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Fisiologia renal II

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Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
1 
 
A medida que o liquido vai passando pelo túbulo proximal, distal, alça de henle, nós vamos tendo vários 
mecanismos que vão estar modificando aquele liquido tubular. Dois mecanismos vão ser básicos: o 
processo de reabsorção e o processo de secreção tubular. O que acontece é que eu tenho um túbulo, um 
vaso sanguíneo. Quando eu considerar que tem uma substancia no túbulo que vai para o sangue, nós já 
vimos que isso corresponde a uma reabsorção. Mas se eu tiver uma substancia que vem do sangue, cai 
no túbulo, vai passar com muita facilidade para o interstício, que é epitélio. A substancia que foi filtrada 
consegue passar com facilidade, mas em muitos momentos, essa substancia para entrar ou a outra pra ser 
reabsorvida, envolve um transportador, porque a passagem está na célula epitelial, e a substancia não 
consegue passar sozinha. Pra cada segmento do nefron de acordo com a substancia que vai ser 
secretada e reabsorvida, nós temos um transportador, um carreador. Quando eu considero um 
transportador que leva duas substancias na mesma direção, seja para o sangue, seja para o túbulo, a 
gente chama de cotransporte ou simporte. E eu tenho outros momentos em que o transportador vai 
movimentar substancias em sentidos contrários, isso vai ser antiporte ou contra-transporte. E tanto o 
cotransporte quanto o simporte são mecanismos considerados transporte ativo secundário, não gastam 
energia diretamente, eu tenho sempre uma substancia com gradiente de concentração que vai estar 
guiando o movimento da outra, seja no mesmo sentido ou em sentido contrário. Pela regra, o transporte 
ativo secundário sempre vai estar dependendo de um transporte ativo primário, que na maioria das vezes 
vai ser a bomba de sódio e potássio. Tudo que vai acontecer ao longo do túbulo até ter a saída do liquido 
pelo túbulo coletor, eu chamo de processamento tubular. Do túbulo coletor vai para os cálices, chegando 
até o ureter. 
→ Reabsorcao tubular: Quando eu pensar que uma substancia vai sofrer o processo de reabsorção 
tubular, eu quero dizer que tudo que passar da luz tubular, cruzar a célula epitelial e chegar ao interstício, 
vai ser lançado no vaso sanguíneo. De que maneira as substancias podem ser reabsorvidas? Via 
transcelular, ou a via paracelular, que é exatamente aqueles espaços que ficam entre as células epiteliais. 
Pra isso eu preciso ter os transportadores. Então, eu vou ter mecanismos em que as substancias vão ter 
que cruzar a célula epitelial, e eu tenho aqueles que as substancias vão estar passando através de duas 
células epiteliais. 
→ Túbulo proximal: A gente vai ter 100% de reabsorção de glicose. Em um EAS normal nos não 
encontramos glicose na urina, pois ela foi totalmente absorvida. Só deixa de ser reabsorvida em caso de 
paciente que tem diabetes mellitus. Vai chegar muita glicose e eu vou precisar de um transportador, e o 
que ele não conseguir transportar vai permanecer ali no túbulo. A mesma coisa com o aminoácido. A gente 
não encontra aminoácido na urina, pois são substancias que tem que ser reaproveitadas pelo nosso 
organismo. A gente tem uma grande quantidade de agua, sódio, cloreto, tudo sendo reabsorvido, e assim 
por diante. Eu reabsorvo muito mas é uma reabsorção isosmotica. Ou seja, eu estou tirando soluto mas eu 
vou colocar mais algum soluto, porque nesse caso nós temos a reabsorção da ureia. Então, eu não 
modifico a osmolaridade do liquido tubular. Se eu tenho a osmolaridade plasmática em 300mosm, quando 
eu acabar todo esse mecanismo, eu vou continuar tendo dentro do liquido tubular 300mosm. É uma 
reabsorção que não modifica a osmolaridade. 
→ Reabsorção de agua no túbulo proximal: Na maioria das áreas, quando eu reabsorvo soluto, a agua 
vai atrás dele. Mas a agua no túbulo renal não passa apenas nos espaços entre as células epiteliais. A 
agua vai seguir o trajeto do soluto, vai atrás. Se eu reabsorver soluto e agua eu não modifico a 
osmolaridade. Algumas moléculas passam entre os espaços celulares, e outras não. Ela precisa de canais 
de agua presentes nessa porção do túbulo. Então, na membrana luminal tem aquaporina 1 (AQP1), é um 
canal de agua. Eu tenho um canal de agua para a agua entrar na célula, e sai da célula por uma AQP1 
também. Então, essa reabsorção é independente do ADH. A agua está passando seguindo o soluto, pela 
forca osmótica. 
