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BIOLOGIA CELULAR - SDE0906 Semana Aula: 1 Introdução à Biologia Celular Tema Introdução à Biologia Celular Palavras-chave Célula, Procarionte, Eucarionte, Vírus, Microscópio. Objetivos Conhecer o Plano de ensino e as normas de avaliação da disciplina Biologia Celular. Caracterizar a célula como unidade funcional e estrutural dos seres vivos, a morfofisiologia e sua complexidade nos seres vivos. Entender os níveis hierárquicos de organização dos seres vivos. Compreender as técnicas de microscopia como um instrumento indispensável para o estudo da célula. Estrutura de Conteúdo Apresentação do Plano de Ensino: Plano de Ensino da disciplina, as normas de avaliação e de frequência e as atividades que devem ser realizadas antes e depois de cada aula presentes no SAVA (ambiente virtual de aprendizagem). Importância da leitura do Livro Didático. Aspectos que devem ser discutidos na aula: Unidade 1 1.1. Introdução à Biologia Celular: A célula como unidade funcional e estrutural dos seres vivos. Todos os seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, são constituídos por células, sendo, esta a unidade funcional e estrutural dos seres vivos. Além disso, é importante destacar que os seres vivos mais complexos apresentam uma diversidade de tecidos e células que um organismo pode ter, ressaltando as diferentes funcionalidades dos mesmos, tais como: tecido epitelial, importante no revestimento do corpo e das cavidades corporais, promovendo proteção do corpo (pele), absorção de substâncias úteis (epitélio do intestino) e percepção de sensações (pele), dependendo do órgão aonde se localizam; tecido conjuntivo, que apresenta função de preenchimento dos espaços entre os órgãos e manutenção, função de defesa e nutrição, como executado pelo tecido sanguíneo que é um tipo de tecido conjuntivo especializado; tecido muscular, por ser primariamente responsável pela manutenção e mudanças na postura, pela própria locomoção do organismo, assim como pela movimentação dos órgãos internos, como na contração do coração e nos movimentos peristálticos, que permitem a passagem dos alimentos pelo sistema digestivo; tecido nervoso que é composto por um conjunto de células do corpo humano, responsável por executar tarefas específicas, sendo de fundamental importância para o bom funcionamento de nosso corpo, por desempenhar funções fundamentais, principalmente relacionadas a coordenação das atividades corporais; Ocorre um conjunto de reações químicas necessárias à manutenção da vida e que todas as células provêm de células preexistentes, pois qualquer célula se forma por divisão, sendo, portanto, esta a unidade de reprodução e desenvolvimento dos seres vivos, a unidade hereditária de todos os seres vivos, contendo, assim, a informação genética que é transmitida de geração em geração, durante os processos de divisão celular, permitindo a continuidade das espécies. Dessa forma, é importante esclarecer que as células crescem de forma organizada e que o crescimento desorganizado é uma característica de células malignas, que podem surgir após a ação de agentes cancerígenos físicos, como radiações como ultravioleta proveniente do sol, químicos, como nicotina do cigarro, e biológicos, como alguns vírus; Quando a célula vai bem, o corpo também vai, como no caso da musculatura de um indivíduo saudável que sob estímulo promovido por atividade física, se desenvolve por aumento da massa muscular, não pelo aumento da divisão das células por mitose, mas sim por aumento em volume e de densidade de miofibrilas musculares; O organismo humano é originado da fecundação, ou seja, do encontro de duas células sexuais (gametas) masculina e feminina, o espermatozoide e ovócito, respectivamente. Sendo, cada uma dessas células haploide, ou seja, constituídas por 23 cromossomos, originando, portanto, a célula ovo ou zigoto diploide, contendo 46 cromossomos, que sofrerá sucessivas divisões (mitoses), até atingir o estágio de blastocisto que fará a nidação; Existe uma diversidade de formas celulares, tais como as fusiformes, como células musculares, cuboides, com