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Prof. Dr. Ed Carlos Morais Prof. Dr. Ed Carlos Morais BIOQUÍMICA “estrutura tridimensional das proteínas” Aulas 6 e 7 Prof. Dr. Ed Carlos Morais Polímeros de aminoácidos (monômeros) PROTEÍNAS H 2 N C O O H Prof. Dr. Ed Carlos Morais Os peptídeos variam em comprimento Mesmo os menores peptídeos podem ter efeitos biológicos importantes PROTEÍNAS __ Quantos AA tem esse peptídeo? Quais? Como podemos classificá-lo? Qual seu nome científico? Aspartame Prof. Dr. Ed Carlos Morais Peptídeos pequenos de importância biológica Hormônios: • Ocitocina (9 AA): hormônio do amor • Bradicinina (9 AA): inibir inflamação • Tirotropina (3 AA): estimular a tireoide • Venenos e Antibióticos PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais Oligopeptídeos (Hormônios): Insulina (30 e 21 AA): redução da glicemia Glucagon (29 AA): aumentar a glicemia Corticotrotropina (30 AA): estimular o córtex adrenal PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais Quanto longas são as cadeias polipeptídicas nas proteínas? PROTEÍNAS A grande maioria apresenta menos do que 2000 AA Prof. Dr. Ed Carlos Morais As proteínas podem apresentar: Uma cadeia polipeptídica única PROTEÍNAS Citocromo c Prof. Dr. Ed Carlos Morais As proteínas podem apresentar: Duas ou mais cadeias polipeptídica associadas PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais PROTEÍNAS Hemoglobina Prof. Dr. Ed Carlos Morais Podemos calcular o número aproximado de AA em uma proteína Soma do PM médio dos 20 AA = 138 Os AA pequenos predominam na maior parte das proteínas, logo, teremos PM médio = 128 Como para cada ligação peptídica é removida uma molécula de água (PM = 18) O PM médio de um AA em uma proteína é cerca de: PROTEÍNAS 128 – 18 = 110 Prof. Dr. Ed Carlos Morais Logo para saber o número de AA em uma proteína basta dividir o PM da proteína pelo PM médio de um AA, ou seja: PROTEÍNAS 110 proteína AA proteína AA PM PM PM N Prof. Dr. Ed Carlos Morais 1. Calcule o número de AA presentes nas proteínas cujo PM é de: a) 13.700 (ribonuclease) b) 64.500 (hemoglobina) c) 102.000 (hexoquinase) 2. Calcule o PM das proteínas cujo o número de AA é de: a) 5.628 (glutamina) b) 129 (lisozima – clara do ovo) EXERCÍCIO Prof. Dr. Ed Carlos Morais Simples: contêm apenas resíduos de AA CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais Conjugadas: contêm outros componentes químicos além dos AA A parte não-aminoácido é chamada de grupo prostético CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS Hemoglobina Prof. Dr. Ed Carlos Morais São classificadas com base na natureza química do seu grupo prostético PROTEÍNAS CONJUGADAS Classe Grupo prostético Exemplo Lipoproteínas Lipídios Lipoproteína do sangue Glicoproteínas Carboidratos Imunoglobulina G Fosfoproteínas Fosfato Caseína do leite Hemoproteínas Heme Hemoglobina Metaloproteínas Ferro Zinco Cálcio Molibdênio Cobre Ferritina Desidrogenase alcoólica Calmodulina Dinitrogenase plastocianina Prof. Dr. Ed Carlos Morais . Estrutura primária: é a sequência dos aminoácidos na cadeia polipeptídica; mantida por ligações peptídicas Estrutura quaternária: • Associação de mais de uma cadeia polipeptídica • No modelo, um tetrâmero composto de 4 cadeias polipeptídicas x 4 Estrutura terciária: • Enovelamento de uma cadeia polipeptídica como um todo. • Ocorrem ligações entre os átomos dos radicais R de todos os aminoácidos da molécula Estrutura secundária: • Enovelamento de partes da cadeia polipeptídica • Formada somente pelos átomos da ligação peptídica, através de pontes de H. NÍVEIS DE ESTRUTURA PROTEICA Prof. Dr. Ed Carlos Morais . NÍVEIS DE ESTRUTURA PROTEICA Prof. Dr. Ed Carlos Morais Nosso entendimento da estrutura e função das proteínas derivou do estudo de muitas proteínas individuais; Para estudar em detalhes uma proteína deve ser isolada e purificada; Métodos de isolamento purificação tem sido estudado a anos pela química de proteínas TRABALHANDO COM AS PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais TRABALHANDO COM AS PROTEÍNAS Sabendo que uma célula possui milhares de proteínas, como purificar uma única delas? Basta selecionar por propriedades • Tamanho • Carga elétrica • Propriedades de ligação E passar numa coluna cromatográfica Prof. Dr. Ed Carlos Morais Cromatografia: técnica de separação de misturas Troca iônica Exclusão por tamanho Afinidade Prof. Dr. Ed Carlos Morais Troca