Buscar

Diagnóstico Por Imagem – Radiologia do Sistema locomotor de Animais de Companhia (Esqueleto Apendicular)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Diagnóstico Por Imagem – Radiologia do Sistema locomotor de Animais de Companhia (Esqueleto Apendicular)
Congruência Articular – “Encaixe perfeito”.
CLASSIFICAÇÃO DAS ENFERMIDADES ÓSSEAS
Existem distúrbios adquiridos, distúrbios do desenvolvimento, hereditários, metabólicas, infecciosas, neoplásicas e autoimunes.
Distúrbios Adquiridos
Principalmente articulação escapulo-umeral. É muito proximal ao corpo e, por isso, traz certa dificuldade à abordagem radiográfica devido a grande presença de massa óssea e muscular próxima. 
A posição que fazemos é latero-lateral e caudo-cranial. 
A luxação é muito frequente nessa região, que é o desencontro de duas extremidades ósseas. 
O desencaixe pode ser estritamente traumático ou por propensão do animal devido a doença articular degenerativa (DAD).
Na radiografia avalia-se se as estruturas ósseas estão integras, somente num posicionamento incorreto, ou se há presença de osteofitose e outras alterações.
Articulação Úmero-radio-ulnar 
Processo Ancôneo
Processo Coronóide Medial
Cabeça da ulna: Olécrono – É no olécrono que tem os processos ancôneo e coronóide.
A não união do processo ancôneo tem maior incidência em animais jovens e ocorre a degeneração articular, que se desenvolve ao passar dos meses. Cão jovem com incidência de dor no cotovelo, claudicação leve e observa-se linha radioluscente na radiografia – Pode ser a não união do processo ancôneo. Se fosse um cão adulto, poderia ser uma fratura. 
Observa-se o ligamento dessa articulação através da posição lateral flexionada.
Anquilose – Espaço articular se perde, tornando-se uma articulação fusionada entre as extremidades ósseas. 
Lesão de Ligamento Cruzado Cranial
Esse ligamento tá localizado na região mais central (interna) da região anatômica do joelho e pode acometer animais de qualquer idade e porte. O cão é o que mais apresenta esse tipo de lesão.
Inicialmente ocorre uma instabilidade daquele ligamento e quanto mais instabilidade, mais o ligamento vai se afrouxando, até romper-se.
Além de este ligamento romper, rompe também o menisco (lesão de menisco). 
Quando o menisco tem mineralização pela degeneração que vai sofrer pela lesão, pode-se vê-lo através da radiografia. Caso não esteja nessa fase de mineralização, fica difícil vê-lo através do exame radiográfico. Uma das coisas principais da clínica é que essa animal apresenta “sinal de gaveta positivo”. O diagnóstico dessa lesão é quase que totalmente clínico e não tanto radiográfico devido a esta dificuldade de visualização do ligamento.
Luxação de Patela
Deslocamento do osso sesamóide.
Cães de porte pequeno e gatos jovens. 
Claudicação intermitente ou persistente, instabilidade patelar.
Fragmentação do Processo Coronóide
Mais comum em cães de médio a grande porte e machos.
No Raio X: Contorno anormal, incongruência articular ou subluxação.
Distúrbios do Desenvolvimento
Osteocondrose (OC) x Osteocondrite Dissecans (OCD)
OC – Falha na ossificação endocondral, ocorrendo o espessamento da cartilagem que tende a fazer fragmentos. Fratura-se e aquela fratura “solta” para dentro da articulação. Pode evoluir para OCD. Acontece a partir de um defeito de formação da cartilagem. Encontra-se somente lesão da cartilagem e do osso subcondral logo abaixo dela.
OCD – Animais jovens, raças grandes e gigantes. Moderada claudicação, dor e crepitação. Pode ser bilateral. Descolamento cartilagem/osso. Fissuras – fragmento (flap) – reabsorvido ou não.
Normalmente é uma lesão de múltiplas articulações. Lesão de cartilagem que fragmenta o osso abaixo.
Se tiver alteração de contorno e tudo o mais, é uma osteoartrite. A osteo artrite é progressiva e multifatorial, tá muito associada à obesidade por conta do maior peso sobre a articulação e também em animais com desvio de aprumo.
Flap articular acontece a partir da fissura. Acontece uma “ponta” da cartilagem que, ao passar do tempo, se lesiona e faz um fragmento articular. 
Osteocondromatose
Mais rara. Deficiência nos cromossomos que fazem com que haja mineralizações exacerbadas nas articulações.
Hereditárias
Displasia Coxofemural
Incongruência entre acetábulo e cabeça do fêmur. Subluxação ou luxação. Cobertura acetabular inadequada.
Mais frequente em cães jovens de grande porte, também frequente em gatos. Não há distinção de sexo. Relacionado com a idade, sendo ausente no nascimento. Muito comum ser bilateral.
Hereditária – herdabilidade de 2 a 61% (Pastor).
Um dos fatores principais para o desenvolvimento desse quadro é nutricional. Super nutrição – Cães que têm um crescimento muito rápido e o esqueleto não consegue acompanhar o crescimento muscular.
Ângulo de Noberg 
linhas entre centros das cabeças femorais e tangenciando o bordo acetabular.
Se = ou discretamente maior que 105º = bom estado articular.
Se < 90º = displasia coxofemoral grave.
Posições Radiográficas Para Avaliação Completa da Displasia Coxofemural
VD com membros pélvicos rotacionados - Tem baixa sensibilidade a lesão de ligamento. É ótima para animal que já tenha displasia instituída.
Avaliações Para Diagnóstico Precoce da Displasia Coxofemural
Frog Leg – Patas flexionadas. Avalia-se sobre compressão e sobre estiramento. 
Penn Hip – Parecido com o da Frog Leg, porém existe um aparelho para fazer o afastamento dos membros. É um método bom mas trabalhoso, nem sempre as pessoas têm acesso. Patenteado pela Universidade da Pensilvânia. Mensura o índice de distração. 
Achados Radiográficos da Displasia Coxofemural
- Erosão da Cartilagem perifoveal;
- Hipertrofia do ligamento redondo;
- Efusão sinovial, sinovite;
- Formação de osteófito pericondral;
- Achatamento da cabeça do fêmur (importante!);
- Alargamento do colo femural (fica mais grosso);
- Rasamento do acetábulo (Importante!);
- Maior radiopacidade do osso subcondral;
- Enteseófitos – caudal ao colo – anel – linha de Morgan
Diagnóstico Diferencial da Displasia Coxofemural
- Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur – Ocorre mais comumente em cães pequenos. Ocorre um defeito na vascularização da cabeça do fêmur, levando à necrose.
- Luxação da Articulação coxofemoral sem sinais de displasia.
- Neoplasia óssea.

Outros materiais