microvilosidades como a do intestino, bem diferenciadas como o neurônio que possui filamentos prolongados e o espermatozoide que tem flagelo; 1.2. Níveis hierárquicos de organização dos seres vivos. Existem dois níveis de organização celular: os seres unicelulares, como bactérias, protozoários, leveduras (fungos) e algas, e os seres pluricelulares, como algumas algas, fungos, plantas e animais; As células especializadas e semelhantes que desempenham a mesma função se unem e formam os tecidos; os tecidos estão presentes apenas em organismos pluricelulares, como os vegetais e os animais, e se organizam e se unem, formando os órgãos; a combinação de vários órgãos, que trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal, formam sistemas, dentre eles o sistema digestório, que é formado por diferentes órgãos (boca, esôfago, estômago, intestinos, dentre outros); e que a união de todos os sistemas forma o organismo. 1.3. Tipos de Células: procariontes e eucariontes. As espécies de seres vivos organizam-se em grupos de organismos cada vez mais variados, e que esses seres podem ser classificados em nível celular em duas categorias: procariontes e eucariontes, sendo, portanto, importante determinar as diferenças principais entre esses tipos celulares. Destacando, inicialmente que as células eucariontes possuem um sistema de invaginações de membranas que fizeram com que estas células ficassem complexas, formando organelas diferenciadas e que desempenham diferentes especialidades. Já os seres procariontes são menos complexos e pobres em sistemas endomembranares. Além disso, deve-se caracterizar os principais aspectos das células procariontes, como: São encontradas em bactérias e em outros seres vivos similares, são células muito simples e pequenas, pobres em membranas, apresentando apenas a membrana plasmática, têm presença de parede celular rígida, não possuem cariomembrana e por isso o material genético (molécula de DNA) circular fica disperso no citoplasma formando o nucleoide citoplasma, apresentam apenas uma invaginação de membrana que é o mesossomo. Podem ainda apresentar algumas estruturas como cápsula, fímbrias, flagelos e plasmídeo. Não apresenta citoesqueleto, não se dividem por mitose e meiose, sendo sua divisão na maioria das vezes realizada por fissão binária, na qual o aluno deve perceber que a fissão começa do centro da bactéria e vai se estrangulando até dividir completamente e gerar as duas novas bactérias. Finalmente, deve-se caracterizar as células eucariontes como sendo constituintes de seres como protozoários, fungos, plantas e animais, sendo células mais complexas e maiores, ricas em membranas, por possuírem diversas organelas citoplasmáticas além da membrana plasmática, e possuem cariomembrana e por isso o material genético, composto por várias moléculas de DNA que formam os cromossomos, fica limitado à um espaço denominado núcleo, apresentam um citoesqueleto, que se distribui por todo o citoplasma celular conferindo forma à célula, como os microtúbulos e filamentos de actina, e que se dividem por mitose e meiose. 1.4. Organização das células animais e das células vegetais. É importante distinguir as principais características entre as células eucariontes animal e vegetal, sendo as de maiores destaques: a célula animal possui especializações da membrana citoplasmática e possui centríolos, enquanto que as células vegetais possuem parede celular, um vacúolo grande que possui muitas funções e cloroplasto, e são desprovidas de centríolos. 