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Sistema Cardiovascular O coração humano é um órgão do sistema cardiovascular, localizado no mediastino, é formado por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, e por músculo cardíaco estriado (miocárdio). Esse órgão possui fisiologia contrátil, coordenado por impulsos miogênicos, ou seja, originários do próprio músculo (nó sinoatrial e o nó atrioventricolar), ou neurogênicos regulados a partir de estímulos nervosos emitidos pelo sistema nervoso autônomo simpático (acelerando as contrações) e parassimpático (desacelerando as contrações). O sistema cardiovascular tem como finalidade geral transportar, ou bombear, o sangue através dos vasos sanguíneos (veias, artérias e capilares). Eesse transportar dá-se em dois momentos diferentes, circulação pulmonar e circulação periférica. Enquanto o sangue, bombeado pelo ventrículo direito através da valva semilunar pulmonar e artérias pulmonares, percorre a circulação pulmonar, ele faz trocas gasosas no pulmão fazendo com que o sangue recém-chegado e rico em Dióxido de Carbono fique rico em Oxigênio. Após esse processo de trocas gasosas, o sangue, agora rico em oxigênio, volta ao coração através das veias pulmonares onde chega primeiramente no átrio esquerdo, que após ser enchido o sangue (cerca de 80% do sangue não é bombeado pelo átrio, simplesmente vai para o ventrículo sem necessidade de outra sístole) é bombeado (sístole 1 atrial) para o ventrículo esquerdo através da Valva atrioventricular Tricuspide. As Valvas tem uma função de não deixar o sangue voltar, sendo que, as valvas atrioventriculares não deixam o sangue voltar para os átrios durante a sístole ventricular e as semilunares (tanto pulmonar quanto aórtica) não deixam o sangue voltar para os ventrículos durante a diástole 2 ventricular. O sangue percorre os demais órgãos fornecendo o oxigênio para o corpo e recebendo dióxido de carbono das células do mesmo em troca, finalizando assim a circulação periférica e começando novamente a circulação pulmonar. Tendo em vista todo esse processo para o transporte do sangue é de se imaginar que essa “bomba” tenha uma ordem rítmica e uma quantidade estável de batidas por minuto. O coração geralmente mantem um padrão de batidas por minuto, o que pode ser alterada para mais ou para menos dependendo do seu estado de excitação física ou mental. Por exemplo, o coração de uma pessoa fazendo exercícios bate mais vezes por minuto do que o coração desta 1 Sístole Atrial e Ventricular : é o período de contração muscular das câmaras cardíacas. 2 Diástole Atrial e Ventricular: é o período de relaxamento muscular das câmaras cardíacas. mesma pessoa enquanto dorme o mesmo vale em comparação de uma pessoa assustada para uma pessoa meditando. O coração consegue manter essa ritmicidade graças a algumas fibras cardíacas que tem a capacidade de auto-exitação, processo que pode causar descarga automática rítmica e, consequentemente, contrações rítmicas conquanto o que define o ritmo não são essas fibras e sim, o nodo sinusal, tendo em vista que esse nodo é o que se encontra a frequência de descarga rítmica mais rápida. Tabela 1 - Caminho percorrido pelo sangue Com uma função tão vital como essa, pode-se imaginar o quão sério pode ser doenças que afetam esse órgão. Porém, na maioria dos casos, as doenças que acometem esse órgão são totalmente previníveis com uma rotina e hábitos saudáveis. Como visto anteriormente, o coração tem alterações na sua frequência, tanto em casos de exitação física quanto a estresses emocionais, e diversas dessas doenças, que acometem o mesmo, são advindas do estresse, podendo este ser agudo (situações traumáticas pontuais na vida) ou crônico (um estresse diário/rotineiro na vida de uma pessoa). O estresse afeta o organismo causando alterações celulares de maneira a aumentar a incidência de doenças. Este está ligado às doenças do coração e a hipertensão arterial, podendo também ter uma relação com o surgimento do câncer. Nas situações de estresse o corpo libera dois hormônios, a adrenalina e a cortisona. A cortisona de início mantém a resposta ao estresse e depois lentamente vai diminuindo até o organismo voltar à função normal. Quando a situação estressante persiste, a reação persiste e pode tornar-se prejudicial ao invés da reação benéfica inicial. É significativo o fato de que os ataques cardíacos são provocados pela agregação de plaquetas formando coágulos, e o estresse contínuo comprovadamente aumenta a chance de formação de coágulos. Tendo como uma de suas causas o estresse, o infarto do miocárdio, se dá quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou cortado totalmente. Isso acontece quando uma artéria coronária 3 está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente. 3 Artérias Coronárias : é uma artéria do coração. Tem origem na artéria aorta, acima, e dirige-se inferolateralmente ao longo do sulco coronário, nas paredes do coração. Átrio direito > Ventriculo direito > Pulmões > Atrio esquerdo > Ventriculo esquerdo > Corpo Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre um dano irreversível parando de funcionar, o que pode levar à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca com consequências desde severas limitações da atividade física até a completa recuperação. Não estando ligado diretamente ao processo do entupimento de uma artéria coronária, o estresse, se liga a diversos fatores mutáveis na vida de uma pessoa, como o fumo, pressão arterial elevada e vida sedentária. Tendo em vista esse ponto, acaba-se por deixar de lado esse fator significativo a tais doenças cardíacas, que de fato são ateroscleroses 4 , e não algum agente externo que causa uma parada em seus músculos cardíacos. 