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Programa Hospitais de Excelência a Serviço do SUS Capacitação dos Profissionais de APH Móvel (SAMU 192) e APH Fixo(SAMU 192) e APH Fixo Coordenadora: Dra. Lucimar Aparecida Françoso Módulo III – SUPORTE BÁSICO DE VIDA – EMERGÊNCIAS PEDIÁTRICAS E NEONATAIS ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Dra. Lucimar A. Françoso Tema Aula Prática Atividade Aspectos gerais da anatomia e fisiologia da criança 1 0 1 Aspectos epidemiológicos de eventos envolvendo crianças e recém- nascidos 1 0 1 Avaliação primária e secundária da criança 1 1 1 PROGRAMA ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Avaliação primária e secundária da criança 1 1 1 Obstrução das vias aéreas por corpo estranho em pediatria 1 1 1 Parada respiratória e cardiorrespiratória em pediatria 1 1 1 Emergências clínicas cardiorrespiratórias 1 0 1 Emergências clínicas gastrointestinais e metabólicas 1 0 1 Emergências clínicas neurológicas e toxicológicas 1 0 1 Assistência ao recentemente nascido fora do ambiente hospitalar 1 1 1 Suspeita ou evidências de maus-tratos: papel do APH 1 0 1 Ao final desta aula, o participante deverá ser capaz de: • Conhecer as principais diferenças anatômicas e OBJETIVOS ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Conhecer as principais diferenças anatômicas e fisiológicas entre crianças e adultos que são relevantes para o Atendimento Pré Hospitalar. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • A criança apresenta: – menor quantidade de gordura corporal – maior elasticidade do tecido conjuntivo – maior proximidade dos órgãos internos CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA – maior proximidade dos órgãos internos Forças exercidas sobre o corpo infantil não se dissipam tão bem quanto no adulto e espalham energia para vários órgãos. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Esqueleto da criança: – não é completamente calcificado e contém vários centros cartilaginosos de crescimento – mais elástico e menos capaz de absorver as CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA – mais elástico e menos capaz de absorver as forças cinéticas aplicadas sobre ele Ocorrência de lesões internas significativas, com presença de lesões externas mínimas. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Avaliação primária: responsividade + A: Abertura das VA e controle da coluna cervical CARACTERÍSTICAS DA CRIANÇA DE ACORDO COM AS ETAPAS DA AVALIAÇÃO A: Abertura das VA e controle da coluna cervical B: Respiração C: Circulação D: Disfunção neurológica E: Exposição com prevenção da hipotermia • Avaliação secundária ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Sem trauma No trauma A: ABERTURA DAS VIAS AÉREAS • Aspiração: – Via aérea pequena e estreita – Aspiração repetidas vezes SN: inicial e periódica – Lactentes respiram pelo nariz: aspirar narinas Fonte: Brady. Paramedic Emergency Care. 3th Ed, 1997 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA A: CARACTERÍSTICAS DA VIA AÉREA DA CRIANÇA Via Aérea menor e mais estreita do que no adulto: obstrução de pequena intensidade reduz drasticamente o diâmetro Fonte: Google Images drasticamente o diâmetro da VA da criança Fonte: Google Images A língua é proporcionalmente maior do que no adulto: o deslocamento posterior da língua causa obstrução grave. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA A: CARACTERÍSTICAS DA VIA AÉREA DA CRIANÇA Fonte: PHTLS. Tradução da 6ª ed., 2007: 361 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA A: ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL Características da coluna cervical da criança • A cabeça da criança é proporcionalmente maior e mais pesada que a do adulto • Músculos paravertebrais, ligamentos e tecidos moles circundantes são elásticos e menos resistentes • O impacto do movimento é maior na criança • Lesões na altura de C1 e C2 (até C4) são mais comuns em crianças < 8 anos ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Mais elástica e tem maior mobilidade: isto contribui para lesões da medula, A: ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL Características da coluna cervical da criança isto contribui para lesões da medula, especialmente nos traumas de aceleração-desaceleração e quedas Fonte: images.com • A vértebra é menos rígida, mais cartilaginosa do que óssea ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA A: ESTABILIZAÇÃO DA COLUNA CERVICAL Características da coluna cervical da criança e, portanto, menos sujeita a fraturas • Lesões nos ligamentos e na medula, sem lesões ósseas das vértebras – SCIWORA (Spinal Cord Injury Without Radiographic Abnormalities) Fonte: images.com ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Imobilização da coluna cervical • Proeminência occipital na criança < 8 anos Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Imobilização da coluna cervical Fonte: Brady. Paramedic Emergency Care. 3th Ed, 1997 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA B: RESPIRAÇÃO Frequência Respiratória varia de acordo com a idade Idade Frequência < 1 ano 30 a 60 1 a 3 anos 24 a 40 Pré-escolar (4 a 5 anos) 22 a 34 Escolar (6 a 12 anos) 18 a 30 Adolescente (12 a 18 anos) 12 a 16 Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Suporte Ventilatório IMPORTANTE: B: RESPIRAÇÃO IMPORTANTE: Perfeita adaptação da máscara à face Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 • Parede torácica é muito complacente • Pode ocorrer intenso trauma fechado no tórax sem fraturas de costelas ou sinais externos ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA B: RESPIRAÇÃO Características anatômicas da criança fraturas de costelas ou sinais externos Sempre suspeitar de lesão intratorácica quando o mecanismo de trauma sugerir. