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Adaptacoes celulares e calcificação patológica

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Transcrição da aula sobre Adaptações celulares e calcificação patológica 
Pra todas as células do nosso organismo existe uma regra, a síndrome geral de 
adaptação ao estresse. Sempre que tem a presença de um estimulo patológico, a 
primeira opção do nosso organismo é gerar uma resposta aguda, ou seja, um 
processo inflamatório, vermelhidão, dor, aumento de temperatura, de metabolismo, 
etc. então, a primeira atividade vai ser sempre uma resposta aguda pra eliminar a 
presença desse estimulo patológico. Só que existem estímulos patológicos que não 
são eliminados numa fase aguda, por exemplo uma hipertensão, um aumento da 
concentração de LDL, um pedaço de vidro, um fio de sutura, uma bala de revolver, etc. 
pra esses casos a gente tem uma resposta adaptativa. As nossas células tem 
prontidão de fase aguda pra eliminar um estimulo patológico, se esse estimulo não for 
eliminado, a tendência é gerar uma resposta adaptativa, ou seja, vai aumentar o 
número de células (hiperplasia), os componentes internos da célula (hipertrofia). 
Existem outros estímulos quando o estimulo patológico é tão intenso que a célula não 
consegue sobreviver, ai nós chamamos de necrose. Diante de um estimulo patológico 
a célula pode apenas sofrer uma alteração leve e voltar ao normal, pode se adaptar a 
esse estimulo, pode alterar a sua função, armazenando pigmentos e cálcio, pode 
morrer (necrose). E quando a gente fala em neoplasia, neo significa novo, plasia esta 
pra especialização celular, ou seja, nova especialização, é um processo irreversível. 
Crescimento é responsável pela produção de novas células, as nossas células 
começam lá no processo de embriogenese, então as células se multiplicam a partir de 
uma única célula, que é o zigoto, e passam por um processo de diferenciação de 
acordo com a hereditariedade. Ou seja, umas partículas com uma única célula e 
temos mais de 200 tipos celulares diferentes. Cada tecido tem a sua própria 
velocidade, especialização e capacidade proliferativa. Apesar de termos 200 tipos 
celulares diferentes, em relação a capacidade proliferativa pode, ser divididos em 
apenas 3 grupos: lábeis, estáveis e perenes. As lábeis são as células, por exemplo, 
pele, sangue, tecido hematopoiético, que estão sempre em ciclo celular, sempre 
renovando. As estáveis a gente tem o fígado, tecido ósseo, cartilagem, vasos 
sanguíneos, que só entram em capacidade proliferativa em caso de lesão, 
necessidade do organismo. E nós temos as células classificadas como perenes, 
permanentes, que são os neurônios, musculatura esquelética, musculatura cardíaca, 
se sofrerem lesão tem baixas capacidades mitótica. Quanto maior a diferenciação, 
quanto mais especializada for a célula, depende de muitos componentes, aumenta a 
dificuldade de formar outra célula igual. 
Alterações que ocorrem durante a embriogenese e são, portanto, irreversíveis, 
gerando incapacidade na resposta adaptativa: agenesia, aplasia e hipoplasia. A é 
prefixo de negação, não, ausência. Gênese é origem. Agenesia é quando nem se 
origina um determinado órgão, um bebe anencefalo, por exemplo. Se ocorre durante o 
período de formação, o processo vai ser irreversível. A agenesia vai ser compatível 
com a vida ou não, dependendo do órgão não formado. Se forem órgãos pares, a 
agenesia unilateral pode conduzir a um processo de sobrevivência, com restrições. A 
aplasia, a é negação, plasia é especialização celular. Produz uma massa celular mas 
que não se diferencia, não se especializa. O bebe pode ter o cérebro, mas vai ser um 
tecido sem nenhum processo de especialização, um rim, um pulmão, vai ser 
considerado como aplasia. Forma a massa mas não finaliza o processo de 
diferenciação celular. Hipoplasia é baixa quantidade de células especializadas. 
Quando esta pra hipo ou hiper, se é plasia, são células especializadas, está 
caracterizando número. Ela foi formada e especializada, porem em menor quantidade, 
então é um pulmão pequeno, um coração pequeno, etc. não vai cumprir com a função 
esperada daquele órgão. 
Aplasia tem só a massa celular, caracterizada como esboço, só o esboço do órgão, 
mas não tem desenvolvimento nenhum, esta interrompido. 
Hipoplasia tem uma baixa quantidade de células especializadas, o esboço do órgão 
está presente mas não plenamente desenvolvido, o funcionamento é reduzido. As 
causas que podem contribuir pra essas alterações e malformações, que são radiação 
ionizante, drogas, hipóxia, traumatismo mecânico (gestação tubaria), agentes 
químicos, etc. 