4 Aterosclerose : é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lípidos e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso. Sistema Respiratório Orgão par situado no tórax (pulmão direito e pulmão esquerdo) e separado do pulmão contralateral pelo mediastino. O pulmão tem uma forma aproximadamente cónica com uma base que assenta no diafragma, um vértice situado na base do pescoço, uma face externa, convexa e que está em contato com as costelas e uma face interna que se adapta ao mediastino e ao coração. Está envolto por uma menbrana chamada Pleura. Considerado o órgão principal do sistema respiratório, o pulmão tem a função de realizar trocar gasosas, oxigenando assim o sangue, contudo também esta diretamente ligado a fala. Como visto antes, o coração bombeia o sangue para o pulmão, e deste volta ao coração indo para o resto do corpo. A respiração, consiste em inspirar e expirar o ar do ambiente externo, esse processo para entrada de ar começa devido a diferença de pressão do meio interno para o meio externo. Os músculos intercostais assim como o diafragma, realizam um certo trabalho para expandir o pulmão, deixando a pressão interior do pulmão menor que a exterior trazendo o ar para dentro do corpo. Naturalmente quando o mesmo encolhe a pressão interna fica maior que a externa e, consequentemente, o ar inspirado, anteriormente rico em oxigênio, é expelido, agora rico em dióxido decarbono. Dentro do sistema respiratório temos partes de condução do ar e partes que ocorrem, de fato, as trocas gasosas. Tendo em vista esta diferenciação, as partes condutivas de ar são do Nariz até os Bronquiolos, sendo estes já intra-pulmonares, enquanto as trocas gasosas de fato ocorrem nos alvéolos pulmonares. As fossas nasais e a boca são partes fundamentais do sistema respiratório, seguidas pela faringe, órgão em comum com o sistema digestório, que se extende até a metade do pescoço onde há uma divisão pela glote entre o esôfago (órgão do sistema digestivo) e a laringe (órgão do sistema respiratório). A laringe, é um órgão curto que conecta a faringe e a traqueia, sendo responsável também pelas vocalizações feitas pela vibração do ar, além de evitar que pedaços sólidos como alimentos peguem essas vias do sistema respiratório Logo em seguida a traqueia, ainda fazendo parte condutora de ar para os pulmões, é um tubo constituído de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas e se ramifica em 2 bronquios. Ao chegar nos bronquíolos se vê uma mudança, e as paredes desses pequenos tubos, já não possuem uma cartilagem, mas uma musculatura lisa. Os alvéolos pulmonares são cavidades diminutas que se encontram, formando os pulmões, nas paredes dos vasos menores e dos sacos aéreos. Por fora dos alvéolos há redes de capilares sanguíneos, derivadas dos vasos sanguíneos da circulação pulmonar. As paredes alveolares são muito finas e são compostas por uma camada única de células epiteliais planas. As moléculas de oxigênio e de dióxido de carbono difundem (Difusão simples) com facilidade por essas células dos alvéolos para os capilares e vice-versa e devido a essa facilidade quase todas as trocas gasosas acontecem nelas, esse processo é conhecido como Hematose. Após oxigenar o sangue (ou após a Hematose), o ar, uma vez inspirado e feito as trocas gasosas necessárias, é expelido pelo mesmo caminho, conquanto agora tendo início nos alvéolos pulmonares e terminando no ambiente externo ao corpo. É valido ressaltar que tanto no pulmão quanto nos demais órgãos desse sistema há um volume residual de ar, ou seja, nesse processo de inspiração e expiração não é 100% do ar que vai ser “renovado”. Tabela 2 - Caminho do ar O sistema respiratório, assim como o resto do corpo, pode ser acometido por má formações congênitas, hereditárias, ou má formações durante o desenvolvimento do feto, mas não somente por esse tipo de doença, sendo esses primeiros casos citados, inclusive, mais raros que os adquiridos por agentes externos. Com a mudança de uma população predominantemente rural para uma população predominantemente urbana, os países se veem cada vez mais com problemas de saúde relacionado ao sistema respiratório devido a poluição do ar atmosférico. Inspiração Ambiente externo > Nariz > Faringe > Laringe > Traqueia > Bronquios principais > Bronquios lombares > Bronquiolos > Bronquiolos respiratórios > alvéolo. Expiração Alvéolo > Bronquiolos respiratórios > Bronquiolos > Bronquios Lombares > Bronquios principais > Traqueia > Laringe > Faringe > Nariz > Ambiente externo. Hoje, aproximadamente 50% da população do planeta, vivem em cidades e aglomerados urbanos e estão expostas a níveis progressivamente maiores de poluentes do ar 5 por exemplo, a inalação de detritos durante o trabalho, poluição excessiva do ar atmosférico, porém principalmente devido tabagismo, o Enfisema Pulmonar se tornou bastante evidente nos últimos anos. O Enfisema Pulmonar consiste na perda da elasticidade e contração dos alvéolos pulmonares, fazendo com que assim os processos de trocas gasosas sejam prejudicados. Há muitos casos famosos de cidades e países que modificaram suas políticas ambientais para melhorar a qualidade do ar, como a China, contudo temos um excelente exemplo aqui no Brasil. O ar de Cubatão (cidade do estado de São Paulo) no início dos anos 80 era denso, possuía cheiro e cor. Segundo dados da CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo), entre outubro de 1981 e abril de 1982, cerca 1.800 crianças nasceram na cidade, destas, 37 já nasceram mortas, outras apresentavam graves problemas neurológicos e anencefalia. Cubatão era líder em casos de problemas respiratórios no país. Governantes, industriais e população passaram a trabalhar em conjunto pela recuperação da saúde local e em 1992, durante a Eco 92, Cubatão foi apontada pela ONU como Símbolo de Recuperação Ambiental, tendo 98% do nível de poluentes controlados, e passou a ser exemplo em todo o mundo como a cidade que renasceu das sombras da poluição 6 . Esse exemplo serve para mostrar que diversos problemas e doenças respiratórias estão relacionadas a qualidade do ar e podem ser tratadas tanto na causa evitando o fator que gera essa doença (poluição) quanto na doença já detectada. O tratamento pode ser feito com medicamentos, mas é importante que nenhum deles trata especificamente o enfisema, o “tratamento” mais eficaz é um tipo de terapia que não trata a doença, mas permite que o paciente utilize melhor sua energia e reaprenda a fazer suas atividades diárias, de forma a utilizar menos oxigênio e exigir menos dos pulmões. Estas atividades permitem que o paciente volte a sua rotina, de modo a garantir que ele tenha uma vida praticamente normal. 