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JOSÉ MARTIMIANO DA SILVA - EXTENSÃO EE WINSTON CHURCHILL História da Auditoria Interna e sua importância nas pequenas e médias empresas SERTÃOZINHO – SP Junho / 2016 JOSÉ MARTIMIANO DA SILVA - EXTENSÃO EE WINSTON CHURCHILL História da Auditoria Interna e sua importância nas pequenas e médias empresas Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Etec José Martimiano Da Silva - Extensão EE Winston Churchill para obtenção do Título de Técnico em Contabilidade. Orientadora: Profª Cristiane Izidoro dos Santos Caroline Tovagliari Bardela Christian Rafael Strabeli Portugal Leticia Malaquias Ferreira Martins Selton Ricardo Do Prado SERTÃOZINHO – SP Junho / 2016 AGRADECIMENTOS Agradecemos a professora Cristiane Izidoro dos Santos, por ter nos orientado dedicado que com sua sabedoria soube dirigir-me os passos e os pensamentos para a conclusão desse trabalho. E por ter sido paciente, atenciosa, e não ter deixado em nenhum momento nos desanimarmos. E também a todos aqueles que também que de alguma forma doaram um pouco de si para que a conclusão deste trabalho se tornasse possível. E Deus, que sempre presente em todo processo desse trabalho, desde o planejamento até a sua conclusão. RESUMO O presente trabalho tem por objetivo tratar a importância da auditoria interna nas pequenas e medias empresas. Foram abordados os conceitos da Auditoria, processos de auditoria, controle interno e suas mudanças no decorrer do tempo. A finalidade da auditoria interna consiste na melhoria dos processos decisórios da empresa, buscando e avaliando as informações no sentido de que sejam confiáveis. Levando em conta que as pequenas e médias empresas buscam essa ferramenta para tomada de decisões importantes dentro destas organizações, pois sempre mostram as informações corretas, transparentes e precisas, tudo o que essas empresas precisam. Palavras chave: Auditoria interna, processos internos, controle interno. . SUMÁRIO INTRODUÇÃO.......................................................................................................................1 1.0 HISTÓRIA E CONCEITO DA AUDITORIA INTERNA..............................................2 1.1 História da auditoria...........................................................................................................2 1.2 A auditoria no Brasil...........................................................................................................2 1.3 Auditorias modernas...........................................................................................................3 2.0 CONCEITOS DA AUDITORIA INTERNA...................................................................4 2.1 Áreas de atuação.................................................................................................................4 2.2 Procedimentos....................................................................................................................5 3.0 AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA..................................................6 3.1 Auditoria interna e sua importância....................................................................................7 3.2 Controles internos...............................................................................................................7 3.3 Objetivos dos controles internos.........................................................................................8 4.0 PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS...........................................................................10 5.0 A REAL IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS PEQUENAS E MEDIAS EMPRESAS.....................................................................................................11 CONCLUSÃO........................................................................................................................12 1 INTRODUÇÃO A Auditoria Interna é a especialização contábil voltada a testar a eficácia dos controles operacionais e contábeis implantados pela administração, com a finalidade de detectar os processos de erros e fraudes nas organizações. Atualmente a grande quantidade de escândalos de fraudes dentro da área contábil gera uma grande reflexão do papel e sua eficácia nesse processo de detecção de fraudes. Sabendo da importância das PME (Pequenas e médias empresas) para a economia Brasileira o presente trabalho teve como objetivo principal demonstrar a importância da auditoria interna nessas empresas, através da abordagem dos seguintes assuntos: a história da Auditoria, Auditoria no Brasil, Auditoria Moderna, Conceito da Auditoria Interna, Área