→ Glicose: O objetivo é passar do lúmen para o interstício. Se eu passar para o interstício, as moléculas 
vão para os vasos sanguíneos. Esse processo é chamado de reabsorção. A glicose é reabsorvida no 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
2 
 
segmento 1 e no segmento 3 do túbulo proximal. O 
transportador responsável pela reabsorção de glicose, 
assim como na absorção, a gente depende do GLUT. No 
segmento 1 eu teria um GLUT 2, no segmento 3 é o 
GLUT 1 que está presente. Mas esses transportadores 
são um sitio que ligam a glicose, mas não transportam 
ela sozinha. Eles tem um outro sitio que vai, pelo 
gradiente de concentração de sódio, guiar o movimento 
da glicose. É chamado de SGLUT2, pois ao mesmo 
tempo ele pega sódio e glicose, é um exemplo de 
cotransporte. A glicose entrou na célula. Se eu quero 
reabsorver glicose, ela tem que chegar na luz tubular. 
Ela tem que sair da célula para chegar no interstício. 
Isso é um transporte ativo secundário, que está acoplado 
a um transporte ativo primário, que está buscando ATP diretamente pela bomba de sódio e potássio. O 
sódio que entrou sai pela bomba. O que eu faço com a molécula de glicose? Essa molécula que entra vai 
sair por um GLUT, que é um transportador baseado no gradiente de concentração. Ela sai sozinha 
utilizando o GLUT2. Isso é o chamado transporte facilitado. Então, ela entra por um cotransporte e sai por 
um transporte facilitado. Qual a diferença? No cotransporte eu tenho um transportador e duas moléculas 
se movimentando, no transporte facilitado é só a glicose que está sendo movimentada. Em um indivíduo 
diabético, a glicose está chegando em alta concentração no túbulo. Se ela chegar em alta concentração no 
túbulo, o que vai acontecer com a reabsorção? Eu vou fazer a glicose voltar para o sangue, e isso vai 
contribuir para elevar a glicemia. Forxiga é um medicamento que inibe o SGLUT 2. Se eu inibir o SGLUT 2 
eu vou deixar glicose no lúmen, e o que está no lúmen vai ser eliminado junto da urina, por isso ele tem um 
efeito glicosurio. Ele diminui a absorção. Ele inibe o SGLUT 2, mas eu ainda tenho no segmento 3 o 
SGLUT 1. O mais importante é o SGLUT 2. O segmento que tem maior taxa de reabsorção de glicose é o 
segmento 1. Então, por isso que houve um foco para bloquear esse SGLUT 2. Isso é o ideal pois é uma 
maneira de estarmos diminuindo a reabsorção de glicose que poderia estar favorecendo um aumento da 
glicemia. 
→ Reabsorção de aminoácidos: 100% dos aminoácidos são reabsorvidos no túbulo proximal. Ele não 
passa sozinho pela célula epitelial. Eu tenho um transportador de sódio e aminoácido, logo, ele entra por 
cotransporte. Mas essa é uma área que eu tenho um contratransporte de sódio e H+; eu tenho um 
cotransporte de íons H+ para alguns peptídeos. O que acontece com esse cotransportador? Ele coloca 
sódio para dentro da célula, esse sódio vai sair pela bomba. Pra esse sódio entrar eu tenho que ter 
constantemente a bomba retirando esse sódio, senão eu não tenho um gradiente de concentração que 
favoreça essa entrada de sódio. O aminoácido vai passar através de um transportador, sozinho. Se ele vai 
sozinho é um transporte facilitado. Aminoácido entra na célula por um cotransporte com o sódio e sai por 
um transporte facilitado. 
→ Reabsorção de sódio: Nós temos uma grande reabsorção de sódio no segmento proximal.Sódio 
com citrato, com fosfato e com lactato, vai favorecer a reabsorção de sódio. O sódio pra entrar não tem 
problema, ele sai pela bomba, que sempre está na membrana basolateral. O que acontece com o citrato, o 
fosfato e o lactato? Vai ficar na luz tubular? Não. Eu tenho transportadores para eles. A entrada continua 
sendo cotransporte e a saída por transporte facilitado. Em situações em que há necessidade de se poupar 
fosfato no organismo, automaticamente a gente tem a secreção do paratormônio, pois ele controla tanto o 
cálcio quanto o fosfato. Quando eu preciso eliminar o fosfato, o PTH inibe o transportador. É uma das 
maneiras da gente reduzir o fosfato. 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
3 
 
→ Reabsorção de bicarbonato: O bicarbonato se permanecer na luz tubular, vai ser eliminado junto com 
a urina, que vai ficar com característica alcalina. A nossa 
urina, normalmente, tem característica acida, é porque esse 
bicarbonato vai ser reabsorvido. De que maneira? Eu tenho 
um transportador que troca sódio por H+, e esse H+ é formado 
por reações que acontecem dentro da célula entre o CO2 e 
agua formando o bicarbonato. Só que o bicarbonato é 
altamente instável, ele se forma e logo se dissocia em H+ e 
bicarbonato. É esse bicarbonato que está sendo reabsorvido. 