Os distúrbios de adaptação celular (PROVA!!!): 
Alterações de volume (trofia): se tiver maior quantidade de componentes internos 
vai ser hipertrofia, se tiver menor quantidade vai ser hipertrofia/atrofia. Só se fizer um 
exame muita detalhado, a nível intracelular, uma microscopia eletrônica de 
transmissão que você consegue observar quem esta faltando. Quantas mitocôndrias, 
quantos lisossomos. A atrofia ou a hipotrofia você vai observar no paciente acamado, 
num braço engessado, no desuso. Então, hipotrofia e atrofia são sinônimos. 
Alterações em relação a divisão celular (plasia): células especializadas. Hiper pra 
mais e hipo pra menos (reduzindo o número de células). Aumentar número de células 
é por mitose. Pra reduzir o número de células é a apoptose. Então, na hiperplasia 
aumenta o número de células especializadas, hipoplasia é redução do número de 
células especializadas. 
Alteração na diferenciação celular: o padrão de especialização. Se ela é cilíndrica, 
ela pode ficar pavimentosa, se é pavimentosa pode ficar cubica, ou seja, alteração no 
processo de diferenciação celular, ai é metaplasia. Troca do padrão de especialização 
da célula. Isso vai ser uma resposta sempre em presença de uma agressão constante. 
Um tenista está o tempo inteiro movendo a articulação, isso pode ocorrer uma 
metaplasia óssea. O esôfago do fumante sempre sendo agredido por substancias 
toxicas, fumaça, pode acontecer uma metaplasia escamosa. Quando tudo fica 
alterado, tanto a função quanto a morfologia da célula, especialização da célula, é uma 
displasia. Só que na displasia tem dois agentes que em 1 é fundamental. Hormônio e 
alteração genética. Sendo que hormônio da ordem a célula. Mas, quando a célula 
entra em displasia, pode está acontecendo um processo de mutação, e que, nos 
temos diversos indutores mutagênicos, e um mecanismo de reparo, e as vezes esse 
mecanismo de reparo demora um pouco mais, ou está mais alterado, ai a célula 
produzida passa a ter o seu padrão de especialização totalmente alterado. Por isso 
que displasia tem que ficar acompanhando, porque a alteração genética, mutação que 
não foi corrigida, pode “pular o muro” pra neoplasia. Pode ter agora uma nova 
especialização irreversível. Ai é um outro padrão, foge de resposta adaptativa. Esses 
padrões apresentados pelas células em presença de um estimulo agressor são 
adaptações, você se adapta, quando aquele estimulo agressor passa, você tem a 
possibilidade de voltar a normalidade. Neoplasia não. 
 Atrofia fisiológica: útero depois do parto precisa reduzir, mama depois da 
amamentação, menopausa, envelhecimento, tudo vai atrofiando. Atrofias patológicas: 
circulatória. Atrofia está muito vinculada a nutrição celular, quando a gente fala em 
nutrição celular, você lembra de glicose, aminoácidos, todos os componentes 
fundamentais pra uma célula poder funcionar. Vai diminuir o tecido por diminuição das 
células parenquimatosas, que é a célula especializada pra cumprir uma função, ela 
está diferenciada pra isso, sem sinal de necrose. Então não tem ruptura de membrana, 
processo inflamatório, morte celular, não vai acontecer por necrose. É claro que uma 
atrofia continuada pode ativar um outro tipo de mortecelular, que é a apoptose. Mas 
não por necrose. Ausência ou privação de nutrição, geralmente associada com 
apoptose, que é morte celular, auto destruição celular e frequentemente fisiológica, e a 
autofagia que é um mecanismo de destruição de organelas, principalmente os 
lisossomos vão favorecer esse processo. Se tem menos nutrientes, a célula precisa 
otimizar pra que todos os componentes internos funcionem. Quem reduzir a sua 
função, vai ser retirada, ocorre a apoptose, a autofagia. Ou seja, o catabolismo, que é 
a quebra vai ser sempre maior que o anabolismo e a síntese dentro de uma célula. 
Diminuição das organelas da célula, além da redução do volume e da função celular. 
Atrofia fisiológica, exemplos são o timo, bolsa de Fabrício (nas aves), veias e 
artérias umbilicais, útero pós parto, mama pós amamentação, senilidade, etc. ativam 
apoptose e aquelas células saem daquele tecido. As patológicas são, por exemplo, 
uma perna engessada, é pelo desuso, o nosso organismo trabalha de forma muito 
otimizada, porque nós temos em média L de sangue circulando e tem que oxigenar 
todas as células do organismo, ou seja, se uma área está com uma demanda 
reduzida, vai ser menos oxigenada e menos nutrida, consequentemente vai atrofiar, é 
por desuso. Paciente acamado vai perdendo tecido. Atrofia patológica por 
desnervacao: a musculatura esquelética está ligada a uma placa motora, então 
existem vírus que destroem a placa motora. Sem ela, a musculatura tende a atrofiar. A 
redução do volume, dependendo do tempo que isso vai acontecer, vai gerar um outro 
estimulo, porque perder volume não vai ficar “buraco”, vai gerar um estimulo pra todo 
esse espaço que está sendo perdido ser preenchido por colágeno. 
