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Limitações ao Poder de Tributar

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LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR mecanismos estabelecidos pela Constituição Federal que protegem o contribuinte da voracidade tributária estatal. Instrumentos: 1 Os Princípios Constitucionais Tributários previstos no artigo 150 da Constituição Federal 2 A delimitação da competência tributária determinada pela Lei Maior. distribuição, divisão do poder de instituir tributos aos entes federativos. Cada Ente Federativo foi atribuída competência privativa para instituir determinadas espécies tributárias. 3 Imunidade Tributária, é o obstáculo, decorrente de regra da Constituição, à incidência de regra jurídica de tributação. Visando proteger determinados valores CF excluiu certas pessoas, bens, serviços ou situações do campo de atuação tributária do Estado. O imune não pode se tributado, está protegido, o fato gerador nem chega a ocorrer. 
É diferente de isenção e da anistia: Isenção – é um benefício fiscal concedido por lei - o fato gerador ocorre mas a lei concede um benefício ao contribuinte, pode ser retirado, é um favor. Anistia – é o perdão (exclusão) das penalidades tributárias (multas). Remissão (direito civil) perdão da dívida toda, depende de lei
Obrigações acessórias – além do pagamento do tributo, o contribuinte tem algumas obrigações, o dever de realizar a declaração, mesmo os imunes e isentos. MODALIDADES genéricas As imunidades genéricas destinam-se a todos os impostos, específicas espalhadas na Constituição em relação às taxas e contribuições especiais
IMUNIDADE RECÍPROCA art 154, VI, “a”, da CF As entidades políticas integrantes da federação, não podem fazer incidir impostos umas sobre as outras (cobrar impostos entre si) sobre patrimônio, renda e serviços. determinação constitucional, tbm às autarquias e fundações públicas com relação à sua renda patrimônio e serviços, desde que estes estejam relacionados direta ou indiretamente às suas finalidades institucionais. OBJETIVO preservar o princípio federativo (cláusula pétrea - artigo 60, § 4º da Constituição Federal), pois a autonomia dos entes não pode ser ameaçada pelo uso da tributação de um ente sobre o outro. NÃO ocorrerá a imunidade quando tratar-se de renda patrimônio ou serviço de empresa pública, sociedade de economia mista pois estas exploram atividade econômica e são regidas por normas de direito privado. Tbm não estende ao compromissário que adquire bens públicos isentos de tributação, embora a propriedade ainda não tenha sido definitivamente transferida ao particular, existe um compromisso de compra e venda que transferiu a posse do Estado (imune) para o compromissário particular (não imune). 
IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO (culto a um Deus ou Deuses, não se incluindo o esoterismo) – Art. 150, VI, “b” da CF Templo: a lei não se refere apenas a uma edificação, mas todos os bens, serviços e rendas relacionados diretamente ao exercício da atividade religiosa (igreja, casa paroquial, convento, missa, cultos, batismos, casamentos..) Não pode haver cobrança de impostos sobre as missas, casamentos, ou qualquer ritual religioso, nem sobre os bens que estejam sendo utilizados para atividades religiosas. Porém, os bens, serviços ou patrimônio da igreja que estejam destinados para outras atividades alheias à finalidade religiosa serão tributados normalmente. 
IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, DAS ENTIDADES SINDICAIS E DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO OU DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS – art. 150, VI, “c” da CF São imunes ao pagamento de impostos a renda, o patrimônio e os serviços relacionados às finalidades essenciais dos partidos políticos, sindicatos e instituições de educação ou assistência social sem fins lucrativos. As entidades sem fins lucrativos para terem direito a imunidade constitucionalmente prevista devem atender os requisitos previsto nos incisos artigo 14 do CTN: I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (não podem distribuir resultados positivos, devem reaplicá-los na própria entidade – daí decorre o caráter não-lucrativo) II – apliquem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais; III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS, PERIÓDICOS E DO PAPEL DESTINADO À SUA IMPRESSÃO – Art. 150, VI, “d” da CF – (é sobre o objeto) Não importa o conteúdo do livro ou do periódico. visa incentivar a cultura e a educação em geral e garantir a livre manifestação do pensamento - direitos do cidadão que poderiam ser restringidos ou ameaçados diante da incidência de impostos, que podem encarecer e dificultar o acesso da população a estes direitos.
