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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ Prof. Jailes de Santana Moura jailesmoura@hotmail.com Marabá - 2015 MATERIAIS METÁLICOS 1 EMENTA Disciplina: Materiais metálicos Carga horária: 68 horas Assuntos: Principais ligas metálicas: ligas de alumínio, ligas de cobre, ligas de magnésio, ligas de titânio, metais preciosos, metais refratários, aços e ferros fundidos, aços inoxidáveis; Ligas de alta resistência mecânica; Mecanismos de endurecimento por solução sólida e precipitação; Ligas resistentes à corrosão; Ligas para aplicações em alta temperatura; Compósitos de matriz metálica; Propriedades mecânicas dos metais. Metalografia: teoria e prática 2 PLANO DE AULA Método de avaliação: Serão realizadas duas provas e um seminário. Além disso, avaliações não programadas (testes) podem ser solicitadas. Os conceitos serão atribuídos a cada aluno(a) conforme a seguir: I - Excelente (EXC) = 10,0 a 9,0 II - Bom (BOM) = 8,9 a 7,0 III - Regular (REG) = 6,9 a 5,0 IV - Insuficiente (INS) = 4,9 a 0 O conceito final (CF) será dado por: CF = (P1 + P2 + S1)/3 P1 – Prova 1; P2 – Prova 2; S1 – Seminário 1. 3 REFERÊNCIAS Chiaverini, V.: Tecnologia Mecânica, 2a edição, McGraw-Hill, Rio de Janeiro, 1986. Bottrel Coutinho, C.: Materiais Metálicos para Engenharia, Fundação Christiano Ottoni, Belo Horizonte, 1992. Chiaverini, V.: Aços e Ferros Fundidos, 7a edição, Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2005. Bresciani Filho, E.T.: Seleção de Materiais Metálicos, 2a edição, Unicamp, Campinas, 1988. Brick, R.M., Pense, R.W., Gordon, R.B.: Structure and Properties of Engineering Materials, McGraw-Hill, New York, 1977. Shackelford, J.F.: Introduction to Materials Science for Engineers, Person Prentice Hall, New Jersey, 2005. Callister Jr., W.D.: Ciência e Engenharia de Materiais: uma Introdução, LTC, Rio de Janeiro, 2002. Askeland, D.R., Phulé, P.P.: The Science and Engineering of Materials, Thomson Brookc/Cole, Pacific Grove, 2003. Smith, W.F.: Foundations of Materials Science and Engineering, third edition, McGraw-Hill, Boston, 2004. Van Vlack, L.H.: Princípios de Ciência e Tecnologia dos Materiais, quarta edição, Campus, São Paulo, 1984. Higgins, R.A.: Propriedades e Estruturas dos Materiais de Engenharia, Difel, São Paulo, 1982. 4 HISTÓRIA DO AÇO 5 6 CARACTERIZAÇÃO DOS METAIS 7 INTRODUÇÃO O controle de qualidade de um produto metalúrgico pode ser estrutural e dimensional. 8 INCLUSÕES São pequenas partículas dispersas na matriz metálica. São prejudiciais quando: Segregadas (distribuídas de forma heterogênea); em alta quantidade; maior tamanho; duras e frágeis (carbonetos e nitretos); de forma alongadas (trabalho mecânico) – acarretam propriedades anisotrópicas. 9 INCLUSÕES São menos prejudiciais quando: distribuídas de forma homogênea; menor quantidade; menor tamanho; menos duras e frágeis (grafita e chumbo); de forma esférica. 10 INCLUSÕES A sua origem pode ser classificada como: Exógenas Endógenas Em relação a sua composição química podem ser: Não metálicas Metálicas E também podem ser classificadas como: Desejáveis Indesejável 11 METALOGRAFIA A apropriada preparação de amostras para análise metalográfica, para a caracterização dos materiais metálicos requer que um rígido procedimento seja seguido. 12 Macrografia O exame macrográfico verifica o aspecto de uma superfície após devidamente polida e atacada por um reagente adequado. Por seu intermédio tem-se uma ideia do conjunto, referente à homogeneidade do material, a distribuição e natureza das falhas, impureza e ao processo de fabricação. 13 O trilho rompeu em serviço Micrografia Consiste no estudo dos produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio, onde se pode observar e identificar algumas características dos metais como a granulação do material, a natureza, a forma, a quantidade, e a distribuição dos diversos constituintes ou de certas inclusões. 14 Aço Hipoeutetóide 1020 Normalizado CORPO DE PROVA Parte do material ou produto com forma e dimensões especifica da superfície a ser analisada podendo esta ser embutida ou não. 15 Corpo de prova não embutido É o corpo de prova cujas dimensões da superfície a analisar são suficientemente grandes a ponto de não ser necessário o embutimento. 16 Corte Às vezes é necessário particionar o corpo de prova para obterem-se amostras que servirão para análise metalográfica. Operações mecânicas como torneamento aplainamento e outras, impõem severas alterações microestruturais devido ao trabalho mecânico a frio. O corte abrasivo oferece a melhor solução para seccionar o material. 