Atrofia patológica por distúrbio circulatório: uma placa de ateroma na artéria renal, 
por exemplo, reduzindo o fluxo sanguíneo, reduzindo a nutrição do órgão, gerando a 
atrofia patológica de origem circulatória. 
Atrofia patológica por desnutrição: nosso organismo precisa de matéria prima, que 
a gente possa ingerir proteínas, carboidratos, lipídeos, pra que possamos ter todo o 
trabalho metabólico. Menor a ingesta, menor a disponibilidade desses nutrientes, ai 
vem a desnutrição, perda inclusive de massa muscular (caquexia). 
Atrofia patológica pela parte endócrina: redução hormonal, redução do estimulo de 
produção, atividade do órgão (espermatogênese) e a atrofia do órgão. Tireoide 
também é um exemplo. 
Hipertrofia é aumento do desenvolvimento celular, dos componentes internos da 
célula, ela incha, aumento de volume. Não está relacionado a divisão celular 
(hiperplasia), o útero pode ter hipertrofia junto com a hiperplasia. A mama a mesma 
coisa. Vai pra academia, fazer musculação vai ter hipertrofia, porque a musculatura 
esquelética é perene, não responde eficazmente a capacidade proliferativa, então em 
alguns tecidos (musculatura esquelética, cardíaca), a hipertrofia vai ocorrer 
isoladamente, porque são áreas que não mantem a capacidade proliferativa. Em todas 
as outras, língua, orelha, útero, mama, estomago, esôfago) o estimulo de aumentar 
demanda ou o estimulo hormonal vão caminhar juntos. Vai aumentar componentes 
intracelulares que é típico da hipertrofia, mas também vai aumentar número de células, 
que é a hiperplasia. Hipertrofia se refere a um aumento no tamanho das células, 
resultando num aumento do tamanho do órgão, consequentemente. O órgão 
hipertrofiado não tem nenhuma célula nova, somente células maiores. Aumento de 
volume do órgão (aumento da demanda funcional), hiperinsulinemia (pâncreas 
hipertrofiado), adaptação a musculatura, aumento de estímulos tróficos, hormonais 
(útero gravídico), são exemplos. São os mesmos estímulos pra hiperplasia, por isso 
eles caminham juntos. Ocorre em células que tem bloqueada a capacidade de dividir-
se, ocorre isoladamente, células pos-mitoticas permanentes ou perenes, ou seja, a 
hipertrofia vai ocorrer sozinha na musculatura esquelética, cardíaca e em neurônios. 
Importante para que ocorra a hipertrofia a célula tem que ser super saudável, se 
não ela não acontece, por isso que a gente não vê um vovô de 70 anos falando que 
vai malhar, porque ele já tem muitas perdas metabólicas, circulatórias, então para que 
ocorra a hipertrofia tem que ter essas condições: integridade fisiológica, fluxo 
sanguíneo adequado, inervação adequada e especificidade de estimulo. Tem que ter a 
especificidade de estimulo pra gerar a função, inervação, sangue e função em forma, 
ai sim responde a hipertrofia. 
Quando são órgãos duplos, a falha de um órgão vai conduzir automaticamente a 
hipertrofia do seu par, porque ele vai precisar aumentar a demanda. No glaucoma, ele 
vai precisar a enxergar mais pelo olho que não está enxergando. Então, isso é 
classificado como hipertrofia compensatória, quando são em órgãos pares, a redução 
da função de um deles, hipertrofia. 
Tem a hipertrofia vicariante, quando parte de um órgão único (como por exemplo, o 
coração), ele vai passar pelo processo de hipertrofia, geralmente por aumento de 
demanda. 
Hiperplasia é o aumento do número de células especializadas daquele tecido, 
células parenquimatosas. Plasia é especialização celular, trofia é desenvolvimento 
celular. Plasia está para multiplicação, produzir células especializadas, portanto, vai ter 
um aumento do volume do tecido por aumento no número de células parenquimatosas 
e, frequentemente, associado a hipertrofia. São os mesmos estímulos, por demanda 
funcional ou por estímulos tróficos, hormonais. A hipertrofia só fica isolada porque a 
capacidade proliferativa é limitada. Nos outros tecidos vai caminhar junto com a 
hiperplasia, onde a hiperplasia está relacionada ao aumento do número de células 
especializadas, parenquimatosas. Aumento do número de células intermitoticas, 
estáveis (só se renovam em caso de lesão) ou lábeis (renovação frequente). 