Quando eu secreto H+, automaticamente eu formo o 
bicarbonato que se dissocia em CO2 e agua. E é esse CO2 e 
agua mais o CO2 e agua que é formado dentro da célula que 
vai me favorecer a reabsorção desse bicarbonato. E aqui que 
vai ser o local de ação de um diurético importante, que são os inibidores da anidrase carbônica, tendo 
como um exemplo a acetazolamida. É utilizada quando a gente quer eliminar uma urina mais alcalina. Por 
exemplo: o paciente tem um quadro de intoxicação, pode-se fazer uma acetazolamida, pois ela vai tornar a 
urina alcalina, facilitando a excreção daquela substancia acida. Eu vou utilizar o inibidor da anidrase 
carbônica que vai impedir a reabsorção de bicarbonato de sódio. Nós temos 2 tipos de anidrase carbônica: 
a IV que acelera a reação de dissociação, e a II que acelera a reação de formação de bicarbonato. Se eu 
inibir a anidrase carbônica IV significa que eu deixo de ter a dissociação do ácido carbônico, quem fica na 
luz tubular é o bicarbonato. Se eu inibir a anidrase carbônica que faz a formação do ácido carbônico, eu 
não dissocio, não tenho H+ para ser secretado. Eu não tenho como ter a reabsorção do bicarbonato, ele vai 
ser eliminado na urina. Se eu jogo bicarbonato na urina, eu vou ter uma urina alcalina. É bom quando eu 
tenho uma intoxicação por uma substancia acida. Uma substancia acida quando chega numa urina alcalina 
não consegue ser reabsorvida, ela dissocia, forma uma parte iônica, então, é uma das maneiras que a 
gente tem de utilizar a acetazolamida em uma situação em que a gente precisa de uma urina alcalina. A 
gente tem também a ação da angio II, ela estimula esse trocador. Ela tem um efeito excitatório sobre esse 
transportador. Então, ela cria mais moléculas desse transportador sódio H+ e com isso acelera a 
reabsorção de bicarbonato. Sem acetazolamida o que acontece nesse segmento inicial do túbulo 
proximal? O bicarbonato foi filtrado e não consegue ser todo eliminado, porque parte vai se ligar ao H+ que 
está sendo secretado. Toda vez que eu tenho HCO3 e H+ eu formo ácido carbônico. Ácido carbônico é 
altamente instável, ele se forma e rapidamente se dissocia. CO2 e agua entram na célula. Mas o que está 
sendo formado na própria célula, a anidrase carbônica acelera a reação no sentido inverso. Ela atua nos 
dois sentidos. Para formar e para dissociar. É o bicarbonato formado dentro da célula que vai ser 
reabsorvido, que vai passar para o capilar peritubular. Se eu quero impedir que esse bicarbonato seja 
reabsorvido, eu posso atuar na anidrase. Porque se eu não tenho a reação para a formação do ácido 
carbônico, eu deixo de ter também a formação do ácido carbônico no meio intracelular. Ai a acetazolamida 
inibe tanto a dissociação quanto a formação do ácido carbônico, e ai eu deixo de reabsorver e aumento a 
eliminação do ácido carbônico que está chegando na luz tubular. Na presença de altas concentrações de 
angio 2 eu favoreço a formação do bicarbonato. Então, a angio 2 estimula a formação de bicarbonato. 
→ Segmento S2 – Reabsorção de cloro: É uma área em que nós temos grande reabsorção de cloro. 
Nessa membrana eu tenho um contratransporte que coloca cloro para dentro da célula sendo trocado pelo 
OH-, é um transportador na membrana luminal. Em situações que eu aumento a chegada de cloro na luz 
tubular, o cloro é negativo e isso contribui para a carga negativa que é característico dessa região tubular. 