17 Corte O equipamento utilizado para o corte é conhecido como policorte, com discos abrasivos intensamente refrigerados. 18 Corte A escolha e localização da seção a ser estudada dependem basicamente da forma da peça e dos dados que se deseja obter ou analisar a mesma. 19 Corte O corte longitudinal permite verificar: Se a peça é fundida, forjada ou laminada; Se a peça foi estampada ou torneada; A extensão de tratamentos térmicos superficiais, etc. O corte transversal permite verificar: A natureza do material; A homogeneidade; A forma e dimensões das dendritas; A profundidade de têmperas, etc. 20 Corte Defeitos Causas Quebra do disco Disco de corte indicado para velocidades menores que 3400 RPM. Velocidade de avanço excessiva do disco de corte. Disco de corte pressionado excessivamente contra a amostra. Sujeição (fixação) deficiente do disco de corte. Fixação inadequada da amostra. Refrigeração irregular causando entupimento das cânulas Disco de corte muito duro. Aquecimento excessivo Refrigeração insuficiente Baixa velocidade do disco de cote. Inadequação do disco de corte. Refrigeração insuficiente Baixa velocidade do disco de corte. Inadequação do disco de corte. Disco de corte muito mole Refrigeração irregular causada pelo entupimento das cânulas. Rolamentos defeituosos Sujeição deficiente do disco de corte Formação de rebarbas Disco de corte muito duro Disco de corte com granulometria muito grossa. Corte efetuado muito rápido 21 Os principais problemas observados nas operações de corte e as principais causas. Embutimento A montagem da amostra é realizada para facilitar o manuseio de peças pequenas. O embutimento consiste em circundar a amostra com um material adequado, formando um corpo único. O embutimento pode ser a frio e a quente, dependendo das circunstâncias e da amostra a ser embutida. 22 Embutimento a frio A frio, quando se usam resinas sintéticas de polimerização rápida. Este embutimento é feito com resinas auto polimerizáveis, as quais consistem geralmente de duas substâncias formando um líquido viscoso quando misturadas. 23 Resina e catalizador utilizados no embutimento a frio Embutimento a frio 24 Embutimento a frio de uma amostra dentária. Embutimento a quente Quando a amostra é embutida em materiais termoplásticos por meio de prensas, utilizando-se pressão e aquecimento para efetuar a polimerização. O método consiste em colocar o corpo de prova com a face que se quer analisar em contato com o êmbolo inferior da máquina de embutimento. 25 Embutimento a quente Prensa de embutimento, baquelite e desmoldante. 26 Tipo de plástico Cor Pressão (Kgf/mm2) Tempo de Aquecimento (min) Tempo de Resfriamento (min) Baquelite Preta 125 a 150 10 5 Lucite Transparente 125 a 150 8 4 Parâmetros para embutimento a quente, na prensa hidráulica do laboratório. LIXAMENTO Operação que tem por objetivo eliminar riscos e marcas mais profundas da superfície dando um acabamento a esta superfície, preparando-a para o polimento. Existem dois processos de lixamento: manual (úmido ou seco) e automático. 27 LIXAMENTO A sequência mais adequada de lixas para o trabalho metalográfico com aços é 100, 220, 320, 400, 600 e 1200. Para se conseguir um lixamento eficaz é necessário o uso adequado da técnica de lixamento. 28 Representação esquemática do método de lixamento com trabalho em sentidos alternados. LIXAMENTO Fatores que podem dar uma imagem falseada da amostra, por isso é importante ter os seguintes cuidados: Escolha adequada do material de lixamento em relação à amostra e ao tipo de exame final (o que se quer analisar); A superfície deve estar rigorosamente limpa, isenta de líquidos e graxas que possam provocar reações químicas na superfície; Riscos profundos que surgirem durante o lixamento deve ser eliminado por novo lixamento; Metais diferentes não devem ser lixados com a utilização da mesma lixa. 29 Lixa Geralmente, para os trabalhos metalográficos as lixas utilizadas têm como grão abrasivo o óxido de alumínio, em casos especiais, são utilizados o diamante e o carbeto de boro. A granulometria é relatada em números. Portanto, o número de grãos abrasivos é definido pela quantidade de grãos mais grossos que passam na malha de uma peneira na área de uma polegada. 30 POLIMENTO Operação pós lixamento que visa um acabamento superficial polido isento de marcas, utiliza para este fim pasta de diamante ou alumina. Antes de realizar o polimento deve-se fazer uma limpeza na superfície da amostra, de modo a deixá-la isenta de traços abrasivos, solventes, poeiras e outros. 