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FACULDADES OPET ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATERIAIS ENSAIOS DE DUREZA Curitiba 2016 REGIANE GALDINO DOS SANTOS CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATERIAIS ENSAIOS DE DUREZA Trabalho de pesquisas sobre dureza, apresentado ao curso de Engenharia de Produção como requisito parcial para obtenção de nota para aprovação da disciplina de Ciência e Tecnologia dos Materiais da Faculdades Opet – Campus Avenida Getúlio Vargas. Professor (a). Orientador (a): Rafael Pires Machado. Curitiba 2016 Lista de Figuras Figura 1- Tipos de ensaio de dureza, destacando as características de penetração. . 8 Figura 2 - Esboço de um equipamento de rebote utilizado na determinação da dureza Shore. ............................................................................................................ 10 Figura 3-Modelo Durômetros Shore .......................................................................... 10 Figura 4 - Representação esquemática do ensaio de dureza Brinell. ....................... 12 Figura 5 - Durômetros para ensaio de dureza Brinell. ............................................... 13 Figura 6 - Durômetros para ensaios Rockwell........................................................... 14 Figura 7 - Esquema representativo de aplicação do método Vickers. ....................... 15 Figura 8 - Durômetro H10 - dureza Vickers ............................................................... 16 Figura 9 - Esquema de posição de operação ............................................................ 16 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5 1.1. TEMA ............................................................................................................. 5 1.2. OBJETIVOS ................................................................................................... 5 1.3. OBJETIVO GERAL........................................................................................ 5 1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 5 1.5. JUSTIFICATIVAS .......................................................................................... 6 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 6 3. DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 6 Dureza por risco – Escala Mohs .............................................................................. 9 Dureza por Rebote – Dureza de choque ou Ressalto: Shore .................................. 9 Dureza por Penetração .......................................................................................... 10 Dureza Brinell ........................................................................................................ 10 Dureza Rockwell .................................................................................................... 13 Dureza Vickers ...................................................................................................... 14 4. CONCLUSÃO ................................................................................................. 17 5. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 17 6. ANEXOS ......................................................................................................... 17 5 1. INTRODUÇÃO O trabalho aqui apresentado tem como objetivo apresentar o resultado da pesquisa realizada sobre ensaios de dureza, neste trabalho apresentarei métodos de ensaios contendo exemplos de materiais, figuras de durômetros. Conforme determinação do docente deverá conter os seguintes tópicos: � Dureza ao risco; � Dureza a ressalto; � Dureza a penetração; Ao fim da pesquisa deverá ser anexado ao menos 2 artigos técnicos que utilizem a técnica, deverá conter também ao menos três literaturas como referência. Com o intuito de melhor entendimento ao tema, segue abordagem do assunto descrito a seguir. 1.1. TEMA Dureza - Propriedade de um material que permite a ele resistir à deformação plástica (permanente), usualmente por penetração. O termo dureza também pode ser associado à resistência à flexão, risco, abrasão ou corte. 1.2. OBJETIVOS Apresentar trabalho dissertativo sobre ensaios de dureza, que através deste ensaio avalia superficialmente o material. 