1.5. Organização do Vírus O vírus é acelular, portanto, não é um ser vivo, possuindo apenas uma camada proteica cobrindo o material genético incompleto (DNA ou RNA de fita duplaou simples) e não realiza, com isso, metabolismo próprio. Essa camada ou envoltório proteico de revestimento é chamado de capsídeo, que pode ou não ser revestido por um envelope lipídico derivado das membranas celulares das células hospedeiras. Por não apresentar metabolismo próprio, é importante determinar que os vírus são considerados parasitos intracelulares obrigatórios que se multiplicam dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese das células, promovendo os dois tipos de infecção viral, o ciclo lítico, no qual o vírus insere seu DNA de fita dupla ao cromossomo da célula hospedeira, iniciando a síntese de suas proteínas virais, e em seguida a construção das novas partículas virais, como exemplos vírus da raiva e da gripe; e o ciclo lisogênico, que se caracteriza quando o DNA fita dupla recém-produzido se incorpora no cromossomo da célula hospedeira e fica latente, esperando por uma oportunidade de infectar a célula, tendo como exemplo herpes, hepatite B. Deve-se ressaltar que no ciclo lisogênico, que sempre que a célula entrar em mitose, ela duplica também o DNA viral. É também importante comentar que os vírus parasitam todos os tipos celulares, eucariontes e procariontes, unicelulares ou pluricelulares, sendo, dessa forma, um problema de saúde pública, e para a economia do pais, como para a agropecuária, por exemplo. 1.6. Métodos de estudo das células: Noções de microscopia. As células são microscópicas e que suas estruturas intracelulares são ainda menores, e que por isso não podem ser vistas sem o uso de um microscópio que possibilite a visualização dessas estruturas com um poder de resolução maior. Contudo, devido ao fato da maioria das células serem microscópicas, para estuda-las, é necessário o poder de resolução de um microscópio para permitir a visualização de células como a hemácia que possui 10 mil nm de diâmetro e a bactéria que é 1000x menor. Além disto, ainda temos as partículas virais que vão de 24 nm a 300 nm, sendo, portanto, apenas visíveis na microscopia eletrônica; O poder de resolução é a distância mínima que existir entre dois pontos para que consigamos visualiza-los de forma discriminada, e que interfere na qualidade da imagem, no que diz respeito à claridade e riqueza de detalhes, e que varia conforme o tipo de microscópio. Além de que deve-se compreender que o princípio fundamental da aplicação da técnica de microscopia é a ferramenta chave que possibilita mostrar os limites que separam o estudo dos sistemas biológicos em diferentes níveis devido ao poder de resolução dos instrumentos utilizados em comparação com o poder de resolução do olho humano que é de 0,1 mm (100 µm).; Histórico do desenvolvimento desse método de estudo, ressaltando o primeiro microscópio inventado por Zacharias Janssen em 1590, que tinha aparência de uma luneta, permitindo o conhecimento da célula a partir da sua visualização; As características fundamentais dos diferentes tipos de microscópicos, tais como microscópio óptico, que foi o primeiro microscópio a ter sido desenvolvido, sendo também chamado de microscópio de luz, e constituído por um conjunto de três lentes com funcionalidades diferentes: lente ocular, lentes objetivas e lente condensadora, que aumenta o objeto 1000 a 1500 vezes e que permite a sua visualização com um poder de resolução de 0,2 µm. Além disso, é composto por canhão, braço, platina ou bandeja, diafragma, macrométrico, micrométrico, lâmpada e base ou pé; e) A microscopia eletrônica que se diferencia do microscópio de luz, por não ser fundamental para a formação de uma imagem ampliada do objeto examinado, e sim um feixe de elétrons que permite a observação de subestruturas celulares e até de macromoléculas, com poder de resolução muito maior. Além disso, é importante diferenciar os tipos de microscópios eletrônicos: de transmissão ou de varredura, de acordo com a forma que o feixe de elétrons incide sobre o material examinado, mostrando que o microscópio eletrônico de transmissão tem um tubo grande, pois é necessário que os elétrons passem por um tubo a vácuo, tendo imagem sendo projetada no círculo preto próximo a mesa ou diretamente no computador, e apresenta um poder de resolução de 3 nm, o que permite a visualização de estruturas com aumento de até 500.000 vezes, como a membrana plasmática e as organelas celulares. Enquanto que no microscópio eletrônico de varredura o feixe de elétrons não atravessa a estrutura, apenas incide sobre a sua superfície e é refletido, formando uma imagem tridimensional de sua superfície com alta fidelidade