31 Polimento mecânico É quando o mesmo é realizado através de uma Politriz. Pode ser manual, quando a amostra é trabalhada manualmente no disco de polimento e automática quando as amostras são lixadas em dispositivos especiais e polidas sob a ação de cargas variáveis. O agente polidor pode ser de diamante ou de alumina. 32 Pasta de diamante Alumina Polimento mecânico Cuidados que devem ser observados no polimento: A superfície deve estar rigorosamente limpa; A escolha adequada do material do polimento; Evitar polimentos demorados; Nunca polir amostras diferentes sobre o mesmo pano de polimento (por causa da diferença de dureza entre elas, um pequeno cavaco da amostra mais dura irá riscar a mais macia); Evitar fricção excessiva; Evitar pressão excessiva sobre a amostra. (aplicar um pouco mais que o próprio peso da amostra). 33 ATAQUE QUÍMICO Seu objetivo é permitir a identificação (visualização) dos contornos de grão e as diferentes fases na microestrutura. Um reagente ácido é colocado em contato com a superfície da peça por certo tempo. O reagente causará a corrosão da superfície. Os reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes macroestruturais que se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica. 34 ATAQUE QUÍMICO A superfície da amostra, quando atacada por reagentes específicos, sofre uma série de transformações eletroquímicas baseadas no processo de óxido-redução, cujo aumento do contraste se deve ás diferenças de potencial eletroquímico. São formadas células locais onde os constituintes quimicamente pobres atuam como um ânodo, reagindo com o meio de ataque de maneira mais intensa que os mais nobres. 35 ATAQUE QUÍMICO Métodos de ataque químico 36 Método Descrição e notas Ataque por imersão A superfície da amostra é imersa na solução de ataque; o método mais usado. Ataque por gotejamento A solução de ataque é gotejada sobre a superfície da amostra. Ataque por lavagem A superfície da amostra é enxaguada com a solução de ataque. Usado em casos de amostras muito grandes ou quando existe grande desprendimento de gases durante o ataque. Ataque alternativo por imersão A amostra é imersa alternadamente em duas soluções. As camadas oriundas do ataque com a primeira solução são removidas pela ação do segundo reagente. Ataque por esfregação A solução de ataque, embebida em um chumaço de algodão ou pano, é esfregada sobre a superfície da amostra, o que serve para remover as camadas oriundas da reação. ATAQUE QUÍMICO 37 Designaçãometalográfica Composição Aplicação Cloreto de cobre-amônio em meio amoniacal 10g cloreto de cobre-amônio 120 ml água destilada Amoníaco até dissolver o precipitado Reativo p/ micrografia de múltipla aplicação para ligas de cobre Cloreto de ferro III 5g cloreto de ferro III 30 ml ácido clorídrico concentrado 100 ml de água destilada Reativo para micrografia de superfícies de grãos em liga de cobre. Água oxigenada + Amoníaco 1 parte de água oxigenada a 3% 1 parte de amoníaco Reativos para micrografia de contornos dos grãos de cobre. Lixívia de solda 10g hidróxido de sódio 90 ml água destilada Reativo universal para micrografia de ligas de alumínio Água Régia 8 ml ácido nítrico concentrado 12 ml ácido clorídrico concentrado 1000 ml álcool etílico Reativo p/ micrografia de aços inoxidáveis e outros aços de alta liga. Reativos utilizados para ataque químico ATAQUE QUÍMICO 38 Designaçãometalográfica Composição Aplicação Nitala 3% 97 ml álcool etílico 3 ml ácido nítrico concentrado Reativo p/ micrografia de aço e ferro não ligado e de baixa liga, metal branco, ligas de magnésio. Também para aços de alta liga com estruturamartensítica. Nitala 10% 90 ml de álcool etílico 10 ml de ácido nítrico concentrado Em ataques microscópicos de ação profunda para tornar visível constituintes especiais da estrutura em aços e ferros (carbonetos,eutéticofosforoso) não ligados e de baixa liga. Em casos isolados também como reativo p/ microscopia de alta liga. Emmacroscopiap/ camadascementadasrespectivamente profundidade de endurecimento. Picratode sódio em meio alcalino (Picral) 25g hidróxido de sódio 75 ml água destilada 2g ácido pícrico Revelação decementita Reativos utilizados para ataque químico ATAQUE QUÍMICO Defeitos mais usuais durante os ataques 39 Defeito Consequência Causa Correção Pits Ataque localizado Soluçãomuito forte Tempo demasiado Falta de agitação na solução Nova preparação + Escolha de outro ataque(menos forte) Manchas Bolhas Sujeitadepositada Falta de agitação Máescolha do modo de ataque Nova preparação + Novoataque Superataque Escurecimentoda superfície Solução muitoforte Tempo demasiado Nova preparação + Diluiçãodo reativo químico Subataque Não aparecimentoda estrutura Solução muito fraca Pouco tempo Continuaçãodo ataque PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS 40 INTRODUÇÃO POR QUE ESTUDAR AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS? 41 INTRODUÇÃO O comportamento mecânico de um material reflete a relação a sua resposta ou deformação a uma carga ou força aplicada. Algumas propriedades mecânicas importantes são, Resistência; Dureza; Ductilidade; Rigidez. 