Principais mecanismos: ativação das sinalizações intracelulares, só que aqui a 
produção dos fatores de crescimento solúveis que se ligam a esses receptores, geram 
vias de sinalização intracelular, fatores de transcrição e produção de novas células. Os 
genes que controlam o crescimento celular são classificados como proto oncogenes, e 
a neoplasia vai apresentar os oncogenes. Ou seja, o mesmo trajeto que perdeu o 
controle, por isso é uma resposta irreversível. 
Uma hiperplasia pode evoluir a 
uma displasia, que pode evoluir a 
uma neoplasia. Toda hiperplasia 
patológica vai sendo acompanhada. 
Então, hiperplasia está para o 
aumento no número de células 
especializadas através do aumento 
de demanda e estimulo hormonal. 
E os estímulos se comparam a 
hipertrofia, sendo que hipertrofia é 
aumento de desenvolvimento 
celular, aumento dos componentes internos da célula também por aumento de 
demanda e aumento de estimulo hormonal, porem a hipertrofia acontece sozinha 
porque o tecido não se multiplica, são células perenes (neurônios, musculatura 
esquelética e musculatura cardíaca), todos os outros tecidos vai ocorrer a hiperplasia 
junto. 
A metaplasia é uma troca no processo de diferenciação celular por conta de um 
estimulo agressor, se faz constante. É uma estratégia do organismo, daquela área 
tecidual, pra se tornar mais resistente a uma agressão que não termina, não está 
sendo retirada. Transformação de um tecido já diferenciado, em outro diferente mais 
resistente a esse ambiente adverso, mas da mesma origem embrionária. É o chamado 
plasticidade fenotípica. Tem a possibilidade de acordo com a necessidade daquele 
tecido em presença de uma agressão constante sofreu uma diferenciação pra um 
processo mais adequado. É uma substituição adaptativa (pode ter retorno, reversível) 
quesó ocorre em tecidos renováveis (epitélio e conjuntivo). Fumantes transformam o 
epitélio cilíndrico simples (metaplasia escamosa) pra aguentar a demanda, agressão 
frequente que acontece de acordo com a fumaça do cigarro, também nas vias genitais, 
nas broncopneumonias, todas essas regiões podem sofrer a metaplasia escamosa, de 
um epitélio simples pseudoestratificado pulmonar pra um estratificado pavimentoso, 
sendo mais resistente a lesão frequente. 
Metaplasia óssea ocorre muito em tenistas. A gente só começa a ter mais 
resistência orgânica a partir da puberdade. Um outro exemplo é o esôfago de barret, 
que é o refluxo gastroesofagito, a tendência além do epitélio estratificado também 
aumenta muito a quantidade de células caliciformes, e o esôfago fica com o epitélio 
muito parecido com o do intestino, cilíndrico com células caliciformes com a produção 
de muco pra tentar afastar um pouco essa agressão constante do refluxo 
gastroesofagico. 
Displasia é um distúrbio, desvio da diferenciação celular. O estimulo pode ser 
alteração hormonal como genética, e ai podem provocar a displasia. Todas as vezes 
que mexe com alteração genética, que proporciona mutação na célula de DNA corre o 
risco pra uma neoplasia, porem a displasia pode regredir, voltar a ser uma célula 
normal, ela pode permanecer como uma célula normal (chamada de senescência). 
Pelo fato de estar agregada a ela uma alteração genética, o P53 é ativado, então por 
isso pode voltar ao normal, permanecer estacionado naquele estagio ou, se der errado 
a atuação do P53, ela pode evoluir a uma neoplasia. A neoplasia é um processo 
quando o guardião do genoma falha porque as vezes o próprio P53 sofreu mutação. 
Tem também a NIC (neoplasia intra cérvice) II porque divide o útero em 3 áreas, 
superficial, intermediaria e tem a camada basal. NIC III é quando as 3 porções da 
camada celular já sofreram alterações pelo HPV. 
Pigmentação 
Calcificações patológicas: o cálcio é necessário no nosso organismo, ativa algumas 
funções celulares, porém só alguns tecidos estão previamente programados pra 
excesso de cálcio (ossos, dentes), ele também é importante pra contração muscular. 
Nas células sem estarem previamente preparadas pra isso (todas as células), o cálcio 
otimiza as reações. As células, dependendo de sua atividade, tem um resquício de sua 
atividade também pra atividade nuclear, ou seja, o cálcio tem que ser muito dosado a 
nível intracelular se não, por ser um otimizador de reações, ele pode começar a gerar 
ativação enzimática, tanto que ele vai ser citado como um dos processos de lesão nas 
células. Porque já que ele ativa enzimas ele pode ativar fosfolipase (destruindo a 
membrana plasmática), pode ativar a endonuclease (alterando função e destruição de 
núcleo), proteases (destruindo citoplasma celular). Ou seja, todas as vezes que o 
cálcio entra dentro de uma célula num padrão patológico, ele vai ativar lesão e pode 
gerar também um acumulo. Na lesão a célula vai ser destruída, morre. Mas ele tem a 
tendência a gerar acúmulos, principalmente porque o cálcio faz ligação covalente com 
ácido graxo. Então nós vamos ver que existem dentro da patologia as calcificações 
patológicas, que são todas as vezes que existe um acumulo de cálcio fora de uma 
matriz previamente preparada pra isso, alterando a homeostase. 
