), verificada (condição em que se averiguou seu cumprimento, não importando se é suspensiva ou resolutiva), frustrada (condição em que não foi verificada). Art. 129 CC. Ou seja, se a condição resolutiva for executada com malícia e ocultada por aquele que obteve vantagem, o que se desfavoreceu poderá, provando o ato de máfé da outra parte, cessar ou reaver a vantagem recebida pela outra parte. Dentro das condições dos elementos acidentais do negócio jurídico também temos : Requisitos da condição: São requisitos da condição a Voluntariedade, a Futuridade, a Incerteza. A voluntariedade:Deve serresultado da manifestação da vontade das partes. Tendo que ser expressa no negócio jurídico, condição própria, e de forma alguma tácita ou presumida, (Art. 121, 130 CC). Não se pode confundir com condição imprópria ou legal ou conditio iuris. Que nada mais é do que uma exigência legal para validar ou dar eficácia a um ato jurídico. EX: O absolutamente incapaz, precisa ser representado nos atos da vida jurídica. O pacto antenupcial deve ser feito mediante inscrição pública. A futuridade: O negócio jurídico deve ser um fato posterior a celebração deste negócio. Se for presente ou desconhecido pelo agente não há condição para o negócio jurídico. Se o evento já houve o negócio é caracterizado como desenvolvido. Se não houve evento algum, o negócio não se formou. A incerteza: É o elemento diferenciador entre a condição do elemento acidental do negócio jurídico e o termo do elemento acidental do negócio jurídico. Toda condição, deve ser um fato incerto futuro! Independente de quem realiza o negócio jurídico. classificação da condição quanto a certeza: condição incerta (incertus an incertus quando) e condição certa (incertus an certus quando). Condição incerta (incertus an incertus quando): É quando a condição é incerta quanto a um requisito e também a outro. Duplamente incerta. EX: Te dou um capacete do Rubinho quando ele ganhar uma corrida. (Não se sabe se ele vai ganhar e quando vai ganhar). Condição certa (incertus an certus quando): É quando a condição é incerta quanto a um requisito mas certa quanto a outro. EX: Te dou um capacete do Rubinho na próxima corrida dele se ele ganhar). (Se sabe quando vai ganhar, mas não se sabe se vai ganhar.) Classificação da condição quanto aos efeitos: Condição suspensiva e condição resolutivo. Condição suspensiva: É a condição que suspende o exercício e a aquisição do direito do negócio jurídico, no lapso temporal, entre sua celebração e seu implemento Art. 125 CC. Porém neste período é gerada expectativa de direito para as partes sob o objeto, que também já tem proteção, podendo seu titular fazer valer medidas conservatórias Art. 130 CC. Também durante este período pode ser o negócio jurídico, transmitido inter vivos ou causa mortis, mantendo todas as previsões do negócio antes feitas. Em regra esta condição suspensiva é retroativa. Porém em negócio que exige tradição e registro não retroage. Se durante a condição suspensiva o objeto se deteriorar de forma não culposa, o alienante sofre a perda. Condição resolutiva: É aquela condição que quando verificada põe fim a aquele elemento acidental do negócio jurídico não formulado com boafé. Porém e em nada modifica as outras cláusulas formuladas com boafé Art. 127 CC. A condição resolutiva é automática, salvo aqueles negócios jurídicos que estejam previstos a cláusula resolutiva. Estes terão a resolução decretada por ação judicial. Classificação da condição quanto a licitude: condição lícita e condição ilícita. Condição lícita: É aquela de acordo com o Ordenamento Jurídico. Principalmente a luz dos princípios fundamentais (dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade...). Condição ilícita: É aquela que não é de acordo com o Ordenamento Jurídico. Principalmente a luz dos princípios fundamentais (dignidade da pessoa humana, liberdade, igualdade...). previstas também no Art. 122, 123 CC. Classificação da condição quanto à possibilidade: condição possível e condição impossível. Condição possível: É quando a condição pode ser cumprida tanto pelo ponto de vistafísico (leis da natureza) e jurídico (ordenamento jurídico. As condições válidas). Condição impossível:É quando a condição não pode ser cumprida ou pelo ponto de vista físico (leis da natureza) e jurídico (ordenamento jurídico. As condições válidas). Se estas impossíveis estiverem em condição suspensiva o negócio será nulo. Se estas estiverem sob condição resolutivo o negócio é válido Arts 123, 124 CC. classificação da condição quanto a natureza ou fonte: Condição casual, Condição potestativa, Condição Mista. Condição Casual: É quando um evento alheio fundamenta a vontade das partes. Dependem do acaso, do caso fortuito, sem a possibilidade de intervenção das partes. Ocorrem normalmente por efeito da natureza (te dou um guardachuva se chover amanha em São Paulo) ou também por comportamento de terceiro (te dou um carro se Rubinho ganhar a corrida amanha). Condição Potestativa: É aquela que o contrato depende da condição de um dos contratantes. Esta se divide em: Simplesmente ou meramente potestativa, Puramente