42 Como determinar as propriedades mecânicas? A determinação das propriedades mecânicas é feita através de ensaios mecânicos. Utiliza-se normalmente corpos de prova; Geralmente, usa-se normas técnicas para o procedimento das medidas e confecção do corpo de prova para garantir que os resultados sejam comparáveis. 43 Normas técnicas As normas técnicas mais comuns são elaboradas pelas: ASTM (American Society for Testing and Materials); ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 44 Classificação para os ensaios mecânicos i) Destrutivos: provocam inutilização parcial ou total da peça; Tração, dureza, fadiga, fluência, torção, flexão, impacto, tenacidade à fratura, compressão. ii) Não-destrutivos: não comprometem a integridade da peça; Raios-X, raiox-y, ultra-som, partículas magnéticas, líquidos penetrantes, microdureza. i) Estáticos: carga aplicada lenta (estados de equilíbrio); Tração, compressão, dureza, torção, flexão. ii) Dinâmicos: carga aplicada rapidamente ou ciclicamente; Fadiga e impacto. iii) Carga constante: carga aplicada durante um longo período; Fluência. Quanto a integridade Quanto a velocidade 45 45 ENSAIO DE TRAÇÃO Uma amostra é deformada, geralmente até a sua fratura, mediante uma carga de tração gradativamente crescente que é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo mais comprido de um corpo de prova. 46 ENSAIO DE TRAÇÃO 47 ENSAIO DE TRAÇÃO 48 DEFORMAÇÃO ELÁSTICA O grau no qual uma estrutura se alonga ou se deforma depende da magnitude da tensão que lhe é imposta. σ = Eє Essa relação é conhecida como a lei de Hooke, e a constante de proporcionalidade E (GPa) é o módulo de elasticidade ou módulo de Young. 49 DEFORMAÇÃO ELÁSTICA O processo de deformação no qual a tensão e a deformação são proporcionais é chamada de deformação elástica. 50 Deformação Tensão Coeficiente angular = módulo de elasticidade A deformação elástica não é permanente. DEFORMAÇÃO ELÁSTICA Módulo de elasticidade ou Young Pode ser considerado como sendo a rigidez ou a resistência do material à deformação elástica. Quanto maior for o módulo, mais rígido será o material, ou menor será a deformação elástica que irá resultar da aplicação de uma dada tensão. 51 Liga metálica Módulode elasticidade (GPa) Coeficiente de Poisson Aço 207 0,30 Alumínio 69 0,33 Cobre 110 0,34 Latão 97 0,34 Magnésio 45 0,29 Níquel 207 0,31 Tungstênio 407 0,28 Módulo de elasticidade Em uma escala atômica, a deformação elástica macroscópica é manifestada como pequenas alterações no espaçamento interatômico e no alongamento das ligações interatômicas. Esse módulo é proporcional à inclinação da curva força interatômica-separação interatômica. 52 Anelasticidade Foi considerado que a deformação elástica é independente do tempo, ou seja, que uma tensão aplicada produz uma deformação elástica instantânea, que permanece durante o período de tempo em que a tensão é mantida, e que ao liberar a carga a deformação é totalmente recuperada. Para a maioria dos metais, a deformação elástica permanecerá após a aplicação da tensão, e com a liberação da carga será necessário um tempo finito para que ocorra a completa recuperação. 53 EXERCÍCIO 1 Um pedaço de cobre (E = 110 GPa) originalmente com 305 mm de comprimento é puxado em tração com uma tensão de 276 MPa. Se sua deformação é inteiramente elástica, qual será o alongamento resultante? 54 Propriedade elástica do material 55 EXERCÍCIO 2 Uma tensão de tração deve ser aplicada ao longo do eixo referente ao comprimento de um bastão cilíndrico de latão, que possui diâmetro de 10 mm. Determine a magnitude da carga exigida para produzir uma alteração de 2,5 x 10-3 mm no diâmetro. A deformação é puramente elástica. 56 TRABALHO Resumo sobre: Ensaio de compressão; Ensaio de cisalhamento; Ensaio de torção. Entrega: 04/09 57 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Para a maioria dos materiais metálicos, o regime de deformação elástica persiste apenas até deformações de aproximadamente 0,005. Na medida em que o material é deformado além desse ponto, a tensão não é mais proporcional a deformação e ocorre a deformação permanente, não recuperável, ou deformação plástica. 