Eu tirei carga negativa, estou associando pela hidroxila. Esse cloro entra na célula, só que quando ele 
entra na célula, eu tenho um cotransporte de potássio e cloro. Tem cloro saindo da célula. Aquela hidroxila 
apareceu pois parte do cloro vai estar sendo trocado pela hidroxila. Um transportador coloca cloro dentro 
da célula, e outro transportador retira o cloro. Até a parte do cloro que chega na luz tubular vai ser 
reabsorvida por mecanismos: passivamente ou através de cotransporte ou contratransporte. Ou seja, a 
maior parte do cloro que chega a nível do segmento 2 é reabsorvido. O cloro que chega na luz tubular 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
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entra na célula e pode estar indo em direção ao interstício, trocando por potássio, trocando pela hidroxila e 
passivamente. É assim que ocorre a reabsorção de cloro. 
→ Segmento S3: Já estamos no final do túbulo contornado proximal. Nesse segmento, é a área onde 
eu tenho a reabsorção de parte do cálcio, potássio e de magnésio, e vai estar fazendo isso via paracelular. 
Quando eu tenho a presença de cátions nessa área, eu estou dando uma polaridade positiva a luz tubular, 
que me cria uma forca de devolução que favorece a passagem desses 3 itens sem qualquer transportador. 
→ Segmento fino descendente da alça de Henle: Nos temos uma área que é altamente permeável a 
agua, eu tenho uma reabsorção muito grande. Eu 
comecei a reabsorver agua no túbulo proximal, mas 15% 
de toda a agua do lúmen vai voltar para o interstício e do 
interstício para a região tubular. Não tem nenhuma 
ligação do ADH com a reabsorção de agua, pois essa 
acontece no distal coletor. Essa agua está passando ou 
por AQP ou pelos espaços paracelulares. Não tem 
reabsorção de soluto. Se eu aumento o soluto e diminuo 
a agua, que foi reabsorvida, eu vou alterar a 
osmolaridade. Eu concentro o liquido tubular. Seja na 
região do nefron cortical ou do nefron justamedular. Eu to perdendo agua mas to deixando dentro do túbulo 
um soluto. Quando eu modifico a osmolaridade do túbulo, a osmolaridade passa a ser 1200 também 
porque eu passei agua mas não passei soluto, então alguma coisa faz crescer o nível de soluto. Mas pra 
frente eu vou ter que segurar agua pra tentar voltar de novo a osmolaridade de 300mosm. O que puxa a 
agua para o interstício? A agua vai onde eu tenho um meio concentrado. A agua é reabsorvida, eu guardo 
soluto dentro do túbulo, mas acontece que eu tenho o interstício hipertônico, a ureia que é responsável por 
essa hipertonicidade. Então, se o meu interstício já é hipertônico, é isso que faz a agua ser puxada para o 
meio. O meu soluto vai estar no interstício e é pra lá que eu vou puxar a agua. Por que o interstício fica 
hipertônico? Porque eu tenho secreção do cloreto de sódio e da ureia, mas não ali, vai acontecer em 
outros segmentos. Nesse segmento o soluto não passa, mas ele está ali, e por isso eu vou estar puxando 
a agua para onde eu tenho mais soluto. Você tem a permeabilidade da agua mas você não tem movimento 
de soluto.O que acontece dentro do túbulo acompanha o que está acontecendo de osmolaridade no 
interstício. Dentro do túbulo esta 300mosm porque lá fora esta 300mosm. Na dobrinha da alça de henle 
chegou a 1200 mas lá fora está 1200 também. Como eu consegui manter isso? Em algum outro segmento 
eu coloco soluto, então, essa área intersticial é sempre hipertônica. Por isso a nossa urina é concentrada. 
Ela só vai ser diluída num individuo com diabetes insipidus. O liquido tubular vai ficando hiperosmotico. A 
osmolaridade vai de 300 mosm pra 1200 mosm. A agua vai ser reabsorvida. A agua está passando através 
de canais AQP 1 independente do ADH. A gente tem uma secreção de ureia. Eu não estou reabsorvendo 
soluto, mas eu posso secretar. A ureia que faz parte dessa osmolaridade, ela utiliza um transportador só 
pra ela, que é o UT2. Esse UT2 é expresso na membrana basolateral e na membrana luminal. Então, eu to 
tirando agua e jogo ureia, pois quando eu jogo ureia, esse é um dos mecanismos que vai fazer com que a 
osmolaridade aumente. Eu tenho reabsorção de soluto no segmento fino? Não. Mas o soluto se 
movimenta (ureia) no sentido de ser secretado. Logo, eu tenho um liquido tubular hiperosmotico. 
→ Segmento fino ascendente da alça de Henle: O ascendente é impermeável a agua, mas eu vou 
considerar como sendo um segmento diluidor. Na curva da alça de Henle tem muito soluto, está muito 
concentrado, ai eu não vou deixar a agua sair. Se a agua não sai, ela vai ficando dentro do túbulo e isso 
vai diluindo. O objetivo é diminuir a osmolaridade. Então, de 1200 eu quero que ela volte para 300 mosm. 