5 http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=79 6 http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/historia-poluicao-cubatao-cidade-deixou-vale-morte/ Sistema Digestório Na boca o alimento é deglutido e os nutrientes começam a ser absorvidos. A saliva é importante pois, facilita a deglutição, auxilia a gustação, a fala etc. O processo excretor da saliva está sob controle do sistema nervoso e estimulação do nervo parassimpático do sistema nervoso autônomo, causa uma profunda secreção da saliva. Já um estímulo do simpático causa uma secreção mais viscosa e menos aquosa. É na boca que o carboidrato é digerido pela a amilase salivar, presente na saliva, essa é uma enzima digestiva específica para o carboidrato. No estômago as enzimas não são capazes de digerir os hidratos de carbono, passando então para o duodeno. No íleo, enzimas presentes nas células, específicas para cada carboidrato, atuam fazendo a digestão. A maioria das moléculas de glicose que são formadas penetram nas células da mucosa intestinal passando para o sangue e sendo levadas para as células do organismo. A condução do alimento da boca para o esôfago é feito pela faringe e o esôfago conduz o bolo alimentar para o estômago através de movimentos peristálticos. Ao chegar no estômago as proteínas começam a ser digeridas. Na mucosa gástrica temos dois tipos de células: as células principais que secreta o pepsinogenio (enzima digestiva inicial); células parientais que secretam o ácido clorídrico (HCl). As enzimas trípsina e quimiotripsina, excretadas pelo pâncreas, reduzem as proteínas a pequenos polipeptídeos e dipeptídeos. As enzimas intestinais simplificam em aminoácidos. A absorção dos aminoácidos é feita ativamente através das células da mucosa intestinal se difundindo para o sangue e os alimentos ricos em carboidratos deixam o estômago em poucas horas, pois são facilmente digeridos. Os alimentos ricos em proteínas saem mais lentamente, e o esvaziamento de gorduras é ainda mais lento, isso ocorre devido sua digestão só se iniciar no duodeno. Quando elas atingem o intestino delgado, este secreta um hormônio chamado colecistoquinina, que vai estimular a vesícula biliar a lançara bile no duodeno. Após as gorduras serem emulsificadas, as mesmas são digeridas pela lipase pancreática. A mucosa intestinal irá absorver os monoglicerídes e os ácidos graxos. A principal função do intestino grosso é absorver parte da água, sódio e outros minerais, convertendo o quimo (alimento depois de passar pelo delgado) em fezes. O pâncreas é uma glândula de secreção mista (exócrina e endócrina). A parte exócrina é a secreção do suco pancreático para o duodeno. E a secreção endócrina é lançada no sangue que é o meio interno. As funções do fígado são múltiplas e complexas onde a secreção da bile é feita pelas células do fígado, para o ducto biliar, o qual drena o duodeno, importante para o sistema digestório. Uma doença que atinge o sistema digestório é a gastrite. Essa doença é caracterizada pelo inchaço ou inflamação do revestimento do estômago, podendo ela durar por muito ou pouco tempo de acordo com as condições físicas e hábitos dos indivíduos. Os fatores que deixam o organismo propenso para o aparecimento dessa enfermidade são o alto consumo de bebidas alcoólicas, estresse, uso de drogas, refluxo de bile, infecção causada por bactérias e uso demasiado de medicamentos. Tabela 3 - Caminho percorrido pelo alimento Boca > Faringe > Esôfago > Estômago > Intestino Delgado > Intestino Grosso > Ânus Tudo o que vivenciamos, nossos hábitos alimentares, a saúde psíquica, dentre outros, reflete em todo nosso organismo, existe uma interrelação entre a mente e o corpo. Uma pesquisa realizada por Moreno 7 revela que os sentimentos negativos como a raiva, quando não elaborada e reprimida, sente grande dificuldade de externalizá-la, e a partir desse momento podem aparecer sintomas predominantemente psíquicas, ou predominantemente físicas. Na pesquisa é relatado que se as pessoas elaborassem essa raiva poderiam ter uma significativa melhora da gastrite. Assim, é possível inferir que existem sim fatores psicológicos e psicossomáticos relacionados com a doença, visto que possuímos um sistema único interligado e de comunicação contínua. 