58 Limite de escoamento A maioria das estruturas é projetada para assegurar que ocorrerá apenas deformação elástica quando uma tensão é aplicada. Uma estrutura que se deformou plasticamente, ou que sofreu uma mudança permanente na forma, pode não ser capaz de funcionar como programado. Torna-se, então, desejável conhecer o nível de tensão no qual a deformação plástica tem seu início, ou onde ocorre o fenômeno de escoamento. 59 Limite de resistência a tração Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica nos metais aumenta até um valor máximo, o ponto M na figura, e então diminui até uma eventual fratura do material. Se essa tensão for aplicada e mantida, ocorrerá a fratura. 60 Ductilidade 61 Ductilidade 62 Deformação Tensão Dúctil Frágil Tensão-deformação Várias propriedades mecânicas importantes dos metais podem ser determinadas a partir de ensaios tensão-deformação em tração. 63 Liga metálica Limite de escoamento (MPa) Limite de resistênciaa tração (MPa) Ductilidade (%AL) Alumínio 35 90 40 Cobre 69 200 45 Latão(70Cu-30Zn) 75 300 68 Ferro 130 262 45 Níquel 138 480 40 Aço (1020) 180 380 25 Titânio 450 520 25 Molibdênio 565 655 35 Propriedades mecânicas típicas de vários metais e ligas em estado recozido. Efeito da temperatura 64 Tensão (MPa) Deformação Comportamento tensão-deformação para o ferro em três temperaturas Resiliência A resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e, depois, com a remoção da carga, permitir a liberação dessa energia. A propriedade associada é o módulo de elasticidade, Ur , que é a energia de deformação por unidade de volume necessária para submeter um material à tensão, desde um estado com ausência de carga até o ponto de escoamento. 65 Resiliência 66 0,002 Deformação Tensão Tenacidade É a habilidade de um material absorver energia até a sua fratura. Fatores importantes na determinação da tenacidade: Carregamento dinâmico; Carregamento estático. 67 Deformação Dúctil Frágil Tensão Dureza Consiste em uma medida de resistência de um material a uma deformação plástica localizada (p.ex., a uma pequena impressão ou a um risco). Curiosidade Os primeiros ensaios de dureza foram baseados em minerais naturais, como uma escala construída unicamente em função da habilidade de um material riscar um outro material mais mole. Denominado escala Mohs, que varia desde 1, para o talco, no início de baixa dureza da escala, até 10, para o diamante. 68 Dureza Os ensaios de dureza são realizados mais frequentemente do que qualquer outro ensaio mecânico, por diversas razões: Eles são simples e baratos – normalmente, nenhum corpo de prova especial precisa ser preparado e o equipamento de ensaio é relativamente barato. O ensaio é não-destrutivo – o corpo de prova nem é fraturado e nem excessivamente deformado; uma pequena impressão é a única deformação. Outras propriedades mecânicas podem, com frequência, ser estimadas a partir dos dados de dureza, tal como o limite de resistência a tração. 69 Técnicas de ensaios de dureza 70 Ensaios de dureza Rockwell Os penetradores incluem esferas de aço endurecidas, com diâmetros de 1,588, 3,175, 6,350 e 12,70 mm, e além de um penetrador cônico de diamante (brale), usado para os materiais mais duros. Ensaio Rockwell; Ensaio Rockwell superficial. Realizado com frequência para corpos de provas mais finos. 71 Ensaios de dureza Rockwell 72 Escala de DurezaRockwell Escala de DurezaRockwellSuperficial Símbolo Penetrador Carga principal Símbolo Penetrador Carga principal A Diamante 60 kg 15N Diamante 15 kg B Esferacom 1,588 mm 100 kg 30N Diamante 30 kg C Diamante 150 kg 45N Diamante 45 kg D Diamante 100 kg 15T Esferacom 1,588 mm 15 kg E Esfera com 3,175 mm 100 kg 30T Esferacom 1,588 mm 30 kg F Esferacom 1,588 mm 60 kg 45T Esferacom 1,588 mm 45 kg G Esferacom 1,588 mm 150 kg 15W Esfera com 3,175 mm 15 kg H Esfera com 3,175 mm 60 kg 30W Esfera com 3,175 mm 30 kg K Esfera com 3,175 mm 150 kg 45W Esfera com 3,175 mm 45 kg Ensaio de dureza Brinell Nos ensaios de dureza Brinell um penetrador esférico e duro é forçado contra a superfície do metal a ser testado. Diâmetro do penetrador de aço endurecido (ou de carbeto de tungstênio) – 10 mm. As cargas – 500 e 3000 kg, essa carga é mantida constante por um tempo especificado (entre 10 e 30s). Os materiais mais duros exigem a aplicação de cargas maiores. O número de dureza Brinell, é representado por HB. 73 Ensaios de dureza Rockwell e Brinell Tanto para ensaios de dureza Rockwell e Brinell, imprecisões também resultam se o corpo de prova for muito fino, e se uma impressão é feita muito próxima a aresta da amostra ou se são feitas duas impressões muito próximas uma da outra. 