Automaticamente a osmolaridade vai caindo. É uma área que é permeável a ureia e ao cloreto de sódio. O 
cloreto de sódio não usa nenhum transportador, ele vai pela via paracelular. E a ureia continua sendo 
secretada. A ureia foi secretada na parte descendente e continua sendo secretada na parte ascendente. A 
importância é regularizar a osmolaridade. E é uma área impermeável a agua. 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
5 
 
→ Segmento espesso da alça de Henle ascendente: É aqui que a gente tem a ação dos diuréticos mais 
importantes, que são os diuréticos de alça. Essa é 
uma área importante pois nós temos a área que mais 
reabsorve sódio, e, portanto, se eu impedir essa 
reabsorção, eu vou deixar esse sódio dentro da luz 
tubular. Mas interfere com o cálcio, o magnésio e o 
potássio. Se eu utilizar um diurético eu vou deixar 
sódio dentro da luz tubular. Uma substancia que 
esteja na luz tubular tem que entrar na célula, chegar 
ao interstício. Na membrana luminal nós temos um 
transportador, é um transporte do tipo simporte 
tríplice, porque ele coloca para dentro da célula 
sódio, cloro e potássio, tudo na mesma direção. O sódio entra e não pode ficar acumulado dentro da 
célula, ele vai sair pela bomba de sódio e potássio. Isso a gente chama de transporte ativo secundário, e 
sempre vai estar sendo controlado por um transporte ativo primário. Esse simporte coloca cloro para 
dentro da célula e potássio. Esse transportador é chamado de NKCC2. O cloro que entra vai sair por um 
canal de cloro K2. Esse CLC-K2 é o que vai reabsorver o cloro. Normalmente nós temos alta concentração 
de potássio dentro da célula, e como o sódio saiu pela sódio e potássio ATPase, essa bomba coloca 
potássio pra dentro, eu tenho que fazer ele sair. Existe um canal ROMK. Esse canal ROMK é que me 
favorece o retorno de potássio para o interstício. Resultado: eu estou reabsorvendo sódio e cloro. Como eu 
tirei carga positiva, e estou repondo carga positiva pelo potássio, eu joguei cloro e deixei o meio mais 
eletronegativo do que ele era, e criando uma forca que vai puxar cálcio, magnésio, sódio (que é o que 
interessa). Mas isso me dá uma diferença de carga elétrica. A diferença de potencial é de 110mV. Se um 
lado está mais negativo, ele, pelos espaços paracelulares vai puxar cálcio e magnésio. Então, esta é uma 
área que além de reabsorver sódio e cloro, vai estar reabsorvendo também o cálcio e o magnésio. 
→ Efeitos dos diuréticos: Quando eu utilizo o diurético eu quero aumentar o volume de urina que está 
sendo eliminado. Mas se eu aumentar o volume em 
uma urina que tenha muito sódio, eu digo que eu 
tenho um efeito natriurético. Vou utilizar um diurético 
de alça (furosemida). É uma área muito potente, pois 
é uma área que normalmente eu reabsorvo muito 
sódio, e eu quero que ele fique na luz tubular nesse 
momento. Eu vou inibir NKCC2. Se eu inibir o 
NKCC2, o sódio não vai entrar, eu deixo de 
reabsorve-lo. O cloro também vai deixar de ser 
reabsorvido. O potássio também. Todos os íons que 
eram absorvidos vão ser eliminados na urina. Porém, 
era a passagem de cloro que dava a diferença de 
potencial. Agora o cloro ficou ali. Se o cloro ficou, eu deixo de ter a diferença de potencial, eu vou reter na 
luz tubular o cálcio e o magnésio. Por exemplo: paciente, sexo feminino, fase de menopausa, começa a 
desenvolver, pelas alterações hormonais, uma maior tendência a hipertensão arterial. Resolve-se 
prescrever um diurético no esquema anti-hipertensivo. Eu indicaria um diurético de alça para essa 
paciente? Não. Porque é uma fase que normalmente a gente já tem a redução de cálcio. Esse diurético 
deixa o cálcio aparecer na urina. Eu indicaria os diuréticos tiazidicos. A furosemida faz inibição do 
transporte, o que já poupa 20% de sódio que fica na luz tubular. Vai impedir a saída de potássio, então, eu 
vou estar aumentando a liberação de potássio. Temos eliminação de mais de 25% de sódio na urina, 20% 
de cálcio e 70% de magnésio. Então, um indivíduo que faz a utilização de um diurético de alça, tudo isso 
está sendo eliminado na urina. E aonde fica soluto, a agua vem atrás. Então, eu aumentei soluto, que vai 
me reter mais agua a nível de luz tubular, daí vem o efeito diurético. 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
6 
 
Os diuréticos de alça são forte estimuladores da ciclo oxigenasse, com a formação de prostaglandinas. 