e riqueza de detalhes por possuir um poder de resolução de 10 nm. Estratégias de Aprendizagem A presente aula deverá despertar a capacidade de relacionar o conteúdo teórico com a realidade científica. Para aprofundar o estudo o aluno deverá: ler com atenção o material didático, acessar o livro virtual, ler os artigos científicos e outros objetos de aprendizagem referentes à aula 1 (palavra cruzada, caça-palavras, quiz e vídeos complementares) que estão no SAVA. Segue, abaixo, comentários dos vídeos apresentados em sala de aula: 1.Vídeo "Da fecundação a nidação". O intuito desse vídeo é mostrar o fenômeno da fecundação. Com esse vídeo será compreendido que todos os seres vivos humanos são originados de uma célula chamada de zigoto, despertando a conclusão de que a vida depende de uma constituição celular. Esse vídeo mostra detalhadamente a saída do ovócito do ovário, o início da caminhada dele pela tuba uterina e ainda na tuba uterina o encontro do ovócito com o espermatozoide. Será mostrado que milhares de espermatozoides tentam ultrapassar a corona radiata e zona pelúcida do ovócito, mas só um espermatozoide conseguirá este feito. A tuba uterina é dividida em 4 partes: infundíbulo, ampola, istmo e intramural. A fecundação se dá, geralmente, na região da ampola formando o zigoto, este atravessará a tuba uterina, sofrendo as sucessivas clivagens, e depois de 5 dias ao chegar no útero como blastocisto tardio, fará a nidação. Link vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=RSltQKT9xwQ 2.Vídeo "A Ameba comendo parmécio". Vídeo mostra a ameba (ser unicelular) comendo dois paramécios (unicelulares). Demostrando que seres unicelulares também se alimentam de outros seres unicelulares e degrada o alimento pelo uso do lisossomo, assim como a nossa célula fagocitária, o macrófago. Link: https://www.youtube.com/watch?v=pvOz4V699gk 3.Vídeo "Divisão binária da Bactéria". O aluno deve entender que as bactérias como a Escherichia coli se dividem por divisão binária a cada 20 minutos, formando as colônias de bactérias. Link: https://www.youtube.com/watch?v=gEwzDydciWc Também estão disponibilizados no SAVA os seguintes vídeos complementares referentes ao conteúdo da aula: 1) Vírus Bacteriófago atacando a bactéria https://www.youtube.com/watch?v=41aqxcxsX2w 2) Ameba comendo um Stentor https://www.youtube.com/watch?v=FcCvhYmjaXE 3) Paramécio comendo leveduras coradas de vermelho https://www.youtube.com/watch?v=l9ymaSzcsdY&index=4&list=PLcOi5FOMPNp PQ-RZB69bEliKnQHpr1o4W 4) Ameba fazendo fagocitose https://www.youtube.com/watch?v=W6rnhiMxtKU&list=PLcOi5FOMPNpPQ- RZB69bEliKnQHpr1o4W&index=2 5) Vorticela https://www.youtube.com/watch?v=Ta3NSFqe6i4 6) Vorticela se dividindo https://www.youtube.com/watch?v=egPsYCGYe5A 7) Bactérias atacando e destruindo células do sangue Este vídeo mostra como as bactérias e as espiroquetas atacam as células brancas do sangue na boca. Estas são as bactérias que causam a inflamação e as doenças gengivais. https://www.youtube.com/watch?v=6AP8yL1qBpw Indicação de Leitura Específica Para próxima aula Leitura do Capítulo 1 do livro Introdução à Biologia Celular Aplicação: articulação teoria e prática Nas aulas serão utilizados objetosde aprendizagem para articulação da teoria e da prática. No SAVA estão disponíveis artigos científicos, quiz, jogos, vídeos apresentados na aula e outros vídeos complementares referentes aos conteúdos da aula. Exercício proposto em aula: 1) As bactérias são organismos procariontes, ou seja, não possuem núcleo organizado. Essa característica acontece como consequência da ausência de: a) membrana plasmática. b) parede celular. c) carioteca. d) cariótipo. e) DNA. 2) (UFPB) Os organismos como os cajueiros, os gatos, as amebas e as bactérias possuem, em comum, as estruturas: a) lisossomos e peroxissomos. b) retículo endoplasmático e complexo de Golgi. c) retículo endoplasmático e ribossomos. d) ribossomos e membrana plasmática. e) ribossomos e centríolos. Considerações Adicionais Para próxima aula Leitura do Capítulo 1 do livro Introdução à Biologia Celular
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