Imunidade dos CDs e DVDs MUSICAIS Produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser – Art. 150, VI, “e” da CF. A EC nº 75, publicada no DOU de 16/10/13, inclui fonogramas e videofonogramas musicais e literomusicais no rol de imunidade a impostos trazida pela CF em seu art. 150 ‘e’. Literomusical - são as músicas com letras, em contraposição às músicas apenas instrumentais ou sem letras  suportes materiais são meios pelos quais os fonogramas e videofonogramas se materializam, a exemplo dos CDs, DVDs e Blu-Ray. E  arquivos digitais, músicas baixadas pela Internet, aplicativos de música para celular e tablet, e outros. Apenas o processo industrial de produção dos CDs e DVDs (suportes materiais), se realizados por mídias ópticas de leitura a laser, poderá ser normalmente tributadas.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA É a relação jurídica em virtude da qual o particular (sujeito passivo) tem o dever de pagar determinado tributo ou penalidade pecuniária ao Estado (obrigação principal), ou fazer ou não fazer algo no interesse da arrecadação e/ou da fiscalização tributária (obrigação acessória). Elementos da obrigação tributária: 	tem q ter Lei (descreve o tributo) > Fato gerador (coração da obrigação) > Sujeitos (aprtes): sujeito passivo (paga) / sujeito ativo (cobra) 
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO Obrigação principal – Tem como objeto o pagamento de tributo ou de penalidade pecuniária (decorrente do não cumprimento de alguma obrigação tributária). Decorre de lei em sentido estrito e surge com a ocorrência do fato gerador descrito na lei. prestação a de natureza patrimonial – sempre uma quantia em dinheiro (obrigação de dar) Obrigação acessória – O objeto da obrigação acessória é sempre de natureza não-patrimonial, decorre da legislação tributária, em sentido amplo. É uma prestação de fazer ou não fazer atos de interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Envolve deveres formais, instrumentais sem conteúdo pecuniário. Pode ocorrer de forma independente da obrigação principal. Ex. emitir nota fiscal de produto que é isento de ICMS, embora o ICMS não seja recolhido nesta hipótese, a escrituração fiscal é necessária para apuração do faturamento que servirá de base de cálculo para outro tributo como, por exemplo, IR. têm como objetivo: viabilizar o controle dos fatos relevantes para o surgimento, pagamento ou fiscalização de obrigação principal. Qdo a obrigação acessória não cumprida gera uma obrigação principal de pagar a penalidade pecuniária imposta ao sujeito passivo que não obedecer esta obrigação tributária.
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Lei é uma obrigação ex lege, decorre de lei Fato gerador É uma situação abstrata (uma hipótese) descrita na lei que uma vez ocorrida em concreto faz nascer a obrigação tributária.subsunção consumação da hipótese de incidência modalidades: 1 FG da obrigação principal - Situação - fato, conjunto de fatos, situação jurídica. Definida em lei –Só a lei é o instrumento próprio para descrever o fato gerador da obrigação principal Necessária – sem a situação prevista em lei, não nasce obrigaçãotributária Suficiente – significa dizer que a situação prevista em lei é bastante para gerar a obrigação tributária. 2 - FG da obrigação acessória - O fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a pratica ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal (ou seja, que não seja pagar o tributo). Ex. Abertura de um estabelecimento comercial faz nascer o dever de requerer inscrição nos cadastros fiscais correspondentes. 
SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA SUJEITO ATIVO é a pessoa jurídica de direito Público titular da competência tributária/impositiva, sendo ela a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município. SUJEITO PASSIVO o sujeito passivo pode ser: DIRETO: é o contribuinte, tem relação pessoal e direita com o fato gerador INDIRETO: é o responsável, pessoa física ou jurídica que tem interesse (não realizou o FG) no cumprimento da obrigação tributária por imposição de lei, estando obrigado a responder pelo tributo e/ou pela penalidade tributária.
CONVENÇÕES PARTICULARES A não ser que a lei específica do tributo estabeleça de modo diferente, as convenções particulares (contratos, acordos...) relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias respectivas. as pessoas podem estipular entre elas a quem cabe a responsabilidade pelo pagamento de tributos, mas suas estipulações não terão validade perante a Fazenda Pública. O Fisco irá cobrar o cumprimento da obrigação tributária do sujeito passivo previsto na lei.
SOLIDARIEDADE – ART. 124 e125 do CTN Haverá solidariedade no cumprimento da obrigação tributária se houver pluralidade de sujeitos passivos (pessoas que tenham interesse comum na situação que constitui o fato gerador) ou quando a lei expressamente indicar que existe solidariedade em relação às pessoas que ela indicar. A solidariedade tributária não comporta o benefício de ordem BENEFÍCIO DE ORDEM: é a observância de uma ordem, de uma seqüência quanto à execução da obrigação.