7 Psicólogo e médico, o criador do Psicodrama e da Sociometria. TABELA: SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas Endócrinas Hormônios Funções Hipotálamo Promove a liberação dos hormônios de liberação ou inibição hipotalâmica. Hipófise Hormônio Tireoestimulante (TSH) O TSH vai, através do sangue até a Tireóide e estimula a fabricar os hormônios tireoideanos, os quais vão via sangue, até as células do organismo exercer suas funções metabólicas. Hormônios tireoideanos: Triiodotironina (T3), Tiroxina (T4). Hormônio Adrenocorticotrópico (ACTH) O ACTH é o hormônio estimulante da córtex das glândulas Supra-Renais, as quais produzem 3 hormônios no córtex (glicocorticoides, mineralocorticoides e sexocorticóides) e 2 hormônios na medular (noradrenalina e adrenalina). As ações destes hormônios são variadas. Hormônio do Crescimento (GH) O GH não tem uma ação específica apenas em uma glândula pois suas ações são sistemáticas abrangendo vários órgãos. Age no metabolismo amentando o anabolismo protéico e mobilização de carboidratos e gorduras. Assim, o GH promove o aumento da massa corporal pois, ativa a formação dos músculos, e paralelamente o GH atua no crescimento dos ossos. Hormônio Folículo- Estimulante (FSH) No sexo feminino: estimula os folículos ovarianos da mulher durante todos os ciclos menstruais, ocorrendo mensalmente, apenas um folículo vai maturar o seu óvulo. No sexo masculino: atua nos testículos estimulando a formação do espermatozoides. Hormônio Luteinizante (LH) No sexo feminino: responsável pela maturação final do folículo, fazendo a liberação do óvulo para as trompas. Estimula a formação do corpo lúteo no ovário. Responsável pela excreção de estrógenos e pela secreção de progesterona. No sexo masculino: estimula os testículos para a fabricação da testosterona (hormônio masculino). Hormônio Luteo- Trópico ou Prolactina (LTH) É secretado durante a gravidez e amamentação. Condiciona a secreção de leite pelas mamas depois do preparo pelo estrógeno e pela progesterona. Hormônio Antidiurético ou Vasopressina (ADH) Seu principal efeito é a retenção de água pelos rins. Quando ela é secretada, aumenta a permeabilidade dos tubos coletores renais, a urina torna-se concentrada e o seu volume diminui. Na ausência ADH o volume urinário aumenta. Ocitocina Tem efeito fisiológico sobre as células mioepiteliais, que revestem os ductos mamários. Este hormônio faz as células se contraírem expulsando o leite. Também atua na contração da musculatura lisa do útero. Tireóide Tiroxina Aumenta a proporção de oxidação intracelular, são essenciais para atingir a idade adulta, afetam o metabolismo eletrolítico e proteico, são essenciais para o desenvolvimento normal, controla a irritabilidade do Sistema Nervoso, aumenta a frequência cardíaca, aumenta a velocidade de quase todas as reações químicas nas células, Aumento das mitocôndrias. Seu funcionamento dependerá dos hormônios T3 e T4. Paratireóide Paratohormônio Tem como função elevar o nível de cálcio plasmático, mobilizando cálcio nos ossos e aumentando a excreção urinária do fosfato. Pâncreas Insulina Promove a entrada de glicose na maioria das células do corpo, controlando desta maneira a intensidade do metabolismo da maior parte dos carboidratos. Glucagon Aumenta a síntese e a liberação de glicose a partir do fígado para dentro dos líquidos corporais circulantes. Somatostatina Atua localmente dentro das ilhotas para deprimir a secreção de insulina e de glucagon. Diminui a motilidade do estômago duodeno e vesícula biliar. Diminui quanto a secreção quanto a absorção no trato intestinal. Suprarrenais Epinefrina Apresenta função semelhante da adrenalina, ou seja, toda vez que o Sistema Nervoso autônomo simpático for estimulado, o mesmo irá excitar as glândulas supra renais, liberando a epinefrina. Noraepinefrina Apresenta função semelhante da adrenalina, ou seja, toda vez que o Sistema Nervoso autônomo simpático for estimulado, o mesmo irá excitar as glândulas supra renais, liberando a noraepinefrina. Cortisol Tem múltiplas funções metabólicas para o controle do metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras. Aldosterona Reduz a excreção de sódio pelos rins e aumenta a excreção de potássio, aumentando assim o sódio no corpo enquanto diminui a quantidade de potássio. Ovários Estrogênio Estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos, das mamas e de várias características sexuais secundárias. Progesterona O efeito fisiológico sobre a esfera genital, manifesta- se principalmente, no endométrio (útero), como transformação secretora. Indispensável para o desenvolvimento da gravidez. Estimula ao secreção do leite uterino pelas glândula endometriais uterinas. Testículos Testosterona Responsável pelas características distintas do corpo masculino, pela descida do testículo para a bolsa escrotal, pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias no adulto masculino. SISTEMA REPRODUTOR FEMININO O sistema reprodutor feminino, conceitualmente, é o conjunto de órgãos que propiciam a reprodução da mulher, é composto por uma parte externa, a vulva formadapor pequenos e grandes lábios, pelos pubianos além do clitóris e das mamas. Os órgãos reprodutores internos são a vagina, que liga o colo do útero aos genitais externos, os ovários, as trompas de Falópio ou tubas uterinas e o útero. O sistema reprodutor da mulher tem como funções básicas a preparação do corpo da mulher para a concepção e a gravidez e o período gestacional propriamente dito. A parte externa é formada pela vulva e lábios cobertos por pelos pubianos, os pequenos e grandes lábios servem de proteção para a entrada da vagina, assim como os pelos pubianos. Entre os pequenos lábios, porém mais a frente da abertura da vagina, situa-se a uretra, onde sai a urina, além desta o clítores, orgão bastante sensível, localiza-se numa região anterior a vulva. A mama está relacionada à excitação sexual e produção de alguns hormônios, e após o nascimento da criança é por ela que ocorrerá a lactação, produzindo o leite que auxiliará no crescimento do indivíduo. A vagina é um órgão interno e um canal de paredes elásticas, durante a excitação sexual, este é recoberto por substâncias lubrificantes e seu interior é altamente ácido, o que neutraliza algumas bactérias que acometem este órgão, ela é o ponto de introdução do pênis, da saída da menstruação e, também, da saída do bebê no parto. Os ovários são órgãos internos, e a reprodução começa justamente com o desenvolvimento dos óvulos nos ovários. Eles se localizam acima das virilhas, um em cada lado do nosso corpo. Os ovários são parte fundamental no processo de reprodução pois é a partir dele, durante o