Existem 3 tipos principais de calcificação patológica, que é a calcificação distrofia 
(distúrbio trófico, o cálcio em excesso, fora de uma matriz previamente preparada, em 
tecido lesado), calcificação metastática (qualquer área corpórea passível de calcificar, 
todas as células trabalham com cálcio mas com o controle rígido; não tem um padrão 
clinico, uma característica), calculose ou litíase (litos são pedras). 
Calcificação distrófica é o excesso de cálcio em tecidos previamente lesados, 
principalmente quando envolve a presença de ácido graxo (necrose), aumenta a 
probabilidade da calcificação do tecido lesado. Um bom exemplo de calcificação é a 
placa de ateroma, ela é formada pelo acumulo de lipoproteínas de baixa intensidade 
na túnica intima das artérias elásticas de grande calibre. 
A necrose caseosa é um modelo de necrose que gera um diagnóstico fechado pra 
tuberculose. O agente agressor tem características próprias, vários lipídeos agregados 
a parede bacteriana, e no pulmão tem distensão elástica (elastina), e essa resposta 
imune sobre ácido graxo acrescido das proteínas que estão no parênquima pulmonar 
gera uma condensação, parece um queijo branco todo fragmentado, que é justamente 
a necrose de coagulação juntamente com a necrose de liquefação, formando ali uma 
massa que é caracterizada como necrose caseosa pelo aspecto do queijo branco, a 
caseína do queijo. 
Antracose é o pigmento proveniente ou de cigarro ou da poluição atmosférica, que 
consegue chegar aos nossos alvéolos pulmonares que é rico em carvão (antrax), gera 
uma patologia que é uma pneumoconiose. 
A calcificação distrófica nas válvulas cardíacas é a febre reumática. Antes 
aconteceu uma endocardite provocada pelo estreptococos beta hemolítico gera uma 
faringite bacteriana com pus, e o não tratamento por antibiótico, ou o uso dele de 
forma não correta (principalmente em crianças que tem reincidência de faringite por 
estreptococos beta hemolítico) podem ocorrer 2 reações. Uma reação imune de 
formação de imunocomplexos, porque o nosso sistema imune sozinho pra ir contra 
essas bactérias na faringe pode quebrar parcialmente e formar uma composição de 
antígeno e anticorpo, que é o imunocomplexo que cai na circulação, portanto pode 
passar pelas válvulas cardíacas e ficarem depositadas. Então, o imunocomplexo tem a 
fração Fc que pode ficar exposta, que é reconhecido pelo sistema complemento, 
macrófagos, células apresentadoras de antígeno, gerando uma resposta inflamatória 
na válvula cardíaca (endocardite) e como é uma área nobre e o processo acontece 
com frequência porque tem a reincidência da faringite a tendência é fibrosar e 
calcificar essas válvulas cardíacas. Porque o cálcio está no sangue passando por uma 
área de lesão e vai ficando agregado. Essa é uma reação por imunocomplexo. A 
segunda, que o estreptococos beta hemolítico tem uma fração proteica muito parecida 
com uma fração proteica de válvula cardíaca, que faz uma reação cruzada, ou seja, o 
sistema imune vai contra, estreptococos está lá na faringe, mas também ataca a 
válvula cardíaca. Lesão da área (endocardite), repetição a tendência é fibrosar e 
calcificar que é classificado como febre reumática. É uma calcificação distrófica. 
Então, a febre reumática é uma doença autoimune onde anticorpos produzidos contra 
estreptococos reage de forma cruzada com antígenos do coração, as válvulas 
fibrosadas ficam espessas e endurecidas, perdem sua flexibilidade, alterando a 
circulação. 
Calcificação metastática é heterotropica (fora de uma matriz previamente 
preparada), porem o tecido está integro, não sofreu nenhuma lesão. O problema é a 
hipercalcemia. O excesso de cálcio no sangue favorecendo uma calcificação de 
tecidos íntegros. A gente pode ter uma dieta rica em cálcio, medicamentos, uma 
descalcificação óssea (osteoporose, ativação de osteoclastos), a falta do controle do 
canal de cálcio (em presença de uma hipercalcemia) pode gerar a entrada pela bomba 
de cálcio maior do que deveria, em concentração maior, pode calcificar o tecido. Por 
isso a calcificação metastática é dita como não tendo importância clínica, não tem um 
marcador, uma área própria que vai calcificar quando ocorre um excesso de cálcio no 
sangue. Qualquer área pode calcificar. Esse cálcio é expelido, reabsorvido, e vai pro 
processo patológico. 