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA A fratura de uma única costela deve ser entendida como B: RESPIRAÇÃO Características anatômicas da criança trauma grave, com risco de morte. Presença de 2 ou mais costelas fraturadas, especialmente posteriores: altamente sugestivo de maus tratos. ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Lactente até 1 ano: braquial Acima de 1 ano: carotídeo C: CIRCULAÇÃO Palpação do pulso Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA C: CIRCULAÇÃO Frequência Cardíaca varia de acordo com a idade Idade Acordado Média Durante o Idade Acordado Média Sono RN a 3 meses 85 a 205 140 80 a 160 3 m a 2 anos 100 a 190 130 75 a 160 2 a 10 anos 60 a 140 80 60 a 90 > 10 anos 60 a 100 75 50 a 90 Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Sinais precoces de hemorragia interna na criança podem ser sutis e de difícil identificação • Taquicardia: secundária a hipovolemia, estresse C: CIRCULAÇÃO • Taquicardia: secundária a hipovolemia, estresse psicológico, dor ou medo • Importante: mecanismo de trauma sugestivo associado ao exame físico e monitorização dos sinais vitais ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA Definição de Hipotensão por Pressão Sistólica e idade Idade Pressão sistólica (mmHg) Neonatos termos (0 a 28d) <60 Lactentes (1 a 12 meses) <70 Crianças 1 a 10anos <70 + (2X idade) Crianças > 10 anos <90 Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006 Crianças > 10 anos <90 Utilizar manguitode tamanho adequado Aferição com técnica correta ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA D: AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Escala de Resposta Pediátrica AVDN A Alerta Acordado, ativo e responde a estímulos V Voz Responde estímulo verbal Escala de Coma de Glasgow modificada: será apresentada no decorrer do Módulo Fonte: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006, pg 23 V Voz Responde estímulo verbal D Dor Responde dor N Não responde Não reage a qualquer estímulo ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Criança apresenta: – Menor quantidade de tecido adiposo – Proporcionalmente, maior superfície E: EXPOSIÇÃO – Proporcionalmente, maior superfície corpórea do que o adulto Portanto, mais suscetível à hipotermia ASPECTOS ESSENCIAIS • Principais aspectos fisiológicos que diferenciam a criança do adulto, que são relevantes para o APH; ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA criança do adulto, que são relevantes para o APH; • Principais aspectos anatômicos que diferenciam a criança do adulto, que são relevantes para o APH. • Ler texto disponibilizado na biblioteca virtual ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA • Assistir à aula REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA 1.The National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT) Committee on Prehospital Trauma Life Support. Paciente. In: Prehospital Trauma Life Support (PHTLS). Tradução da 6ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007, p. 92-115. 2.The National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT) 2.The National Association of Emergency Medical Technicians (NAEMT) Committee on Prehospital Trauma Life Support. Trauma Pediátrico. In: Prehospital Trauma Life Support (PHTLS). Tradução da 6ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007, p. 356-81. 3.American Heart Association, American Academy of Pediatrics. Ressuscitação no trauma e imobilização da coluna cervical. In: Suporte Avançado de Vida em Pediatria – Manual para provedores. Edição em português. Rio de Janeiro, ACINDES, 2003, p. 253-86. 4.American Heart Association. American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation 2005; 112 (24 Suppl). Part 11 Basic Life Support. Disponível em: www.circ.ahajournals.org. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASPECTOS GERAIS DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CRIANÇA 5. Abramovici S, Waksman RD. Atendimento inicial ao politraumatizado. In: Baracat ECE, Abramovici S. Emergências Pediátricas. Série Atualizações Pediátricas da Sociedade de Pediatria de São Paulo. São Paulo, Atheneu, 2005, p. 149-58. 6. American Heart Association. American Academy of Pediatrics. 6. American Heart Association. American Academy of Pediatrics. Pediatric Assesment. In: Pediatric Advanced Life Support (PALS). Provider Manual, 2006, p. 1-32. 7. Schvartsman C, Carrera R, Abramovici S. Avaliação e transporte da criança traumatizada. J Pediatr (Rio J) 2005; 81(5 Supl):S223-S229. 8.Stafford PW, Blinman TA, Nance ML. Practical points in evaluation and resuscitation of injured child. Surg Clin N Am 2002; 82:273-301. 9.Bledsoe BE, Porter RS, Shade BR. Pediatric Emergencies. In: Bledsoe BE, Porter RS, Shade BR. Brady Paramedic Emergency Care. 3th Ed. New Jersey, Upper Saddle River, 1997, p. 911-51. Programa Hospitais de Excelência a Serviço do SUS Capacitação dos Profissionais de APH Móvel (SAMU 192) e APH Fixo(SAMU 192) e APH Fixo
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