de Atuação, Procedimentos, a relação entra à Auditoria Interna e Externa e sua importância, Controles Internos e Objetivos do Controle Interno, Conceitos de PME (Pequenas e médias empresas, e por final a real importância da Auditoria Interna nas PME (Pequenas e médias empresas). Através dessas abordagens foi possível perceber que de todos os assuntos o controle interno deve ser planejado e implementado pela Auditoria Interna, deve ser mantido por funcionários, fornecendo assim segurança razoável que permite a empresa atingir seus objetivos. Assim, após a implantação deste controle é possível verificar, corrigir falhas internas que podem prejudicar a empresa em curto e longo prazo, conforme foi demonstrado no presente trabalho. 2 1.0 HISTÓRIA E CONCEITO DA AUDITORIA INTERNA 1.1 História da auditoria A auditoria pode ser mais velha do que pensamos, desde a época dos reis com o surgimento da necessidade de pessoas que ficassem responsáveis pelas cobranças de impostos reais, “os guardiões de livros” eram os responsáveis pela contabilidade real. Eram nomeadas pessoas para este alto cargo, eles avaliavam os documentos reais e prestavam esclarecimento sobre tais aos seus reis verbalmente, dai então o nome Autoria, vem do Latim AUDIRE que significa ouvir (Costa, 2010). Data-se que no final do século IXX as primeiras classes da profissão de auditoria surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos, desencadeando a necessidade de a criação de Instituições que reunisse a ajudassem os auditores na época. • Institute of Chartered Accountants in England and Wales (1880) • O American Institute of Certified Public Accountants (1886) Com a expansão do mercado no final do século XVII para outros países era necessária uma detalhada análise das demonstrações financeiras das empresas, que começaram a ser feitas por profissionais e independentes. 1.2 A auditoria no Brasil No Brasil surgiu a necessidade de um guardião dos livros, pelo fato da necessidade da corte real de ter um controle dos recolhimentos seus tributos e certificando-se que estava tudo sendo pago a eles corretamente (Sá, 2000). E no decurso do sistema capitalista, a expansão comercial e a forte concorrência, despertaram nas empresas, antes familiares, a necessidades de aumentar suas instalações, investir em tecnologia e aperfeiçoar os controles e procedimentos internos, como por exemplo, a redução de custos, com a intenção de tornar seus produtos maiscompetitivos no mercado. Para a consecução desses objetivos, tornou-se necessário atrair recursos de terceiros, por meio de empréstimos em longo prazo e abertura do capital social a novos acionistas. . Os investidores precisavam obter informativos sobre a situação financeira e patrimonial, a solvência e a gestão dos recursos da empresa para avaliara segurança, o grau de liquidez e a rentabilidade conforme (Franco e Marra, 2001). Assim, as demonstrações contábeis tornaram-se os informativos mais importantes, e para maior segurança, os investidores passaram a exigir que as demonstrações fossem examinadas por profissionais 3 independentes e de capacidade técnica reconhecida, a exemplo do que já era realizado nos Estados Unidos da América, na Inglaterra e em outros países desenvolvidos. No ano de 1931, através do Decreto nº 20.158, a profissão de guardador de livros passou a ser regulamentada, no que se incluía a função de auditor. E no ano de 1945, por ocasião da lei nº 7.988, foi criado o curso de Ciências Contábeis, de nível superior, e de Técnico, de nível médio, tomando a Auditoria uma prerrogativa daquele profissional. Até então, os trabalhos de auditoria, no Brasil, eram escassos e necessários apenas para o controle administrativo e à formulação de pareceres sobre balanços, ainda como atos formais. 1.3 Auditorias modernas A Auditoria moderna cresceu na Inglaterra que se expandiu para os demais países, até mesmo para o Brasil. Após a crise se 1929 nos Estados Unidos a Auditoria seguiu novos rumos, foram criadas alguns grupos de contadores dispostos a estudar e se especializar em analises de demonstrações financeiras e patrimoniais, para darem apoio aos donos das empresas em tomada de decisões. Porém surgiu o problema junto com a expansão, todos os países tinham suas regras na hora da análise das demonstrações. Com a ajuda do Professor Juan Ángel Gil, de Porto Rico, graças a sua forca de vontade e inteligência ele fundou a Associação Internacional de Contabilidade. A constituição de 1973 fez um acordo entre Austrália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Japão, México, Irlanda, Holanda e Reino Unido criando o Internacional Accounting Standards Committee, com o objetivo de formular e publicar de forma totalmente independente um novo padrão de normas contábeis internacionais que possa ser universalmente aceitado no mundo. Em 1997, o IASC (International Accounting Standards Committee), criou o SIC (Standing Interpretations Comitê) um comitê técnico dentro da estrutura do IASC responsável pelas publicações de interpretações chamadas SIC cujo objetivo era responder as dúvidas de interpretações dos usuários. 