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Patologia Clínica Prática Bioquímica Clínica (Aula 1)

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Patologia Clínica Prática – Bioquímica Clínica
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Medicina Veterinária
Paulo Henrique da Silva Barbosa
Carboidratos
Mg/dl
Quando o veterinário na prática quer estudar carbohidratos, na maioria das vezes ele medirá Glicemia. (Glicos = glicose, mia= sangue). 
O máximo de glicemia do poligástrico em geral é menor que o mínimo de glicemia do monogástrico.
A amostra na bioquímica será, de preferência, o soro, mas não sempre.
Sangue total deve ser adicionado anticoagulante para manter as características do sangue como nos vasos dos animais. O principal coagulante é o EDTA, pode ser de sódio ou de potássio. Para bioquímica pesquisa de minerais não deve usar o EDTA pois quela o cálcio e sim a heparina. No coagulograma que tem que ser no plasma utiliza-se o anticoagulante citrato.
Para obtenção do plasma deve-se centrifugar uma amostra de sangue total onde as hemácias ficarão decantados, seguidos de uma placa leucocitária que é uma linha branca e, acima, o plasma. Com uma pipeta, retira-se o plasma e transfere-se para outro frasco.
O frasco sem anticoagulante é para obter o soro.
Existem variadas formas para obtenção de sangue total e soro, o método dependerá do que deseja-se fazer com as amostras, qual pesquisa será feita.
Metodologia: Orto-Toluidina
Amostra (soro) + H2O ( Glicosilamina ( Base de Schiff
Obs: Na primeira seta adiciona-se orto-toluidina e calor (100ºC) e, na segunda seta, calor.
Utiliza-se o espectrofotômetro para medir a concentração.
Essa metodologia é barata, é sensível, porém não é específica, o que não dá tanta confiança ao resultado final.
Usar este método para N de população grande onde o erro de análise será diluído, não usar para N pequeno.
Metodologia: Glicose-Oxidase-Peroxidase (GOD/POD)
Amostra (soro) + H2O ( Ácido Glicônico + H2O2
Obs: Na primeira seta, atua GOD + temperatura máxima de 37ºC para não desnaturar a enzima. O ácido glicônico não é interessante. Quanto mais glicose na amostra, mais peróxido de hidrogênio será formado.
H2O2 + ABTS (cromógeno) ( H2O + ABTSox
Obs: Na segunda seta atua o POD + temperatura.
Comentários
Diagnóstico laboratorial: Quando o animal está com a concentração de glicose acima do máximo da faixa de normalidade, está com Hiperglicemia. Se estiver abaixo, hipoglicemia. Se estiver dentro da faixa, normoglicemia.
Baseando-se nesse diagnóstico laboratorial é que, juntando-se com as outras informações de anamnese, e propedêutica do animal é que faz-se então o diagnóstico clínico.
O hormônio T4 atua no intestino (absorção de glicose pelos transportadores tipo o GLUT) e no fígado (na glicogenólise). Um problema na liberação deste hormônio ou de qualquer um de seus precursores prejudicaria esses processos.
A adrenal é divida em duas regiões medular e cortical. A região cortical é dividida em Glomerular, onde chega um estímulo que é a angiotensina II e libera-se a aldosterona.
A aldosterona atua no túbulo contorcido distal no rim atuando na reabsorção de Sódio e água junto dele e excreção de potássio. Toda vez que a volemia estiver baixa esse mecanismo vai ocorrer.
A região fasciculada vai lebrar cortisol que promove a gliconeogênese. O cortisol estimula enzimas proteolíticas e lipolíticas para a produção de glicose. (região mais importante).
A outra região é a reticulada que produz hormônios relacionados ao sexo.
ACTH não interfere em praticamente nada na região glomerular, onde atua renina-angiotensina e está relacionada com o balanço hidro eletrolítico, e sim nas regiões fasciculada e reticular.
GH + insulina: Esses hormônios normalmente são sinérgicos na ação. Porém, quando a glicose tende a baixar, eles tornam-se antagônicos.
CID (célula dependente de insulina) a glicose só é utilizada se tiver insulina. Se a glicose tá baixa, o GH vai no receptor de insulina e bloqueia ele para que impeça a entrada de glicose na célula, voltando para o sangue, evitando a queda da glicemia.
Pâncreas: Tem porção endócrina e exócrina.
Poligástrico não tem glicose disponível logo depois de seus substratos porque são fermentados e formam ácidos graxos voláteis.
Já os monogástricos têm os substratos Lactose (glicose + galactose), sacarose (glicose + frutose) e maltose (glicose + glicose).
Isso faz com que a glicemia dos poligástricos seja menor.