E para juntar a sua ação com o efeito diurético ele conta com o efeito vasodilatador que esses diuréticos 
provocam. Então, se eu aumentar o fluxo de sangue pela vasa recta, eu retiro soluto, automaticamente eu 
reduzo a osmolaridade. Ele vai aumentar o fluxo sanguíneo. Ele reduz o cloreto de sódio a nível de macula 
densa. Lembrar do mecanismo de secreção de renina! Para secretar renina eu preciso do NKCC2. Esse 
NKCC2 é o mesmo que encontramos no túbulo. Então, quando a gente utiliza diuréticos de alça afim de 
inibir aquele transporte tríplice, ele vai estar inibindo, na célula da macula densa, o transportador NKCC2 
que existe. Então, automaticamente, isso inibe a liberação de renina. Ela diminui a renina, diminui a 
angiotensina, diminuindo assim a aldosterona. 
→ Túbulo contornado distal: Eu tenho uma reabsorção de sódio significativa, de 5%. Se eu tiver um 
diurético que atue nessa área impedindo a 
reabsorção de sódio, ele vai ser mais potente do 
que um diurético que atue no segmento espesso 
da alça de henle? Não. A potência de um 
diurético é em cima do que ele pode impedir de 
reabsorção de sódio. Os de alça são mais 
potentes do que atuam na porção distal, porque 
eles interferem numa reabsorção muito menor de 
sódio. Eu já começo a provocar a reabsorção de 
cálcio. Nós temos um cotransportador ou 
simporte de sódio e cloro. Esse transportador foi 
chamado de NCC1. Este sódio vai sair pela 
bomba de sódio. Esse sódio que sai é aquele que 
vai ser reabsorvido. 5% do sódio nesse segmento segue esse trajeto. Mas eu coloco cloro pra dentro 
também, através de um canal de cloro. Quando eu falo canal de cloro, ele está saindo passivamente pelo 
canal proteico. Este é o cloro que vai estar sendoreabsorvido. Eu trouxe carga negativa para essa área. E 
essa carga negativa vai estar puxando cálcio, magnésio, então, eu vou estar puxando magnésio e deveria 
estar puxando cálcio. Mas não estou, porque eu tenho receptores para o PTH. Se a concentração de cálcio 
diminui, nós temos estimulo para secretar PTH. É uma das áreas de atuação dele. Ele se liga ao receptor 
que vai estimular e vai favorecer a colocação de mais canais de cálcio e esses canais de cálcio favorecem 
a entrada de cálcio. Se entra cálcio, esse canal de cálcio joga cálcio para sair pelo NCX1. Isso é um 
contratransportador que coloca cálcio para ser reabsorvido em troca da entrada de sódio, o que não me 
preocupa, porque o sódio vai sair pela bomba de sódio e potássio. 
O diurético tiazidico aumenta sódio, aumenta cloro, aumenta agua, aumenta potássio, magnésio... 
Quando eu entrar com esse diurético de alça, o local de ação é na ligação com o NCC1. O diurético 
tiazidico inibe isso, deixando cloro e sódio ali. Eu aumentei a eliminação de sódio e de cloro. Aonde fica 
soluto, a agua vai segurar. Se o cloro não passa, eu também não tenho que me preocupar com essa 
passagem de cloro. Automaticamente, se o cloro não entrou, ele não vai sair. Eu vou deixar de reabsorver 
o cloro. Se eu não tenho a reabsorção de sódio, eu vou começar a interferir com esse potássio. Como ele 
favorece a eliminação de potássio se eu não mexo com o potássio na célula? No que eu aumentei o sódio, 
no segmento mais adiante, parte desse sódio vai ser trocado pelo potássio. O mesmo acontecendo com o 
diurético de alça. Nós temos um mecanismo que vai acontecer no segmento mais final do túbulo distal que 
vai interferir com a concentração de potássio. Se eu aumentar muito a eliminação de potássio na urina, eu 
vou diminuir a concentração de potássio no sangue, gerando uma hipocalemia. Eu não tenho reabsorção 
de potássio no segmento inicial do túbulo. Eu tenho reabsorção de potássio no segmento espesso da alça 
de Henle? Sim. 