EFEITOS Se não houver lei dispondo em contrário, 1 o pagamento efetuado por um aproveita aos demais, isto é, desde que um pague, os demais ficam desobrigados; 2 a isenção ou remissão (perdão) do crédito tributário, exonera todos os obrigados, a não ser que o benefício tenha sido concedido a um dos sujeitos passivos em caráter pessoal, pois neste caso subsiste a solidariedade quanto aos demais, pelo saldo remanescente; 3 a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica os demais.
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (passiva) – Art. 126 CTN é aptidão legal para exercer direito e contrair obrigações. Aptidão de pagmto., independe da capacidade civil. atingir a realidade econômica das relações que disciplinam e evitar fraude. vontade do sujeito passivo ser irrelevante para a formação de cumprimento da obrigação tributária, realizando o FG descrito na lei, querendo ou não, sabendo ou não, estará obrigado a pagar o tributo ou a penalidade tributária. na formação da obrigação tributária não importa o ato, mas o fato em sentido estrito (fato gerador), o acontecimento considerado apenas em seu aspecto objetivo, é natural que a capacidade jurídica seja irrelevante na formação do vínculo obrigacional tributário. Desta forma também serão sujeitos passivos da obrigação tributária: o incapaz, o impedido de exercer atividades civis, profissionais ou comerciais, a empresa irregularmente constituída.
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO – Art. 127 CTN Em regra o domicílio tributário é aquele eleito pelo contribuinte ou responsável; sujeito passivo pode escolher o local em que manterá as suas relações com o fisco, regras do CTN: pessoa física: local de sua residência habitual ou centro de suas atividades; pessoa jurídica : é o local de sua sede. se tiver vários estabelecimentos, o domicílio tributário será o do local onde ocorrer o fato gerador (Ex. ICMS), pessoa jurídica de direito público: qualquer uma de suas repartições localizadas no território da entidade tributante. Se não for cabível, lugar da situação do bem (ITCMD) ou do fato gerador (ICMS). A autoridade tributária pode recusar o domicílio eleito, se dificultar a fiscalizaç ou a arrecadação do tributo.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA – REGRAS GERAIS Arts. 128 a 138 CTN Somente a lei pode determinar que numa obrigação tributária, além do contribuinte (sujeito passivo direto), também haverá o responsável tributário (sujeito passivo indireto) que mesmo não realizando o fato gerador, tem alguma ligação com ele. Ex.: IR retido na fonte. Pode ser dividida em: 1 – A RESPONSABILIDADE POR SUCESSÃO Art.129 CTN – Os sucessores são responsáveis pelos créditos tributários já constituídos ou em curso na data da sucessão. pode ser: causa mortis - atingindo, até o limite da transferência, o herdeiro, o legatário e o cônjuge meeiro (quando já houve partilha) ou o espólio ( universalidade de bens deixados pelo de cujos que ainda não foram partilhados). ato inter vivos - a exemplo a venda de um imóvel com tributos em atraso, a responsabilidade dos sucessores decorre de um fato gerador anterior à sucessão, ainda que só apurado ou lançado posteriormente. há responsabilidade do sucessor quanto às multas moratórias devidas pelo sucedido, Porém, a multa punitiva (que tem caráter pessoal) não se transmite. (STF, RE 76.153)
São responsáveis por sucessão inter vivos : O adquirente de bem imóvel – Exceto se no título de aquisição constar a CND (certidão negativa de débito) como prova de quitação dos tributos relativos ao imóvel.
O arrematante - Na hipótese de arrematação de um bem imóvel em hasta pública a sub-rogação (transferência do encargo) ocorre sobre o respectivo preço. Desta forma, no valor da arrematação já estão computados os tributos devidos. O remitente – (pessoa que adquire um bem onerado) é pessoalmente responsável pelos tributos relativos ao bem adquirido. o sócio ou mesmo o espólio que prosseguir com suas atividades no caso de extinção de uma pessoa jurídica, assume a responsabilidade pelos valores até então devidos. o adquirente de um estabelecimento comercial, industrial ou profissional (por ex. uma loja de roupas) que mantiver a exploração do mesmo ramo de atividade (sob o mesmo nome ou não) responderá pelos tributos devidos pelo antecessor até a data da transação. Pode responder integral se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou qualquer outra atividade, ou subsidiária (secundária) se o alienante, no prazo de seis meses, contados da alienação, iniciar nova atividade Exceção: não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Porém, não se aplicam se: o adquirente for: I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial; II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.
