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Respostas – Exercícios de Relações étnico-raciais no Brasil 1- A indentidade Nacional é complexa e definir a identidade brasileira como o atributo, a etiqueta do conjunto populacional, ou dos indivíduos, que vivem dentro desse quadro formal pode ser errônea, assim poderíamos dizer que identidade nacional abrange um consenso em torno de certos valores, e uma diferença entre ele e outros tipos de consenso, ou entre eles e outros consensos nacionais. 2- O preconceito e o racismo no Brasil é mascarado e reproduzido de diversas formas. Os eufemismos como moreninho, moreno claro, escurinho fazem parte da etiqueta social procurando suavizar a cor negra. O preconceito e racismo é visto em novelas, como negros em papeis de empregados, homessexuais sendo agredidos, mulheres sendo taxadas de inferiores aos homens. Vemos tais preconceitos e racismo como algo até rotineiro em nosso sociedade atual. 3 - A invisibilidade social é um conceito aplicado a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença ou pelo preconceito. Esse conceito é bastante amplo, abarcando os vários fatores que levam a uma invisibilidade, tais como sociais, estéticos, econômicos, históricos, culturais, etc. 4 – O Brasil é um país diversificado porém ainda muito preconceituoso, nos atuais anos muitos valores tem se tornado mais mutáveis e muitas pessoas mais tolerantes, o que pode nos dar uma sem sação de otimismo, porém ainda há aqueles arraigados a crenças preconceituosas e fechadas. Portanto, o futuro é incerto, porém com grandes esperanças de mudanças. 5 - A baixa participação da população negra nas programações veiculadas nos grandes meios de comunicação de massa no Brasil pode significar menores oportunidades de trabalho e alimentar um preconceito racial velado no país. A cultura da mídia brasileira não coloca o negro como médico ou advogado, raramente isso acontece, ela o coloca como empregado ou morador de favelas. Outro exemplo são as agências publicitárias que pouco fazem uso de modelos afrodescendentes. Veículos de comunicação constituem vozes importantes dentro de nossa sociedade e disseminar a cultura do branco em propagandas e altos cargos só arraiga mais a idéia do negro como inferior e sem lugar na sociedade. 6 - O apartheid representou a transformação do racismo em lei na África do Sul - a segregação racial foi legalmente aceita entre 1948 e 1994. Foi o regime do apartheid que retirou os direitos dos negros e deu privilégios aos brancos, minoria no país. m 1949, os casamentos mistos foram proibidos. Em 1950, a Lei da imoralidade proíbe a relação sexual entre brancos e negros. No mesmo ano, a população é cadastrada e separada por raça, além de ser dividida fisicamente com a formação de áreas residenciais específicas. No Brasil, um verdadeiro apartheid social é instalado, onde uns poucos têm acesso a todos os bens de consumo, enquanto a grande maioria mal consegue satisfazer suas necessidades básicas. Negros e são vistos como marginalizados e já taxados de criminosos. 7 - A centopeia é um bicho conhecido também pelo nome de lacraia e costuma ser inofensivo. A inovação que a nossa teoria traz à anatomia desse bichinho é incluir outra cabeça, onde deveria estar seu rabo. Com duas cabeças, imaginamos que ela possa mover-se em sentidos opostos. Usamos essa alegoria para poder explicar o que se dá no campo racial em nosso país. Em um sentido, a sociedade, fortalecida pelos meios de comunicação, destila seu racismo e constrói os seus preconceitos contra os negros e seus valores. Os valores do negro são a sua cultura. Em um sentido contrário, temos o próprio negro-descendente vindo e assumindo (em sua cabeça), como se fosse verdade, aquelas ideias armadas contra si. 8 - A mais antiga forma de escravatura é a escravatura patriarcal (doméstica); nesse tempo o escravo trabalhava ao lado do homem, como seu auxiliar que ajudavam ao amo e a sua família, o amo não estava incitado a levar ao máximo a exploração de seus escravos. Os casamentos entre homens livres e escravos não eram raros. Na escravidão colonial, os colonos portugueses começaram escravizando os índios. Os colonos partiram para suas colônias na África e trouxeram os negros para trabalharem nos engenhos de açúcar da região Nordeste, a maioria dos escravos recebia péssimo tratamento, o transporte dos africanos para o Brasil era feito em navios negreiros que apresentavam péssimas condições e os comerciantes de escravos vendiam os negros como se fossem mercadorias. 9 - O tráfico negreiro foi acima de tudo, um negócio extremamente lucrativo. No século XV, a Europa passou por uma grave crise econômica, decorrente do colapso do Sistema Feudal, Navegar era preciso, na busca de soluções para a crise, as práticas mercantilistas, a expansão marítima e a sociedade estamental foram os mecanismos encontrados para a ultrapassagem da crise do séc.XIV. Os europeus ficavam divididos entre o desejo de conhecer as maravilhas, de conquistar riquezas. Portugal foi o pioneiro da expansão marítima por ser o primeiro país europeu a construir um Estado Absolutista capaz de apoiar as navegações. Pouco a pouco os portugueses foram avançando em direção as Índias, sempre contornando a costa Atlântica do continente africano, estabelecendo postos comerciais. A expansão marítima portuguesa , tinha dois objetivos: converter os povos infiéis a fé católica e buscar riquezas. Nas várias viagens realizadas ao longo das costas da África, os portugueses e espanhóis estabeleciam feitorias onde obtinham ouro, pimenta, sal, e ao mesmo tempo, comercializavam escravos africanos o que deu origem ao tráfico negreiro, comércio entre a América, África e Europa. 10 – Dividir pra conquistar, colocavam escravos de etnias diferentes e rivais, em um mesmo espaço, dificultando assim a organização de um possível levante ou fuga. 11 - O primeiro passo foi dado em 1850, com a extinção do tráfico negreiro. Vinte anos mais tarde, foi declarada a Lei do Ventre-Livre (de 28 de setembro de 1871). Esta lei tornava livre os filhos de escravos que nascessem a partir de sua promulgação. Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva-Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil. Após a abolição, a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e assalariado. Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição. Portanto, a maioria dos negros encontrou grandes dificuldades para conseguir empregos e manter uma vida com o mínimo de condições necessárias (moradia e educação principalmente). 12 – Diante das questões já abordadas, desde as primeiras medidas abolicionistas, vê-se que o estado não se preocupou em de fato “libertar” o negros escravos, apenas implantou-se leis que proibiam o ato de escravizar porém em nada fornecia uma segurança e políticas que ajudariam os negros após esse processo. Ele ainda era visto como marginalizado, não conseguiam empregos, educação, eram ainda a escória da sociedade, isso foi disseminado por séculos e ainda é, o preconceito e o racismo são ainda vivos em nossa atual sociedade, para alguns ele é mascarado mas ainda muito presente, o negro é ainda taxado de inferior, de não ter acesso as mesmas oportunidades dos brancos, assim, apenas libertamos os negros de um sistema desumano de escravidão, mas não o legitimamos como um igual.
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