Na calculose ou litíase esse processo ocorre emáreas tubulares (pelve, uretra, 
vesícula, bexiga) só que diferente de vasos sanguíneos. A calculose ou litíase levam a 
disfunção que impede a circulação sanguínea correta na área, que pode favorecer 
infecções, tanto que cálculo renal dá uma dor imensa porque o rim é um órgão com 
diversas funções. Mas uma única função seria homeostase, mantem a ordem do 
organismo. Por ele controlar muita coisa o SN que identifica, ele é extremamente 
inervado, por ele conter as fibras nociceptoras (que identificam a dor). Então pode 
gerar obstrução, lesão, infecção de ductos, pode ter calculose em pâncreas, glândulas 
salivares, próstata, trato urinário, vesícula biliar, que são estruturas já de decantação. 
O cálcio vai fazer ligações covalente com o oxalato de cálcio, com fosfatos, com 
uratos, então ele vai se unir a essas estruturas de forma covalente formando 
estruturas em regiões tubulares como vesícula, ureter, a partir da pelve. A maior 
frequência é por oxalato de cálcio (cálcio, abacaxi) e principalmente na baixa 
hidratação corpórea. O rim por ele ser extremamente inervado, ele tem mecanismos 
pra evitar perda de agua, principalmente quando tem baixa hidratação, e, acrescido a 
isso, um alto consumo de oxalato de cálcio proveniente de uma alimentação. O rim vai 
evitando perder agua (urina saindo mais concentrada), com mais soluto, isso favorece 
a decantação compostos junto ao cálcio, fazendo as ligações covalentes, e a gente 
construindo as “pedras”. Logo depois do oxalato de cálcio vem os fosfatos, 
principalmente de cálcio e magnésio, os uratos, a menor proporção desses cálculos é 
de cistina, porque é mais um padrão hereditário, é um erro onde se tem uma maior 
dificuldade na quebra de compostos proteicos, pode favorecer a calculose. Os de 
ácido úrico são do metabolismo proteico, gerando muitos restos nitrogenados de 
amônia, contribuindo pra formação do resto metabólico que faz ligação covalente com 
o cálcio formando os uratos. Outro muito frequente é o cálculo de colesterol e vesícula 
biliar, aumentar o consumo de gordura, aumentar o padrão de estresse (a suprarrenal 
produz cortisol e cortisol, que é o hormônio de estresse, e quando ele é metabolizado, 
sobra colesterol), e o padrão hereditário. Quem produz colesterol e metaboliza nossas 
gorduras é o fígado, ele também produz a bile que é rica em colesterol, e ele 
armazena na vesícula biliar. Se eu aumento a ingesta de gordura, fico muito 
estressado, além de ter um padrão hereditário para a produção de LDL, isso pode 
favorecer com o tempo a produção de cálculo de colesterol. Também tem os cálculos 
de bilirrubina, ela é um pigmento endógeno que vem das hemácias quando ficam 
velhas, o cálcio pode se ligar a bilirrubina formando esses cálculos na vesícula biliar. 
Cálculos no pâncreas por ação de uma acidose provocada pelo álcool. O álcool altera 
muito o pH pra um padrão mais ácido, e pode contribuir para a formação de cálculos 
no pâncreas. 
Pigmentação patológica é o acumulo de pigmentos. Pigmento é um composto que 
pode ser exógeno (tatuagem), advinda por inalação (poluição atmosférica), etc. 
A pigmentação exógeno é proveniente de fora do nosso corpo e precisa ser 
excretada. Por inalação são as pneumoconioses, que são patologias onde o 
parênquima atingido é o pulmão. Conios são poeira. Então é o estado patológico de 
acumulo de partículas de pigmento a nível pulmonar, então são 3 modelos. 
Antracnose, silicose e asbestose. 
Antracose é o acumulo de poeira, cigarro, poluição atmosférica, que vão direto aos 
alvéolos. Carvão é um pigmento classificado como inerte. Inerte significa de difícil 
digestão. Então se a pessoa para de fumar, se muda pra um local onde o ar está mais 
puro, a patologia pode regredir. Na macroscopia o pulmão fica cheio de pontos negros. 
Se olhamos na microscopia nós vamos ver esse pigmento dentro do macrófago ou 
livre no parênquima. É enegrecido proveniente da poluição atmosférica. 
