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CETEP – Centro Tecnológico de Pilar Data:16/11/2011 Módulo II Sala: Professor: Bruno Pimentel Disciplina: Beneficiamento de Minérios I Equipe: Gerson, Fabiula, Remegídio, Odoaldo, Carlos André e Odaciano. CLASSIFICAÇÃO NOVEMBRO DE 2011 APRESENTAÇÃO O presente relatório tem por objetivo uma breve abordagem sobre a operação de classificação de minérios no Beneficiamento de Minérios, procurando descrevê-la e citando alguns dos principais equipamentos classificadores, seu funcionamento, seus componentes. 1.INTRODUÇÃO Como é sabido o Beneficiamento de minérios tem por objetivo o tratamento de minérios, adequando-os ao fim a que se destinam, para isso recorre de várias operações, melhores definidas como operações unitárias. Num fluxograma típico de beneficiamento, geralmente, a ordem e as operações são, respectivamente: Cominuição (britagem e moagem), Peneiramento e Classificação (separação por tamanho e velocidade de sedimentação das partículas), Concentração, Desaguamento e Secagem. Como a ênfase deste relatório é a operação de Classificação, as linhas que seguem se referem a ela. A classificação de minérios trata-se de uma operação física que consiste na separação de uma população original de partículas composta por partículas finas e grossas. Sendo que esta população encontra-se diluída, denominada polpa, pois, geralmente, os equipamentos classificadores trabalham com a diferença de velocidade das partículas em meio fluído, frequentemente, a água. Os equipamentos classificadores são aparelhos que recebem uma alimentação, a polpa, composta de partículas de tamanhos e densidades diferentes e as separam em duas frações ou produtos: O underflow, constituído por maior proporção de partículas grosseiras; e, O overflow, constituído por uma concentração de partículas de menores dimensões ou finas. Torna-se interessante citar que existe uma diferença entre peneiramento e classificação. Enquanto no peneiramento a separação se dá devido ao tamanho ou geometria das partículas, na classificação a separação se dá pela velocidade com que as partículas atravessam o meio fluido. Embora existam inúmeros equipamentos para classificação, a exemplo, classificadores de tambor, de rastelo, centrífugos, hidroclassificadores, pneumáticos, é comum, entretanto, encontrar maior uso industrial, de forma intensiva, em tratamento de minérios os classificadores espiral, os ciclones e os cones. Os equipamentos classificadores podem ser divididos em diversos grupos, conforme o mecanismo de acionamento ou o fluido usado. Na consulta às literaturas é possível encontrar divisões como: a úmido ou a ar, mecânicos ou não-mecanicos, horizontais ou verticais. A seguir, na descrição de alguns equipamentos, será utilizada a classificação dos classificadores em horizontais e verticais. Os classificadores horizontais são essencialmente do tipo sedimentação em "queda livre“. Ao contrário dos horizontais, os classificadores verticais levam em conta o efeito da densidade das partículas e são usualmente utilizados em regime de “sedimentação impedida”. Atualmente, há uma substituição significativa desse tipo de classificador pelos hidrociclones, na maioria das aplicações. 2.DESENVOLVIMENTO 2.1 CLASSIFICADORES HORIZONTAIS Os classificadores horizontais têm acentuada utilização quando se pretende uma separação apenas por tamanho. Estes classificadores são divididos em: cones de sedimentação, classificadores mecânicos e classificadores espirais. 2.1.1 CONES DE SEDIMENTAÇÂO Este tipo de classificador é o mais simples, sendo utilizado praticamente na separação de sólidos e líquidos, ou seja, como unidades desaguadoras em operações de pequena escala. É usado também na deslamagem de minérios. Geralmente são construídos em concreto ou aço, tendo um coletor de produtos grossos no fundo e um lavador no topo para que as partículas ultrafinas não sejam arrastadas. O tipo mais comum é o de cone duplo, que consiste de um cone externo fixo e um cone interno concêntrico e regulável. Entre os dois cones existe um espaço por onde a água sobe sob pressão, transbordando pelas canaletas laterais colocadas na periferia do cone externo. A figura abaixo representa um cone de sedimentação e seus componentes. 2.1.2 CLASSIFICADORES MECANICOS Estes equipamentos são amplamente usados em operações envolvendo circuitos fechados de moagem e na classificação de produtos em usinas de beneficiamento de minérios. Entre os classificadores mecânicos pertencentes a este grupo pode-se citar os de rastelo e os de arraste. 2.1.2.1 CLASSIFICADORES ARRASTE E RASTELO Trata-se de tanques de formato retangular que apresentam principio de funcionamento idêntico, mas diferem na operação de retirada do underflow, num por rastelos, noutro por arraste. O funcionamento é simples. A alimentação é colocada dentro da calha retangular, as partículas grosseiras são arrastadas e constituem o underflow. As partículas mais finas se mantêm na superfície e são escoadas por transbordo do tanque, constituindo o overflow. A separação torna-se mais eficiente com polpa bem diluída. 