74 Ensaios de Microdureza Knoop e Vickers São designados como métodos de ensaios de microdurezas, devido ao tamanho do penetrador. Ambos são bem adequados para a medida da dureza em regiões pequenas e selecionadas de um corpo de prova. O método Knoop é usado para o ensaio de materiais frágeis. Para o ensaio um penetrador de diamante muito pequeno e com geometria piramidal é forçado contra a superfície do corpo de prova. As cargas varia entre 1 e 1000g; Os números de dureza Koop e Vickers são designados por HK e HV, respectivamente. 75 76 Comparação entre várias escalas de dureza. AÇOS E FERROS FUNDIDOS; MECÂNISMO DE ENDURECIMENTO POR SOLUÇÃO SÓLIDA E PRECIPITAÇÃO 77 DIAGRAMA FERRO-CARBONO 78 Perlita (aço eutetóide) 79 Perlita e cementita (aço hipereutetóide) 80 Perlita e ferrita (aço hipoeutetóide) 81 82 83 84 AÇOS E FERROS FUNDIDOS 85 AÇOS Grande quantidade de aços ligados. Os aços podem ser classificados em grupos, em base de propriedades comuns: Composição: aços-carbono e aços-liga; Processo de acabamento: aços laminados a quente ou a frio; Forma do produto acabado: barras, chapas, grossas, chapas finas, tiras, tubos ou perfis estruturais. Aços baixo carbono: até 0,20%; Aços médio carbono: de 0,20 até 0,50%; Aços alto carbono: acima de 0,50%; 86 AÇOS Normas: SAE; AISI; ASTM (americanos); DIN (alemão); ABNT (brasileiro). 1020: aço carbono com teor médio de 0,20% C; 1045: aço carbono com teor médio de 0,45% C; 2120: Aço ao “S” com teor médio de 0,20% C; 5140: Aço ao “Cr” com 0,70% a 0,90% Cr e 0,40% C; 87 AÇOS Sistemas SAE, AISI e UNS de classificação dos aços 88 AÇOS Sistemas SAE, AISI e UNS de classificação dos aços 89 TRABALHO 2 Resumo sobre: Classificação dos aços. No máximo duas folhas, escrito a mão! Entrega: 11/09 90 AÇOS Efeito do “C”: Dureza; Efeito de “Si”: De 0,15% a 0,20% desoxidante; Efeito do “Mn”: De 0,30% a 0,60% desoxidante e dessulfurante; Efeito do “F” e “S”: Elementos nocivos; Efeito do “Ni”: Resistência a corrosão e refino de grão; Efeito do “Cu”: Resistência a corrosão atmosférica; Efeito do “Cr”: Resistência ao desgaste; Efeito do “Mo”: Temperaturas elevadas. 91 AÇOS Efeitos dos elementos de ligas nos aços: Propriedades mecânicas; Aumentar a usinabilidade; Aumentar a temperabilidade; Aumentar a soldabilidade; Conferir dureza ao material; Aumentar a capacidade de corte; Conferir resistência ao desgaste; Conferir resistência a corrosão; Conferir resistência ao calor; Obter características elétricas e térmicas. 92 AÇOS 93 AÇOS 94 AÇOS Ação relativa de alguns elementos de liga que se dissolvem na ferrita, no sentido de aumentar a sua dureza. 95 AÇOS 96 AÇOS 97 AÇOS Tipos de aços: Aços para fundição; Aços estruturais; Aços para chapas; Aços para tubos; Aços para arames, fios e molas; Aços de usinagem fácil; 98 Aços para fundição São recomendados para fundição de peças empregadas em máquinas operatrizes, indústria automobilística, indústria ferroviária, indústria naval, implementos agrícolas, tratores, equipamento para escavação e construção, etc. Os requisitos exigidos nos aços para fundição são homogeneidade, granulação fina e regular e completa isenção de tensões. Além disso, propriedades mecânicas adequadas, as quais vão depender da maior ou menor responsabilidade das aplicações e são reguladas pelo o teor de carbono, eventual adição de elementos de liga e apropriado tratamento térmico. 99 Aços para fundição Os aços para fundição podem ser classificados nos seguintes grupos: Aços baixo carbono: até 0,20%; Aços médio carbono: de 0,20 até 0,50%; Aços alto carbono: acima de 0,50%; Aços liga de baixo teor em liga (soma das ligas inferior a 8%); Aços liga de alto teor em liga (soma das ligas acima de 8%). 100 Aços estruturais São aços empregados principalmente em construção civil e, em equipamentos de transporte: veículos em geral, equipamento rodoviário, ferroviário, naval, etc. Nessas aplicações, alguns requisitos fundamentais são: Baixo custo; Resistência mecânica; Deformabilidade; Soldabilidade; Relação adequada resistência/peso. Tipos: aços-carbono, aços de alta resistência e baixo teor de liga. 101 Aços para chapas Esses materiais necessitam de: elevada deformabilidade ou ductilidade, ainda que com prejuízo da resistência mecânica; soldabilidade adequada; superfície sem defeito; baixo custo. Composição química: Carbono – 0,05 a 0,55% Manganês – 0,15 a 1,50% Silício – 0,30 a 0,50% Fósforo e enxofre – 0,05% máx. 102 Aços para chapas A expressão “chapa” compreende uma série de produtos, todos importantes na indústria. A ABNT, pela sua P-TB-20 de 1968, assim distingue os vários produtos laminados planos de aço: Folha – produto plano com espessura inferior a 0,30 mm e qualquer largura; Tira – produto plano com espessura compreendida entre 0,30 mm e 5,0 mm e largura inferior a 300 mm; Chapa fina – produto plano com espessura