4 2. CONCEITOS DA AUDITORIA INTERNA Auditoria interna é um conjunto de procedimentos para avaliação de controles internos de uma organização, isso se reflete também na qualidade dos registros e na segurança deles. É uma atividade que busca observar, questionar, checar e avaliar procedimentos de uma organização (Cordeiro, 2012). Trata-se de um controle administrativo capaz de avaliar tanto a eficiência quanto a eficácia de outros controles. 2.1 Áreas de atuação A área de atuação da Unidade de Auditoria Interna é muito abrangente com enfase para: a) Sistemas administrativo-operacionais e os controles internos administrativos utilizados na gestão orçamentária, contábil, financeira, patrimonial, operacional e de pessoal; b) A aplicação e transferências de recursos da Companhia a entidades publicas ou privadas; c) Os contratos e convênios firmados por gestores da Companhia com entidades publicas ou privadas, para ações de cooperação, prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; d) Os processos de licitação, inclusive na modalidade pregão, as dispensas e as inexigibilidades; e) Os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para a Companhia; f) Verificação do cumprimento das normas internas e da legislação pertinente; g) Os processos de Tomadas de Contas Especiais; h) As iniciativas estratégicas e os indicadores de desempenho levados a efeito diante do Mapa Estratégico Corporativo. Estão sujeitos a atuação da Unidade de Auditoria Interna quaisquer unidades organizacionais ou empregadas, que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiros, bens e valores da Companhia ou pelos quais a Companhia responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Conforme (Cordeiro, 2012) nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos auditores internos, no desempenho de suas atribuições, devendo os profissionais da Unidade de Auditoria Interna guardar o sigilo das informações conforme previsto na normatização técnica, usando nos relatórios e notas técnicas apenas informações de caráter consolidado, 5 sem identificação de pessoa física ou jurídica quando essas informações estiverem protegidas legalmente por sigilo. 2.2 Procedimentos Os procedimentos se constituem em exames, que incluem alguns testes de observância, que permitem ao auditor obter provas suficientes para a tomada de decisões, ou seja, para obter conclusões e recomendações para a organização (Cook, 1983). O auditor interno deve analisar interpretar e documentar todos os tipos de informações dentro da organização seja eles físicas, contábeis, financeiras, operacionais, para que isso de suporte aos resultados de seu trabalho. Os materiais utilizados para o trabalho do auditor são conjuntos de documentos com informações e provas que fundamentam o trabalho que foi executado. Eles dão teor de prova e veracidade dos fatos, que podem apontar fraudes e erros. 6 3. AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA Mesmo sendo similares suas atuações e metodologias, a auditoria interna busca de forma mais detalhada e de maneira intensa o andamento de cada função, setor, departamento e também as áreas operacionais das empresas. Segundo (Marques) (1997, p.52) “Existem semelhanças entre as auditorias, interna e externa, ao utilizarem metodologias e técnicas comuns ou idênticas, tais como planear, programar e calendarizar os seus trabalhos, elaborar e utilizar checklists e questionários sobre aspectos a abordar e os designados papéis de trabalho, ambas identificam, analisam e avaliam procedimentos de controlo interno, realizam testes, identificam insuficiências, erros e anomalias e avaliam os riscos que lhe estão associados e elaboram relatórios, nos quais fazem as suas apreciações, formulam sugestões e apresentam propostas corretivas a adoptar com vista a resolver ou a minimizar as deficiências encontradas.”