1.3. OBJETIVO GERAL Identificar os ensaios de dureza não destrutivos, observando a resistência de um material a penetração ou a deformação permanente na sua superfície, ensaios utilizados na engenharia e na indústria de fácil execução e baixo custo para um controle de qualidade efetivo verificando as condições de fabricação, analisando tratamentos térmicos e uniformidade dos materiais. 1.4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Analisar e definir o conceito de dureza que determinados materiais apresentam, as vantagens e desvantagens nos ensaios de dureza e demais análises referentes ao tema. 6 1.5. JUSTIFICATIVAS O valor e a importância da dureza não podem ser super estimados como uma propriedade do material. A informação obtida de um ensaio de dureza pode ser utilizada para fornecer informações sobre o desempenho de materiais críticos e uma compreensão sobre a durabilidade, a resistência, a flexibilidade e as capacidades de uma variedade de tipos de componentes, desde a matéria-prima até amostras preparadas e produto final. Os ensaios de dureza são utilizados por um grande número de indústrias e é particularmente significante na produção de materiais estruturais, aeroespaciais, automotivos, no controle de qualidade, na análise de falhas, entre outros setores. Revista Industrial Heating Brasil 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O ensaio de dureza consiste na impressão de uma pequena marca feita na superfície da peça pela aplicação de pressão com uma ponta de penetração. A medida da dureza do material ou da dureza superficial é dada como função das características da marca de impressão e da carga aplicada em cada tipo de ensaio de dureza. Esse ensaio é amplamente utilizado na indústria de componentes mecânicos, tratamentos superficiais de vidros e laminados devido a vantagem de fornecer dados quantitativos de resistência a deformação permanente das peças produzidas. É utilizado como um ensaio para as especificações da entrada de matéria prima e durante as etapas de fabricação de componentes. Observa-se que os resultados fornecidos pela medida de dureza devem variar em função de tratamentos sofridos pela peça (refusão a laser, tratamentos termoquímicos, tratamentos térmicos). 3. DESENVOLVIMENTO A dureza é uma propriedade mecânica cujo conceito que se segue a resistência que um material, quando pressionado por outro material ou por marcadores padronizados, apresenta o risco ou a formação de uma marca permanente. Os métodos mais aplicados em engenharia utilizam-se de penetradores com formato padronizados e que são pressionados na superfície do material sob condições especificas de pré carga e carga,causando inicialmente uma deformação elástica e em seguida deformação plástica. A área da marca superficial formada ou a sua profundidade são medidas e correlacionadas com um valor numérico que 7 representa a dureza do material. Esta correlação é baseada na tensão de que o penetrador necessita para vencer a resistência da superfície do material. A dureza de um material depende diretamente das forças de ligação entre átomos, íons e moléculas, assim como na resistência mecânica. Nos sólidos moleculares, como os plásticos, as forças atuantes entre as moléculas (Van der Waals) são baixas, e eles relativamente são macios. Os sólidos metálicos e iônicos devido à natureza mais intensa das forças de ligação, são mais duros, enquanto os sólidos de ligação covalente são os materiais conhecidos de maior dureza. A dureza dos metais pode também ser aumentada por tratamentos especiais, como adição de soluto, trabalho a frio, endurecimento por precipitação ou tratamentos térmicos específicos. Há uma ligação bastante próxima entre o limite de escoamento dos metais e a sua dureza. 8 Figura 1- Tipos de ensaio de dureza, destacando as características de penetração. 9 Dureza por risco – Escala Mohs Esse tipo de ensaio é pouco utilizado nos materiais metálicos, encontrado maior aplicabilidade no campo na mineralogia. Vários materiais podem ser relacionados com outros materiais na sua capacidade de riscar uns aos outros. Entre os ensaios por risco, a dureza Mohs é a mais conhecida, e consiste em uma escala de 10 minerais padrões organizados de tal forma que o mais duro (diamante – dureza ao risco 10) risca todos os outros. O mineral localizado imediatamente abaixo (safira – dureza ao risco 9) risca os que seguem, e assim sucessivamente, até o mais macio da escala, que é o talco (silicato de magnésio - dureza ao risco 1). Na escala Mohs, a maioria dos