compreendida entre 0,30 mm e 6,00 mm e largura igual ou superior a 300 mm; Barra chata – produto plano com espessura superior a 5,0 mm e largura inferior a 300 mm; Chapa grossa – produto plano com espessura superior a 5,0 mm e largura igual ou superior a 300 mm. 103 Aços para tubos Os aços para tubos são geralmente de baixo carbono (no máximo 0,30%) e manganês (no máximo 1,5%). Em aplicações a temperaturas elevadas, costuma adicionar cromo (0,5 – 10%) e molibdênio (0,45 – 1,1%). Os tubos são produzidos essencialmente por dois processos: A partir de tarugos cheios, adequadamente perfurados (tubos inteiriços ou sem costura); A partir de chapas grossas ou finas a quente que são dobradas na largura e suas extremidades soldadas (tubos soldados ou com costura). 104 Aços para tubos 105 Aços para arames e fios 106 Aços para molas Devem apresentar as seguintes propriedades: Altos valores para os limites de proporcionalidade ou elasticidade sob tensão; nessas condições, as molas poderão suportar as cargas de serviços, geralmente apreciáveis, sem deformação permanente; Elevada resistência ao choque, sobretudo no caso de serviço mais pesado em veículos em geral; Alto limite de fadiga, visto que normalmente, na indústria automobilística, as molas falham por fadiga, a ruptura se iniciando em algum ponto de concentração de tensões. O teor de carbono varia de 0,50 a 1,20%; o aço pode ainda conter certos elementos de liga. Os mais usados são cromo e o vanádio, além do silício e do manganês em teores mais elevados do que os normais. Esses aços ligados apresentam melhores limites de fadiga. 107 Aços de usinagem fácil A dureza e a microestrutura são fatores importantes. Os efeitos da microestrutura na usinabilidade dos aços podem ser resumidos da seguinte maneira: Aços de carbono muito baixo (até 0,20%) são melhor usinados no estado encruado (desde que as tensões sejam aliviadas); Aços de carbono entre 0,20 e 0,30% são melhor usinados quando a estrutura é normalizada; Aços de carbono entre 0,30 e 0,40% devem apresentar, para melhor usinabilidade, a perlita com estrutura grosseira; Aços de carbono entre 04,0 e 0,60% são melhor usinados quando a perlita se apresenta grosseira; A introdução controlado de metais moles, como o chumbo e o bismuto, melhor apreciavelmente a usinabilidade. 108 Ferros Fundidos Costuma-se definir ferro fundido como as ligas Fe-C cujo teor de carbono se situa acima de 2,0% aproximadamente. Mas devido a grande importância do silício, o ferro fundido é normalmente considerado uma liga ternária Fe-C-Si. Tipos de ferros fundidos: Branco; Cinzento; Maleável; Nodular. 109 Ferros Fundidos 110 111 112 113 Ferros Fundidos 114 Ferros Fundidos Diagrama de equilíbrio metaestável Fe-C-Si para dois diferentes teores de silício. 115 Ferros Fundidos Efeito do silício: modifica a composição do eutético. A fórmula indica que o efeito no silício corresponde ao de um terço do efeito do carbono. Exemplo: uma liga com 2,3% de Si, verifica-se que o ponto eutético corresponde cerca de 3,6% de carbono. Outra função importante do silício, ele age como um agente grafitizante. 116 Ferros Fundidos Fatores que influem na estrutura do ferro fundido: Composição química; Velocidade de resfriamento. Na composição química os elementos que mais influem na estrutura são o carbono e o silício. 117 117 Ferros Fundidos 118 Ferros Fundidos Velocidade de resfriamento Este fator relaciona a velocidade de resfriamento propriamente dita durante a solidificação no interior dos moldes e a espessura das peças moldadas. Velocidades de resfriamentos rápidas – seções finas ou áreas adjacentes às paredes do molde (pouca decomposição da grafita – fenômeno chamado de seções coquilhadas); Velocidades de resfriamentos lentas – seções espessas (ocorre apreciável grafitização); No qual esses dois fatores sempre irão depender do teor de carbono e de silício. 119 Essa estrutura confere ao material características de baixa dureza e excelente usinabilidade, além de razoável resistência mecânica. 120 Ferro Fundido Branco Apresenta o carbono quase que inteiramente combinado na forma Fe3C e sua fratura é do tipo branca; Possuem elevada dureza e resistência ao desgaste (baixa usinabilidade); Principais parâmetros para produção: Composição química e velocidade de resfriamento; Aplicação de elementos de ligas: Ni; Mo; V (resistência ao desgaste, corrosão e oxidação). 121 122 Ferro Fundido Branco Efeito comparativo de vários elementos de liga que diminuem a profundidade de coquilhamento. 123 Ferro Fundido Branco Efeito comparativo de vários elementos de liga que aumentam a profundidade de coquilhamento. 