. Dessa forma, estas duas áreas devem buscar completar uma a outra, assim não havendo repetições em seus trabalhos dentro da empresa. E para (Lajoso) (2005, p.11) “A auditoria interna fornece análises, apreciações, perspectivas, recomendações, resultados, sugestões e informações relativamente às atividades examinadas, incluindo a promoção do controlo mais eficaz a custo razoável. O auditor interno deve revelar as fraquezas, determinar as causas, avaliar as consequências e encontrar uma solução de modo a convencer os responsáveis a agir. A necessidade da existência da função de auditoria resulta assim em conseguir monitorar a eficácia e eficiência do sistema implementado nas diversas áreas de atividade. Ela constitui um meio de medir recursos (humanos, materiais, financeiros e informacionais) a fim de que a função liderança possa validar consolidar ou alterar a sua estratégia. Embora operando em diferentes graus de profundidade/extensão, a auditoria interna e a auditoria externatêm interesses comuns, daí a conexão existente no trabalho de ambas”. Então a externa dá ênfase de forma global de todas as atividades, ou seja, de uma forma menos detalhada, sendo assim ela não consegue eliminar a necessidade e os objetivos mais precisos que a auditoria interna nos traz, possibilita também mais segurança ao auditor independente, reduz custos de ambas as partes e evita a duplicidade de trabalhos, trazendo qualidade à empresa e resolvendo problemas que por sua vez poderiam ser somente resolvidos em último instante, isso seria a resolução antecipada de certas deficiências da empresa. 7 3.1 Auditoria interna e sua importância A auditoria interna realiza a verificação de todos os processos da empresa, como: contábeis, administrativos e de produção, permitindo que a empresa realize um acompanhamento constante nestes processos, descobrindo erros e falhas as quais se originam de falhas do controle interno. Muitos pesquisadores, (Rego, 2001) visam que a Auditoria Interna realmente visa a realizar uma revisão para que seja constatada a veracidade das informações fornecidas aos Stakeholdes nos quais se encontram relacionados: • Acionistas: Aqueles que têm ação de sociedade anônima, acionário; • Proprietários: São os proprietários, aqueles que têm controle absolutamente sobre a empresa; • Investidores: aqueles que aplicam ou empregam capitais, recursos ou meios na empresa; • Empregados: Aqueles que exercem emprego ou função na empresa; • Clientes: Aqueles que compram fregueses; • Fornecedores: Aqueles que fornecem ou se comprometem em fornecer mercadorias; • Sindicatos: Associação de pessoas de uma mesma categoria profissional; • Governo: Ato ou efeito de governar-se, domínio, controle, regime político de um estado. Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado no sistema. 3.2 Controles internos Um sistema de controle interno é uma combinação de políticas, procedimentos, sistemas operacionais, de informação e outros instrumentos, mantidos pelas organizações. Deve ser estabelecido por determinação dos proprietários, controladores ou administradores. Conforme (Ribeiro & Ribeiro, 2011) o controle interno é o processo planejado, implementado e mantido por funcionários para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos da entidade no que se refere à confiabilidade dos relatórios 8 financeiros, efetividade e eficiência das operações e conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis. Ao desenvolverem seus sistemas de controle interno, as empresas devem considerar um conjunto de características, para que o controle alcance a eficácia desejada: • Proteger o patrimônio e os resultados – do ponto de vista da proteção ao patrimônio, os ativos devem refletir seu efetivo potencial de benefícios futuros. Os passivos devem espelhar as obrigações assumidas, considerando as estratégias definidas para as decisões de funcionamento (curto prazo) e de financiamento (longo prazo) das atividades da empresa. Para os resultados, as receitas devem refletir os preços de venda dos produtos e serviços, validados pelo mercado consumidor, e as despesas devem espelhar o sacrifício consciente empreendido para obter as receitas; • Auxiliar a administração na condução eficiente e ordenada dos negócios – aqui se considera a delegação de autoridade para tomada de decisões operacionais pelos empregados, no exercício das diversas atividades. Essa delegação permite estabelecer canais adequados de comunicação, planejamento, execução e controle por toda a organização; • Promover e avaliar a eficiência operacional de todos os aspectos das atividades empresariais – aqui é preciso reconhecer a ocorrência das atividades, definidas como processos operacionais que consomem recursos para obter produtos e serviços, que causam a ocorrência dos eventos. • Comunicar diretrizes administrativas e estimular seu cumprimento – a gestão eficaz das organizações considera a definição de diretrizes estratégicas, sua conversão em objetivos de negócios, a materialização destes objetivos por meio de orçamentos, a execução ordenada e o controle das atividades empresariais (Tavares, 2000). 