→ Túbulo distal final: Existem dois tipos de células, as células principais e as intercaladas. Existe um 
canal de sódio por onde o sódio entra. Esse sódio não pode se acumular dentro da célula. O sódio que 
está entrando vai sair pela sódio e potássio ATPase. Se ela coloca sódio pra dentro, ela vai estar 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
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colocando ativamente potássio pra fora. Esse é o sódio que está sendo reabsorvido. Reabsorve sódio e 
secreta potássio. Esse potássio vai estar sendo eliminado para o lúmen. O papel da aldosterona é fazer 
uma troca sódio-potássio. É nessa área que nós vamos ter a ação da aldosterona. Então, qualquer 
mecanismo que faça com que a aldosterona seja liberada, essa aldosterona, assim como o cortisol, tem o 
efeito de se ligar a receptores citoplasmáticos, ela tem uma ação que vai ser feita a partir dessa ligação 
que está ali no citoplasma. Mas o papel da aldosterona é estimular esses canais ENAC. Se eu colocar 
mais canais de sódio, como fica a saída de potássio? Se entrar mais sódio, sai mais potássio. Em que 
situação isso acontece? Quando a pressão arterial cai, eu preciso ativar o sistema renina-angiotensina-
aldosterona. O que eu quero ao ativar esse sistema? Eu quero que o sódio fique na corrente sanguínea, 
vou reabsorver sódio. Parte do sódio que vai estar sendo reabsorvido e uma secreção de potássio. A 
aldosterona a nível renal reabsorve sódio e secreta potássio. 
O diurético de alça aumenta sódio na luz, pois eu deixei de reabsorver aproximadamente 25% de sódio. 
Se eu tenho muito sódio, parte do efeito diurético vai se perder, pois esse sódio que entra vai estar sendo 
reabsorvido. Se chegar na luz tubular 10 íons sódio, por exemplo, se eu reabsorver 2, eu ainda fico com 8. 
Eu não vou impedir toda a eliminação. Eu deixei de reabsorver 25%. E esses 25% parte vai estar sendo 
trocada pelo potássio. Eu estou aumentando sódio e vou estar aumentando também potássio para ser 
eliminado. Se eu aumento a eliminação de potássio na urina, diminui potássio no sangue. Se diminui 
potássio no sangue, vai gerar uma hipocalemia que vai me dar todos os efeitos colaterais. Um exemplo é a 
furosemida. O paciente reclama de fraqueza, ritmo de arritmias cardíacas. O paciente que já tem uma 
tendência a uma alteração de ritmo, tem que ficar atento por conta da hipocalemia. Se eu quero poupar o 
paciente de perder potássio, eu tenho que usar agora um diurético tiazidico, que mexe com 5% de sódio. 
Ele está aumentando 5% de sódio nessa região. Eu vou estar favorecendo mais entrada de sódio. Parte 
desse sódio vai estar sendo reabsorvido, se reabsorve sódio, automaticamente, eu vou estar com a 
secreção de potássio. Então, aumentou 5% de sódio, isso vai diminuir a reabsorção de sódio. Eu vou estar 
aumentando a secreção de potássio. Aumentei a secreção de potássio, isso pode estar favorecendo a 
diminuição da concentração de potássio no sangue. O diurético tiazidico também provoca hipocalemia, só 
que o de alça provoca mais. Quando eu utilizar a furosemida, eu estou retendo potássio na luz, porque eu 
to inibindo a NKCC2. 
Um paciente com insuficiência cardíaca, eu vou aumentar volume diastólico final, vou acumular sangue 
na região ventricular porque eu to diminuindo a sístole, a forca de contração. Eu vou começar a acumular 
sangue na região atrial. As fibras da região atrial vão se distender, e isso é um estimulo para a liberação da 
atriopeptina, ou seja, do peptídeo natriurético liberado pelas células atriais. A atriopeptina tem uma ação 
renal, que ela impede a entrada de sódio, assim como a urodilatina, que é liberada pelas próprias células 
renais. Se eu inibir essa entrada de sódio, significa que eu vou deixar sódio na luz tubular, e eu vou estar 
impedindo também a secreção de potássio. Se eu aumento o sódio nessa região eu estou aumentando a 
agua, ai está o efeito diurético natural da atriopeptina. Esse efeito diurético, aumenta a eliminação de sódio 
e potássio, isso contribui pra diminuir a volemia. Se diminui a volemia, eu to diminuindo o retorno venoso. 