RESPONSABILIDADE POR TRANFERÊNCIA – as pessoas jurídicas de direito privado decorrentes de fusão, transformação, incorporação ou cisão respondem pelos tributos devidos até a data do ato pela pessoa originária, ou seja, a sucessora é responsável pelos débitos da sucedida existentes até a data da formalização do negócio. 
RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS I- Responsabilidade subsidiária – a responsabilidade dos terceiros é subsidiária, ou seja, o cumprimento da obrigação tributária primeiro deve ser exigido do contribuinte.
II - Responsabilidade pessoal e direta (responsabilidade por substituição) o responsável responderá pessoalmente e não subsidiariamente daqueles que no exercício de sua atribuição agiram com excesso de poderes ou em infração à lei,ao contrato social ou aos estatutos, acarretando sua responsabilidade por substituição (irão responder substituindo o sujeito passivo direto).
RESPONSABILIDADE POR MULTAS DECORRENTES DE INFRAÇÕES TRIBUTÁRIAS nas infrações tributárias a responsabilidade é objetiva, ou seja, independe da culpa ou da intenção do contribuinte ou do responsável, salvo disposição de lei em contrário. Exceções nos caso infrações que constituem crimes ou contravenções e aquelas em que o elemento doloso é fundamental para sua caracterização, a responsabilidade é pessoal do agente (pessoa que praticou o ato violador da legislação tributária), excluindo a responsabilidade do sujeito passivo pelas sanções (multas tributárias) 
DENÚNCIA ESPONTÂNEA – Art. 138 do CTN Preceitua que a responsabilidade pela infração é excluída por sua denúncia espontânea, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido, acrescido de juros moratórios, ou do depósito do montante arbitrado pelo fisco, em se tratando de obrigação tributária dependente de sua apuração. (antes do início de qualquer procedimento fiscal ou medida de fiscalização relacionada com o objeto da confissão) exclui as penalidades decorrentes da infração (mas não exonera o cumprimento da obrigação tributária), em especial a multa de mora, mas não exclui exigência de correção monetária ou dos juros moratórios. A denúncia espontânea afasta qualquer possibilidade de punição, não apenas de natureza administrativa, mas, igualmente, a criminal.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO - crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. O crédito tributário é o que resulta da obrigação tributária, é a materialização da obrigação. Nos casos de imunidade (não há obrigação) ou isenção (há a obrigação), não haverá crédito tributário.
Após o FG, é necessário que o Estado constitua o crédito tributário correspondente a essa obrigação tributária, mediante um procedimento administrativo denominado lançamento. Uma vez constituído o crédito, a autoridade não pode dispensá-lo sem expressa autorização legal, sob pena de responsabilidade. o crédito sem obrigação é nulo e pode constituir crime O crédito tributário é o vínculo jurídico que possibilita o sujeito passivo exigir o pagamento do tributo pelo sujeito passivo.
LANÇAMENTO –5anos É o procedimento administrativo vinculado que constitui o crédito tributário. Ele se destina a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante total devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, aplicar a penalidade cabível. é um procedimento, formado de uma série de atos sucessivos que tem por objetivo constituir, formalizar o crédito tributário, tornando-o exigível. Finalidades: 1 - verificar a ocorrência do fato gerador: 2 - determinar a matéria tributável 3 determinar o bem que será objeto de tributação 4 calcular o montante devido 5 identificar o sujeito passivo 6 propor aplicação da penalidade cabível, na forma de auto de infração.