Iônica as proteínas carregadas negativamente são eluídas primeiro as proteínas carregadas positivamente são retidas pela coluna Carga positiva liquida grande Carga positiva líquida Carga negativa líquida Carga negativa líquida grande Esferas do polímero com grupos funcionais carregados negativamente A mistura de proteínas é adicionada à coluna contendo trocadores de cátions Prof. Dr. Ed Carlos Morais Moléculas de proteínas separadas pelo tamanho; as moléculas maiores passam mais livremente Esfera com polímero poroso A mistura de proteínas é adicionada a coluna contendo polímero com poros Exclusão pelo tamanho Grânulos porosos na matriz seguram as moléculas menores Moléculas grandes não entram nos poros e são eluídas primeiro Prof. Dr. Ed Carlos Morais Cromatografia de Afinidade A mistura de proteínas é adicionada a coluna contendo um polímero unido ao ligante específico para a proteína de interesse As proteínas não desejadas são lavadas pela coluna A proteína de interesse é eluída pela solução do ligante Mistura de proteínas Solução de ligante Prof. Dr. Ed Carlos Morais Como saber se a proteína foi isolada? Eletroforese: migração das proteínas carregadas em um campo elétrico Método analítico que tem como vantagem o fato das proteínas poderem ser visualizadas como separadas, permitindo estimar o número de diferentes proteínas em uma mistura ou o grau de pureza de uma preparação proteica, além do seu peso molecular aproximado. Prof. Dr. Ed Carlos Morais ELETROFORESE Amostras diferentes são aplicadas em poços no topo do gel. As proteínas movem-se para dentro do gel quando um campo elétrico é aplicado Prof. Dr. Ed Carlos Morais ELETROFORESE As proteínas podem ser visualizadas depois da eletroforese tratando o gel com um corante que se liga somente as proteínas , cada banda representa uma proteína diferente Prof. Dr. Ed Carlos Morais ELETROFORESE A mobilidade de uma proteína é relacionada ao seu peso molecular Prof. Dr. Ed Carlos Morais SEQUÊNCIA DE PROTEÍNAS E EVOLUÇÃO Para todos os genomas sequenciados, conhece-se a estrutura primária de todas as proteínas para este organismo, pois: Cada AA é codificado por uma sequência específica de três nucleotídeos Além disso, o conhecimento da sequência de AA pode facilitar o isolamento do gene correspondente. Sequência de AA Gly Tyr Pro Ser Cys Ala Sequência de DNA (gene) GGU UAU CCA UCC UGU GCC Prof. Dr. Ed Carlos Morais SEQUÊNCIA DE PROTEÍNAS E EVOLUÇÃO Os organismos possuem, em grande medida, as mesmas proteínas (ortólogas) Derivam do ancestral comum O alinhamento permite que identifiquemosas porções mais importantes (conservadas) da proteína Prof. Dr. Ed Carlos Morais SEQUÊNCIA DE PROTEÍNAS E EVOLUÇÃO Quanto mais similares as sequências das proteínas dos organismos, mais próximos eles são evolutivamente Prof. Dr. Ed Carlos Morais Todas as proteínas iniciam sua existência em um ribossomo como uma sequência linear de AA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais Esse polipeptídeo precisa enovelar-se durante e depois da síntese para tomar sua conformação nativa e funcional Cada proteína apresenta uma estrutura tridimensional que reflete sua função ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais A estrutura das proteínas é estabilizada por múltiplas interações fracas ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS α-hélice Prof. Dr. Ed Carlos Morais A estrutura das proteínas é estabilizada por múltiplas interações fracas ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS Conformação β Prof. Dr. Ed Carlos Morais ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS Prof. Dr. Ed Carlos Morais ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS As proteínas são funcionais em ambientes celulares Condições diferentes daquelas das células podem resultar em grandes ou pequenas alterações estruturais A perda da estrutura da proteína resulta na perda da função biológica A perda da estrutura tridimensional é chamada de desnaturação Prof. Dr. Ed Carlos Morais ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DAS PROTEÍNAS A maior parte das proteínas podem ser desnaturadas pelo calor Extremos de pH, álcool, acetona, detergentes Prof. Dr. Ed Carlos Morais ATIVIDADE 2 Prof. Dr. Ed Carlos Morais Prof. Dr. Ed Carlos Morais REFERÊNCIA: Lehninger - Princípios de Bioquímica Capítulo 4 (Estrutura Tridimensional das Proteínas)
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