Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE Faculdade de Direito ________________________________________________________ EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA... VARA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO X. Andy Dufresne, brasileiro, viúvo, bancário, residindo no presídio..., com RG sob o nº..., inscrito no CPF sob o nº..., vem a presença de Vossa Excelência, com argumentos na Constituição Federal art. 5º, inciso LXVIII e art. 647 e SS do CPP, impetrar: HABEAS CORPUS Em meu favor, por ato praticado pelo ilustre Diretor Geral Penitenciário, pelos fatos e fundamentos a seguir. I –Dos Fatos: Eu, Andy Dufresne estou preso por estar sendo acusado de cometer o crime de homicídio contra minha esposa e seu amante. Fui detido pelo Diretor Geral Penitenciário. É, em síntese o breve relatório. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE Faculdade de Direito ________________________________________________________ II –Do Direito/ Dos Fundamentos: Com base no art. 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal: “Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder.” Excelência senti que meu direito de liberdade de locomoção foi interrompido o que pode ser comprovado no art. 5 º, inciso LIV da Constituição onde diz que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal” sendo que este direito não me foi concedido pela autoridade coatora. Considerando entretanto que o ato praticado pelo Diretor Geral Penitenciário é revestido de ilegalidade, o ato praticado é nulo, pois no art. 5º, inciso LXI diz que “ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente...” Como podemos ver também no art. 5º, inciso LIII da Constituição “ninguém será processado, nem sentenciado senão pela autoridade competente” sendo comprovada a ilegalidade desta prisão na qual me submeteram. Minha prisão não foi analisada pelo juízo competente, sem deixar de mencionar Excelência que sou réu primário e de bons antecedentes, Como se vê no art. 5º, inciso LVII “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Portanto, a referida prisão demonstra-se, por completo, abusiva e ilegal, ficando aqui evidencias de que houve um verdadeiro abuso pela autoridade e que deve ser sanado pelo remédio do habeas corpus. III – Da Liminar: UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE Faculdade de Direito ________________________________________________________ Presente está o “fumus boni iuris”, ou seja, o amparo legal ficou comprovado na violação do princípio da dignidade da pessoa humana art. 1º, inciso III, pois esta sendo privado minha liberdade de locomoção. A prisão feita pelo Diretor Geral Penitenciário é revestida de ilegalidade por esse fato de acordo com o art. 5º, inciso LXV “a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária” O “periculum in mora” encontra-se caracterizado pelos prejuízos irreparáveis que está sendo causado a mim, pois trabalho como bancário, deixando meus clientes na mão e ficando desmoralizado perante eles. Por isso peço que me conceda a liminar para expedir alvará de soltura, para que eu possa responder em liberdade. Logo foram comprovados os dois requisitos para que seja concedida a medida liminar. IV – Dos Pedidos: Diante do exposto requer: 1) Concessão da medida liminar para expedição de alvará de soltura. 2) Notificação da autoridade coatora para prestar informações. 3) Notificação do ilustre representante do ministério Público para proferir o parecer. 4) Que no mérito o pedido seja julgado procedente, isso por ser medida de justiça. Termos em que, pede deferimento. Comarca do Estado X, 10 de junho de 2016. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE - UNIVALE Faculdade de Direito ________________________________________________________ _________________________________________ ANDY DUFRESNE
Compartilhar