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* * Biofísica da RESPIRAÇÃO Profa. Claudineia M. Araujo * * Biofísica da Respiração Aparelho Respiratório Vias Aéreas Pulmões Caixa Torácica * * A traquéia no nível da quinta vértebra torácica, se bifurca nos brônquios-fonte. * * Tubos respiratórios e alvéolos Bronquíolos terminais - bronquíolos respiratórios – ductos alveolares - sacos alveolares - alvéolos * * Parede Torácica É uma estrutura elástica, que juntamente com os movimentos diafragmáticos, promove variações de volume da cavidade torácica. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.222. * * Biofísica da Respiração Músculos Inspiratórios Diafragma Intercostais externos Grande peitoral Músculos Expiratórios Musculatura da parede abdominal Transverso do abdômen Obliquo externo Oblíquo interno Reto abdominal Musculatura da parede torácica Intercostais internos * * Movimento do diafragma (contração = inspiração e relaxamento = expiração). Movimentação das costelas (músculos intercostais externos). * * Inspiração: movimento dos arcos costais e rebaixamento da cúpula diafragmática, com aumento do volume intratorácico Movimentos da caixa torácica de frente (esquerda) e de perfil (à direita) A-Inspiração; B-Expiração Expiração: eleva a pressão intratorácica, devido compressão das vísceras sobre o diafragma, e rebaixamento dos arcos costais. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.222 * * Mecânica da Respiração Os pulmões estão envolvidos pela pleura visceral e ocupam cerca de 4/5 do volume da cavidade torácica. A pleura parietal recobre a parede interna da caixa torácica. * * Mecânica da Respiração Movimentação dos Pulmões Pressão Pleural – É a pressão existente no espaço pleural, entre a pleura parietal e a pleura visceral. Os pulmões são mantidos expandidos, na cavidade torácica, devido à pressão negativa do espaço pleural. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.222 * * Movimentação dos Pulmões No início da inspiração: Pressão Pleural = -5 cm H2O, com o decorrer da inspiração o volume da cavidade torácica aumenta, reduzindo a pressão pleural, com aumento da pressão negativa = -7 cm H2O e redução da pressão alveolar, promovendo entrada de ar. Na expiração ocorre o contrário: eleva-se a pressão pleural para valores menos negativos, com aumento da pressão intra-alveolar, expulsando ar dos pulmões. Expiração: -2cmH2O a -4cmH2O Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.223 * * Mecânica da Respiração Pressão Alveolar – é a pressão no interior dos alvéolos. Nas pausas respiratórias - a pressão alveolar = pressão atmosférica (0 cmH2O). Para inspiração - a pressão alveolar deve cair em relação a atmosférica = -1 cmH2O. Durante a expiração, ocorre o contrário , com uma pressão alveolar de +1 cmH2O. Pressão Transpulmonar – é a pressão medida pela diferença entre a pressão alveolar e pleural. Quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra no pulmão. Fonte: Guyton.2002.p.406-416 * * Movimentação dos Pulmões Pressão Pleural Pressão Alveolar Pressão Transpulmonar A pressão transpulmonar atinge seu ponto máximo durante a inspiração. * * Mecânica da Respiração Escoamento de ar nas Vias Aéreas Equação de Poiseuille : F= __πΔPr4__ 8Lη F = fluxo em unidade de volume / tempo P2- P1 = diferença de pressão r= raio do tubo η = viscosidade do fluido L = comprimento do tubo π e 8 são constantes de integração Tubos longos e fluidos de alta viscosidade, oferecem resistência e dificultam o movimento de ar. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.225 * * Tipos de Escoamento Laminar (baixo gradiente de pressão) Turbulento (alto gradiente de pressão) Mecânica da Respiração Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.226 * * Escoamento de ar nas Vias Aéreas Escoamento Laminar: a velocidade cresce das paredes para o centro do tubo. Ex: respiração normal Escoamento Turbulento: oferece alta resistência ao fluxo, consumindo energia para movimento do fluido. Ex: dispnéia Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.226 * * NÚMERO DE REYNOLDS N=__V.d.M __ η onde N é o número de Reynolds; Vc é a velocidade média do fluido; d é a diâmetro do tubo; M é a densidade do fluido; η é a viscosidade do fluido. AUSCULTA SILENCIOSA= laminar; AUSCULTA RUIDOSA= turbilhonar. O número de Reynolds (N) indica o limite entre o fluxo laminar e turbilhonar. * * Mecânica da Respiração Medidas Espirográficas Volume Corrente (VC): volume de ar inspirado num ciclo respiratório- 500 ml Volume de reserva inspiratória: quantidade de ar inspirado no esforço máximo - 3000 ml Volume de reserva expiratória: quantidade de ar expirado na expiração máximo - 1100 ml Volume residual: ar que não pode ser expulso dos pulmões- 1200 ml Capacidade Vital (CV) = Volume Corrente (VC) + Volume de Reserva Inspiratória + Volume de Reserva Expiratória = 4600 ml Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.227 * * Medidas Espirográficas Capacidade Pulmonar Total (CPT) = CV + Volume Residual = 4600 ml + 1200 ml = 5800 ml Capacidade Inspiratória (CI) = Volume Corrente + Volume de Reserva Inspiratória = 500 ml + 3000 ml = 3500 ml Capacidade Expiratória (CE) = Volume Corrente + Volume de Reserva Expiratória. Capacidade residual funcional: Volume Residual + Volume de Reserva Expiratória. 1200 ml + 1100 ml =2300 ml Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.228 * * * * * Mecânica da Respiração Complacência Pulmonar É a capacidade que os pulmões possuem de aumentar de volume, quando submetido a uma variação de pressão. Complacência = Volume / Pressão Obs.O aumento de 1cmH2O equivale a aumentarmos um volume de 200mL de ar no pulmão. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.233 * * Mecânica da Respiração Tensão Superficial Quando se forma interface entre água e ar, as moléculas de água situadas na superfície têm atração umas pelas outras. Como conseqüência, a superfície da água está sempre tentando contrair-se. Nas superfícies internas dos alvéolos, a superfície de água também está tentando se contrair, o que tende a forçar o ar para fora dos alvéolos e fazer com que os alvéolos entrem em colapso. O efeito final consiste na geração de força contrátil elástica de todo pulmão, denominada força elástica da tensão superficial. Fonte: Guyton A e Hall J. 2002 .p. 406-416. * * Tensão Superficial * * Mecânica da Respiração Os pneumócitos tipo II produzem surfactante (fosfolipídeos, proteínas e íons), que reduz a tensão superficial e encontra-se espalhado pela superfície de água que reveste os alvéolos, evitando seu colabamento. O surfactante é importante para reduzir a quantidade de pressão necessária para expandir os pulmões e promover estabilidade aos alvéolos. A quantidade de pressão gerada, dessa maneira, em um alvéolo pode ser calculada a partir da fórmula: * * Mecânica da Respiração Surfactante e síndromes patológicas Síndrome da membrana hialina: a produção de surfactante é deficiente, assim, a força de retração alveolar (tensão superficial) é alta e respiração difícil. Acomete RN. Edema pulmonar: passagem de líquido para cavidade alveolar,conseqüente, ao aumento de surfactante. Fonte:GARCIA, E.A.C. 2002. p.242 * * REFERÊNCIAS HENEINE, I.F. Biofísica Básica.Ed. Atheneu, 2003 GARCIA, E.A.C. Biofísica. Ed. Savier, 2002 Guyton A e Hall J. Tratado de Fisiologia Médica. Ventilação Pulmonar - Página 406-416, Capítulo 37, 2002. * * OBRIGADO!
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