ciclo menstrual, e já a partir da primeira menstração chamada de Menarca, que um único óvulo é expelido de um folículo ovariano para próximo das tubas uterinas. Depois de atravessar uma das trompas, vai até o útero, caso este óvulo tenha sido previamente fertilizado por um espermatozóide, este óvulo será implantado no útero onde será desenvolvido a partir daí um feto e, o posterior desenvolvimento da gravidez. Além de sua função reprodutiva, os ovários também possui funções endócrinas, que trabalham na produção dos hormônios sexuais femininos, que são o estrógeno e a progesterona, principais hormônios da mulher. É importante ressaltar os folículos ovarianos no processo de reprodução pois as células precursoras dos óvulos estão envoltas em células foliculares constituindo assim os folículos ovarianos. As Trompas de Falópio ou tubas uterinas, são tubos ligados ao útero, o óvulo que é liberado na ovulação é levado para o interior das trompas e posteriormente se descola para a cavidade uterina. É nela que ocorre a fecundação, porém se o óvulo não é fecundado ele migra para útero e sai na forma de menstruação; caso ele seja fecundado ele vai até a parede do útero e se fixa na parede do endométrio. O útero é o órgão oco e musculoso localizado na cavidade pélvica anterior à bexiga e tem o formato de uma pêra invertida. Sua parte exterior é revestida por uma membrana de tecido conjuntivo chamada de perimétrio, no meio outra camada lisa chamada de miométrio e seu interior é revestido pelo endométrio, tecido epitelial esponjoso. Durante a relação sexual, o orgasmo auxiliará o encontro dos espermatozóides com os óvulos devido as contrações do miométrio na tubas uterinas. Além desta função, o miométrio promove também as contrações durante o trabalho de parto e auxilia a expelir a menstruação. O endométrio é onde o óvulo é abrigado após fecundado, e, posteriormente, será formada a placenta que irá proporcionar nutrição e crescimento ao feto dentro do útero. O sistema reprodutor feminino possui todo um sistema hormonal, são eles, principalmente, o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH), que é um hormônio de liberação hipotalâmica; os hormônios que são sexuais hipofisários, hormônio folículo- estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) ambos secretados como resposta ao GnRH; e os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, secretados pelos ovários. A ovulação tem um ciclo sexual de 28 dias que se dá 14 dias depois do início da menstruação. Os hormônios femininos estrógeno e a progesterona possuem ciclos, que constituem o ciclo menstrual da mulher, agindo diretamente sobre o endométrio. O estrógeno começa a ser liberado a partir do primeiro dia do ciclo menstrual, dando início à liberação do hormônio FSH ate o 14º dia deste perído, onde a partir daí ocorrerá maior liberação do LH. Os hormônios hipofisários, o FSH e o LH agirão sobre a maturação dos óvulos nos ovários. Os óvulos possuem um ciclo, primeiramente chamado de ovócito primário, úvulo imaturo, por meio da ação do FSH, ele começará a estimular o folículo, membrana que reveste o óvulo, estimulando-o ele será transformado em um ovócito secundário, a partir daí ele continuará a crescer até se transformar em um ovócito terciário, mais volumoso, atigindo sua maturidade, o Folículo de Graaf. Depois do crescimento do folículo de Graaf, ocorrerá uma liberação significante do hormônio LH, o que fará com que este folículo libere o óvulo que estava dentro dele para as tubas uterinas que poderá ser fecundado por um espermatozóide. Depois de vazio, este folículo formará uma estrutura chamada de corpo lúteo, que é responsável pela produção de progesterona, esta por sua vez, aumenta a espessura do endométrio e caso o óvulo tenha sido fecundado, este chegará até o endométrio gerando o processo de Nidação, que é quando o óvulo se fixa definitivamente no útero. Em virtude do ocasionamento da gravidez, o corpo lúteo formado não irá regredir e manterá alto os níveis de progesterona e estrógeno, o que é necessário para que o endométrio continue espesso e ocorra formação da placenta. No caso de não ocorrer a gravidez, este corpo lúteo irá regredir até uma estrutura chamada Corpo Albicans, que ocasionará queda nas concentrações de estrógeno e progesterona, ocorrendo assim, a menstruação. Doença – Sistema Reprodutor Feminino O endométrio, parte interna do útero pode ser acometido por uma doença chamada Endometriose. Como já dito, se não houver fecundação, grande parte deste revestimento do útero será eliminado durante a menstruação, e assim se recomeça um novo ciclo. Na Endometriose, algumas células do endométrio ao invés de serem expelidas, voltam e caem nos ovários ou na cavidade abdominal. Assim, a doença se caracteriza pela presença do tecido endometrial fora da cavidade uterina. Os sintomas da doença podem ser diversos, desde uma cólica menstrual muito intensa e com a evolução da doença, pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades normalmente, dor abdominal durante a prática sexual e infertilidade. A endrometriose faz com que ocorra uma disfunção ovulatória, com associação de hiperprolactinemia, síndrome da luteinização do folículo não-roto (LUF) e alterações da fase lútea e os níveis de progesterona se mantem em produção constante. Existem alguns exames que podem ser feitos para diagnosticar a doença, dentre eles, visualização das lesões por laparoscopia, ultra-som endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, porém ainda é necessária a realização da biópsia. O tratamento clínico hormonal auxilia inibindo a produção de gonadotrofinas, anulando a esteroidogênese e, subsequentemente, liquefazer, necrosar e absorver os implantes. O uso de anticoncepcionais orais, progestagênio sintético ou análogos de GnRH também podem ser usados no tratamento, porém