3.3 Objetivos dos controles internos O conceito, a interpretação e a importância do controle interno envolvem imensa gama de procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar (Oliveira & Diniz Filho, 2001). O controle interno tem cinco objetivos básicos: • a salvaguarda dos interesses da empresa; • a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; 9 • propiciar uma estrutura operacional eficiente para que se alcance a eficácia das organizações; • o estímulo à eficiência operacional; • a aderência às políticas existentes. O controle interno deve fazer parte das atividades normais de uma empresa, tendo por função acompanhar o funcionamento global e recomendar, devido ao seu carácter detectivo, preventivo ou corretivo, as ações a empreender para garantir um elevado nível de desempenho e os resultados que correspondam aos objetivos inicialmente formulados. O controle interno deve ser implantado com cautela, pois estes controles trabalham interligando as informações dos diversos setores da empresa, fazendo com que um setor tenha conhecimento das informações ou operações do outro, dificultando assim, a fraude ou erro, trazendo desta forma benefícios à empresa. 10 4. PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS As pequenas e médias empresas tem o intuito de competirem em igualdade com as grandes empresas desenvolveram um padrão de relacionamento entre as organizações e o ambiente, para que estas pudessem reagir de forma a tender às necessidades do mercado, aumentando assim, a aproximação e interação entre seus consumidores finais, pois perceberam que não é mais possível crescer trabalhando de forma isolada e que a chave do crescimento está na união. A importância e o uso das ferramentas de controle gerencial nas micro e pequenas empresas (MPEs). As MPEs buscam atender aos anseios da maioria da população dos países emergentes, inclusive a do Brasil que considera a gestão eficiente dessas empresas como fator de redução da mortalidade empresarial precoce. De acordo com (FIGUEIREDO & CAGGIANO, 2004), controle é um sistema de feedback que possibilita o desempenho ser comparado com os objetivos planejados e é necessário para a realização do planejamento de curto e longo prazo. Esse controle deve possibilitar uma visão clara dos acontecimentos efetivos, executa medições desses acontecimentos e aponta as distorções. Quando os controles são dependentes, as recomendações para execução destes têm de ser atendidas inicialmente antes de se executar a próxima atividade funcional. Em uma tentativa de se burlar (omitir) os controles dependentes, os processos operacionais entrariam em colapso. Por outro lado, o controle independente refere-se à atividade que não acarreta nenhum entrave ao processo operacional. “Planejamento é um conjunto ordenado de ações com fins de alcançar posições futuras desejadas”. Esses conjuntos compreendem o envolvimento de pessoas e a alocação de recursos e procedimentos de controle e avaliação necessária para estimar a efetividade das ações em relação ao que foi estabelecido. TAVARES (2000, p.146) O controle interno deve ser implantado com cautela, pois estes controles trabalham interligando as informações dos diversos setores da empresa,fazendo com que um setor tenha conhecimento das informações ou operações do outro, dificultando assim, a fraude ou erro, trazendo desta forma benefícios à empresa. 11 5.0 A REAL IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. Uma empresa que possui um eficiente controle interno implantado pode-se amparar em informações fiáveis, uma vez que este controle ainda será avaliado pela auditoria interna como parte da sua função. Porém, perante um futuro incerto, num mundo em mudança com ritmo por vezes muito acelerado, as organizações têm de observar cada vez mais o seu meio envolvente, analisar a evolução dos mercados e identificar ameaças e oportunidades, diagnosticar a sua situação interna e identificar os seus pontos fortes e pontos fracos, definir os seus objetivos estratégicos, as suas estratégias e políticas globais e analisar sistematicamente os resultados que vão obtendo. Para conseguirem uma posição competitiva, vantajosa e sustentada, para serem rentáveis e até mesmo para sobreviverem, as organizações precisam ser geridas com eficácia. Segundo (Rego, 2001) considera que: “A auditoria interna preocupa-se, também, com a melhor rentabilização dos recursos disponíveis assim como com o cumprimento dos objetivos previamente fixados, servindo as organizações na sua globalidade e não apenas os seus gestores.” Os modelos de decisão são utilizados para identificar o curso de ações futuras. São utilizados, ainda, para descrever