metais localiza-se entre os pontos 4 e 8, mas essa escala não permite uma definição adequada da dureza dos metais. Outro método de dureza por risco que pode ser mencionado é a microdureza Bierbaum, que consiste na aplicação de uma força de 3gf (grama-força), por um diamante padronizado, com formato igual a um canto de cubo com ângulo de 35º, sobre uma superfície previamente preparada por polimento e ataque químico. Por meio de microscópio mede-se a largura do risco - � (� �) e o valor de numérico da dureza de Bierbaum (K) será: � = 10� �� Dureza por Rebote – Dureza de choque ou Ressalto: Shore É um ensaio dinâmico cuja impressão na superfície do material é causada pela queda livre do embolo com uma ponta padronizada de diamante. Nos ensaios de dureza dinâmica o valor da dureza é proporcional a energia de deformação consumida para formar a marca no corpo de prova e representada pela altura alcançada no rebote do êmbolo. Nessas condições, um material dúctil ira consumir mais energia de deformação do corpo de prova e o embolo alcançará uma altura menor no retorno indicando, consequentemente uma dureza mais baixa. Desses métodos destaca-se a dureza Shore, que utiliza uma barra de aço de peso de 2,5 N, com uma ponta arredondada de diamante colocada dentro de um tubo de vidro, com uma escala graduada de 0 a 140mm. Essa barra é liberada de uma altura padrão de 256 mm, e a altura do rebote, após o choque com a superfície do material, é considerada a dureza do material. A leitura do valor na escala bulbo de vidro é realizada no instante de inversão do movimento ascendente do embolo. O 10 equipamento de dureza Shore é leve e portátil, sendo adequado a determinação de durezas de peças grandes como por exemplo, cilindro de laminador, trens de pouso de avião e ensaios em campo. Como a marca superficial deixada pelo ensaio é pequena, ele é também indicado no levantamento da dureza das peças acabadas. Outra vantagem oferecida por esse ensaio é a oportunidade de realização também em condições adversas, como altas temperaturas. Entre as precauções que devem ser tomadas para a realização do ensaio é importante que a superfície do material esteja limpa e lisa e que o tubo de queda esteja na posição vertical e perpendicular a superfície. Esse ensaio é também indicado pra peças de aço temperado, aços cementados e outros materiais de alta dureza. Figura 3-Modelo Durômetros Shore Dureza por Penetração Dureza Brinell Este ensaio foi inicialmente proposto por J.A. Brinell em 1900, e foi o primeiro ensaio de penetração padronizado e reconhecido industrialmente. O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente uma esfera de aço temperado ou de carboneto de tungstênio na superfície do material ensaiado, Figura 2 - Esboço de um equipamento de rebote utilizado na determinação da dureza Shore. 11 gerando uma calota esférica. A dureza Brinell é quociente da carga aplicada pela área da calota esférica dada por: ����� = � � Onde: dureza é expressa em termos de (Pa) P: é a carga de impressão (N) S: é área da calota esférica impressa (mm²) A dureza Brinell é representada pelas letras HB. Esta representação vem do inglês Hardness Brinell, que quer dizer dureza Brinell. A dureza Brinell (HB) é a relação entre a carga aplicada (F) e a área da calota esférica impressa no material ensaiado (Ac). A unidade kgf/mm², que deveria ser sempre colocada após o valor de HB, é omitida, uma vez que a dureza Brinell não é um conceito físico satisfatório, pois a força aplicada no material tem valores diferentes em cada ponto da calota. O número de dureza Brinell deve ser seguido pelo símbolo HB, sem qualquer sufixo, sempre que se tratar do ensaio padronizado, com aplicação da carga durante 15 segundos. Em outras condições, o símbolo HB recebe um sufixo formado por números que indicam as condições específicas do teste, na seguinte ordem: diâmetro da esfera, carga e tempo de aplicação da carga. Exemplificando: Um valor de dureza Brinell 85, medido com uma esfera de 10 mm de diâmetro e uma carga de 1.000 kgf aplicada por 30 segundos é representado da seguinte forma: 85HB 10/1000/30 12 Figura 4 - Representação esquemática do ensaio de dureza Brinell. Informações adicionais sobre o ensaio de dureza Brinell: � A norma brasileira para a realização deste ensaio é a NBR: 6394 (ABNT), e a norma internacional de maior utilização é a ASTM E10-93. � Devido ao tamanho