em casos de infertilidade comprovada, as mulheres poderão recorrer a técnicas de reprodução assistida como a inseminação intra- uterina (IUI) ou fertilização in vitro (FIV). Aspectos Psicológicos e/ouPsicossociais e/ou Psicossomáticos Relacionados à Doença A Endometriose é causadora de muitas perguntas e angústias nas mulheres, afinal é uma doença que pode ser descoberta tardiamente, quando já está muito avançada. Considerada como doença da mulher moderna, os especialistas acreditam que o stress pode ser um fator importante no desenvolvimento e tratamento da endometriose, no entanto sabe-se que muitos fatores podem influenciar. No âmbito físico, deverá se buscar ajuda médica que buscará por meio de medicamentos, nutrição e exercícios físicos uma melhor qualidade de vida. Entendendo a mulher como uma natureza constante de mudanças hormonais, somando-se à isso dores e a possibilidade de infertilidade, consequentemente há um abalo no emocional da mulher e possível deficiência nas relações afetivas. Por isso, durante o tratamento, a paciente deverá ser olhada como um todo, não só a doença em si, mas o significado desta para a paciente, de modo individual e contextual afim de que ela compreenda o papel de suas emoções em um tratamento eficaz. Com a ajuda psicológica, a mulher poderá construir sua base emocional e aprenderá a lidar e se posicionar de forma saudável em seu âmbito familiar, de amizade, profissional, dentre outros, visando sempre que há tratamento e entendendo sua condição como possivelmente reversível. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO O Sistema reprodutor masculino é formado pela genitália externa do homem, compreendendo o pênis e escroto e os órgãos reprodutores internos, são eles os testículos ou gônadas, epidídimo, canal deferente, uretra e glândulas acessórias como as vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. A partir disso, as funções reprodutivas masculinas serão, basicamente, a espermatogênese (formação do espermatozóide), desempenho do ato sexual masculino e a regulação das funções reprodutivas masculinas por meio dos hormônios. O pênis é o órgão externo de reprodução masculina, constituído por dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso que envolve e protege a uretra, ao se irrigar de sangue provoca a ereção, a região da “cabeça” do pênis forma a glande recoberta por uma camada protetora chamada prepúcio. O escroto constitui uma bolsa localizada abaixo do pênis, sendo este uma camada muscular lisa que contém o testículo com uma manutenção de temperatura ideal para os espermatozóides, o escroto é dividido por septo, em compartimento para cada testículo. Os testículos, por sua vez, são constituídos por ductos seminíferos e camadas de tecido conjuntivo, os espermatozóides são formado por meio das células da parede interna dos ductos seminíferos, onde também estão localizadas as células de Leydig, que tem como função a produção da testosterona, hormônio sexual masculino, que também é responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos, os dois testículos de um adulto humano são capazes de armazenar até 120 milhões de espermatozóides ao dia, destes uma parte ficam nos epidídimos e outra no canal deferente. Os epidídimos estão localizados sobre o testículo, formado por um enovelado de túbulos e possui seis metros de comprimento, onde espermatozóides recém-formados permanecem até seu amadurecimento que será em média de 18 a 24 horas, podendo após isso fertilizar um óvulo. Os canais deferentes são dois e saem de cada epidídimo comunicando-se com as vesículas seminais, contornando a bexiga urinária e após isso os canais deferentes encontram- se na uretra fundindo-se em um tubo único, o duto ejaculador. A uretra é comum ao sistema reprodutor e ao sistema urinário no homem, percorrendo o interior do pênis em direção ao exterior na extremidade da glande. As vesículas seminais constituem-se de um tubo tortuoso responsável na produção de um líquido que é liberado no duto ejaculatório após o canal deferente despejar os espermatozóides, juntamente com líquido prostático, tudo isso entrará na composição do sêmen. Elas produzem também, uma secreção nutritiva aos espermatozóides até que ele fecunde um óvulo, constituído principalmente de frutose, ácido cítrico e outras substâncias. A próstata está localizada sob a bexiga urinária e próxima às vesículas seminais, é através dela, em seu interior que os canais deferentes saem na uretra. Ela produz um líquido chamado prostático que alimenta e permite mobilidade aos espermatozóides. Durante a emissão do mesmo, a próstata se contrai juntamente com o canal deferente afim de que o líquido seja adicionado ao sêmen. O líquido prostático necessita de uma certa alcalinidade para que a fertilização de um óvulo seja bem sucedida, pois o líquido do canal diferente já é ácido o que poderá inibir a fertilidade do espermatozóide, uma vez que precisa de uma certa mobilidade e ela só é possível até que o pH dos líquidos que o envolvem sejam de aproximadamente 6.0 a 6.5, portanto a alcalinidade do líquido prostático é importante no sentido de neutralizar a acidez de outros líquidos seminais durante a ejaculação, aumentando mobilidade e fertilidade. As Glândulas Bulbouretrais estão localizadas sob a próstata e tem como função secretar um líquido transparente que é lançado dentro da uretra afim de limpá-la antes da passagem dos espermatozóides e lubrificar o pênis durante o ato sexual. A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos e, conceitualmente, é a sequência de eventos em que as células germinativas primordiais se transformam em espermatozóides, migrando para os testículos como ainda células imaturas chamadas de espermatogonias, estas iniciam suas divisões mitóticas na puberdade, quando o organismo comeca a secretar altos níveis de testosterona