A silicose é pra quem trabalha em marmoraria, muito difícil ter uma proteção. Ela é 
insidiosa, é quieta. São partículas insolúveis. Chegou nos alvéolos, o macrófago vai 
fagocitar e não vai digerir. Com o tempo vai estimular o colágeno. Logo, o pulmão vai 
ficar todo fibrosado. Como é uma partícula sem imunogenicidade, a sílica não tem 
partículas agregadas a ela, então não ativa sistema imune, a fibrose vai acontecendo 
aos poucos, e o paciente só vai perceber quando começar a ter dispneia. Lesão 
pulmonar permanente causada pela sílica, inalada por pedreiros, marmoreiros. Fibrose 
permanente difusa, espalhada, ou nodular que é mais restrita de acordo com o local 
da sílica. No parênquima pulmonar da pleura e dos linfonodos regionais. Causa é uma 
pneumopatia restritiva, dificuldade da expansão e a inalação gradual insidiosa ao 
longo de vários anos. E como ela é uma partícula insolúvel, o pulmão vai ficar 
parecendo uma pedra quando fibrosado, com cicatrizes. A silicose se ela é uma 
pneumopatia restritiva, a partícula é insolúvel, ela vai gerar a cor pulmonale, que é a 
hipertrofia do ventrículo direito. Porque o pulmão vai está cheio de obstáculo, a 
circulação pulmonar vai ficar comprometida. O coração vai ter que fazer mais forca, se 
não o sangue vai ficar parado. Tem que aumentar a demanda, e isso vai gerar a 
hipertrofia do ventrículo direito. Quando ela produz fibrose pulmonar difusa, 
pneumopatia restritiva levando a intensa dispneia, inicialmente aos esforços e depois 
no repouso. São necessários vários anos ao pó de sílica pra produzir a doença, porem 
uma vez instalada é irreversível, mesmo que o indivíduo se afaste da área de inalação. 
A fibrose pulmonar reduz o leito vascular do capilar do pulmão e causa hipertensão na 
circulação pulmonar, resulta de hipertrofia de ventrículo direito, aumenta a demanda, 
que gera a cor pulmonale. 
Asbestose: asbesto é amianto, é um isolante térmico, é uma partícula indutora de 
neoplasia. Muito utilizada em roupa de bombeiro. É uma partícula maior em 
comparação com a sílica e o antrax. É inerte, assim como o carvão. Pode levar tempo 
pra ser digerido. E pelo fato de ser grande, o macrófago não consegue fagocitar. Ele é 
desproporcional pra ser fagocitado pelo macrófago, e ai ele estimula a formação de 
uma estrutura de isolamento. Vários macrófagos se unem, tem os macrófagos que 
formam uma estrutura de isolamento e recebe o nome de granuloma de corpo 
estranho. O asbesto é o único que vai evoluir, dentro das pneumoconioses, pra 
formação de um granuloma. Lesão semelhante à da silicose causada pela exposição 
profissional ao asbesto, o silicato que forma formas microscópicas aproximadamente 
de 5mm de comprimento, então ele é largamente empregado na indústria de isolante 
térmico. As fibras aspiradas são retidas nos bronquíolos respiratórios, não podem ser 
eliminadas por ação ciliar, nem fagocitadas pelo tamanho. Transportada para os 
linfáticos, formam os granulomas, que é a estrutura de isolamento. Leva a fibrose 
porque envolve colágeno. O paciente chega com dispneia. 
Pigmentação exógena por inoculação é a tatuagem, principalmente. São pigmentos 
(ferro, minério) que são colocados sobre a pele. O macrófago entende aquilo como um 
pigmento, ele vai ser atraído pra área pra tentar fagocitar e digerir. Por isso que com o 
tempo a nitidez vai sendo perdida, porque são pigmentos que vão tentando ser 
fagocitados e digeridos. 
A pigmentação endógena são pigmentos que são produzidos pelo nosso próprio 
corpo, e que nós temos 2 modelos. A melanina (da coloração ao cabelo, olho, pele) e 
hemáticos ou hemoglobinogenos, dentro da hemácia tem a hemoglobina, e dentro da 
hemoglobina tem as 4 cadeias (2 alfa e 2 beta). Nessas cadeias proteicas tem a 
bilirrubina. Da área do ferroem estado ferroso, gera um outro pigmento, que é a 
hemossiderina. O excesso de pigmento de ferro que não foi metabolizado (se o 
sangue ficar parado no pulmão durante uma silicose, por exemplo) o ferro como é 
pesado vai ser retirado pelo macrófago. Se tiver muito hemossiderina, o macrófago 
não consegue digerir tudo, podendo gerar a hemossiderose. Que é quando tem um 
excesso de pigmento de ferro proveniente da hemoglobina numa determinada área, 
geralmente é por acumulo sanguíneo com a dificuldade de drenagem. 
A hemossiderina é o pigmento que é a partir do ferro, e fagocitado pelo macrófago. 
A hemossiderose é a doença pelo acumulo anormal de hemossiderina nos tecidos 
especialmente do baco, medula óssea, derme, fígado, linfonodo e pulmões. Qualquer 
área corpórea onde o sangue não circule, vai ficar acumulado, pode gerar a 
hemossiderose. 