da impressão formada o ensaio pode ser considerado destrutivo. � O penetrador deve ser polido e isento de defeitos em sua superfície, e o corpo de prova deve estar isento de substancias como óxidos, carepas, sujeiras e óleos e o mais importante a superfície deve ser plana, normal ao eixo de aplicação da carga e bem apoiada ao suporte, evitando deslocamentos durante o ensaio. � Como a impressão formada abrange uma área maior que a formada por outros ensaios de dureza, o ensaio Brinell é o único indicado para materiais com estrutura interna não uniforme, como por exemplo, ferro fundido cinzento. Por outro lado, o grande tamanho da impressão pode impedir o uso desse teste em peças pequenas. � O ensaio de dureza Brinell não é adequado para caracterizar pecas que tenham sofrido tratamentos superficiais. 13 Figura 5 - Durômetros para ensaio de dureza Brinell. Dureza Rockwell Recebeu esse nome pelo fato de sua proposta ter sido feita pela indústria Rockwell, nos Estados Unidos por volta de 1922. É o método mais utilizado internacionalmente. Este método apresenta algumas vantagens em relação ao ensaio Brinell, pois permite avaliar a dureza de metais diversos, desde os mais moles até os mais duros. Entretanto, também tem limitações, o que indica que está longe de ser a solução técnica ideal. Neste método, a carga do ensaioé aplicada em etapas, ou seja, primeiro se aplica uma pré carga, para garantir um contato firme entre o penetrador e o material ensaiado, e depois se aplica a carga do ensaio propriamente dita. A leitura do grau de dureza é feita diretamente num mostrador acoplado à máquina de ensaio, de acordo com uma escala predeterminada, adequada à faixa de dureza do material. 14 Os penetradores utilizados na máquina de ensaio de dureza Rockwell são do tipo esférico (esfera de aço temperado) ou cônico (cone de diamante com 120º de conicidade). Figura 6 - Durômetros para ensaios Rockwell Dureza Vickers É um método semelhante ao ensaio de dureza Brinell, já que também relaciona a carga a carga aplicada com a área superficial com a carga a área superficial da impressão, este método leva em conta a relação ideal entre o diâmetro da esfera do penetrador Brinell o diâmetro da calota esférica obtida, e vai além porque utiliza outro tipo de penetrador, que possibilita medir qualquer valor de dureza, incluindo desde os materiais mais duros até os mais moles. 15 A dureza Vickers se baseia na resistência que o material oferece à penetração de uma pirâmide de diamante de base quadrada e ângulo entre faces de 136º, sob uma determinada carga. A dureza Vickers é representada pelo valor de dureza, seguido do símbolo HV e de um número que indica o valor da carga aplicada. Exemplificando: A representação 440 HV 30 indica que o valor da dureza Vickers é 440 e que a carga aplicada foi de 30 kgf. Figura 7 - Esquema representativo de aplicação do método Vickers. 16 Figura 8 - Durômetro H10 - dureza Vickers Figura 9 - Esquema de posição de operação 17 4. CONCLUSÃO Considerando os dados analisados e baseados na metodologia usualmente utilizada pela bibliografia do tema dureza é possível concluir: • O método de medição utilizado nos materiais pode ser determinante para se obter satisfação nos resultados até então esperados • Os tipos de análise em determinados ensaios permitem uma melhor interpretação das propriedades mecânicas dos materiais – exemplos: deformação plástica, deformação elástica e módulo de elasticidade. • É possível otimizar custos dependendo do aparato experimental utilizado • Os métodos de automatização de medição de dureza comportam-se como uma ferramenta de fundamental importância para minimizar a fonte de erro causada pelo operador em ensaios de dureza tradicionais 5. REFERÊNCIAS Garcia, Amauri; Spim, Alves Jaime; Santos, Carlos Alexandre dos,. Ed. LTC – Livros técnicos e científicos, Capítulo 4 – Ensaio de Dureza, pág 65 a 89. Souza, Sérgio Augusto de, 1936 – Ensaios Mecânicos de materiais metálicos. Fundamentos teóricos e práticos, 5ª ed. São Paulo, Edgard Blucher, 1982 – Capítulo 4 – Ensaio de Dureza pág. 102 a 137. http://www.revistaih.com.br/artigo-tecnico/as-melhores-praticas-para-os- ensaios-de-dureza-rockwell/2636 (acesso em 13/04/16) http://paginas.fe.up.pt/~jcouti/8-05%20dureza.pdf (acesso em 14/04/16) 6. ANEXOS Tubo & CIA – Artigo, Caderno Técnico: Dureza
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