e diferenciando-se conforme os estágios da vida. Assim, as fases da espermatogênese vão desde a fase da célula germinativa primordial, até a espermatogonia quando entram nos testículos, na puberdade, a espermatogonia através de divisão celular mitótica prolifera-se nos testículos formando espermatócito primário logo após ocorre por meio de divisão meiótica a formação de espermatócitos secundários que, novamente por meiose se dá a formação de espermatides e, consequentemente, o desenvolvimento do espermatozóide maduro. Os principais fatores que estimulam a espermatogênese são os hormônios da testosterona, essencial no desenvolvimento das células germinativas testiculares, hormônio luteinizante, o hormônio folículo-estimulante, os estrógenos e o hormônio do crescimento. O produto final do processo de ejaculação e possível reprodução é o sêmen, que será ejaculado durante o ato sexual. Ele é composto de líquidos e espermatozóides do canal deferente, líquidos das vesículas seminais, líquido da próstata e uma parte de líquidos das glândulas bulbouretrais. No entanto, a maior parte desse sêmen é composto do líquido proveniente da vesícula seminal que auxilia a mobilidade dos espermatozóides através do ducto ejaculatório. É o líquido prostático que dá aparência leitosa ao sêmen, a princípio o sêmen é coagulado, isso acontece devido ao líquido das glândulas mucosas e a uma parte à uma enzima do prostático, essa consistência auxiliará o sêmen a se segurar na região da vagina onde se localiza o colo do útero feminino, após isso esse líquido será dissolvido e os espermatozóides ficarão com sua a mobilidade aumentada. Doença – Sistema Reprodutor Masculino O câncer de próstata é uma das maiores causas de morte em homens no Brasil, podendo ocorrer a partir dos 45 anos ou até antes. Os principais fatores de risco da doença são idade avançada, histórico familiar da doença além de fatores alimentares e ambientais. O câncer de próstata,normalmente cresce lentamente, a princípio pode significar apenas uma dificuldade em urinar, sangue na urina, perda do controle da bexiga ou intestino devido à pressão do tumor, além disso o homem pode apresentar grande dor óssea, indicando que na doença pode ter evoluído. O principal método de diagnóstico da doença é por meio do exame de toque retal e, também por uma análise laboratorial chamada dosagem do PSA, constando aumento da próstata ou PSA alterado, realizar-se-á uma biopsia afim de se localizar a presença de um tumor. Os tratamentos em caso de câncer de próstata são vários, dentre eles a remoção de ambos os testículos afim de que as células cancerosas estimuladas a crescer rapidamente pela testosterona não ocorra, remoção da próstata, radioterapia e uso de medicamentos. Aspectos Psicológicos e/ou Psicossociais e/ou Psicossomáticos Relacionados à Doença É importante reiterar que embora fatores de risco influenciem o desenvolvimento de um câncer como o de próstata, muitos poderão não apresentar a doença, enquanto outros sem fatores estarão sujeitos à ela. Ainda assim, é importante nos atentarmos a aspectos que poderão influenciar tal desenvolvimento como a idade do homem, histórico da doença em familiares que têm maior probabilidade de desenvolver a doença, etnia, visto que homens negros são mais propensos a ocorrência desta, além disso, hábitos alimentares como a grande quantidade de ingestão de cálcio e gorduras e pouca verdura e fruta pode acarretar o câncer, porém são questões que ainda estão sendo estudadas a fundo, além da obesidade. Fatores ambientais ainda são objetos de estudo no que se refere em saber se há relação com o câncer, porém alguns estudos relatam que algumas pessoas que migram de lugares com pouca incidência de câncer para locais com alta incidência tendem a aumentar a ocorrência dos casos, isso devido serem lugares com maior poluição ambiental, mas nada ainda é totalmente confirmado. SISTEMA RENAL/URINÁRIO Os rins se situam na parede posterior do abdômen, fora da cavidade peritoneal. No hilo renal passam a artéria e veia renal, vasos linfáticos e o ureter, que leva a urina para a bexiga. Na bexiga a urina é armazenada e eliminada aos poucos pelo corpo. O rim tem a região do córtex e a região da medula renal. A medula renal é dividida nas pirâmides renais, que em cada base (limite entre o córtex e a medula) existem as papilas renais, que se projetam para a pelve renal. A pelve renal é dividida em cálices maiores, que se dividem em cálices menores que tem como função coletar a urina dos túbulos de cada papila. As paredes dos cálices maiores e menores, pelve renal e ureter contêm elementos contráteis. 8 A artéria renal entra no rim pelo hilo e então se divide progressivamente ate virar capilares glomerulares, que é onde ocorre a filtração para formação da urina. Depois da filtração o sangue passa para as arteríolas eferentes e ao sistema venoso renal até chegar à veia renal e indo para veia cava inferior. 9 O néfron é a unidade funcional do rim, é nele onde se encontra a cápsula de Bowman cujo conteúdo é o emaranhado de capilares glomerulares, ou seja, é o nefron que produz a urina. 10 O néfron é formado pelo corpúsculo renal (glomérulo e cápsula de Bowman) e sistema tubular (túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor). O ureter é um túbulo de musculo liso que se iniciam na pelve renal e termina na bexiga, a bexiga é uma câmara de musculatura lisa e conecta-se com a uretra canal onde a urina é finamente excretada para o exterior do seu corpo. O sistema urinário, encarregado da produção, coleta e eliminação da urina. É constituido pelos rins direito, esquerdo, a pelve renal, que recebe os coletores de urina do parênquima renal, os uretéres, a bexiga e a uretra. A camada medular é constituida principalmente pelos longos tubulos coletores de urina, que se juntam em tubulos maiores até se constituirem na pelve renal e esta se liga ao ureter. A produção de urina se inicia no glomérulo, o sangue chega pela Arteriola Aferente entra no capsula de bowman onde há um emaranhado de capilares. Por a pressão dentro desse 8 GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 9 GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 10 Miguel Carlos Riella, Principios de Nefrologia e Distúrbios Hidroeletroliticos. glomérulo ser alta o várias moléculas pequenas saem do sangue para entrar na capsula de bowman, este liquido é chamado de Filtrado glomerular. 