O pâncreas endócrino tem as células alfa que produz glucagon, beta que produz insulina e delta que produz somatostatina. Se a glicose baixar, a somatostatina segura liberação de insulina e aumenta liberação de glucagon. Glucagon faz glicogenólise hepática e gliconeogênese que aumenta glicose na circulação.
Fígado: Tem a enzima glicose-6-fosfatase e por isso o produto final da glicogenólise no fígado é a glicose livre. No musculo não há essa enzima, portanto, o produto final da glicogenólise é o ácido lático.
Alguns cães nascem sem essa enzima glicose-6-fosfatase, esse animal fará gliconeogênese e terá acidose metabólica que poderá levar a óbito.
Rim: Em princípio não pode deixar sair glicose, até chegar ao limiar renal. Doenças renais podem provocar alterações no limiar.
Músculo: Como massa, é o maior reservatório de glicogênio.
Interpretação
Hiperglicemias
Diabetes Melitus
Uma das mais comuns na clínica de pequenos. Hoje ´diabetes é classificado basicamente em 1 (insulina dependente) e 2 (não insulina dependente). O tipo 1 acontece com uma doença auto imune em que o pâncreas endócrino é destruído e o animal é totalmente dependente de insulina, esse tipo já foi chamado de hereditário, o animal nasce com o problema e mais cedo ou mais tarde desenvolverá a doença. O tipo 2 é adquirido por diversos fatores que desencadeiam alterações no metabolismo do controle da glicemia. Uma das principais causas é o desbalanço alimentar, excesso de carboidratos, muito mais do que o necessário para gasto de energia. A glicose, em algum momento, começará a subir. Na falta de insulina a glicose não entrará nas células insulino dependentes e ficará no sangue, onde sua concentração começa a aumentar até chegar no limiar, saindo então através da urina (glicosúria) e, por efeito osmótico, provocará poliúria. Nesse estágio, essa poliúria pode levar a um quadro hipovolêmico e até a óbito. A diabetes é progressiva e irreversível, então deve-se controlar com dieta, atividade física e remédio. Existe insulina ultra-rápida, rápida, lenta e ultra-lenta. Vai chegar um momento em que o organismo fará gliconeogênese onde haverá produção excessiva de corpos cetônicos. Esse é o quadro mais delicado. Poderá desenvolver uma aceto acidose diabética.
Hiperatividade Hipotalamo/hipófise
Hiperatividade Tireoide
Hiperatividade Adrenal
Feocromocitoma
Tumor de célula cromafin, na medular da adrenal. Produção de muita catecolamina, noradrenalina.
Glucagonoma
Tumor de célula alfa no pâncreas endócrino que produz glucagon.
Drogas/Medicamentos
Adrenalina, noradrenalina, cortisol.
Fisiologia
Alimentação em monogástricos. “Nunca” em poligástricos.
Hipoglicemias
Insulinoma
Tumor funcional em que célula beta produz demais insulina.
Hipoatividade Hipotálmo/Hipófise
Hipoatividade Tiroidiana
Hipoatividade Adrenal (Deficiência de aldosterona -> Deficiência de Addison)
Drogas/Medicamentos
Hipoglicemiante oral compete com a glicose no túbulo contorcido proximal. Insulina.
Fisiologicamente
Qualquer animal, através da alimentação. Dieta hipocalórica, rica em fibra pouco carboidrato. Deve-se tomar cuidado pois essa dieta pode provocar gliconeogênese, tendo então risco de ceto acidose.
Gliconeogenese acontece tanto na hipoglicemia quanto na hiperglicemia diabética (glicose alta mas não entra na célula).
Hipoglicemia dos leitões
Pode acontecer por várias situações, inclusive por uma leitegada muito grande. Sistema de gliconeogenese hepática imaturo. Leite da mãe com pouca lactose. A solução seria glicose na veia.
Toxemia da prenhez das ovelhasPode ser provocado por erro de manejo. Normalmente acontece no final da gestação. Mudança na alimentação, transporte, doença infecciosa, parasitária, etc. Terá uma demanda de glicose aumentada que não será suprida, entrará em hipoglicemia e então em gliconeogênese levando a aceto acidose.
Cetose Bovina
Proteínas
g/dl
Proteína total: Refratometria, técnica física. Rápida, barata, só depende de uma gota de plasma. Se a amostra estiver “suja”, utiliza-se a técnica do Biureto que é uma técnica química que “llimpa” a amostra. Quando a amostra sabidamente tem uma baixa concentração de proteína, deve ser uma técnica de sensibilidade muito maior como por exemplo o Liquor, utiliza-se a técnica Fenol Folein Ciocauteau (F.F.C).
Albumina: Eletroforese, técnica física. Verde de Bromo Cresol (VBC), técnica química.
Globulinas: Eletroforese. Técnica da precipitação salina (TPS), técnica química.
Fibrinogêneo: Prova calórica.

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