Notificação do lançamento é o ato jurídico administrativo que dá ciência ao sujeito passivo sobre o lançamento, que nos termos da lei, determina o prazo para o respectivo pagamento ou interposição de impugnação administrativa. É trazido ao conhecimento do contribuinte através da notificação e o auto de infração (multa) vem junto com a notificação ESPÉCIES DE LANÇAMENTO De ofício (direto) – a autoridade administrativa detém todas as informações necessárias para constituir o crédito tributário. Ex. IPTU, IPVA Por declaração (misto) – é aquele realizado pelo fisco com base nas informações prestadas pelo contribuinte. Por homologação (também chamado autolançamento) é efetivada por iniciativa do sujeito passivo, sujeita à homologação da autoridade administrativa. o lançamento só ocorre de fato com a ratificação, pela autoridade administrativa, do pagamento feito antecipadamente. (há uma inversão do procedimento primeiro se paga depois se apura se está correto) 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO *Suspende-se a exigibilidade do crédito e não o próprio crédito tributário. *A suspensão tem natureza temporária. *Diz respeito à obrigação principal – pagar tributo ou penalidade pecuniária. Fatores que determinam a suspensão: a moratória É a prorrogação do prazo de pagamento de tributo com base na lei; o depósito do seu montante integral procedimento administrativo, ou no processo judicial, Suspende o prazo da prescrição; as reclamações e os recursos Qualquer impugnação, defesa ou recurso administrativo contra o lançamento constitutivo do crédito tributário faz suspender a sua exigibilidade; concessão de medida liminar em mandado de segurança Garantia constitucional para assegurar proteção a direito líquido e certo, lesado ou ameaçado de ser, por ato de autoridade administrativa; a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, à disposição do sujeito passivo para questionar a obrigação, tais como: a Declaratória de Inexistência de Relação Tributária; a Ação Anulatória de Lançamento, etc.; o parcelamento é uma modalidade da moratória
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 156 – CTN 10 anos -Significa o seu desaparecimento – liquidação total no mundo fático e jurídico, fim do vínculo obrigacional; é matéria de reserva legal. pode ocorrer, extinção do crédito tributário sem que se verifique a extinção da obrigação tributária (novo lançamento(. *extinto o crédito, dele não mais se cogita, a não ser para o fim de efetuar a restituição do que tenha sido pago indevidamente. FORMAS DE EXTINÇÃO: PAGAMENTO Forma ordinária e usual de extinção COMPENSAÇÃO Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem. Somente lei pode autorizar compensação - reserva legal.
TRANSAÇÃO É um acordo – concessões mútuas. Só depois de instaurado litigio é possível a transação. previsão legal, privilegiando-se o princípio da indisponibilidade dos bens públicos. REMISSÃO perdão do débito. Só a lei, expressamente, pode autorizar a autoridade administrativa a perdoar ou dispensar, por despacho fundamentado, total ou parcialmente o crédito tributário. pode ser revogada PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA Para que nenhum direito perdure eternamente, O Fisco tem o prazo decadencial de 5 anos para constituir o crédito tributário através do lançamento, sob pena de extingui-lo. O prazo conta-se a partir: do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
*O S.T.F fixou entendimento pelo qual através do auto de infração, por si, já se considera consumado o lançamento tributário – não se falando mais em decadência. (Súmula 153 – TFR) 
A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos contados da data de sua constituição definitivaO direito sobrevive, mas sem proteção. O CTN diz expressamente que a prescrição extingue o crédito tributário então, pode-se afirmar que, em matéria tributária, especificamente quanto ao crédito tributário, este instituto não só fulmina a ação para cobrança, mas o próprio crédito – a relação material tributária. O curso do prazo da prescrição pode ser interrompido ou suspenso.*Interromper a prescrição significa apagar o prazo já decorrido e a contagem dos cinco anos volta a ser iniciada.
A CONVERSÃO DE DEPÓSITO EM RENDA extingue o crédito tributário, e pressupõe, portanto, a existência deste, se o Fisco concordar, expressa ou tacitamente, com o seu montante, considera-se feito o lançamento e, portanto, existente o crédito tributário. A sentença opera a transferência do depósito do patrimônio do contribuinte para o patrimônio da Fazenda Pública, tão logo transite em julgado a sentença. 
O PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento. prazo de cinco anos, a contar da ocorrênciado fato gerador Findo este prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito tributário. – salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO quando: houver recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento; caso de exigência por mais de uma pessoa jurídica de direito público de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador; 
DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL pode ser extinto mesmo quando ainda se encontre em constituição, e a decisão administrativa há de ser irreformável, ou seja, que administrativamente não possa ser reexaminada pela Administração. DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO Tanto a decisão administrativa irreformável, como a judicial transitada em julgado, faz anular o lançamento já efetuado ou em elaboração – há extinção da respectiva obrigação tributária DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS Forma de extinção do crédito tributário introduzida pela Lei Complementar n.º 104, de 10 de janeiro de 2001 somente ocorrerá na forma e condições estabelecidas em lei ordinária de cada ente político tributante, na esfera de sua competência impositiva. Se não, a norma prevista no art. 156, XI, do CTN será ineficaz.
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 175 – CTN São fatores de exclusão do crédito tributário: a isenção e a anistia – excluir significa evitar que o crédito tributário se constitua.
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