11 Ao ser sugada através da capsula de bowman, o filtrado glomerular entra para a rede de ductos chamado de túbulo contorcido proximal. 12 O que não foi filtrado pela capsula de bowman seguem seu caminho pela arteríola eferente. Neste primeiro momento o túbulo contorcido proximal ocorre a reabsorção, pelos vasos capilares para a corrente sanguínea, de toda a glicose e todo aminoácido do filtrado glomerular. O que ainda não foi reabsorvido continua seu caminho pela alça de Henle, primeiramente descendente, onde ocorrerá a reabsorção de agua. Em sua parte ascendente a alça de Henle reabsorve sais(como o cloreto de sódio, NaCl). 13 O fitrado glomerular continua seu caminho até ao túbulo contorcido Distal,onde ocerre a reabsorção novamente de agua ( H2O ) e sais (NaCl). Aquilo que não foi reabsorvido do filtrado glomerular, como a creatinina e a uréia a agua e eletrólitos, vai para os Tubulo coletor que segue para os cálices renais, à pelve renal e ao uretér. Após os precessos de filtragem e reabsorção e produção de excretas, o sangue segue para a veia cava inferior para voltar a circular no corpo, enquanto o antigo filtrado glomerular após todo o processo produz assim a urina. 14 O nosso sistema renal, tem funções extremamente essências para a sobrevivência do organismo. Também conhecido como sistema excretor, os rins exercem tem fundamental importância para o corpo humano. O sistema renal tem três fundamentais papéis de suma importância para o corpo, excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas, manter a Homeostase e regulação da pressão arterial. 15 Visto que necessitamos descartar certas substancias toxicas como amônia, nosso corpo a transforma em ureia dentre outros metabolitos para conseguir excretá-los. Manter a pressão arterial, através do controle da quantidade de agua reabsorvida do filtrado glomerular quanto a própria diminuição de produção do mesmo, é outra função vital para nosso corpo. Os rins são fundamentais na regulação do meio interno, em que estão imersas as células de todos os órgãos. Os rins desempenham duas funções primordiais no 11 GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica 12 Vídeo Aula 031 – Sistema Excretor/Urinário – Anatomia Humana – Néfron: A unidade funcional dos Rins 13 Vídeo Aula 031 – Sistema Excretor/Urinário – Anatomia Humana – Néfron: A unidade funcional dos Rins 14 GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. 15 GUYTON, A. C. Tratado de Fisiologia Médica. organismo, ou seja, a eliminação de produtos terminais do metabolismo orgânico, como uréia, creatinina e ácido úrico e o controle das concentrações da água e da maioria dos constituintes dos líquidos do organismo, tais como sódio, potássio, cloro, bicarbonato e fosfatos. Os principais mecanismos através dos quais os rins exercem as suas funções são a filtração glomerular,a reabsorção tubular e a excreção tubular de diversas substâncias fundamentais para a manutenção da vida. Para ilustrar melhor pegue uma doença renal como insuficiência renal para ver as consequências na vida de uma pessoa. Doença – Sistema Renal/Urinário Insuficiência renal é o termo que se aplica quando os rins não conseguem desempenhar suas funções adequadamente ocorrendo uma diminuição do ritmo de filtração glomerular e/ou do volume urinário, porém, ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidro eletrolítico e ácido básico. 16 Hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. 17 Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina. varia de acordo com o estado clínico do paciente e, em geral, é de quatro horas, três ou quatro vezes por semana. Dependendo da situação clínica do paciente. A insuficiência renal não tem causas psicológicas porém suas consequências são extremamente desgastantes. Cada paciente tem um tipo de sentimento em relação à doença e ao tratamento, que esta relacionado com sua história de vida singular e individual. Portanto nao é possível padronizar sentimentos, embora houvesse evidencias por meio da fala dos pacientes do seguintes fatores emocionais emergentes na entrada do tratamento hemodialitico: medo da morte, crenças disfuncionais sobre a hemodiálise e a identidade do doente ameaçada. 18 Aspectos Psicológicos e/ou Psicossociais e/ou Psicossomáticos Relacionados à Doença O paciente quando procura ou é levado a um hospital, não leva consigo apenas o corpo, ele vai como ser total, nesse sentido, deve-se considerar que ao tratar o orgânico, 16 Hemodiálise http://sbn.org.br/publico/tratatamentos/hemodialise/ 17 Hemodiálise http://sbn.org.br/publico/tratatamentos/hemodialise/ 18 AAM Fayer, Repercussões Psicologicas da doença renal crônica tambem é importante levar em conta os aspectos psíquicos envolvidos no processo de adoecer. 19 Com essa visão cabe ao psicólogo inserido no contexto hospitalar minimizar o sofrimento causado pela doença, cuidando das repercussões do adoecimento do paciente e em sua familia, no sentido de ajudá-los dar sentido e significados à doença e ao tratamento. Isto favorece o curso do tratamento, permitindo um posicionamento do paciente frente as suas escolhas e ascendentes responsabilidades subjetivas. 19 AAM Fayer, Repercussões Psicologicas da doença renal crônica
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