potestativa, condição mista. Simplesmente ou Meramente Potestativa: Uma das partes impõe uma condição lícita e a outra deve cumprila. EX: Te dou um carro se você der uma volta no quarteirão num pé só. Também vêse exemplos nos Arts. 420, 505, 509, 513 CC. Puramente Potestativa: O negócio jurídico fica subordinado ao arbítrio de uma das partes somente. Ou seja, fica o negócio jurídico subordinado a parte que o propôs. EX: Vou te dar um carro, mas quando eu quiser. Ou a parte deixar de indicar a quantidade de um objeto a ser a outra parte. Por esse motivo são consideradas ilícitas gerando a nulidade do negócio. Condição Mista: Esta se dá quando se tem uma situação em que ao mesmo tempo ocorre a condição meramente e puramente potestativa. Dentro deste formato é lícita. Ou seja, quando depende da vontade de uma das partes, somada a um ato de vontade de um terceiro, que não depende das partes. EX: Eu te dou 10 reais se aquele cara fizer 50 flexões. Termo: É a cláusula que subordina a eficácia do negócio jurídico a umevento futuro certo. Pode ser um termo convencional, estipulado pelas partes, ou pode ser um termo legal ou jurídico, estipulado pela lei. Classificase o termo em: Aos efeitos, À certeza, Contagem do prazo. Aos efeitos: Suspensivo ou Resolutivo. Suspensivo ou inicial: É o termo que quando verificadoda início ao negócio jurídico. Um evento futuro certo que depois de verificado começará, dies a quo. EX: 1º de janeiro do ano que vem alugarei esta casa. Art. 135 CC Resolutivo ou final: É o termo que quando verificado coloca fim aos efeitos do negócio jurídico, dies ad quem. EX: dia 30 do mês que vem o contrato de locação vencerá. Art. 135 CC À certeza: Termo Certo e Termo incerto. Termo Certo: É o termo que certamente o correrá sabendose quando ocorrerá, certus an certus quando. É uma decorrência da natureza. Ex: dia 1º do ano que vem te dou um carro. Termo Incerto:É o termo que certamente ocorrerá porém não sabese quando, certus an incertus quando. EX: a morte. Todos sabemos que iremos, mas não sabemos quando. À contagem do Prazo: É o lapso temporal entre o termo inicial do negócio jurídico e o termo final Art. 132 caput CC. Art. 132 §1º CC, também aos domingos salvo expediente bancário. Art. 132 §2º, independente do ano bissexto ou ser fevereiro. Art. 132 §3º, se considerando contagem por hora se assim estiver expresso no negócio jurídico §4º . Art. 133, Aos herdeiros é permitido que cumpram encargos estabelecidos pelo testador assim como antecipar pagamento do legado. Aos devedores é presumido que este possa pagar sua dívida antes do vencimento, salvo se expresso no contrato que o prazo estabelecido está a favor do credor ou de ambos. Aos consumidores devedores,Art. 52 § 2º CDC, independente se no contrato favorece ao credor ou a ambos. Os negócios jurídicos sem prazo vencem imediatamente, salvo se este tiver que ser cumprido em local ou prazo diferentes do local e tempo contratado. modo e encargo: É um tipo de cláusula que atende aos interesses da parte autora, que impõe uma obrigação para a outra parte que tem uma liberdade.Uma doação com encargo. Usualmente está cláusula é identificada pelas palavras “para que ou com fim de” Art. 540 CC. EX: uma doação de um terreno feita a uma pessoa, que tem por obrigação construir uma escola neste terreno. Ou ainda, a nomeação de uma pessoa como herdeira, que tem como obrigação cuidar de um gato, etc. Esta obrigação pode ser cobrada mediantes ação de execução (contrato assinado por duas testemunhas) ou mediante ação de obrigação (contrato assinado sem testemunhas) Art. 553 CC. Sobre a revogação da doaçãoArt. 562 CC. Se a parte responsável pelo ato vier a falecer ou se tornar incapaz em nada mudará a liberdade da a outra parte. Salvo se esta liberdade estiver condicionada a condição suspensiva. Neste caso o negócio é considerado nulo, Art. 136 CC. Negócio jurídico inexistente nulo ou anulável Art. 166 CC / Art. 171 CC: Estes ocorrem dentro do plano da validade da escada Pontiana. Nulo: Art. 166 CC É o mais grave. São eles a simulação e aqueles elencados no Art. 104 (agente capaz, objeto lícito, possível determinado ou determinável, prescrito ou não defeso em lei) menos os relativamente incapazes. Nunca produz efeitos. Logo ele existe mas é inválido. São aqueles de ordem pública interessam a todos logo qualquer pessoa pode alegar a nulidade dele.Ex: a venda de um rim em que ambas as partes tem vontade de realizar. Isto se dá por que o objeto é ilícito. Anulável: Art. 171 CC É menos grave. São eles os relativamente incapazes e aqueles do defeito do negócio jurídico menos simulação. Produz efeitos enquanto não for anulado. Prazo no máximo de 4 anos, sendo considerado válido se após este prazo a parte não pedir a anulação. Logo ele existe é inválido e enquanto não for anulado será eficaz. Ex: comprase algo errado. Se não voltase para reclamar onegócio jurídico existe, continua a produzir efeito mesmo sendo inválido.Ou seja, interessa as partes contratadas, de ordem privada, ou a terceiros lesados pelo negócio. Interessa àquele que foi lesado e não a todos.
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