2.1.2.2CLASSIFICADOR ESPIRAL São equipamentos extremamente simples e robustos. Funcionam de forma simples. O tanque de polpa a recebe, onde as espirais em rotação promovem a agitação da polpa, mantendo-a em suspensão e, ao mesmo tempo, arrastando as partículas grosseiras e mais densas que constituem o underflow. O material mais fino transborda e constitui o overflow. Os fabricantes costumam fornecer modelos de equipamentos com diferentes imersões, que são expressas pelo percentual do raio da espiral que está fora do nível de polpa no tanque.É comum a utilização de mais uma espiral neste tipo de classificador,sendo possível o uso de duas ou três espirais, dobrando ou triplicando a capacidade de arraste do underflow. A figura mostra seguramente o modelo de classificador espiral. 2.2 CLASSIFICADORES VERTICAIS O princípio de operação do classificador vertical baseia-se na injeção de água à polpa de alimentação, com o fluxo de água em sentido oposto ao das partículas sedimentadas. Estes equipamentos consistem normalmente de uma série de colunas nas quais partículas em contracorrente com a água sedimentam-se de acordo com suas densidades. A sedimentação seletiva ocorre devido a um controle da velocidade das correntes ascendentes de água, que decresce da primeira até a última coluna de classificação. As partículas mais grossas e mais densas irão se depositar na primeira coluna e as finas na última coluna, enquanto as lamas são obtidas por transbordo. 2.3 CLASSIFICADORES CICLONES – HIDROCICLONES Os hidrociclones, como os classificadores mecânicos, têm a sua maior aplicação em circuitos fechados de moagem, diferindo desses últimos pela maior capacidade. O princípio básico de separação empregado nos hidrociclones é a sedimentação centrífuga. O desempenho desses é influenciado por suas dimensões, pelas variáveis operacionais e pelas propriedades físicas dos sólidos e da polpa alimentada. Na Figura posterior é apresentado um hidrociclone convencional, o qual consiste de uma câmara cilíndrico-cônica com entrada tangencial e duas saídas. A polpa é injetada sob pressão no aparelho, através de um duto situado na parte superior da câmara cilíndrica e, como resultado de sua entradatangencial, é criado no seu interior um redemoinho. As partículas mais grossas e mais densas são arremessadas às paredes e descarregadas na abertura inferior, o apex, constituindo o underflow. Já as partículas mais finas, menos densas e grande parte da fase líquida são dirigidas para o centro do hidrociclone e saem por um cilindro na parte superior do aparelho, denominado vortex finder, constituindo o overflow. As principais aplicações dos hidrociclones são: espessamento - elimina a maior parte da água de uma polpa; deslamagem - elimina as partículas mais finas. Isto é normalmente necessário para os processos de separação magnética a úmido, filtração, etc; classificação - frequentemente utilizado no fechamento de circuito de moagem onde o underflow do hidrociclone retorna ao moinho. Dependendo do tipo de descarga do ápex, pode - se avaliar as condições de operação do hidrociclone. Na próxima figura são mostrados três tipos de descarga: descarga em cordão, o diâmetro do ápex é insuficiente, partículas grossas dirigem-se para o overflow. Pode ser usado intencionalmente quando se deseja adensar e não classificar; descarga em cone, operação normal; descarga em pulverizador (spray), o diâmetro do ápex é maior que o recomendável. As partículas finas dirigem para o underflow. 2.4 CONCLUSÂO Diante do exposto neste relatório, vê-se que existe uma variedade de equipamentos utilizados no tratamento de minérios, no entanto, há o uso intensivo de apenas alguns, sendo o hidrociclone o mais utilizado devido às suas características. A escolha de um equipamento ou outro, é direcionada por parâmetros como produção, capacidade, economicidade, praticidade, características do material, enfim, por todas as variáveis possíveis. Quanto à funcionalidade são bastante simples, de forma geral, mesmo sendo alguns robustos, a exemplo, os classificadores mecânicos. Porém, como todo e qualquer equipamento necessita de manutenção, de acompanhamento por meio de análises dos produtos, underflow e overflow. Aliás, a maioria deles trabalha com alimentação em polpa, meio fluido, por isso, a condicionante no processo é a velocidade com que as partículas atravessam este meio. Tal conhecimento é de fundamental importância na formação do Técnico em Mineração, independente dele atuar futuramente na área de tratamento de minérios. 2.5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS TEORIA E PRÁTICA DO TRATAMENTO DE MINERIOS-VOLUME 1,Chaves,Arthur Pinto. APOSTILA FUNDAMENTOS TEÓRICOS-CLASSIFICAÇÃO DE MINÉRIOS, Autor desconhecido. APOSTILAS DIVERSAS, AUTORES DESCONHECIDOS.
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