As hemácias vão ser recolhidas pelo baco, ai lá no baco quebra a membrana, tem a 
porção de ferro que é a hemossiderina e a fração M. Através de processos 
enzimáticos vai ocorrer a quebra daquelas cadeias alfa e beta, vira a biliverdina. A 
biliverdina redutase transforma biliverdina em bilirrubina e joga esse pigmento pro 
sangue. Só que quando a bilirrubina vai pro sangue, ela vai ser carregada pela 
albumina até o fígado. Ela entra por difusão. Mas pra ela sair do fígado e cair no 
canalículo biliar ela tem que ser conjugada, tem que ter um passaporte de saída. 
Entrou a bilirrubina, ela vai pra dentro do hepatócito, lá no reticulo endoplasmático liso 
e ai vai ser conjugada uma enzima que é chamada de glicuronil transferase. Ai ela 
ganha o passaporte de saída do hepatócito pra cair no canalículo biliar. Ai lá no 
canalículo biliar ela vai compor a bile lá na vesícula biliar. Depois essa bile vai cair no 
intestino delgado, junto com o ducto que vem do pâncreas, pra ajudar a emulsificar as 
gorduras e digerir. Do intestino delgado ela passa pro intestino grosso onde vai ter 
contato com algumas bactérias, ela vira urobilinogenio e sai pelas fezes. 
Anemia hemolítica está destruindo muita hemácia. A consequência é que vai ter 
muita bilirrubina, não vai ter albumina pra carregar todo mundo. Todas as vezes que 
do sangue ela acumula, a bilirrubina vai pro tecido, ai a pessoa fica com anemia 
hemolítica, icterícia. 
Albumina é produzida pelo fígado, se a pessoa tiver hepatite quem vai carregar a 
bilirrubina? Ninguém. Ela vai pro tecido. Por isso um paciente hepático vai estar 
sempre com icterícia. Então, uma das causas da icterícia é o excesso de produção. 
Segunda causa é falta de transporte, porque não tem albumina. Terceira causa é a 
lesão hepática, se o fígado está destruído ela até entra, mas ela não vai conjugar. As 
alterações hepáticas, hepatites, cirroses, vão dar a icterícia. Mas se ela conjugar e os 
canalículos biliares estiver também destruídos (colecistites) também vai ficar ictérico. A 
patologia proveniente do acumulo de bilirrubina é a icterícia. São os pontos de 
metabolização que vão gerar esses acúmulos de pigmento. 
O fígado do recém-nascido tem uma função, que é a produção de células 
sanguíneas, porque a medula ainda não está produzindo. Depois que o bebe nasce, 
essa função passa de uma pra mais de 500 funções. Quando ocorre essa mudança de 
função, amplificação depois do nascimento, é normal que o fígado fique com falhas na 
produção da glicuronil transferase. Não consegue conjugar a bilirrubina. Ai ela começa 
a acumular nos tecidos, gerando icterícia. Por isso que é indicado banho de luz, 
porque a luz quebra bilirrubina em compostos que não precisam de conjugação, 
facilitando a eliminação. 
Causas da icterícia: aumento de oferta quando tem uma anemia hemolítica 
(produzindo muita bilirrubina, não dá pra metabolizar tudo), competição, alteração de 
transporte (quando ela está sendo utilizada pra outras coisas e não consegue carregar 
toda a bilirrubina ou quando tem uma baixa concentração de albumina no sangue 
porque o fígado não está produzindo), alteração de captação (a bilirrubina entra mas 
não sai, devido a uma hepatite, por exemplo), alteração de conjugação (não está 
conseguindo produzir a glicuronil transferase corretamente). 
Pigmento melânico é a melanina, que é produzida pra gerar pigmentação a nossa 
pele, nós temos 2 padrões genéticos, 2 tipos de melanocitos produzindo melaninas 
diferenciadas. Tem a feomelanina que é aquela mais escurecida, insolúvel, muito mais 
resistente, protege muito mais contra a radiação ultravioleta, e tem a eumelanina, que 
é produzida pelo eumelanossomo que é inerte, ou seja, pode ser mais quebradiça, 
protege menos. A eumelanina está muito presenta nas pessoas muito claras, e a 
feomelanina são das pessoas mais morenas, negras, em que já tem o padrão de 
proteção maior. A nossa coloração de cabelo, olho, pele, vem da parte genética da 
melanina. 
Pintas desde que homogênea, superfície homogênea, pigmentação homogênea 
estão sem problemas. O grande problema é o melanoma, que é um carcinoma, que é 
a nomenclatura utilizada pra neoplasia maligna de epitélio. Então, bordas irregulares, 
superfície maior/menor, irregulada, áreas mais/menos pigmentadas. É o problema 
desse pigmento que é produzido em excesso totalmente alterada e é um risco a saúde 
porque é um carcinoma.

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