Porque se eu diminuo o retorno venoso, eu vou estar diminuindo a pre-carga. É o que o organismo tenta 
fazer em pacientes com insuficiência cardíaca. Eu vou jogar potássio pra fora pra impedir a pre-carga 
cardíaca. Paciente que deu entrada com insuficiência cardíaca descompensada vai apresentar muita 
vontade de fazer xixi, pois é o próprio organismo que vai tentar compensar. Esses hormônios natriuréticos 
tem um efeito contrário ao do sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
→ Ação dos diuréticos poupadores de potássio: Eu preciso prescrever uma furosemida pro meu 
paciente, porem essa hipocalemia está ficando muito intensa, e eu não vou fazer reposição de potássio 
porque eu posso tirar ele de uma hipocalemia e colocá-lo em uma hipercalemia, que é tão preocupante 
quanto. Então, em algumas situações, principalmente em casos de insuficiência cardíaca crônica, ele faz 
um diurético de alça. Pra não ter o inconveniente de uma hipocalemia, já é associado um diurético 
poupador de potássio. Eu vou eliminar sódio, mas não vou deixar eliminar muito potássio. Esses diuréticos, 
como a amilorida e o triantereno, que vão bloquear diretamente os canais de sódio. Se eu fizer uma 
Daniele Longo 
 FISIOLOGIA RENAL II 
 
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amilorida ou um triantereno eu vou bloquear os canais 
ENAC. No que eu bloqueio esses canais, se o sódio não 
entra, o potássio não sai, estou poupando potássio. Mas 
eu entro um outro mecanismo que é interferir com o 
receptor de mineralocorticoide. Esse receptor é 
citoplasmático. Quem produz isso é a espironolactona. 
Ela entra na célula e bloqueia o receptor da aldosterona. 
A ação intranuclear da aldosterona e do cortisol é 
aumentar a síntese deproteínas mediadoras. Então, se 
eu deixo de ter a ação da aldosterona, isso vai impedir 
que eu aumente também a expressão desses canais 
ENAC. Se eu tiver mais canais, entra mais sódio, então, 
automaticamente, a aldosterona aumenta a expressão. Se eu bloquear esses canais, eu estou impedindo 
esse aumento da expressão. Aumentar a expressão é sintetizar mais proteínas com a função de canais de 
sódio nessa região. Um dos efeitos da aldosterona é aumentar a bomba de sódio e potássio. Se eu 
bloqueei esses receptores da aldosterona pela espironolactona, eu vou deixar de ter também um aumento 
da expressão desses canais. Assim que a gente vai poupar potássio. 
Na parte final do túbulo distal nós temos células chamadas de células α-intercaladas, que são muito 
responsáveis pela acidificação da urina. Essa é uma área que nós temos um mecanismo que é aquele 
mecanismo em que forma o ácido carbônico, a função é que a partir daí a gente tem a secreção de 
potássio. É essa secreção de potássio e a reabsorção de bicarbonato que faz com que a nossa urina 
torne-se mais acida, tenha o pH inferior a 7,4 que é o pH plasmático. O H+ que é secretado vai dar 
formação a amônia e a fosfatos (ácido fosfolico, especificamente). É isso que faz a urina se tornar acida. 
As células β-intercaladas vão ter função de acidificar a urina, mas para isso, é só quando a gente tem um 
quadro de alcalose. Nós temos um transportador que favorece a secreção de bicarbonato que vai ser 
excretado na urina. Isso é importante quando nós temos um quadro de alcalose compensada a nível renal 
favorecendo o aumento desse transportador de bicarbonato e de cloro. Não temos nenhuma interferência 
farmacológica nessa área. 
Se eu tiver ausência de ADH, aquela urina que deveria começar de 300 a 1200 mosm, vai estar 
chegando a 50. Em um indivíduo com a diabetes insipidus, ou falta secreção de ADH ou falta ação a nível 
renal. Nós vamos ter uma urina hipotônica, com uma osmolaridade que não é aquela de 1200 mosm. O 
papel do ADH pra evitar aquele mecanismo de urina diluída? Se eu não tiver nenhum problema, secreção 
normal, esse ADH vai atuar em receptores V2. Receptores que estão presentes a nível da célula renal, e 
esse receptor V2 está associado a ativação da Adenil ciclase, que faz com que as vesículas que tem a 
AQP2 sejam transferidas e inseridas na membrana celular. Se eu aumento a AQP2, a consequência disso 
vai ser o aumento nos canais de agua. Se eu aumento canais de agua, a agua sai da luz tubular e vai cair 
no interstício. Quando ela cair no interstício ela vai estar sendo reabsorvida. Se eu não tiver o ADH, ou 
tiver um defeito no receptor V2, eu vou deixar agua no túbulo, e isso vai diminuir a osmolaridade, vai 
provocar a eliminação da urina muito diluída, o que nos associamos ao quadro de diabetes insipidus.

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