ou representar os dados importantes de um processo e as suas inter-relações. (Beuren, 2000) afirma que: “A partir da escolha de um grupo de variáveis e uma especificação das suas inter- relações, projetadas para representar um processo ou sistema real, total ou parcialmente, um modelo é a descrição do funcionamento de um sistema, representando uma construção em particular, utilizando-se da teoria, a qual lhe serve como suporte conceitual”. Na gestão das micro, pequenas e médias empresas, o poder de decisão normalmente é centralizado no proprietário, que assume total responsabilidade pelo sucesso ou fracasso. Essa questão tem como finalidade investigar a atribuição do grau de importância de cada um desses instrumentos na visão dos respondentes. 12 CONCLUSÃO Portanto, podemos concluir neste presente trabalho é que a auditoria interna diferencia-se das demais devido à sua preocupação com o que já se passou e se passa dentro de empresas, buscando detectar possíveis falhas e de modo corretivo, buscar a melhor solução para tal problema. Podemos notar também que uma empresa com uma auditoria interna consolidada melhora o desempenho da organização como um todo, por fornecer informações mais precisas da área e oferecer maior segurança ao funcionamento dos processos e auxiliar a gestão na tomada de decisão. No entanto, vale ressaltar que a existência de uma auditoria interna não exclui a necessidade de auditoria externa, uma vez que as duas possuem funções e objetivos distintos. Portanto concluindo- se neste presente trabalho é que para o total desempenho das MPEs, com tomadas de decisões sem risco um bom controle interno se torna fundamental, o papel do auditor interno e de extrema importância, um trabalho cujo qual infelizmente só esta sendo procurado agora por tais empresas no Brasil, devido a grande instabilidade financeira que estamos vivendo atualmente. Juntamente com esse controle as empresas então com maior confiança e certeza nos investimentos que estão fazendo, sabendo que um bom controle interno ajuda também nas decisões tomadas com maiores transparências e informações corretas. 13 REFERENCIAS . Almeida, Marcelo Cavalcante. Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª ed.- São Paulo: Atlas, 1996. Beuren, Ilse Maria, (2000), “Gerenciamento da Informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresaria”, 2ª ed. São Paulo: Atlas. BORGERTH, Vania Maria Da Costa. Sox: Entendendo a Lei Sarbanes-Oxley: um caminho para a informação transparente. 1. ed. Livro em Português. São Paulo, SP: Thomson Learning., 2007. 96p. Cook, John William. Auditoria: filosofia e técnica. 3ª ed. - São Paulo: Saraiva. 1983. CORDEIRO, C. M. R. A importância do relatório e do parecer de auditoria para o Costa, C (2010). Auditoria financeira – Teoria & amp;amp; prática. (9ª Edição) Lisboa: Rei dos Livros. ISA 200 - Objetivos gerais do auditor independente e condução de uma auditoria de acordo com as normas internacionais de auditoria. Manual do Revisor Oficial de Contas. FIGUEIREDO, A; CAGGIANO, P C. Controladoria. Teoria e Pratica. 3ªed. São Paulo: Atlas, 2004. FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2001Rego, Fernando Cunha (2001), “A natureza da auditoria interna e as questões subjacentes à extensão do seu âmbito”, Revista de Auditoria Interna, nº6, Jan-Março, pp. 19-20. Gil, A.L. Auditoria operacional e de gestão - Qualidade da auditoria. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. IMONIANA, J. O; NOHARA, J.J. Cognição da estrutura de controle interno: uma pesquisa exploratória. BASE - Revista da Administração e Contabilidade da Unisinos. Vol. 2 nº 1 jan/abr 2005. p. 37 – 46. Lajoso, P. Guilherme, (2005), “A importância da Auditoria Interna para a Gestão de Topo”, Revista de Auditoria Interna, Nº19, Janeiro-Março, pp. 10-12. 14 Ribeiro, O.M.; Ribeiro, J.M. Auditoria fácil. São Paulo: Saraiva, 2011. SÁ, A. L. Curso de auditoria. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2000. SILVA, Letícia Medeiros. A Influência da Lei Sarbanes – Oxley e do Código Civil Brasileiro nos Controles Internos de Empresas Localizadas no Brasil. São Leopoldo: 2007. 155p. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação – Mestrado em Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Ciências Contábeis. TAVARES, M. C. Gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 2000. http://www.iiabrasil.org.br/new/IPPF.html http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=8435 http://portal.unb.br/administracao/auditoria_interna/controle_interno. php http://www.amdjus.com.br/artigos/Relatorio_prof_ClaudioMarcelo.pdf . Acesso em: 01 junho 2015.
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