124 Ferro Fundido Branco Aplicações: Revestimento de moinhos Bolas para moinhos de bola Outras aplicações incluem cilindros de laminação para borracha, vidro e metais, rodas de vagões, peças empregadas em equipamento para britamento de minério, moagem de cimento etc. 125 Ferro Fundido Branco 126 Ferro Fundido Cinzento Ferro fundido mais utilizado industrialmente por possuir as seguintes características: Fácil fusão e moldagem; Excelente usinabilidade; Boa resistência mecânica; Boa resistência ao desgaste; Boa capacidade de amortecimento. Faixa de composição 127 Ferro Fundido Cinzento A classificação dos ferros fundidos cinzentos segundo a ABNT, eles são designados pelas letas FC, seguindo-se dois algarismos representativos do limite mínimo de resistência a tração. As classes FC-10 e FC-15 correspondem aos ferros fundidos cinzentos comuns, com excelente fundibilidade e melhor usinabilidade. A classe FC-15 é utilizada, em bases de máquinas, carcaças metálicas, entre outras. As classes FC-20 e FC-25, também possuem boas fundibilidade e usinabilidade, apresentam melhor resistência mecânica e se aplicam, principalmente em elementos estruturais, tais como barramentos, cabeçotes e mesas de máquinas operatrizes. As classes FC-30 e FC-35, possuem maiores durezas e resistência mecânica, aplicam-se em engrenagens, pequenos virabrequins, bases pesadas de máquinas, blocos de motor. A classe F-40 é a classe de uso comercial que possui a maior resistência mecânica, apresentando, para essa finalidade, combinação de elementos de liga; entre eles níquel, cromo e molibdênio. 128 Ferro Fundido Cinzento 129 Ferro Fundido Cinzento 130 131 Ferro Fundido Maleável FoFo Branco + Maleabilização = FoFo Maleável Objetivos do tratamento: Ductilidade ou Maleabilidade. Melhoramento das propriedades: Tração; Fadiga; Desgaste; Usinabilidade. Aumento da aplicação industrial após o tratamento. Tipos de tratamento: Maleabilização por descarbonetação e grafitização. 132 Ferro Fundido Maleável Maleabilização por descarbonetação: Origina um material de núcleo branco (características de fratura), cuja estrutura é constituída essencialmente de ferrita. Peça introduzida em meio oxidante para que haja descarbonetação. O aspecto de fratura só é revelado em paredes finas (5 – 6 mm). Ao mesmo tempo que ocorre a descarbonetação intensa, ocorre também a grafitização pela decomposição da cementita. 133 Ferro Fundido Maleável Peças até cerca de 5 mm em espessura – ferrita somente; Peças de maior espessura – ferrita nas camadas superficiais e grafita, em nódulos arredondados, sobre uma matriz de ferrita (as vezes com uma certa quantidade de perlita) na parte central. 134 Ferro Fundido Maleável Maleabilização por grafitização: Origina um material de núcleo preto, cuja fratura tem aspecto escuro com estrutura essencialmente de grafita em nódulos em uma matriz ferrítica. Peça introduzida em atmosfera neutra. 135 Ferro Fundido Maleável 136 137 Ferro Fundido Maleável 138 Ferro Fundido Nodular Esta liga é também chamada de ferro fundido dúctil e caracteriza-se por possuir excelente resistência mecânica, tenacidade e ductilidade. O seu limite de escoamento é mais elevado do que nos ferros fundidos cinzento e maleável e mesmo do que nos aços-carbono sem elementos de liga. Esse ferro fundido possui uma composição química semelhante a do ferro fundido cinzento comum ou com baixo teor de liga. Processo de nodulização: Adição de Magnésio, Cério, Cálcio, Lítio, Sódio ou Bário. 139 Ferro Fundido Nodular A adição de algum desses elementos produz uma nova microestrutura, juntamente com um conjunto de propriedades mecânicas. Resistência mecânica; Tenacidade; Ductilidade; Usinabilidade. 140 141 Ferro Fundido Nodular 142 Ferro Fundido Nodular 143 Ferro Fundido Nodular 144 MECANISMO DE ENDURECIMENTO Por solução sólida É uma mistura homogênea, onde as duas substâncias são sólidas, mas que têm a capacidade de se misturarem homogeneamente a partir de uma certa temperatura. Uma solução sólida é constituída, pois, de dois ou mais elementos. Fatores para que possa ocorrer a solução sólida: Fator de empacotamento atômico; estrutura cristalina; eletronegatividade; valência. Exemplo: O cobre e o níquel formam solução sólida substitucional. Raio atômico: cobre (0,128nm) e níquel (0,125nm); Ambos possuem estruturas cristalinas do tipo CFC; Eletronegatividades: cobre (1,9) e níquel (1,8); Valência: cobre (+1, pode exibir também +2) e níquel (+2). 145 MECANISMO DE ENDURECIMENTO Por precipitação 146 MECANISMO DE ENDURECIMENTO 147 MECANISMO DE ENDURECIMENTO 148 MECANISMO DE ENDURECIMENTO 149 MECANISMO DE ENDURECIMENTO 150
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